Naquele mesmo dia fui ate a casa de Gabriel, paramos em frente uma grande porta branca e respirei fundo

E esperando um pouco mais ao lado da grande sala de estar estava à mãe de Gabriel, Sofia Decklan.

— Olá Manuella, sou Sofia mãe desse cara que te pediu em namoro – disse ela me abraçando sorridente.

— Dona Sofia pode deixar de ficar bajulando a minha namorada porque ela é minha -- disse Gabriel.

 - Fico muito feliz por isso meu filho, seja bem vinda a Família Manuella, logo você conhece o Gustavo.

— Agora então – disse Gustavo passando pela porta branca e sorriu cumprimentando a todos ali.

— É muito bem – vinda aqui Manuella – disse Gustavo se apresentando e dando um beijo na bochecha de Manuella que sorriu corando um pouco.

— É bom conhecer o senhor Juiz Decklan – disse Manuella sorrindo para o homem loiro claro.

— Desse jeito sinto que não sai do fórum pode me chamar de Gustavo querida – disse ele sorrindo.

— Gustavo, certo – respondeu Manuella e os quatro sorriam um para o outro felizes com a novidade.

— Quer ver o restante da casa? – perguntou Gabriel e olhei para seus pais pedindo autorização.

Gabriel riu e pegou a minha ma me levando para um largo e extenso corredor e paramos diante a penúltima porta no grande corredor branco.

— Este é o meu quarto – disse ele abrindo a porta e me empurrando pra dentro rapidamente.

— Como é organizado – falei ao ver que todo o quarto dele tinha tons de branco, azul claro e escuro.

— Na maioria do tempo sim, mas Marlene e as faxineiras mensais dão uma ajudinha – disse ele rindo.

Gabriel me observava intensamente, mas havia humor no fundo de seus olhos castanhos e apoiou as mãos na parede atrás de mim e se inclinou pra frente obrigando – me a encostar na parede próximo a cama.

— Agora – murmurou ele – Como se sente em relação à oficialização do nosso relacionamento?

— Estou realmente feliz com esse novo status, parece agora que é realmente verdadeiro – respondi.

Gabriel riu alto e pegou meu rosto por entre as mãos e me beijou, os lábios se movendo junto aos meus.

Não havia desculpa nenhuma para esse tipo de comportamento logo nos primeiros dias de namoro, não consegui deixar de reagir assim como ele e como na primeira vez meus braços se estenderam para agarrar o pescoço dele e de repente estávamos colados e ele mantinha um braço em torno de minha cintura e outro em minha nuca prendendo meu rosto junto ao dele e suspiramos e separamos um pouco nossos lábios.

De repente a porta foi aberta num rompante e Gabriel cambaleou se separando de mim e encaramos quem havia aberto a porta tão abruptamente e demos de cara com uma Ramona fora de si.

— O que essa idiota está fazendo aqui? – perguntou ela enraivecida e eu me encolhi contra a parede.

— Como é que você entrou aqui? – gritou Gabriel indo para minha frente e eu me desencostei da parede.

— A porta da cozinha estava aberta e aproveitei que seus pais estavam vendo TV e corri pra cá – disse ela.

— Respondendo a sua pergunta a Manuella é a minha namorada Ramona, quer que eu soletre? – disse ele.

— Vou sair daqui pra vocês se resolverem – eu disse procurando a saída do quarto, mas Gabriel me parou.

— Não você não vai sair daqui, quem vai ter que sair daqui é a Ramona – disse Gabriel encarando a ruiva.

Ramona nos encarou friamente e saiu do quarto batendo a porta e sumindo corredor a fora e eu suspirei.

— A Ramona é uma louca! – disse Gabriel irritando andando de um lado para o outro no quarto.

— Eu já podia imaginar que teria que enfrentar a fúria da lava ambulante – eu disse me sentando na cama.

— Lava ambulante? – disse Gabriel encostando – se na escrivaninha e me encarando segurando um riso.

— Ué com o cabelo daquela cor e daquele tamanho e andando de preto parece uma lava no vulcão – disse.

Gabriel riu alto e me abraçou novamente e sorrimos um para o outro e ele me beijou lentamente.