New Wave escrita por Bruna Gabrielle Belle


Capítulo 30
Maybe I'm foolish




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(Talvez eu seja um idiota)

Procurei chegar me casa mais cedo possível, é divertido andar com Cameron e Ramona, mas ao mesmo tempo é complicado, e assim que estacionei meu carro na garagem vi os dois carros de meus pais lá também, se eles foram me ver no quarto com certeza eu estaria encrencado, pensei em entrar pela porta dos fundos, mas era melhor enfrentar logo o juiz Decklan.

E assim que passei pela porta da sala o vi parado no meio da sala de braços cruzados.

— Posso saber se você ouviu o que eu disse hoje mais cedo Gabriel? Seu irresponsável.

— Eu tava na garagem mexendo no conversível e acabei cochilando no banco traseiro – menti.

— Não estava não, entrei no seu quarto e quando fui pra garagem de carros o seu conversível não estava lá.

— Eu queria sair um pouco de casa pai e aproveitei hoje que não estava chovendo pra andar de carro.

— Sabe o Richard? O advogado estava no hospital e me ligou avisando que o garoto está em coma! - gritou papai assustando a mim e a mamãe.

— Coma? – pergunto me assustando com a noticia e paraliso olhando para o rosto de mamãe que tinha pavor estampado nos olhos.

— É rapazinho, em coma e se esse menino morrer, você estará numa situação pior do que já está.

— Ele pode morrer? – pergunta mamãe assustada, meu pai caminha pela sala passando as mãos nos cabelos.

— Dependendo do promotor e do juiz ele pode falar que a sua agressão dolosa para seguida de morte e significa que se o juiz que pegar o seu caso pode te colocar na cadeia.

— E quanto tempo seria essa prisão? – pergunto meu pai respira fundo e me encara.

— No mínimo cinco a seis anos de prisão – diz ele sem olhar pra mim.

— Mas eu não fiz nada pai – resmungo me sentando no sofá de sala com as mãos no rosto.

Chego à casa de meus tios toda sorridente, mas meu sorriso morre assim que os vejo arrumando as coisas, meu tio dobra as meias e minha tia uma camisa para o novo serviço de meu tio, ambos estão muito abatidos e preocupados.

Triste.

— Aconteceu alguma coisa com o Luciano? – pergunto e os dois se entreolham.

— O Richard, o menino que está internado entrou em coma – diz meu tio e tia Anna suspira.

— Vamos ao hospital dar um apoio ao pai do menino e ir a delegacia conversar com o Luciano, ele não vai ficar nada feliz com a noticia, mas somos a família dele, e família apesar de tudo apoia uns e os outros. Só vou pegar a minha bolsa, vamos Lucio? – diz minha tia e vamos até a saída para a garagem.

Ao chegarmos do hospital na delegacia, o defensor publico já estava lá e quando entramos na sala do delegado chato o defensor lhe entregou um papel no qual ele leu calmamente e suspirou.

— É até aqui está tudo certo, podem soltar o garoto – diz ele ao policial que rapidamente sai da sala.

— Graças aos céus – diz meu tio abraçando fortemente minha tia, sorrio com a cena e encaro o delegado.

— Qual o nome do senhor? – pergunta minha tia cumprimentando o homem que soltou meu primo.

— Tales Ribeiro, desculpe não ter vindo antes, assim em cima da hora é complicado.

— Muito pivete fazendo bagunça não é doutor – diz o delegado com ironia.

— É a justiça tarda, mas não falha – digo e o delegado me encara.

— A loirinha ainda está nervosinha? – diz ele com ironia – Ele ainda pode responder um processo.

— A gente vai provar a inocência do meu primo – respondo e o defensor apenas me olha como quem manda calar a boca com o olhar.

Nisso meu primo aparece na sala escoltado pelo policial que sairia dali há pouco tempo.

— Podemos ir embora doutor delegado? – diz meu tio ironicamente.

— Até breve – diz o delegado enfezado, abraço meu primo e todos saímos dali.

Quando saímos dali pulei nas costas de Luciano como fazíamos quando éramos crianças.

— Eu vou voltar pra casa – disse ele rodando comigo em suas costas gargalhei alto fazendo meus tios rirem.

— Eu fiz uma lasanha que está fora de sério – disse meu tio quando entramos no Ford KA.

— Maravilha! – gritou Luciano no banco traseiro e se inclinou para beijar os rostos dos pais.

Quando chegamos em casa Luciano correu para tomar banho e tirar o “cheiro de cadeia” e quando voltou parou no batente da porta da cozinha e nos olhou arrumando a mesa de jantar.

— Como que está o Richard? – perguntou ele, olhei para meus tios e meu tio suspirou novamente.

— Está em coma – disse ele e minha tia olhou para Luciano e para mim. Luciano respirou fundo.

— Perdi a fome, vou deitar e dormir um pouco – disse ele voltando em direção ao quarto.

Minha tia respirou fundo e se sentou á mesa da cozinha enquanto meu tio afagou – lhe os ombros.

Eu apenas suspirei e continuei arrumando a mesa de jantar, mesmo sem clima precisávamos comer.

Cozinha:

https://images.app.goo.gl/rKgNKLQhz9mk2faAA

Quarto:

https://images.app.goo.gl/oJNk5JsWZdPbZgXNA


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