(Neste mundo existe o real e o faz de conta)

Estamos todos na sala, mamãe na poltrona, Cameron no braço do sofá e Ramona no sofá enquanto eu estou deitado praticamente sozinho no outro, mamãe com seus olhares não permitiu que Ramona sentasse próximo de mim, segundo a “cabeça de lava” era estranha e que era pra eu manter distância.

— Galera vão indo pra garagem que eu preciso fazer umas coisas aqui depois a gente se encontra.

Ramona e Cameron se levantam rapidamente e caminham para fora de casa, deixando mamãe e eu a sós.

Na volta do restaurante acabei me encontrando com Nayara, uma menina do mesmo colégio que eu. Apesar de sermos de turmas diferentes ela era uma pessoa muito legal, centrada, temperamental ao extremo, mas acabei conseguindo uma amiga.

— Ai Manu estou tão feliz de ter encontrado uma amiga pra conversar sobre o colégio – disse ela.

— É, mas existem outras coisas além de falar sobre o colégio, por mais que passemos 90% do tempo lá.

— Devo agradecer a todas as divindades existentes no mundo por ter te colocado no meu caminho ficar sozinha por mais que seja bom às vezes não é legal – disse ela e eu sorri.

— É tão difícil encontrar alguém assim, não igual à gente, mas que faz as coisas serem melhores – falo.

— Garotos nem se falam – diz Nayara – São impossíveis, inconsequentes e depois nós que somos complicadas.

— Você já namorou alguém que sei lá se dessem bem essas coisas? – pergunto a Nayara.

— Ah já namorei sim, mas eu brigava e muito com eles, então optei por ficar sozinha e esperar, e você?

— Nunca, claro que já gostei de um garoto ali outro acolá, mas nunca alguém mesmo entende?

— Ah não vai me dizer que não tem nenhum menino lá na escola que não te dá uns cinco minutos?

— Pra falar a verdade tem sim, tem o Gabriel, mas ele me deixa em menos de cinco minutos com ódio.

Nayara cai na gargalhada e deixa morrer o assunto, não me enche de perguntas a menos que seja necessário.

— Mãe você e o papai andam meio estranhos ultimamente, aconteceu alguma coisa?

—- Porque está me perguntando isso filhote? - disse mamãe desconfiada.

— Você não está mais pedindo pro papai passar mais tempo em casa...

— É o que você me falou noite passada, seu pai está com ciúmes por eu voltar a trabalhar é isso filho.

— Certo... Vou pra garagem dos fundos com o pessoal, depois a gente se fala – digo dando um beijo em sua bochecha e saindo em direção a porta da sala.

Reação de Sofia:

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