Mother's talk escrita por Morganninha


Capítulo 1
Mother's talk - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, meninas trevosas e meninos trevosos. Tudo bem com vocês?

Sim, eu sei. Mais uma fanfic de Regina e Aleksander. Desculpa, mas eu não consigo me cansar desses dois! Desde que assisti a segunda temporada de Dark, fiquei com inspiração pra umas mil fanfics deles. Tenho uma quase pronta e outra que ainda está por vir - estou beeem insegura em relação a essa porque vai ser algo que eu nunca escrevi antes então vamos ver o que sai, não é?

Além dessas, estou tentando escrever sobre um outro ship de Dark. Quem descobrir qual é ganha um biscoitinho imaginário

DICAS:
❌ Eles não formam um casal na série.
❌ Os dois trabalham juntos.
❌ Não é um ship muito "esperado" (?) - ok, essa dica é bem subjetiva, mas não posso falar muito hehe.

Bom, é isso.

Espero que vocês gostem. Boa leitura!



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"Mother's Talk"

 

Eram dez horas da noite. A sala estava completamente escura e apenas o tique-taque do relógio poderia ser ouvido. Tendo isso em mente, Regina colocou e girou as chaves na fechadura da porta com delicadeza para não fazer qualquer tipo de barulho. Abrindo a porta, ela pegou a mão de Aleksander e ia o puxando até o seu quarto.

 

A luz da sala acendeu bruscamente revelando não só os rostos surpresos de Regina e Aleksander como também Claudia com seus óculos de leitura e de pernas cruzadas sentada na poltrona da sala. Regina bufou e revirou os olhos jogando a chave na mesa ao lado da porta e Aleksander já se preparava para falar quando Claudia fez um sinal de pare com a mão.

 

— Deveriam ter usado a janela. - Disse ela mantendo a pose. - Pena que a fechadura estava quebrada, não é?  Só fechava, não abria.

 

O rosto de Regina pareceu se iluminar. "Foi ela! Mas é claro que foi!" Enquanto Aleksander só tentava se manter neutro ao pensar "Diabólica".

 

— Vocês dois vão me dizer onde estavam ou eu já posso começar a falar o porquê eu não concordo com esse relacionamento? - Claudia perguntou.

 

— Nós estávamos na floresta. - Aleksander respondeu ainda tentando não transparecer no fundo dos seus olhos o que realmente estava fazendo com Regina antes de chegarem ali. Mas os pensamentos dele o traíam porque a única imagem que tinha em sua mente naquele momento era a de Regina gemendo o seu nome várias e várias vezes.

 

— Na floresta? - Repetiu ela. - Uma criança desapareceu na floresta e você leva a minha filha justamente à floresta? - Claudia então riu. - Você é mais inteligente que isso, Aleksander.

 

— Por que se importa com onde nós estávamos? - Regina perguntou cruzando os braços. - Não é como se você estivesse sempre me esperando em casa.

 

— Falaremos sobre essa sua atitude mais tarde, mocinha. Vá para o seu quarto agora. - Claudia disse firme. Regina franziu a testa e tentou rebater, mas Aleksander manteve-se calmo e disse que estava tudo bem. A menina bufou e saiu a passos pesados até o seu quarto. Claudia tirou os óculos de leitura e levantou-se. Andava de um lado para o outro enquanto Aleksander apenas aguardava com as mãos nos bolsos.

 

Demorou alguns segundos para olhar para ele e - assim que o fez - o encarou. Apesar de ter certeza de que estava completamente fodido, ele quis se mostrar firme e seguro, por isso, a encarou de volta. Claudia tinha um misto de raiva e deboche em sua expressão.

 

— Sabe, quando eu te ofereci essa oportunidade, não esperava que fosse um bom funcionário. - Começou ela. Ele franziu a testa. Bom funcionário não era bem o que ele estava esperando que ela falasse. - Te contratei num momento crucial da Usina e você demonstrou lealdade com o seu silêncio sobre o que viu.

 

Aleksander deu de ombros.

 

— Bom, é um prazer ser..

 

— Mas eu não achava que você iria seduzir minha própria filha para conseguir além disso. - Interrompeu ela como se contasse algo engraçado. Aleksander arqueou uma das sobrancelhas.

 

— O que?

 

— Você me entendeu bem.

— Senhora Tiedemann…

 

— Escute aqui, rapaz. Não me importo se essa foi ou não sua intenção. O mercado de trabalho pode ser incrivelmente cruel e injusto. Fazemos coisas para sobrevivermos neste mundo que não são necessariamente morais. Como eu disse, você é um bom funcionário. Não precisa de nada disso para crescer nessa empresa. - Concluiu ela  cruzando seus braços. - Mas você não vai namorar a minha filha.

 

Aleksander respirou fundo.

 

— Senhora Tiedemann, sejamos sensatos. Acha mesmo que eu precisaria namorar a Regina pra te chantagear ou algo do tipo? - Perguntou ele. - Depois de tudo o que eu vi naquele buraco? Acha mesmo que eu precisaria de um trunfo a mais?

 

— Você pode até estar se sentindo na posição de me chantagear, mas eu não me garantiria muito pelo que viu naquela caverna. - Levantou o queixo indicando um senso de superioridade. - Acabou de chegar na cidade e não passa de um qualquer. Fale o que quiser, ninguém vai acreditar em você. Além disso, tenho métodos para me proteger.

 

Aleksander riu. "Vadia manipuladora" pensou ele ao se segurar para não explodir de raiva ali mesmo naquela sala.

 

— O ponto não é esse, Claudia. - Disse ele. - Eu não estou com a Regina por interesse. Eu amo a sua filha. Não quero nada em troca.

 

E ele realmente não queria. Tudo o que ele queria era ter os abraços e os beijos de Regina todos os dias, poder ter sempre a sensação de ser amado e estar protegido quando estava ao lado dela. Além do mais, Aleksander poderia ser muitas coisas, mas ele definitivamente não era burro. Não fazia muito tempo que havia chegado em Winden após sua fuga. Ele não queria nenhum cargo de prestígio - pelo menos, não agora. Contentava-se com o que tinha e ainda achava que tinha muito só por ter Regina. Não se sentia merecedor do amor dela.

 

Claudia riu.

 

— Tudo bem, Aleksander. - Disse ela ainda com o maldito sorriso de deboche em seu rosto. - Não esperava que você revelasse a sua real intenção sem esse teatrinho.

 

Aleksander revirou os olhos. "Por que ela insiste tanto nisso?"

 

— Eu não sou do tipo de pessoa que cede a ameaças. Nem do tipo que as faz, mas, nesse caso, você não me dá escolhas.

 

— Do que você está falando?

 

— Se você não ficar longe da minha filha, está demitido do seu cargo.

 

Ouvir aquelas palavras fizeram com que o coração dele parasse por um instante. Ela não poderia fazer aquilo. Aleksander dependia daquele emprego para poder se sustentar. Tinha acabado de encontrar um bom apartamento com aluguel barato - e finalmente ter comprado uma cama. Sem o dinheiro, ele estaria completamente quebrado.

 

Mas ele não abriria mão de Regina. Ela era a melhor coisa que tinha acontecido com ele em muito tempo. Era a primeira vez em anos  que ele se sentia feliz de verdade. Deixar Regina não era uma opção nem na pior das situações, a qual aquela em que ele se encontrava claramente não era.

 

Aleksander ajeitou sua postura e comprimiu os lábios.

— Eu amo a sua filha. - Disse ele direto. - Faça o que quiser, mas nada vai me fazer ficar longe dela.

 

Claudia cruzou os braços, arqueou uma das sobrancelhas e sorriu.

 

— Sei que deve ser complicado resolver isso. Pode me dar a resposta na segunda de manhã. Até lá, quero tudo resolvido. Agora saia da minha casa.

 

Aleksander colocou as mãos novamente nos bolsos de sua jaqueta de couro - onde ele cerrou os punhos com raiva - e virou-se em direção à porta. A cabeça dele só conseguia pensar em maneiras de contornar a situação de forma lógica. Mas o ódio pela injustiça ainda lhe fervia o sangue para raciocinar direito.

 

— Alek. - Ouviu a voz de Regina o chamar. Ele procurou e a encontrou na janela. Foi até ela tentando esboçar o melhor dos sorrisos. Pegou seu pequeno rosto com as duas mãos e lhe deu um selinho demorado. Só de olhar para o rosto dela já o fazia ficar mais calmo, ela tinha esse efeito nele. Regina, no entanto, parecia séria. - Eu ouvi tudo.

Aleksander olhou para baixo, mas Regina subiu seu rosto de forma delicada e o olhou de forma doce, assim como sempre fazia. Eram em momentos assim que ele percebia que não tinha como não se apaixonar por ela.

 

— Não vou deixar que perca o emprego.

 

— Eu não vou desistir de você. - Sorriu ele. - Não se preocupe, vou dar um jeito de conseguir outro emprego por enquanto e...

 

— Você não precisa. - Disse ela com um sorriso e um olhar travesso em seu rosto. Aleksander parou de falar e arqueou uma das sobrancelhas, parecendo entender o que ela estava dizendo. - Vamos fingir que terminamos. Você continua com o seu emprego, eu finjo que tenho que ir à biblioteca várias vezes na semana e continuamos com o que nós temos. Se fingirmos bem, ela nunca vai nem saber saber que ainda estamos juntos.

 

— Que geniazinha diabólica. - Zombou ele e ela deu risada. - Não esperava isso de você. - Aleksander aproximou sua boca do ouvido dela e disse: - É um lado bem interessante, na verdade.

 

Regina suspirou de forma pesada e passou seus braços ao redor do pescoço dele.

 

— Será o nosso segredinho. - Sussurrou e o beijou de forma intensa relembrando o que tinha acontecido antes de chegarem a casa dela.

 

Despediram-se com um "eu te amo" apaixonado e Regina pôde dormir sentindo seu coração quentinho.

 

No entanto, algo que eles não esperavam, era que Claudia ouvia tudo também do lado de fora da casa com um sorriso em seu rosto. Assim que Aleksander foi embora, Claudia tirou uma carta de seu bolso e a releu. Tinha recebido de sua "eu" do futuro mais cedo naquele dia.

 

A carta contava que Regina iria tentar entrar com Aleksander escondido exatamente às dez horas da noite e que ela precisava ver aquilo com seus próprios olhos. Além disso, também contava sobre o como ela deveria testar Aleksander, indicando todos os passos - inclusive, de escutar a conversa dos dois quando ele fosse embora. E, para sua surpresa, ele havia passado.

 

Ver que Aleksander realmente amava Regina, deixava Claudia mais tranquila. Ela sabia que ele iria cuidar bem dela e que logo tudo estaria encaixado para que os dois tivessem bons anos pela frente. Dessa forma, ela já poderia seguir com sua jornada através do tempo.

 


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam e qual ship vocês acham que vou escrever. VAMOS INTERAGIR E FALAR SOBRE DARK!



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