The Agents escrita por Any Sciuto


Capítulo 5
Double Disguise




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Luke estava entrando no restaurante onde a reserva foi feita. Ele não sabia o que esperar de Penelope, mas sabia duas coisas. A primeira é que ela não seria exatamente Penelope. O nome dela agora Catherine Rollins e ela estava disfarçada nessa missão. A segunda era que se alguém da equipe o visse com uma Penelope disfarçada eles interpretariam mal.

— Olá, eu sou Luke Alvez e tenho uma reserva. – Ele se apresentou – Estou esperando uma amiga.

— Sim, a senhorita Rollins já está aqui. – A moça respondeu, apontando para o bar. – A mesa demorara para ficar pronta então, tenho certeza que você queira tomar alguma bebida antes.

— Sim, eu gostaria. – Luke sorriu. Obrigado.

Indo para o bar, ele a viu. Cabelos negros e lentes azuis. Seu vestido vermelho lhe caia muito bem e ela tinha um par de saltos altos maravilhosos.

— Que bom que eu te encontrei, Cath. – Luke a beijou nos lábios. – Senti sua falta.

— Tem sido dias terríveis. – Penelope suspirou. – Mas vamos falar de coisas mais diferentes. Uma semana infiltrada em uma conspiração me fez pensar que não existem garantias.

Luke a beijou com amor o suficiente para tirar o ar dela.

Emily entrou no restaurante, curiosa sobre onde Luke estava indo. Ela se sentou em uma mesa longe do bar assim que os viu. Seu sangue ferveu e ela não havia reconhecido Penelope em seu disfarce de morena fatal.

Ela se levantou e saiu correndo do lugar, sentindo sua raiva bater cada vez mais forte. Ele iria bater em Luke por trapacear Penelope com alguma morena que poderia ser irmã de Penelope na mesma estrutura física.

Penelope abriu os olhos e sorriu para Luke. Ser morena era u dos privilégios. Era como se Luke estivesse traindo ela com ela mesma.

— Eu acho que nossa mesa está pronta. – Penelope sorriu ternamente para ele. – Eu quero comer algo e depois perder todas as calorias com você.

Luke pegou a mão dela e a conduziu para a mesa perto da porta e ela ficou de costas para a parede. Ela estava em uma contra vigilância desde que entrou para essa missão.

— Eu senti sua falta, Pen. – Luke a beijou antes de o garçom trazer os pratos para a mesa. – Como você está e como nosso bebe está?

— Eu estive um pouco enjoada, mas Aram me ofereceu um daqueles refrigerantes de gengibre. – Ela sorriu. – Ele tem sido um bom amigo para mim. Aram sabia exatamente o que fazer. Nós estamos dormindo em um quarto com camas de solteiro e eu sinto sua falta.

— Fico feliz em saber que você sente minha falta. – Luke desgrudou de Pen o tempo suficiente para o garçom colocar a comida na mesa. – Eu sei que você mal consegue comer então eu comprei uma coisa mais leve.

— Meu herói. – Penelope sorriu para a porção de batatas fritas na sua frente. – Eu vou fazer um exame na semana que vem. Seria muito bom ter o meu homem comigo.

— Conte comigo. – Luke a ajudou com uma batata e comeu uma também. – Linda.

Raymond estava em uma mesa com um disfarce próprio. Ele só queria uma garantia que ela estava bem. Dembe sorriu para a cena e percebeu que ambos eram iguais a crianças em seu primeiro amor.

Aram havia saído com Ressler e naqueles dias todos tiveram uma pausa da missão.

As coisas estavam indo muito bem. Pelo menos para alguns deles.

Emily entrou em seu apartamento irritada por ver Luke com uma morena. Ele a beijou e nem ao menos conseguiu perceber que ele estava traindo uma mulher maravilhosa como Penelope.

Pegando uma taça de champanhe, ela se deitou no sofá, tentando pensar se ela iria realmente falar com Pen sobre isso. Ao menos não enquanto ela estava grávida e no meio de uma missão.

Mas ela teria uma conversinha com Luke no dia seguinte, isso ela teria.

— Eu sei que não podemos dormir juntos hoje. – Luke deu a Penelope um último beijo. – Então fique segura meu amor.

— Fique seguro também, meu fofo. – Penelope riu e entrou no táxi. – Eu espero estar logo em casa.

Eles jogaram beijos um para o outro antes de o carro se afastar e Luke entrar no próprio carro. Ele tirou uma foto dos dois, de um tempo onde sequer eles eram amigos e a beijou. Ele viveria com essa imagem de Penelope, apesar de ter gostado do cabelo moreno dela.

O dia seguinte finalmente chegou e toda a equipe da Task Force estava esperando na BAU. Luke foi o último a chegar e viu o olhar furioso de Emily para ele durante todas as atualizações.

— Agente Alvez, uma palavrinha no meu escritório. – Emily pediu. – Agora. E feche a porta.

Luke não entendeu o motivo de ser chamado na sala da chefe. Ele viu a expressão dela e se sentou.

— Que diabos você estava pensando? – Emily começou a xingar Luke. – Trair Penelope, uma mulher de classe e peito com qualquer vagabunda de rua? Porra, eu achava que você estava apaixonado por Pen, vocês vão ter um bebê juntos.

— Emily, por que você acha que eu estou traindo Pen? – Luke levantou uma sobrancelha. – Eu não trai a Penelope.

— Segui você ontem no restaurante. – Emily respondeu sincera. – Você e aquela morena trocando beijos. E eu não vi nenhum sinal que você estava odiando. Eu fui clara com você, Alvez, eu disse que se ousasse trair Pen eu te mataria com muita dor.

— Emily, eu não trai Pen com nenhuma morena. – Luke finalmente entendeu. – A morena que eu estava beijando era Penelope com seu disfarce. Ela disse algo assim. Que ela estava se traindo.

Pegando o telefone, Luke mostrou para Emily uma foto dele e de Penelope, ela com seu disfarce. Emily deu uma risada nervosa e devolveu o aparelho, com vergonha.

— Sinto muito, Luke. – Emily estava envergonhada. – Não foi minha intenção, eu não me toquei que você não traiu Pen.

— Emily, no momento que eu ousasse pensar em trair Pen, eu daria um tiro em mim mesmo. – Luke sorriu. – Mas você é uma boa amiga para ela e eu sei que ela adoraria ouvir essa história.

Ele saiu do escritório da chefe, rindo e sorrindo por causa da proteção de Prentiss.

Aram e Penelope estavam entrando em sua segunda semana sob disfarce. Solomon havia se mostrado realmente desconfiado com os dois, quase como se mais uma vez tivesse mudado de lado.

Uma vez foi perdoável, duas vezes foi uma má ideia de ter o homem como seu contato, na terceira ele dançaria.

— Eu acho incrível encontrarmos tempo entre comidas e bebidas para tentar montar outra conspiração. – Olivia Cálcis respondeu. – Não vamos conseguir explodir outro prédio para fazer um alerta de terror como o da sessão Russa e europeia.

— Peter e Laurel foram muito gananciosos. – O vice-diretor da CIA, Andrey comentou. – Se conseguirmos e eu uso esse “se” com cautela, estaríamos buscando um novo bode expiatório. Elizabeth Keen tem a proteção do FBI, de Raymond Reddington e de todos os governos depois de tudo.

— Poderíamos usar alguém melhor e mais suspeito. – Todos olharam para Aram. – Não você, docinho.

Penelope sentiu seu sangue gelar. Eles queriam usar alguém do FBI de novo para iniciar uma briga.

Quando a reunião finalmente acabou, Penelope puxou Aram para uma sala e trancou a porta, observando movimentos suspeitos.

— Precisamos ligar para Ressler. – Penelope sussurrou. – Eu ligaria para Luke, mas essa bomba relógio pode acabar com a carreira do meu noivo. E temos que salvar a todos.

— Certo. – Aram puxou o telefone do bolso e começou a discar.

Mas antes que eles pudessem fazer qualquer ligação, a porta foi aberta rudemente, o celular de Aram arrancado de suas mãos e ambos foram puxados para fora com força.

— Sabia que vocês dois eram perfeitos demais. – Olivia arrancou a peruca de Penelope e os óculos de Aram. – Leve os dois para a sala de rendição. Eu vou ensinar a eles nunca brincarem de espiões.


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