The Four Halstead: Season 4 escrita por Bruna Rogers


Capítulo 13
Capítulo 13




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O que eles estavam fazendo é errado, Jay e suas convicções e crenças sabiam disso, mas ele não se importava. Hank causou esse desprendimento maior quanto às regras dentro do ex ranger, agora ali estavam eles, na primeira e maior pista que eles conseguiram sobre a localização de Jolie, e eles tinham despistados os outros membros da Unidade. Pois os três ali sabiam que sangue iria jorrar naquela noite.

— Você tem certeza? — Voight perguntou encarando Cassy.

— Fontes seguras — ela mostra a imagem do vídeo de segurança de uma sala pelo celular — elas estão lá.

Eles olharam para as imagens por alguns segundos. Eles teriam que invadir uma sala pequena onde uma mulher armada estava com a filha de Jay.

Pelas imagens que recebia em tempo real, Cassy esperou até que Amélia estivesse o mais longe possível do bebê. Ela puxou para baixo o colete que estava vestindo, aquilo estava ficando sufocante.

Um telefone tocou dentro da sala, Amélia se moveu para perto da porta. Ela decidiu sair da sala para atender a um de seus clientes, e aproveitaria para checar quanto tempo mais precisaria esperar.

Cassy guardou o próprio celular quando notou a maçaneta se mexer.  Os três levantaram as armas.

A porta se abriu, e antes que Amélia pudesse reagir ao dar de cara com Jay, Cassy já tinha enlaçando seu pescoço em um mata leão, puxando a para trás. Hank apontou a arma no meio da testa da mulher e arrancou o celular que ela ainda segurava.

Jay entrou na sala, ignorando completamente o resto do mundo, correndo até a cadeirinha, onde sua filha dormia tranquilamente, alheia completamente de tudo que aconteceu nas últimas horas. Ele caiu de joelhos na frente da mesa onde a cadeira estava, soltando as correias que mantinha a bebê presa, trazendo-a para seu peito.

A sensação de tê-la em seus braços outra vez era indescritível. Ela continuava pesando quase nada, mas era todo o mundo do policial. As lágrimas escapando enquanto ele murmurava ao lado de sua cabeça.

— Eu te achei.

******************

Jay estava sentado desajeitadamente na cama ao lado de Erin que estava com Jolie no colo. Ele retornou ao hospital em uma ambulância, e a paramédica Brett disse diversas vezes que o bebê estava em boa condição, mas só depois de muito tempo ele aceitou que tudo realmente estava bem.

E agora ambos não conseguiam deixá-la se afastar. 

Mesmo que o horário para visitas tenha acabado a muito tempo, Goodwin deu uma pequena brecha para os membros da Unidade verem como a família Halstead estava depois de tudo.

— Uma ligação anônima — Ruzek disse cortando a paz do momento — ainda não entendi isso.

— Vamos aceitar essa vitória — Tutuola respondeu — por enquanto.

— Onde a Cassy está? — Burgess perguntou notando o sumiço da amiga de Jay.

— O Elliot  ligou para ela, e ela foi embora — Will respondeu, o que a própria Cassy tinha lhe dito quando ela ligou para ele — De qualquer forma está tarde, e todos vocês precisam ir — o médico estava pronto para enxotar todos os policiais do quarto quando o sargento se manifestou.

— Vamos deixá-los descansar.

***************

A chuva havia dado uma trégua, mas dirigir ainda estava perigo, tão tarde e em ruas estão molhadas. Hank no entanto estava mais do que acostumado a isso.

Depois de deixar o hospital, ele passou em sua casa para pegar algumas coisas antes de voltar às ruas de Chicago. Seu objetivo estava claro em sua mente. Um endereço pouco frequentado na zona leste da cidade, um hangar abandonado a anos serviu por algum tempo como esconderijo para traficantes, mas a polícia havia limpado o local a muito tempo.

Apesar do local enorme, e da falta de qualquer tipo de iluminação natural ou artificial no local, Hank rapidamente localizou o que queria, pela luzinha fraca no vão de uma porta.

Ele abriu a porta da sala e se viu na mira de uma arma. Atrás do cano, com o dedo no gatilho estava Cassy com uma roupa preta e luvas cirúrgicas.  

Ela abaixou a arma quando reconheceu o sargento recuando alguns passos para que ele pudesse ver melhor o interior do local. A sala possuía paredes escuras, uma lâmpada no teto era eficaz em trazer luz a cada pedaço do local. No chão um enorme plástico, no fundo da sala uma mesa com uma maleta e algumas ferramentas, além de um taco de baseball. 

E no centro uma cadeira com Amélia Barton amarrada. As roupas sujas de sangue assim como o rosto. Ela olhava para o sargento com um pedido de socorro mudo pela fita em sua boca.

— Jay não vai ficar sabendo disso — Cassy disse — ele é muito contra isso.

— Eu sei — Hank respondeu — ele, Will e Mouse, o que torna estranho à sua disposição para sujar as mãos dessa forma.

Cassy pousou a arma sobre a mesa, sentando-se no pequeno espaço vazio ali. Um sorriso suave e triste surgiu em seus lábios.

— Eu amo os três — ela admite encarando os olhos de Hank — crescemos juntos, lutamos juntos — ela retira uma mecha de cabelo que se solta do seu coque mal feito — mas se passaram anos desde a última vez que eles me conheciam completamente.

Ela desviou o olhar para a mesa, utensílios que ela já usou em seu trabalho. Objetos que a machucaram na época que estava sequestrada. Lembranças demais para serem compartimentadas, esquecidas ou ignoradas, dor demais para passar despercebido.

— O que está para acontecer será um segredo a ser levado pro túmulo — ela disse descendo da mesa com uma faca na mão — e eu sei que segredos assim são melhores quando só um sabe.

Ela pousou a faca no ombro de Amélia que começou a se remexer tentando se afastar.

— Você pode ir embora agora Voight, e nunca precisará saber o que eu fiz — ela continuou se virando para Amélia — eu posso apenas torturá-la e jogar ela ainda viva em algum canto, posso só a matar. A muita coisa que eu posso fazer.

Amélia reagiu a isso tentando se mover, gritar. Lutando por sua vida.

— A decisão é sua — Cassy disse olhando novamente para Hank — pode entrar e nunca falar sobre isso para ninguém ou partir e continuar com a segura e pacífica ignorância. Apenas feche a porta.

A porta se fechou em um barulho alto ecoando pelo hangar antes silêncios. 

 


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