All over again escrita por Shinobu


Capítulo 6
Capítulo 6- A "Visita" inesperada


Notas iniciais do capítulo

Eu realmente sinto muiiittoooo por toda essa demora em postar!! É que as vezss é bem difícil escrever ;u;
Mas tá aí o novo capítulo! Espero que goste!



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Yumi seguia o caminho que a levaria até a sua cela. Sendo escoltada por um Marinheiro, a azulada agora pensava numa maneira de se livrar das algemas que foram lhe postas assim que deixou o gabinete.

Ela então pensou em algo que poderia funcionar, só que se não desse certo as coisas poderiam ficar um pouquinho mais complicadas. Mas mesmo assim arriscaria.

— Minha nossa!!! O que é aquilo!??? - Disse fingindo surpresa. 

— Aquilo o que? Aonde!? - Ele tentava encontrar a tal coisa. E com isso ela teve exatamente o que precisava: Um momento de distração. Aparentemente seu pequeno plano daria certo no final das contas. Só faltava fazer mais uma coisa.

— Não tem nada ali, sua garota doida! Agora deixa de besteira e... - Antes que o Marinheiro pudesse terminar a frase, Yumi havia rapidamente derrubado ele com uma rasteira. O que também fez com que ele ficasse inconsciente, já que acabou batendo a cabeça no chão quando caiu.

— Me desculpe por isso ^^',  mas você não me daria a chave mesmo que eu pedisse. Mas não se preocupe, logo irá acordar,  então...com licença. - A azulada começou a procurar pela chave das algemas. Não tinha certeza se estaria com o Marinheiro, mas era sua esperança no momento. 

Porém, de repente, ela começou a ouvir passos, que não estavam muito distantes, e estavam se aproximando cada vez mais.

— Achei que fosse precisar da minha ajuda, mas pelo visto você nem precisa. O que não é nada ruim, muito pelo contrário, na verdade. - Disse uma voz muito familiar que logo revelou um rosto que também não era nada estranho.

— Bom, digamos que eu consigo e sei muito bem me defender sozinha. E eu com certeza não pretendia ficar presa por sei lá quanto tempo esperando que alguém venha me salvar, então tinha que fazer alguma coisa, obviamente. Mas não seja por isso, uma ajuda de vez em quando é bem vinda. Além de que é um tanto quanto complicado fazer qualquer coisa estando algemado. - A azulada mostra as algemas.

— Definitivamente. Mas nesse caso, que bom que tenho isso. - Law mostra um chaveiro que tirou do bolso.

— O que!? Essas são as chaves das algemas...Mas c-como você...? Quando você...? - Ela se demonstrou estar bastante
impressionada. - Quer saber, não importa. Acredito que você ainda vai ter muito tempo para me contar sobre isso e também sobre como DIABOS você veio parar aqui.

Law então usou as chaves para abrir as algemas. Nem tinha se dado conta de como a distância entre eles havia diminuído consideravelmente e por um momento seus olhos se encontraram.

Ah, aqueles olhos azuis ainda deixavam Law perdido sempre que os admirava.

— ...O que foi? Tem alguma coisa no meu rosto? Ou você só está esperando um beijo, hm?

— ...N-não, não é nada.

— Rsrs, você é engraçado, sabia?

— Bem...Agora é melhor irmos antes que alguma coisa aconteça, então vamos.

— Sim, com certeza. O que eu mais quero no momento é sair daqui. Esse lugar não me faz muito bem, e eu já fiquei tempo mais que suficiente aqui...

— Você está bem?

— Sim, estou...É só que...você realmente veio...

— É claro que eu viria, isso tão surpreendente assim? Não fiz nada que eu não faria por...você sabe, um companheiro...Mas você não parece muito feliz com isso.

— Sim...Eu meio que sabia que você viria, já esperava...No fundo eu estou feliz, de verdade. E eu realmente agradeço, e também estou muito aliviada por você estar bem, mas a questão é que você não deveria ter vindo!

— Eu não tenho como simplesmente deixar você para trás! Eu não posso.

— Mas nesse caso você deveria! Você deveria ter ido embora o quanto antes! Se for pego, eu não consigo nem imaginar as coisas horríveis que podem fazer com você! - Yumi suspira e faz uma breve pausa. - ...Eu posso explicar melhor o que está acontecendo...Mas vamos nos escondermos primeiro. Eu me lembro de ter um depósito por aqui...vai ser mais seguro conversarmos lá.

Law apenas assentiu. E então os dois foram até o depósito que relmente não estava localizado muito longe de onde estavam, assim como a azulada havia dito.

— Ok...Devemos estar seguros por enquanto. Não devem nós encontrar aqui tão cedo, então poderemos conversar com mais calma.

— Como sabia que tinha um depósito aqui?

— É justamente sobre isso que eu queria falar. Minha avó é uma Vice-Almirante e está no comando desta base da Marinha. Ela de vez em quando me trazia pra cá e é por isso que conheço um pouco o lugar.

— Entendo, então foi ela quem armou toda essa situação para me pegar.

— Sim, mas não só você. Ela não ficará satisfeita até ter certeza se que todo o seu bando foi eliminado. Então pode ter certeza de que depois
ela irá atrás da sua tripulação se conseguir te executar....E é por isso que foi muita imprudência você ter vindo, seu...!

—  Idiota? É, talvez eu seja mesmo. Mas eu não me importo. Como disse antes, não sou do tipo que deixa de lado a própria tripulação.

— É mesmo...Eu também não faria diferente se estivesse no seu lugar...De qualquer jeito, temos que ter muito cuidado. Não tenho dúvidas de que alguma outra "armadilha" deve estar nos esperando. Apesar de não deixar transparecer minha avó é uma sádica completamente insana que não conhece limites...A diversão dela é criar esses jogos cruéis...e é por isso que esse lugar é praticamente o inferno, que nem Impel Down. Eu sei porque já vi com meus próprios olhos o que eles fazem com os criminosos. Até mesmo simples ladrões são tratados da mesma maneira desumana e brutal que pessoas que comentaram crimes piores ou assassinato. Todos são torturados das piores maneiras possíveis e sofrem cada segundo que passam aqui dentro...! E tudo por uma vingança que deixou de ter sentido há muito tempo...

— Vingança?

— É. Minha avó nunca me disse nada sobre isso antes, mas hoje eu descobri o que houve com ela no passado....E como eu sempre suspeitei, aconteceram coisas muito ruins. E tanta mágoa fez ela ficar "louca" extremamente obcecada com essa vingança...Em alguns casos até acho que vingança é uma coisa justa e merecida. E o que aconteceu com ela foi realmente horrível, injusto e imperdoável e se tivesse sido comigo também não faria muito diferente do que ela fez, então não vou julga-la. A questão é que ela já se vingou das pessoas que fizeram ela sofrer, sendo assim isso não faz mais sentido, só que ela não percebe isso. Ela continua caçando piratas e bandidos como se todos fossem culpados pelo o que aconteceu. Eu sei que ela é uma Marinheira e que o trabalho dela é prender criminosos mas ela se tornou igual a esses bandidos que tanto odeia. E mesmo entendendo toda a dor, tristeza e raiva dela não tenho como concordar com a forma na qual ela ainda faz as coisas, não acho que isso está certo...Ah, eu acabei falando demais, foi mal...

— De fato, mas eu não ligo. É tão bom ouvir a sua voz...- Quando se deu conta do que tinha acabado de dizer, arregalou os olhos devido ao breve susto. "Espera! Eu realmente acabei de dizer isso???" Pensou. 

— Acho que você pensou um pouco alto demais rsrs. Mas obrigada, vou considerar como um elogio.

— Ahm...Enfim, por que está me contando tudo isso? Não é como se você me devesse satisfações ou qualquer coisa do tipo.

— Hoje foi outro dia cheio "novidades" pra mim, ainda estou tentando digerir tudo e achei que desabafar ajudaria. Também fiquei preocupada então talvez seja por isso...

— Yumi, preste atenção e me escute, por favor. - Disse o moreno enquanto repousava suas mãos nos ombros dela. Naturalmente seu olhar se voltou para ele. - Acho que você não pensou nisso, mas essa não é minha primeira vez. Ou você acha que, sendo um pirata e também um aliado dos Chapéus de Palha... - A última parte é dita com certa relutância. - Nunca passei por uma situação parecida ou até pior?

— Haha, Tem razão, você está certo. Desculpe, eu acabei fiquei preocupada demais, eu acho...

— Vai ficar tudo bem, eu juro. Confia em mim?

—  Claro que confio, Capitão. - A azulada sorriu. Aquelas palavras haviam lhe deixado mais determinada. - Afinal, o que seria de um bando onde não existe confiança entre a tripulação?

— Ah, Então vai aceitar se juntar ao bando?

— Sim, vou. Quero dizer, isso se ainda tiver uma vaga disponível e se a oferta ainda estiver de pé.

— Está sim. A vaga é toda sua. Mas...tem certeza disso? Não que eu esteja tentando fazer você desistir, mas você sabe que está escolhendo um caminho arriscado, né?

— Eu sei que é perigoso, estou ciente disso. Não é como se eu não estivesse com medo, porque, naturalmente, também estou. Não temos como saber o que vai acontecer, o futuro é incerto. Coisas ruins podem acontecer, mas coisas boas também. Nunca saberemos se não tentarmos, por isso acho que as pessoas deviam se arriscar um pouquinho mais. O que eu tô tentando dizer é que não devemos nos permitir viver na sobra do medo, porque o medo não nos leva a lugar nenhum. Por isso, mesmo sendo perigoso, não vou me privar.

— Eu só não queria ver você se arrepender. Mas você está bem decidida, então parece que não preciso me preocupar com isso. - O moreno dá um sorrisinho.

— Haha, pois é, sem arrependimentos. Acho que esse é um dos casos onde o sangue está falando mais alto. Desde que chegei aqui eu fiquei sonhando com o dia em que voltaria para o mar. Você acaba sentido falta da vida "agitada", das aventuras...e da liberdade também. Então...obrigada, sabe, por me dar essa "oportunidade".

— Não precisa agradecer. Mas porque eu sinto que você está "escondendo" ou pelo menos deixando de me dizer algo?

— Ok, agora me pegou. Mas vamos falar sobre isso mais tarde. Me promete que vamos conseguir escapar...?

— Eu prometo. Não importa o que estiver por vir, nós vamos sair daqui. Juntos.

A azulada sorriu aliviada. - Certo. É melhor começarmos a nos mexer então. Não podemos ficar parados e nem perder tempo.

A azualda estava prestes a abrir a porta do depósito quando alguém do lado de fora o fez antes dela. Os dois levaram um susto, e o moreno instintivamente usou o "Shambles" para trocar de lugar com Yumi, numa tentativa de protege-la.

Law também foi rápido para sacar sua espada e, como ameaça, deixa-la a poucos centímetros do pescoço do marinheiro que tinha levantado as mãos em forma de rendição. Porém logo ele sentiu Yumi segura-lo.

— Law, espera!

— O que foi!?

— Não precisa fazer isso! Eu conheço ele! Ele é meu amigo de infância!


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo! Trarei em breve, o mais rápido possível!



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