A Dança Das Sombras - Der Tanz Der Schatten escrita por Lady Nymphetamine


Capítulo 3
Capítulo 3




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Sem muitas opções de para onde poderia ir e com a grande necessidade de aliados, Regina imaginou que só poderia recorrer a uma pessoa e, depois de tantos anos, imaginava que não estivesse mais preso numa cela mágica. Sendo assim, seguiu para um determinado castelo que não pertencia a qualquer reino e era chamado de “Palácio da Fera”, por alguma razão que não se importava. 

Abriu as portas com estrondo usando sua magia, pisando como se cada pedaço daquele ambiente lhe pertencesse ou devesse estar grato em recebê-la.

— Rumpelstiltskin! - Chamou no imenso salão, o mesmo que guardava o cofre dos feitiços perigosos, além de exibir itens raros das vitórias do feiticeiro.

Para sua surpresa, não foi o homem que veio recebê-la, mas uma mulher, com alguns fios brancos no meio dos castanhos e olhos muito azuis. Ela tinha um ar sereno, mas sua voz era firme, deixando passar uma emoção de que estaria pronta para atacar se fosse desafiada:

— Rumpelstiltskin não está em casa, sugiro que vá embora, Regina.

A Rainha levou alguns instantes mirando aquela face até ser capaz de reconhecê-la e abrir um largo sorriso com o seu batom vermelho. 

— Ora, ora… Se não é a criada! Conseguiu escapar de meu castelo?

— Snow White me tirou de lá quando o tomou com o exército, após o seu sumiço - Bella explicou.

— E ainda assim você não voltou para o seu reino, mas sim para este lugar em que era prisioneira. Isto é o que chamo de Síndrome de Estocolmo.

— Você está errada - uma nova voz surgiu no ambiente, Rumpelstiltskin andava em direção à Rainha, ficando entre as duas mulheres para qualquer eventualidade. - Bella é minha esposa e estamos felizes assim.

— Só pode estar de brincadeira! - A feiticeira falou revirando os olhos, sem acreditar. - Você é um dos maiores magos das trevas, que infernizou tantas pessoas e reinos, e quer me dizer agora que está feliz brincando de casinha com a criadagem?

— O que posso dizer, Regina? - Ele respondeu muito tranquilo. - Eu encontrei a minha felicidade. Já você, vejo que ainda está buscando a sua.

— Eu não guardo rancor pelo que fez, Regina - Bella falou se aproximando do marido e segurando o braço dele. - Hoje eu entendo que o seu coração estava vazio e sei que Rumple não foi nenhum santo e te levou ao limite de sua sanidade - ela dizia de maneira calma. - Eu te compreendo.

Tais palavras fizeram a Rainha rir, gargalhar, pois era no mínimo engraçado para ela, considerando que apenas um dia havia passado em sua memória desde o casamento de Snow White, desde que encontrara o seu professor preso e impotente nas masmorras do castelo da princesa, quando ele a orientou a roubar a Maldição das Trevas e disse onde encontrá-la.

— Você amoleceu - ela finalmente falou ao recuperar o fôlego.

— Não, minha cara, eu amadureci - Rumpelstiltskin respondeu. - É por isso que hoje eu vivo com Bella, do lado da Floresta Encantada que pertence aos heróis.

— Como assim? - Regina parecia confusa com a última informação. - Lado?

— Sim. Depois de sua derrota, todos os vilões foram condenados a viverem ao leste do rio, enquanto os heróis ficaram com o lado oeste - ele explicou de maneira paciente, usando o mesmo tom de quando ela era sua aluna. - Por isso tem havido paz.

— Vinte maravilhosos anos de paz - Bella complementou, ao que olhava de maneira carinhosa para o marido. - Principalmente porque você se tornou um herói.

— Agora eu acho que vou vomitar - a Rainha falou com desdém, mas isto não atingia o casal.

— Reconsidere, Regina - Rumpelstiltskin falou. - Abandone este rancor, você já viveu tempo demais alimentada por ele e não te levou a lugar algum. Siga com a sua vida, certamente existe felicidade para você em algum lugar.

— Oh, existe sim - ela respondeu cheia de amargura. - Quando eu beber vinho do crânio de Snow.

O feiticeiro balançou a cabeça, um leve sorriso nos lábios, não esperava nada de diferente do monstro que havia criado, bem como, atualmente, se arrependia. Mas a Rainha não enxergava desta forma. Estava cega pelos seus sentimentos de vingança, de ódio, em especial depois de ver que o seu antigo professor, um vilão muito pior do que ela própria, havia conseguido um final feliz e ela não.

— Ela pode ter tomado meu castelo e tudo que era meu, mas não vou deixar a derrota me parar - Regina falou. - Eu vou destruir a felicidade de Snow, nem que para isso precise ir para a guerra.

Terminada a frase, desapareceu do salão em meio a uma cortina de fumaça roxa. 

Enquanto isso, no castelo da Princesa Emma, a Rainha e o Príncipe, recém retornados de viagem, se sentavam em família para o jantar. Histórias eram contadas, narrativas do breve período passado fora e de tudo que haviam visto e feito pelo caminho. Parecia tão perfeito, tão em paz, pois riam sem maiores preocupações. Exceto por Emma, que buscava apenas o momento perfeito para fazer sua pergunta:

— Mãe, eu estive estudando, por que não há qualquer menção a Rainha Má em nenhum dos livros de história? - E corria para se explicar e dar maior fundamentação à sua causa. - Quer dizer, eu não sei sequer qual foi o nome dela ou a aparência, não há absolutamente informação alguma.

Snow quase engasgou com o pedido, tossindo algumas vezes com o guardanapo diante de seu rosto. David parecia tenso, olhando a esposa a todo momento, sem saber o que falar, ao que a filha olhava de um para o outro, ficando nervosa também. Não esperava que as reações fossem ser tão ruins.

— Mãe? - Arriscou chamar, mas a outra ainda precisava se recompor antes de responder.

— Nós destruímos tudo para que ninguém mais seguisse o caminho dela - a morena falava com certa seriedade, muito diferente de instantes atrás. - Ela não deve… Eu não quero que a memória da pessoa que ela foi se confunda com a pessoa que ela se tornou. No final, ela foi minha madrasta e eu a amei muito por muitos anos.

— Mas nem eu? - Emma arriscou. - Eu só queria saber…

— Nem você - a voz da mãe era resoluta e parecia aborrecida. - E não quero conversar mais sobre ela, chega perdi o apetite. Ninguém sabe o que aconteceu com a Rainha Má, de qualquer jeito, não vou ficar remoendo o passado.

— Mas… - A loira ainda tentou se fazer ouvir.

— Mas nada - agora era o pai quem impunha. - Termine o seu jantar e vá para o seu quarto.

Emma ficava então muito decepcionada e voltava a comer. Sabia que os seus pais tinham as informações que ela queria, bem como sabia que fim levara a Rainha Má, mas não havia qualquer sentimento de confiança para com eles, então como poderia também ela entregar o que tinha conhecimento? Terminou sua refeição em total silêncio, ao que, quando todos se levantaram da mesa, escutou a mãe falar:

— Deixe o passado para trás, Emma. Não vale a pena insistir em coisas que aconteceram há tanto tempo e que machucaram tanta gente.

A princesa balançou a cabeça de maneira positiva e nada respondeu, ao que fez uma breve reverência a mãe e foi para os seus aposentos, como lhe havia sido ordenado.

Uma vez que estava protegida, entre portas fechadas, se encaminhou para a comprida varanda. Com as mãos posicionadas no para-peito, ela refletia, lembrava daquele rosto pálido, os lábios vermelhos, deitada sobre o altar e rodeada de flores. Como alguém tão bonita poderia ter sido tão letal? Precisava tirar essa história a limpo com alguém que estivesse disposto a falar a verdade, o que certamente não obteria dos pais.

Assim, em meio a grande decepção com sua família, Emma decidiu esperar até ter certeza que o castelo estava adormecido. No meio da noite, quando apenas alguns soldados faziam a ronda, era mais fácil de despistá-los nas sombras e alcançar os estábulos. Preparou o seu cavalo com rapidez, como estava habituada, partindo floresta a dentro. Iria ao ponto de encontro com Lilith, tinha certeza que a amiga devia estar tão cheia de perguntas quanto ela própria. Precisava de respostas e precisava para agora, nem que para isso tivesse que adentrar no “outro lado” e sair interrogando todos os vilões que encontrasse pela frente.

A noite avançava, a lua e as estrelas eram tudo que iluminava entre as árvores, sendo a única coisa que permitia a princesa enxergar um pouco a sua frente. Foi galopando até chegar no rio, onde sempre encontrava Lily, desejando o fundo de seu coração que a outra tivesse a mesma ideia. Amarrou o cavalo num tronco e depois andou alguns passos, de forma a ficar bem perto da beira da água.

Um par de olhos observava por entre as folhagens, tão atentos, brilhantes com as intenções do inferno. Emma se assustou, se virando de imediato e perguntando:

— Quem está aí? - Tentava parecer firme, mas sua voz vacilava.

Então o som dos galhos sendo movidos foi aumentando, se aproximando, até uma figura vestida totalmente em preto emergir das trevas. A Princesa deu um passo para trás, porém não havia para onde fugir, pois estava quase caindo no rio. Em seu medo, olhou para a outra borda, porém, constatando estar sozinha para enfrentar quem ou o que quer que fosse, voltou-se mais uma vez para a frente e lá estava ela, iluminada pelo luar. Os lábios de Emma se abriram sem palavras, incapaz de expressar o que seu coração retumbante tentava lhe dizer. O outra, por sua vez, sabia o que falar:

— É uma noite bonita, não? - Regina perguntou de maneira doce. - O que uma jovem como você faz por um lugar perigoso e isolado como este?

A Princesa se via então engolindo em seco, jamais esperaria encontrar ali a Rainha Má. Tratou de fazer um esforço para se recompor e então respondeu com toda a educação que recebera:

— Sim, está sim. Eu vim para encontrar uma amiga.
O comentário fez a morena estreitar o olhar, já imaginava de quem estava falando:

— Lilith, certo?

A outra engoliu em seco.

— Como sabe?

Fora uma tentativa certeira, o que a fazia abrir um largo sorriso. Claro, a denúncia do Espelho dos movimentos da Princesa filha de Snow White, bem como das fugas de Lilith, ajudou bastante a construir um padrão de comportamento. Assim, quando a Rainha se dirigiu para lá esta noite, o fez acompanhando onde a loira estava e deduzindo que iria exatamente para aquele lugar, tudo feito de caso pensado. 

— Um palpite - fora sua resposta, na intenção de soar misteriosa e, quem sabe, obter mais informações.

Emma então respirou fundo, vendo a mulher se aproximar cada vez mais, até parar muito próximo dela, analisando-a detidamente.

— Lilith não vem, se é o que quer saber - Regina arriscava um pouco mais. - Vai ter que se contentar comigo.

Com tais palavras, a morena usava sua magia para fazer surgir um banco de pedra, bastante trabalhado, no qual se sentava e deixava espaço suficiente para o caso da jovem desejar acompanhá-la. Entendendo o gesto, a Princesa efetivamente a acompanhou, sentando-se com uma postura delicada e movimentos graciosos. Ficaram em silêncio por alguns minutos, escutando apenas o som do rio, uma ou outra brisa ocasional que movesse as folhas e o cavalo que por vezes batia os cascos no chão ou comia grama.

— Como você acordou? - Emma disparou num dado momento.

— Como sabe que eu estava dormindo? - Perguntou de volta, olhando a loira e erguendo uma sobrancelha, com um sorriso sensual.

— Lily me contou - foi a resposta. - Na verdade, ela me mostrou. Eu te vi dormindo, ainda hoje. Foi o Beijo de Amor Verdadeiro?

— Acredito que não - se fazia de desentendida. Se a Princesa falava a verdade sobre ter visitado a Fortaleza Proibida, iria investigar um pouco mais. - Parece que havia algo em meu dedo - e olhava a ponta do dedo, sob as perfeitas unhas. - Lilith falou sobre isso?

Emma pareceu ficar um pouco nervosa, pois desviava o olhar e se movia no banco para ficar mais reta. Depois de alguns instantes, respondeu:

— Eu vi - falava um pouco temerosa. - Eu vi a ponta de espinho e eu a removi.

Aquilo mudava muito as coisas e deixava ainda mais interessante. A Rainha então abria um sorriso largo, chegando um pouco mais perto da loira no banco, ao que abaixava o tom de voz:

— Então foi você quem me acordou.

Nesta distância, erguia uma mão e movia uma mecha de cabelo da outra para trás da orelha, ao que a Princesa apenas deixava, imóvel tal qual uma estátua, como se o ar lhe faltasse e fosse desmaiar de nervoso a qualquer instante. Era demais, seu coração acelerava e não sabia porque não conseguia tirar os olhos daquela boca vermelha tão perto da sua. E então a morena se afastava, rindo do momento de uma maneira descontraída. Sua voz era algo que Emma poderia escutar para sempre e ainda assim não se sentiria satisfeita.

— Bom, acho que estou te devendo uma depois disso - então se voltava mais uma vez para a jovem, perguntando de maneira sugestiva. - Ou existe algo que você queira saber?

De fato havia, o que deixava a Princesa um tanto desconfortável, pois envolvia mais coisas do que a si própria, envolvia também os seus pais e todos os segredos que estavam atrapalhando a sua relação:

— Você é a Rainha Má, correto? - Era a sua maior dúvida.

— De fato - Regina respondeu abrindo os braços de forma orgulhosa, não havia motivo para esconder quem realmente era.

— Minha mãe, a Rainha Snow, ela jamais me disse o seu nome - a loira explicou, sentindo-se até um pouco constrangida.

— Não imagino Snow fazendo nada diferente - a morena minava a confiança da outra da família. - Ela sempre foi assim, desde que a conheci, ainda criança.
O comentário fez Emma pestanejar, jamais imaginara que sua mãe pudesse ocultar informações com tanta normalidade. O gesto não passou despercebido pela outra, que se aproveitava:

— Ela guarda informações, mente, depois usa como bem entende. Quando eu a conheci, eu ia casar com o homem que amava, até que Snow contou a minha mãe. Ela assassinou o meu noivo na minha frente e me obrigou a casar com o pai de Snow, seu avô, que era o real desejo de sua mãe. Vê? Ela é bem calculista com o que faz, tenho certeza que nunca te contou de mim porque existia algum plano aí no meio.

A Princesa ficava visivelmente abalada com tais informações, nunca esperara por algo assim vindo de sua mãe, porém fazia sentido, dado que já tinha provas de que a outra não era sincera. Se perguntava o que mais estariam mentindo para ela. 

— O que mais aconteceu entre vocês? - Finalmente pronunciou.

Mas, desta fez, Regina não respondeu de imediato. Se aproximou novamente da jovem, colocando um dedo sob o seu queixo e obrigando a levantar o rosto, ao que chegava cada vez mais perigosamente perto.

— Por que fazer perguntas sobre o passado… - Fazia uma pausa para passar a língua sobre os lábios rubros. - Quando podemos apenas aproveitar que estamos aqui esta noite?

Era uma atração poderosa demais para resistir, um desejo de se entregar, nem que fosse para a própria ruína, pois, naquele instante, a Rainha Má parecia ser exatamente o que Emma precisava. Incapaz de responder, a Princesa se colocou à mercê da outra, totalmente entregue à sua vontade e desejo. Era o que Regina queria desde o começo: completa e total rendição. Foi este o sentimento da loira quando sentiu o toque suave dos lábios macios sobre os seus.

Emma se entregou com um beijo, deixando-se ser transportada no meio de uma nuvem de fumaça roxa, sem prestar atenção no que acontecia ao seu redor, para onde estava indo, nada importava mais do que a boca que a tocava. 

Por este motivo só se deu conta que estava na sala de reuniões de sua mãe quando nada mais poderia ser feito. A Princesa estava amarrada em uma cadeira, diante da Rainha Snow e do Príncipe David, ambos trajando ainda as vestes de dormir, enquanto Regina estava logo ao lado da jovem Emma. A loira olhava de um lado para o outro perdida, começando a entrar em pânico, se dando conta da péssima escolha que havia feito ao se deixar levar de maneira desatenta, mas já era tarde.

— Mãe, pai! - Ela chamou.

Snow se movia para chegar perto da filha, mas o marido a impedia, ao que a Rainha Má balançava um dedo de maneira negativa, como se fala com uma criança.

— Não, não, Snow White. Não é assim que funciona, você sabe disso - ela disse.

— O que você quer? - A outra perguntou entredentes, a raiva em seu olhar.

— Dizer que eu voltei e que as coisas não serão mais as mesmas na Floresta Encantada - Regina anunciava cheia de orgulho e vaidade. - Você pode até ter quebrado os outros vilões e tê-los tornado cães sem dentes, mas eu… - E ria. - Vai ter que me matar se quiser me impedir.

Em seguida, a Rainha Má movia uma mão pelos fios de cabelo loiro da Princesa, o que deixava a mãe desta muito nervosa. Emma, por sua vez, erguia o olhar para sua captora, uma mistura de súplica e sujeição. Regina então tornou a falar:

— Ela será minha prisioneira e estará segura, por hora, tem a minha palavra. 

— Deixe-a ir, Regina, eu te imploro - Snow falou, um tom desesperado na voz.

— Não - a frieza da resposta contrastava com o brilho maníaco em seus olhos. - Você vai atender as minhas exigências, devolver o meu castelo, meu reino, acabar com a divisão da Floresta Encantada, isto só para começar. Depois - e aqui ela passava de leve a língua sobre os lábios, como quem saboreia a vitória -, você vai me entregar o seu coração. Aí sim eu irei libertar a Princesa.

— Nós jamais nos renderemos a negociar com terroristas - falou o Príncipe de maneira austera, com a confiança e a coragem do herói que era.

Aquilo não era exatamente inesperado, mas apenas um contra-tempo no meio dos planos da Rainha Má. Ela então se dirigiu a Snow, mirando-a nos olhos, aproveitando aquele momento de dor para dar o seu ultimato:

— Você têm três dias. Eu mandarei uma lista formal e, se não for cumprida no prazo, Cachinhos Dourados aqui vai perder mais do que apenas o coração.

Com tais palavras, passava uma unha anormalmente longa e pontiaguda na pele do pescoço Emma, que sentia um arrepio de medo com um algo a mais que não conseguia identificar. 

— Enquanto isso, eu e você vamos nos divertir - Regina abria um sorriso provocativo, ao que fez com que as duas desaparecessem dali. 

O casal real ficava sozinho para refletir quais seriam as próximas atitudes a serem tomadas.


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