Algumas estocadas mais tarde, ele ficou mais rápido e o prazer deixou de lado a dor.

Seu corpo caiu sobre o meu e ele nos rolou, me deixando por cima. Deitei minha cabeça em seu peito e nossas respirações eventualmente acalmaram e ele puxou meu rosto para cima me beijando, então separou nossos lábios.

—- Eu te amo – respondeu ele após alguns minutos em silencio apenas retribui o beijo e sorri discretamente.

Acordei na manhã seguinte e estava ainda em volta dos braços de Gabriel, apesar de ser cedo o acordei.

—- Bom dia – disse passando as mãos por seu rosto e ele sorriu abrindo os olhos e me beijou rapidamente.

—- Bom dia – respondeu ele entre beijos, mas logo se afastou de meu rosto e respirou fundo e me encarou.

—- Preciso falar com você – disse ele seriamente e ergui uma sobrancelha intrigada com sua pergunta.

—- Sou toda ouvidos – respondi cruzando os braços sob o peito e ignorei a nudez e os olhares de Gabriel.

—- Sobre o que aconteceu noite passada... – começou ele.

—- Sei o que aconteceu ontem à noite, mas porque você quer falar sobre isso? – perguntei intrigada.

—- Você não estava preparada? Eu machuquei você? – perguntou ele num tanto envergonhado.

 -- Não e está tudo bem, foi tudo como teria que ser e afinal de contas a pratica leva a perfeição – disse.

—- Tá, é que eu fui tomar água ontem à noite depois de tudo e quando voltei vi a Nay e o Fer olhando pra mim com cara de tacho e soltarem risinhos e eu acho que eles ouviram ou deduziram o que aconteceu.

—- Meu bem, somos adultos e sabemos o que estamos fazendo os corpos são nossos e fazemos deles o que queremos fazer eles também tem ciência de que fazem a mesma coisa há muito mais tempo então não tem que ficar preocupado com isso não devemos nada há ninguém muito menos explicações – disse.

—- Concordo, mas se vierem com brincadeirinhas eu juro que esqueço que são nossos melhores amigos e os mando catar coquinho no asfalto quente – respondeu Gabriel brincalhão e eu ri de seu comentário.

—- Vamos levantar se não é capaz deles arrombarem a porta e nos verem assim como viemos ao mundo.

—- Ainda é cedo, vamos dormir juntinhos mais um pouquinho – pediu Gabriel me abraçando fortemente.

Sorri e voltamos a deitar ignorando a nudez que estávamos e dormimos por mais de duas horas e meia.

Acordamos por volta das onze e meia da manhã e eu fui até o banheiro e optei por um vestido florido, peguei uma sapatilha branca e deixei meu cabelo solto com uma presilha de borboleta e ao sair do banheiro encontrei com Gabriel sentado na beira da cama já arrumada e ele sorriu, estava vestido de calça jeans azul marinho e uma camiseta preta com o morcego do Batman que parecia que estava derretendo.

Saímos do quarto de mãos dadas e ao entrarmos na cozinha encontramos com Nayara e Felipe na mesa.

—- Bom dia – eu disse me sentando na cadeira e pegando um copo de suco de laranja e uns biscoitos.

—- Bom dia – respondeu Nayara enquanto esperava o leite ser esquentado no micro-ondas Gabriel apenas deu um “Hi Five” em Felipe e acenou para Nayara enquanto pegava um pão e passava manteiga no mesmo.