Pov Edward.

A chave já estava na ignição, virei a mesma com uma força maior que a necessária,o carro rapidamente ligou e o motor roncou por baixo de mim.O barulho da porta se fechando atrás de Jasper talvez tenha sido o bastante para me fazer despertar,levei meus dedos até os fios do meu cabelo.

 Peguei alguns e os forcei para baixo, deixando minha cabeça despencar para baixo, meu polegar avançou para minhas têmporas aonde eu esfregava devagar , tentando amenizar a dor que se localizava em toda ou minha cabeça ou simplesmente para esquecer o que estava acontecendo.

 Jasper entrou no carro sem ao menos olhar para mim,ele me conhecia.Sabia apenas por meu rosto que eu não estava em condições de dialogar com ninguém,não,isso seria mentira.Eu poderia conversar com uma pessoa,talvez a única no mundo inteiro,mas era justamente dela que eu tinha manter distância.

 Para seu próprio bem.

 Tirei o carro da garagem e segui para a escola,vários pensamentos invadiram minha mente de modo que eu tive que respirar com mais rapidez para eles conseguirem se arrumarem nos devidos lugares.

 A ligação de ontem tinha me deixado completamente fora de mim,Isabella havia ficado com medo de mim.Não podia culpa - lá,o meu comportamento havia até me assustado.Como eu imaginei,nunca isso iria terminar.

 Era Chuck no telefone,ele sabia aonde eu estava.Com certeza ele não estava na praia,mas sim um de seus detetives.Antes era  fácil fugir deles,porque eu não havia com que me preocupar.Não tinha nada para poupar,nada que eu precisasse manter longe de tudo,era somente eu por minha conta e risco.

 Era por isso que eu nunca me deixei entregar,nunca me deixei levar por esse mundo de mentiras e falsos títulos,era tão fácil para mim me manter afastado de tudo,de todo o sentimento,de tudo o que um dia eu chamei de família.De tudo que eu já chamei de lar.

 Mas ela havia me dado tudo isso,de uma maneira que eu nunca vou entender,ela simplesmente surgiu em minha vida,a deixando de ponta de cabeça,mudando todos os meus conceitos,quebrando todas as regras.

 Apesar de tudo isso,tenho certeza que faria de tudo para manter - lá longe desse mundo que eu vivo,dessa vida escassa que eu levo.De tudo que possa te trazer qualquer tipo de perigo.

 Chuck havia deixado claro que estava nos observando e eu tinha certeza de que se ele continuasse vendo isso,seu primeiro passo seria contar para Madeleine,não podia permitir isso.

 Era assinar a minha desgraça,ou melhor dizendo.A desgraça de ambos.

 A escola já podia ser vista e fui diminuindo conforme o tempo,olhei para os lados e não vi nada que pudesse me incriminar,uma ultima tarde.Por favor,um ultimo dia.Eu só precisava sentir seu perfume pela ultima vez.

 Esperava que Bella concordasse em matar aula,seria por uma boa causa.Olhei através do vidro negro do carro e a vi,estava usando um vestido azul,minha cor preferida nela,porque parecia que a deixava radiante,brilhante como o sol.Meu sol particular.

 Olhei para Jasper e disse :

 -Se precisar de qualquer coisa me ligue.

 Fiquei impressionado ao ouvir que minha voz saiu mais animada que o normal,como ela podia fazer isso?

 Alterar meu humor só por ter –lá por perto,só por meus olhos enxergar aqueles oceanos fundos e azuis me encarando,como se me compreendesse cada parte do meu ser,não importando o quão sujo eu era.

 Abri um amplo sorriso ao ver – lá vindo em minha direção,então observei seu rosto tão belo sorriso se contrair em uma expressão petrificada de medo,como se precisasse correr a qualquer momento.Segui seu olhar,não podia acreditar que estava vendo mesmo aquilo.

 Chuck estava a poucos metros de Bella,da minha Bella.Minha?

 A palavra me causou tanta repugnância que minha expressão se tornou uma carranca pior do que já estava,ela não merecia ser minha.Chuck queria me vigiar,então para o bem de todos liguei o carro  e sai em disparada,longe de lá o mais rápido que pude.

 Não consegui andar nem ao menos 15 metros parando uma quadra depois da escola,apoiei minha testa contra o volante úmido,devido o suor que exalou das minhas mãos,era isso que estava destinado?

 Morrer sozinho,esperando que algum raio caísse na minha cabeça e tirasse tudo isso de mim,toda essa dor,toda essa culpa.Tirar um peso que era grande de mais para mim,era maior do que podia agüentar,maior do que eu podia suportar.

 Estava tirando meu ar,pouco a pouco.Tomando tudo que um dia eu chamei de vida,era engraçado o modo que nossa perspectiva muda depois de ter experimentando como seria viver.

 Estava relativamente satisfeito com a minha vida,era normal,tirando algumas ligações e visitas inconvenientes.Era algo que eu podia lidar,minha vida não era feliz,mas era vivível,algo que eu podia padecer até eu me tornasse velho de mais para continuar vivendo.

 Somente depois que Bella entrou na minha vida percebi que eu não tinha vida,não tinha nada,era apenas um buraco vazio,que não passava nem absorvia nada.Permanecendo imutável por dentro,enquanto meu exterior ia ficando mais desgastado.

 Nem ao menos Jasper aturava ficar um tempo a mais comigo do que fosse necessário,era claro.A única coisa que fazia era compor,tocar e eventualmente levar mulheres de uma noite só para minha cama,nem sequer capacidade para conversar eu tinha.

 Isso tudo tinha mudado desde que vi Bella pela primeira vez,esses últimos dois meses eu sai mais com Jasper do que eu sairia por um ano inteiro,ela tinha mudado meu intimo.Tinha proporcionado meu eu mesmo se abrir como em muito tempo não fazia.

 Como eu iria sentir falta.

 Ouvi meu celular tocando,ponderei de deveria atender ou não,levantei minha cabeça encostando a mesma no encosto gélido  e macio da poltrona do carro,olhei para o numero que brilhava na tela.Jasper.

 Meu coração começou a bater com uma rapidez irreconhecível,como se estivesse pressentindo que algo iria acontecer,algo tão ruim que eu não podia fugir,algo que eu tinha que lutar até o fim,abri o celular com rapidez a voz de Jasper veio primeiro:

 -Edward! – ele gritou,me deixando ainda mais tenso – É a Bella.Ela está com Chuck.

 Uma força sobre-humana subiu por todos os meus músculos,os deixando tão flexionados e tensos,que chegava a arder.Agarrei no celular com força e deixei um fio de voz repleto de ódio escapar dentre meus lábios:

 -Mantenha  todos calmos,eu cuido disso.

 Queria que fosse verdade,que fosse algo que eu pudesse cuidar.Mas por onde começar?

 Na verdade teria algum lugar para começar?

 E se Bella realmente tivesse me tratado apenas como uma diversão juvenil? E agora sua próxima vitima seria Chuck,porém esse era o problema.Chuck sempre é o predador,nunca a presa.

 Eu vi naqueles olhos,vi os cheios de medo e tensão,vi que ela se encolhia atrás de Alec,como se buscasse algum tipo de proteção,porém não vi o seu rosto quando me viu partindo,achando que eu a tinha abandonado-a.

 Era isso que ela pensava,em todo o momento,essa era a única coisa que se passava em sua cabeça,que eu tinha deixado ela,depois de ontem que levei seu corpo cansado para o seu quarto,sabendo que seria a ultima vez.

 E que por um impulso bobo fiquei em seu quarto até que já amanhece-se ,velando seu sonhos,ouvindo sua respiração,sentindo sua pele macia contra a mim,somente para deixar tudo aquilo na minha cabeça.

  Não.

 Do que eu queria proteger?Ela já estava envolvida nisso,desde a primeira vez que botei os olhos nela,desde a vez que a salvei,que carreguei seu corpo leve e juvenil em meus braços,tirando ela de toda a maldade a trazendo para algum lugar seguro,seguro junto de mim.

 Já ligava o carro na esperança de achar qualquer pista que me guiasse até Chuck,querendo saber o que ele queria com Bella.Mas ele nunca a teria forçado de ir com ele,não no meio de tanta pessoas,ela foi por conta própria.

Por que?

 Ela queria respostas,respostas que eu tinha sido incapaz de dar a ela,um alivio tomou conta de mim,ela ainda se importava.Então como veio a alivio se desfez com facilidade,me lembrando do que Chuck queria.

 Ter o que eu tenho,ser o que o sou,Bella seria o seu triunfo.

Mas eu não iria perde- lá.

Pov Isabella.

  Entramos no estacionamento de um amplo hotel,talvez por estar tão dispersa não tinha visto o nome do hotel o que com certeza era um erro.Afinal se eu nem ao menos conseguia encarar a pessoa que estava me conduzindo como eu podia confiar que ele seria seguro?

 Na verdade eu não tinha essa certeza,estava arriscando minha vida a troco de um segredo,que nem ao menos era meu.

 Mas eu não podia apagar o que aconteceu.

 Queria negar tudo,negar quer tinha me deixado levar,negar que tinha deixado que meus sentimentos entrassem no meio,agora olha aonde estou.Olha aonde tudo isso me levou,queria olhar para o lado e me deliciar com o homem extremamente gostoso que se localizava ao meu lado.

 Não era isso que eu queria.

Chuck não era ele,algumas semelhanças talvez tivessem imposta em seu rosto,algo que me ocasionalmente me lembraria de Edward,mas ele não tinha aquele brilho no olhar,aquele olhar que me deixou presa desde a primeira vez que eu os vi.

 Aquele olhar que me compreendia,aquele olhar que eu tinha certeza que me deixaria salva,não importasse do que.

 Foi então que algo maior invadiu meu estomago,senti em meu âmago que eu não estava fazendo a coisa certa,algo que acabaria muito mal.

 Porem eu já sabia disso,no momento que entrei no carro de Chuck sabia que o que eu fizesse daqui para frente me traria muitas conseqüências.Ouvi um baque um pouco forte vindo do meu lado esquerdo,ele não estava mais no carro.

 Minha porta se abriu devagar por impulso tirei meu cinto e vi a mão de Chuck na minha frente,esperando que eu a pegasse,mas ela nem sequer se movimentou,minha mão parecia estar amortecida ou paralisada.

 Respirei fundo algumas vezes,sentindo algumas lufadas de ar entrar impiedosamente em meus pulmões,me enchendo de força,mas não de coragem.Os olhos de Chuck me fitava com uma expressão estranha,uma expressão que eu pensava ter visto em um lugar.Só que minha mente parecia tão entorpecida que não se lembrava aonde.

 Segurei em sua mão vacilante,sentindo meu instinto de auto-proteção praticamente gritar dentro de mim,ignorei ele como fiz das outras vezes,na esperança que ele se esvaísse,mas ele estava lá,quase me forçando a me virar e sair correndo.

 Entramos no elevador em silêncio,então um impulso surgiu em minha cabeça e rapidamente procurei qualquer coisa que me mostrasse o nome do hotel,olhei no crachá de um dos funcionários o nome escrito em dourado : Rome Hotel.

 Pelo o que meu senso de direção sabia,estávamos um pouco longe de onde eu morava,longe de mais.Longe o bastante para que se eu tentasse correr não alcançaria minha casa ou qualquer caminho familiar.

 Entramos no elevador em silêncio e observei quando o homem que guiava o elevador apertou o ultimo botão,fiquei em pânico.

 Ele estava no ultimo andar,no mais longe.

 Respirei fundo algumas vezes tentando tirar esses pensamentos da minha cabeça e me concentrando no que eu tinha que fazer:

 -Chuck,eu..

 Mal havia começado a falar e ele já estava na minha frente colando seu dedo em minha boca em um sinal que eu ficasse calada,meu coração pulsou com ainda mais força dentro do meu peito,como se fosse um algum animal preso em busca de liberdade:

 -Conversamos em meu apartamento.

 Estava cada vez mais difícil controlar minha vontade de gritar e sair correndo de perto dele,sair correndo para os braços da única pessoa que eu me sentia segura,apesar de ele não me querer mais,meu interior só gritava por ele.

 O elevador então parou,foi ai que eu percebi que eu tinha uma escolha,que talvez alterasse o rumo das coisas,que me livraria ou me prenderia nele para sempre,teria que escolher a mais saudável,mas não conseguia.

 Pois era saudável ficar perto dele.

Avancei vacilante até sair do elevador e seguir Chuck até o seu quarto,olhei bem o numero.indicava 256,coloquei minha mão no bolso de trás da minha calça,me certificando que meu celular estava lá.

 Estranhamente isso me deu um alivio um pouco maior,acalmou um pouco meu interior,peguei o mesmo na mão e deixei acionado para ligação rápida o numero dele.Poderia parecer besteira,mas aquilo me confortava.

 Chuck passou por mim trancando a porta atrás de mim,o barulho da porta se trancando atrás de mim,me deixou ainda mais estática,Chuck se voltou até mim e chegou tão perto de mim que podia notar que seus olhos tão azuis tinha perto da sua íris tinha alguns traços castanhos.

 Se ele não me deixasse tão estranhamente paralisada eu podia até pensar que ele fora um dia tão doce quanto Edward,ele chegou então mais perto de mim,me afastei com agilidade,parando um palmo antes da parede :

 -Chuck,queria saber..

 Pela segunda vez Chuck me interrompeu,mas dessa vez foi como se ele não tivesse ouvido que eu estava falando com ele :

 -Quer beber algo?

 Ele proferiu,já colando uma boa quantidade de vinho em uma taça,vi algo na embalagem do vinho que me deixou completamente inerte de qualquer coisa a minha volta,olhei para aquele símbolo que praticamente gritava para mim.

 Era o mesmo símbolo daquele dia que ele desenhou na carteira,tentei ler o que estava em baixo mas o vinho estava consideravelmente longe impedindo que eu visse melhor as letras menores que cercavam o vinho.

 Chuck foi para mais perto de mim colocando a taça de vinho em minha frente,olhei para aquele vinho me lembrando de algum tempo atrás,de quando ainda morava em Munique.

 O tempo que eu não recusava nenhuma bebida.Que não pensaria duas vezes em agarrar um cara que estava em minha frente em um quarto do hotel.Mas esse eram tempos que eu não passava de uma criança estúpida.

 Que preferia afogar  tudo que sentia em coisas fúteis e superficiais do que realmente enfrentar os problemas como uma adulta,era o tempo que eu ainda pensava que o mundo era até certo ponto perfeito e que eu sempre receberia um beijo de boa-noite de meu pai quando fosse dormir.

 Esse mundo não me pertencia mais,não esse mundo de fantasias e de consolo,mas o mundo real pertencia a minha e Edward me mostrou o quão interessante ele podia ser,olhei firme para Chuck e disse:

 -Não quero beber nada,só queria te perguntar uma coisa.

 Uma risada grossa surgiu do fundo da sua garganta,parecia mais um rosnado,um rosnado alertando para sua presa que era tarde de mais para fugir.Seu corpo foi mais para frente então ele pegou a taça que estava em sua mão e jogou no chão.

 Não consegui me mover quando ouvi o estrondo dela ao cair no chão.Me deixando completamente a mercê de Chuck,minha cabeça parecia ter se desligado do resto do meu corpo:

 -É sempre assim,nunca se trata de mim. – ele gritou me deixando cada vez mais assustada – É sobre ele,você só está aqui para descobrir o que ele é.

 Suas mãos se fecharam em meu braço,com tanta força que não contive o silvo de dor que escapou dos meus lábios,sua mão foi subindo devagar pelo meu braço,mas sem afrouxar o aperto,senti meu braço protestando,por impulso natural tentei tirar meu braço,logo depois preferi nunca ter feito isso:

 -Ficou com medo? – ele me empurrou contra a parede,senti a parede fria entrar em contato com a minha pele com força de mais – Edward sempre foi o mais gentil o mais molenga.

 Ele praticamente cuspia o nome de Edward,como se fosse um xingamento,uma coisa que não devesse ser proferida,ele pegou meu corpo colando suas duas mãos,uma de cada lado do meu corpo,girando o mesmo e me jogando em cima do tapete.

 Minhas mãos não tiverem tempo de amortecer a queda,me fazendo bater a cabeça com um pouco de força no tapete,me deixando um pouco desnorteada,avancei minha mão para meu bolso escondendo o meu celular,esperando alguma hora segura para ligar,me arrastei para longe ele,enquanto Chuck me encarava com cólera :

 -Afinal quem foi o covarde no final?Eu tinha tudo armado,ia dar certo,só não contava que ela ia se apaixonar. – a ultima sentença parecia cortar ele por dentro – O que ela carregava dentro dela era meu,mas ela quis que fosse dele.

 As palavras começavam a fazer algum sentido para mim,ele estava falando de Edward,estava falando dele,estava falando de tudo que eu precisava saber e que eu não sabia o quão caro ia custar.

 Chuck se abaixou ficando na minha altura,coloquei o celular por trás de mim,sua mão avançou para meu rosto,no começo era até que doce seu toque,mas então ele apertou meu queixo com força,vi que em seu dedo tinha o mesmo anel de Edward o anel que eu tentava decifrar o que era,tinha o mesmo símbolo da garrafa de vinho:

 - Isso? – ele percebeu que eu estava olhando para seu anel – Para mim e para muito outros isso é uma benção,algo que garantiria sua vida para sempre.Mas o ingrato do seu namoradinho rejeitou todos os seus títulos.

 Engoli a seco do modo que ele tinha colocado todas as palavras de um jeito tão casual,mas eu podia sentir a raiva em todo seu corpo,ele então afrouxou o aperto em meu queixo e se virou de costas.

 A primeira coisa que fiz digitar o mais rápido o nome do hotel e enviar a mensagem para Edward,implorando para que ele entendesse,para que viesse e me salvasse.Chuck se virou novamente para mim,seus olhos estavam vermelhos :

 -Madeleine adoraria saber que Edward arranjou uma garota,uma de verdade.Uma de quem ele gosta. – ele segurou com força o copo que ainda estava em cima da mesa,quebrando em sua mão,pulei do meu lugar ao perceber que ele agora estava com um caco em sua mão – Ele nunca voltara para ela,ela nunca vai ser minha.Mas se eu não posso ter - lá.Edward não vai poder ter você também.

 Meu coração bateu com mais força enquanto ele se aproximava de mim,minha vida inteira passou em minha cabeça,mas minha cabeça pareceu se paralisar naquele rosto sereno e naqueles olhos verdes.

 Dizem que antes de morrer,um filme de sua vida passa por sua cabeça,mas meu filme não passa,ele parece paralisado.

O rosto de Chuck estava próximo do meu  e o caco em sua mão estava em minha garganta,fechei os olhos esperando a morte,esperando que ela me engolisse.Mas estava feliz por saber que iria morrer pensando nele.

 Então um estrondo vindo da porta invadiu minha cabeça,a porta havia sido aberta.