Please Dont Leave Me escrita por blackwidow


Capítulo 9
Behind Blue Eyes.


Notas iniciais do capítulo

Demorou,eu sei.



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pov Edward.


Alguma banda de Rock leve tocava nas caixas de som do local.Fitava o copo na minha frente,um sorriso amargo se apoderou dos meus lábios.Estava com aquela mesma bebida desde que cheguei e ela não estava nem na metade.

  Estava a ponto de me levantar  quando vi algo na porta que me fez parar,era uma garota.Seus longos cabelos castanhos caiam em ondas sobre seus ombros nus,seu corpo bem delineado estava coberto por um vestido azul,destacando sua pele branca,provavelmente não era daqui.

 Havia um brilho em seus olhos que me deixava hipnotizado,um olhar que eu reconhecia de algum lugar,só não me lembrava da onde.

 Bufei e virei meu rosto,a garota devia ter seus 16 anos e eu acabara de fazer 23.Continuei a fitar o meu copo e bebi mais um meio gole.Maravilha!Estava quente.Inevitavelmente meus olhos  foram para a garota,como se ela fosse um tipo de imã.

 Pela quantidade de copos seria plausível que ela estivesse rindo alto e dançando em cima do balcão,mas ela estava completamente sóbria.Como se aquilo não tivesse efeito nenhum,como se fosse algo habitual para ela.Viajei meus olhos pelo seu corpo novamente,suas pernas delineadas não deixavam a desejar.Só a imaginar.

 Seus olhos azuis vagaram pelo local.sua expressão era de desconforto,talvez pela temperatura alta.Que ela parecia claramente não estar acostumada,me lembrei de quando cheguei aqui.Eu e meu irmão ficávamos doentes com freqüência,pelo clima seco.

 Quando seus olhos extremantes azuis se encontraram com o meus,foi como se uma bola de boliche atingisse meu estomago.

 Aqueles olhos me deixaram presos.Era como se tudo tivesse desaparecido,não havia musica,não havia pessoas.Como se todo o universo dependesse daqueles olhos,como se eles deixassem os meus o mundo ia se fragmentar em milhares de pedaços.

 Respirei aliviado quando ela desviou o olhar.Me fazendo voltar a terra subitamente.Agradeci por aquilo,realmente não precisava de nada daquilo.Eu ri com amargura,geralmente tocava e compunha musicas sobre esse tipo de sentimento.Apesar de me recusar a senti-lo novamente.

  Pela segunda vez me levantei,para me afastar dela,me afastar daquele olhar.Estava quase na porta quando virei meus olhos a procurando,vi que não estava mais sentada.Estava em pé e se apoiava com dificuldade em um garoto,que tinha um sorriso perverso no rosto.A suas mãos estavam laçadas na sua cintura de um modo possessivo.A garota claramente não queria ficar perto dele,mas se não se apoiasse iria ceder ao chão.

 Minha mandíbula se tencionaram,eu não devia ir lá.Ela não era problema meu,só havia bebido de mais.Minha opinião mudou quando vi um pacote com um conteúdo branco na mão de outro garoto.

 Eles haviam drogado ela? Sem ela saber? Isso era intolerável,eu tinha que fazer algo.Eles a arrastaram para fora do bar,a grande porta de metal bateu atrás deles.

 Fui em direção a porta afastando algumas pessoas que estavam em minha frente,no momento  tudo que eu pensava era tirar ela das mãos daqueles garotos.Abri a porta com força,pelo barulho ou talvez pela droga nenhum deles se virou.

A cena me dava nojo.Um dos garotos,com uma tatuagem no barco forçava o corpo da garota na parede.Ela gemia de dor e isso parecia deixar ele excitado.As suas mãos subiam o vestido da garota,deixando todas a sua coxa exposta,ela lutava para sair.Mas seus braços estavam fracos demais.

 Minha repugnância foi transformado em  ódio,só que ainda maior.Lancei meu corpo para frente,tirando o garoto de cima dela,ele se chocou contra a parede.Meus olhos foram para ela e eu a peguei antes que caísse no chão,coloquei ela em segurança no chão.

 Quando me levantei quase cai novamente.Senti algo batendo com uma certa força no lado esquerdo do meu rosto,demorei um tempo para assimilar aquilo com um punho.

Senti algo escorrer pelo meu nariz,o sangue salgado e quente tocou meus lábios,me virei para o garoto e disse com a voz amarga :

 -Sabe  do que eu gosto em mauricinhos,como você ? – fui em sua direção sem esperar uma resposta – Nada.(n/a : AAAH,O.C *--* Ryan.)

  Projetei meu braço para trás flexionado meu ante braço e fechando minha mão em um punho,avancei com ela até se chocar contra o rosto do garoto.A superfície era dura e mole ao mesmo tempo,ouvi o som de algo estralar provavelmente seu nariz quebrando.

 Girei meu corpo e vi o garoto que parecia ser tão imponente agora caído no chão arrastando para longe de mim,temendo um briga.Meus olhos foram direto para ela,a tomei eu meus braços.

 Sorri ao ver seu rosto tão perto do meu,ela abriu os olhos meio sonolentos e uma tentativa brotou em seus lábios.

 Que lábios!Eram carnudos e tinha um tom de vermelho forte,causando contraste na sua pele extremante branca :

 -Como é seu nome? – minha voz saiu baixa e sedosa

 Ela forçou os olhos e uma ruga se formou em sua testa,como se tentasse lembrar qual era o seu próprio nome,sua voz saiu fraca:

 -Isabella – ela respirou e continuou –Isabella Woush Swan.

Woush?

 Ela era irmã de Rosalie?Mas elas não era nada parecidas. A não ser que..é claro.Swan.Irmã de Claire.Seria essa a irmã que ela sempre me dizia?

 Claire falava sobre a imã com tanta devoção,pelo o que ela me dizia a Isabella era uma pessoa muito boa.Apesar de esconder isso na maioria das vezes.

 A coloquei no carro e fui rapidamente com ela em direção do hospital.Meus olhos vagavam dela para a estrada.Eu não acreditava que estava levando uma desconhecida para o hospital.Mas o que eu podia fazer? Eles a drogaram e iam estuprá-la.O pensamento fez com que eu sentisse um sensação estranha em meu peito,era quase como se fosse raiva.Mas era maior que isso.

 Ela começou a tentar falar,olhei para ela esperando sair algo,foi quando ela abriu a boca e proferiu:

 -Meu celular,pega ele e liga para a Alice.

 Vi uma bolsa pequena que estava sobre seu ombro  a retirei com delicadeza,olhei para ela antes de abrir.Um sorriso se formou em seus lábios,me encorajando.

 Abri a bolsa e encontrei o celular de Isabella,já havíamos chegado ao hospital.Estacionei o carro e a peguei no colo,deixando o celular em uma mão.Entrei com ela as pressas no hospital.

 O cheiro de desinfetante invadiu minha cabeça,como odiava esses ambientes.Olhei para Isabella que tremia em meus braços.Fui até a enfermeira mais próxima e expliquei a situação.

 A enfermeira era alta e loira,mas parte de seus cabelos já eram brancos.Ela me deu um ficha enquanto levava Isabella para dentro do hospital,fui preenchendo a ficha com as informações que sabia enquanto ligava para a Alice.

 Procurei o numero na agenda,depois de longos 6 toques uma voz feminina e um tanto afobada atendeu o telefone:

 -Pô Bella,eu disse que eu estava..

 Interrompi a garota:

 -Não é a Isabella.- a menina na linha pareceu confusa,mas não disse nada,então continuei – Eu estava no mesmo bar que ela.Alguns garotos a drogaram e tentaram abusar dela.Eu a peguei e a trouxe para o Frank R Howard Memorial Hospital.

 Ela pareceu perder o ar e falava com outra pessoa,eu achei ter reconhecido a voz da segunda pessoa quando ela disse antes de desligar:

 -Oh Deus! Estou indo para ai.

 Desliguei o telefone e me informei sobre qual quarto ela estava.Falei com o médico que cuidou dela antes de chegar ao seu quarto.Ele me informou que ela havia tomado cocaína.Mas por sorte conseguiram tirar tudo do seu organismo.

 Me senti estranhamente aliviado,.Entrei em seu quarto,ela dormia.Sua respiração era serena e calma.Sentei na cadeira ao lado de sua cama e olhei para seu rosto.Era como se tudo simplesmente me puxasse para ela.Deixei seu celular na bancada.

 Eu estava gostando de ficar lá,olhando-a.Mas não podia.Isso não iria acontecer,ela nunca mais iria se lembrar de mim e talvez com sorte eu ainda receba um aceno de cabeça quando nos trombarmos em sua casa.

 Sai do quarto as pressas.Desci as escadas do hospital.Eu iria esquecê-la.Afinal,o que ela é para mim?Apenas um garota que eu salvei,apenas isso.

 Entrei em meu carro,ligando o mesmo fazendo o motor roncar demonstrando potência.Só a garota que eu salvei.Quando saia do hospital,podia jurar que tinha visto o carro de meu irmã passar por mim.

 Devia ser somente impressão.

Só a garota que eu salvei.

 E que agora não sai da minha cabeça.

 


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Notas finais do capítulo

Wee,Edward nosso herói.