The Princess of Scotland escrita por Samy Meireles, Samara Meireles


Capítulo 3
Invasão


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores.
Espero que curtam ms esse capítulo, muita explicações e abreviações.



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Percy suspirou, que menina mais arrogante. 

—Certo, Princesa Annabeth. Será que pode me ajudar agora? 

Annabeth abriu um sorriso irônico

—Eu senti algo estava fora dos padrões.

Ele fez uma careta.

—Como assim? 

—Você não devia estar aqui, seu tempo não é aqui.

—Jura? Não sabia.

—Alexander me disse que você explicaria melhor que tipo de ajuda quer. 

Percy contou tudo, desde como tinha achado o medalhão e o que tinha acontecido quando tinha voltado. 

—Você quer que eu lhe permissão para voltar no tempo e abrir uma brecha, não permitir que seu pai morra, é isso? 

—Não, eu só não quero ser acusado de tal ato, e quero matar Atlee com minhas próprias mãos! 

Annabeth o observou, juntou as mãos e a pôs em frente ao seu corpo. 

—Não há nada que fazer, sinto muito. Deve voltar ao seu tempo, viver fugindo talvez. - ela deu de ombros e então começou a caminhar para fora

—Espera! - Percy a seguiu - Alex me disse que você poderia ajudar!

—Não posso alterar uma linha temporal. 

—Mas eu fui acusado injustamente! 

—O destino já escreveu sua história, deve voltar e  vive-la. 

Percy a olhou incrédulo. 

—Você está de brincadeira comigo? 

Annabeth parou de andar, deu um longo suspiro e respondeu:
—Não. Eu não posso ajudar, volte para seu tempo.

Annabeth caminhou até a saída, quando passou por Alex, ele lhe fez uma breve reverencia. 

—O que ela disse? - Alex perguntou, quando Percy chegou logo em seguida

—Que não vai me ajudar. 

—Sinto muito. - AJ colocou a mão em seu ombro e deu um apertão 

—Eu não posso voltar Alex, vou me caçar, eu teria de viver nas sombras. 

—Mas também não pode ficar, paradoxos temporais não são permitidos. Sinto muito mesmo. 

—O que é um paradoxo temporal?

—É quando alguém viaja no tempo para o passado, altera uma ação e com isso muda os acontecimentos futuros, fazendo com que a ação que motivou a viagem no tempo não exista mais, e com isto, a própria viagem não existiria. Isso cria multiversos, como eu já tinha te explicado. 

—Senhor Castellan? - chamou um criado, chegando de repente

—Fale. 

Bidh a ’Bhana-phrionnsa a’ tabhann a h-aoigheachd dhut, a ’tabhann biadh, a’ fuireach airson na h-oidhche, agus a ’toirt cuireadh do bhanais A Mòrachd a’ Rìgh. (A Princesa oferece sua hospitalidade para convosco, oferece estadia, alimentação por essa noite e estende o convite para as bodas de Sua Majestade, o Rei. )

Mìnich gu bheil sinn a ’gabhail ris a’ chuireadh. ( Diga que aceitamos o convite.)

O criado assentiu.

Thig còmhla rium, mas e do thoil e. (Venham comigo, por favor) 

AJ assentiu

—Venha Percy.

— O que ele disse? - Percy perguntou, confuso enquanto acompanhava o amigo e o criado

—A princesa nos ofereceu para que fiquemos por essa noite e que partamos amanhã. 

—Quanta hospitalidade. - ele revirou os olhos 

ro chruaidh.— Alex murmurou

— O que disse? 

—Nada. 

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—Não sabia que existiam aposentos conjugados. - Percy comentou

—Aqui na Escócia é comum, os nobres ganham aposentos separados, mas eu e você não somos nobres. 

—Quando voltei, eu estava lá no palácio de Placentina, em casa. Eu dei de cara com meu bisavô, Urano. 

—James Urano? Ou Urano I? 

—James Urano. Ele parecia tão jovem, acho que que Cronos já é nascido e vários de seu irmãos. Sabia que Urano teve… - Percy balançou a cabeça em confusão - Terá, digo,  21 filhos?

AJ o olhou espantado.

—Como assim? Todos da mesma mãe?

Percy riu.

—Claro que não. Seu primeiro casamento foi com Gaia, Princesa de Aragão. Ela lhe deu Cronos, Céos, Crio, Oceano, Hiperião, Jápeto, Teia, Têmis, Tétis, Febe, Mnemosine, Brontes, Estéropes, Arges, Coto, Briareu, Giges… - Percy fez uma careta, tentando se lembrar

—Só isso? - Alex perguntou com certa ironia

—De Gaia sim. Ai ela morreu, ele se casou novamente com Erínia e teve Alecto, Megera, Tisífone. Mas ela também morreu,no nascimento de Tisífone.

—Como sabe tanto da história de sua familia? Não é comum que alguém saiba praticamente todos os nomes dos seus tios- bisavós. 

—Quando eu cheguei no palácio, eu queria muito conhecer toda minha família e toda a corte, que são todos praticamente família. Eu decorei tudo, procurei todos os descendentes deles, desde Caos I até hoje, o bom é que alguns casaram entre si, mantendo o que eles chamam de pureza entre família. - ele revirou os olhos - Meu irmão Agenor , por exemplo, casou com nossa prima Teléfassa, filha de Selene, filha de Teia, filha de Urano. Eles tem quatro filhos: Europa, Cadmo, Fênix e Cílix, esse último só tinha 3 meses quando eu saí.

Alex notou o olhar triste de Percy, podia se ver, que ele sentia saudades. 

—Mas e seu irmão mais velho? Suponho que ele não tenha ficado para trás, não correria o risco de morrer sem filhos e Agenor assumir. 

—De fato, não. Tritan tem somente um filho, Edmund, de sua falecida esposa, papai sempre quis que ele se casasse de novo, mas ele sempre lhe respondeu que seu coração pertencia a falecida. 

—Isso é bonito. Tem mais irmãos?

—Sim, mais um Tyson. Ele e Ella tem dois filhos, William e Anne. 

—Quantos anos tem Tyson? 

—20. 

—E você? 

—25. 

—E você ainda não é casado? - Alex o olhou indignado

—Não tem muitas princesas por ai querendo se casar com um bastardo, sem títulos. - ele baixou a cabeça e soltou uma risada fraca

—Mas pelo seu jeito, tenho certeza que muitas já caíram em seu charme. - Alex lançou-lhe um sorriso malicioso que Percy apenas respondeu com uma risada engraçada. 

Eles ouviram batidas na porta. 

Faodaidh tu tighinn a-steach. (Pode entrar) - Alex convidou

—Gabh mo leisgeul dhomh, tha a ’Bhana-phrionnsa air na ròpan a chuir ann gus an tèid do sgeadachadh gu ceart airson banais an Rìgh. Bha i cuideachd ag ullachadh frasair ron bhiadh.

(Com licença senhor, A Princesa mandou essas vestes para que vocês possam estar adequadamente vestidos para as bodas do Rei.Ela também mandou preparar-lhes um banho antes do banquete.  )

—Innis taing agus bidh sinn deiseil airson a-nochd. Faodaidh tu a dhol. (Diga que agradecemos  e que estaremos prontos para esta noite. Pode ir. )

O criado deixou as veste em cima da mesa e então se retirou. 

—O que vocês conversaram? 

—Ela nos mandou vestes limpas e mandou que preparasse um banho. 

Percy foi até as roupas, observou-as e fez uma careta. 

—Kilts? Isso é tão estranho.

—É comum aqui. 

—E que cores são essas? 

Alex parou para olhar.

—São as cores do clã Chase, obviamente. 

Percy olhou mais atentamente, as cores estavam em xadrez, no amarelo e azul, com preto detalhando. Pegou a camiseta de linho, observou e a dobrou novamente. 

—Não sabiam que também usavam o gibão aqui. - comentou

—É moda. - Alex deu de ombros - Você quer ir tomar o banho primeiro? 

—Não, pode ir. 

—Vai ficar bem aqui? 

—Perfeitamente. 

Alex sorriu, pegou a peça de roupa separada para ele e saiu. 

Percy não tinha muito o que fazer, apesar de estar cansado da viagem ele não queria se deitar. Pelo menos aquele quarto tinha uma janela grande, era bem parecida com a que ele teve que pular pensou.  Percy olhou para baixo, viu o jardim, as árvores típicas da Escócia e o santuário. Mesmo que a Escócia fosse católica, religiões pagãs eram bem comuns no lugar, ainda sim, era estranho que sua princesa fosse uma pagã.

Ele observou melhor o templo, Annabeth da porta calmamente, olhou para todos os lados e chamou dois guardas. Ela conversou com eles, parecia dura nas palavras. Parecia ter ordenado para que eles ficassem de guarda. Os dois guardas se posicionaram na entrada do santuário, Annabeth olhou em volta, seus olhos subiram até chegarem nos de Percy, que os encarou desconfiado. Annabeth manteve a expressão sérias por alguns segundos, e então partiu para o lado leste do castelo. 

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—Consegue ouvir? - Alex perguntou com empolgação

—O que? 

—As pessoas, os nobres, as carruagens chegando…

Percy riu. Ficou do mesmo jeito quando foi levado para o palácio. Ele ajeitou o gibão. 

—Estaremos atrasados se não formos agora, e acho que isso já seria suficiente para a princesa matar-me. 

AJ riu. 

—Ela não vai te matar. 

—Mas me olha desconfiada. 

—Normal… - ele deu de ombros - Você é uma falha do destino. 

Percy suspirou. 

—Eu só queria que tudo voltasse ao normal. 

—Sinto por você, mas por ora, vamos nessa festa, quem sabe te anima? 

—Talvez. 

Percy e Alex terminaram de se ajustar, o kilt era estranho para Percy, e com aquele frio suas perna quase congelaram. Eles não sabiam onde era o grande salão , mas seguiram as pessoas bem vestidas e arrumadas. 

—Acho que é aqui. - Alex disse

Percy observou o lugar, era grande o suficiente para caber umas mil pessoas, não estava cheio, mas com certeza deveria ter umas 800 pessoas no mínimo.  Passaram-se pelo menos uns 30 minutos até um dos servos, anuncia-se a entrada do Rei. 

A Mhòrachd Rìgh na h-Alba, Frederick de Chase. Agus a bhean, Ban-rìgh na h-Alba. (Sua Majestade, o Rei da Escócia, Frederick de Chase. E sua esposa, a Rainha da Escócia. )

Enquanto os Reis passavam, todos prestavam revencias.

—A Mhòrachd Rìoghail, Diùc Baile Bhòid, Prionnsa a ’Chrùin Matthew de Chase. (Sua Alteza Real, o Duque de Rothesay, o Príncipe Herdeiro Matthew de Chase) 

A reverência foi mantida para Matthew, que um dia viria a ser Rei daquele país. Percy olhou para frente, o rei e sua esposa já estavam sentados confortavelmente em seus assentos reais, Matthew já se dirigia para o seu, ao lado dos pais. Annabeth e  outro menino chegaram logo em seguida, sentando-se em cadeiras menos sofisticadas, mas com certeza sofisticadas o suficiente para a realeza. 

—Quem é aquele menino?- Percy questionou para Alex

—Aquele é o Bobby, filho mais novo do rei. Na verdade o nome dele é Robert, mas ninguém o chama de Robert, apenas de Bobby. 

Percy assentiu. Ambos os meninos eram parecido com o pai, o mais novo tinha os olhos castanhos da mãe , que Percy podia ver que era asiática. Percy e Alex concordaram em ir até a mesa pegar algumas guloseimas, não tinham comido o dia inteiro, praticamente. 

—Isso é muito bom! - Alex comentou

—Sim. - Percy disse de boca cheia

—Aproveitando  a comida, rapazes? 

Annabeth pegou ambos de surpresa, eles se limparam rapidamente e fizeram uma reverência. 

—Espero que estejam gostando da festa. 

—Sim, está muito boa. - Alex respondeu, dando mais uma mordida no doce

—De fato, está. - concordou Percy com frieza

—Algo nçao lhe agrada? - ela o olhou profundamente

—Minha vinda aqui foi inútil. Perdi dias no meu tempo sabia? 

Annabeth suspirou.

—Nada posso fazer quanto a isso. 

—Tem certeza? - Percy a encarou - Eu tenho a impressão de que você só não quer ajudar. 

—Eu não posso te ajudar, não é permitido. 

—Por quem?

—Pela Deusa! 

—Eu não acredito nos seus deuses pagãos!

Annabeth riu. 

—E ainda sim, pede ajuda para eles?!

—Acho que o Rei está lhe chamando, princesa. - Alex apontou com a cabeça para o Rei, que olhava sem parar para a filha

Annabeth assentiu, deu um olhar de desprezo para Percy e foi até seu pai. Os dois observaram eles conversando, o Rei parecia ter muito apreço pela filha. 

—Ela não é a mais velha? - Percy questionou

—Sim. 

—Ela não deveria ser rainha, eu soube que a Escócia sempre permitiu a subida ao trono de rainhas legitimadas. 

—É possível, sim. Mas a menina mais velha deve ser sempre a sacerdotisa, não há escolha. 

—Mesmo ela sendo a herdeira do trono? 

—Se a menina for a primogênita, ela não pode herdar o trono, sua função é ser sacerdotisa, mas se o segundo filho do Rei for uma menina, esta deve ser rainha. 

—Vocês escoceses tem uma lógica estranha. 

—É feito assim a séculos. 

Percy deu de ombros, demonstrando indiferença. 

Ouviu-se um grande estrondo vindo de vários lados do castelo.

—O que está havendo? - Percy questionou

Thathas a ’toirt ionnsaigh oirnn!— gritou um soldado para todos

Pessoas começaram a gritar, saindo em desespero pelas portas. 

—O que ele disse? - Percy perguntou exasperado - O que está acontecendo Alex? 

—Estamos sendo atacados, de surpresa! 

—Como assim atacados? 

Mais estrondos vindo de todos os lados. 

—Eles não podem invadir o castelo certo Alex?

Alex correu até a janela. O exército era francês, ele pode supor. Mas a França não estava em guerra contra a Escócia, era suspeito demais. 

—A-mach air fad! Tha arm na Frainge a ’toirt ionnsaigh oirnn, faigh na buill-airm agad! — Percy ouviu o Rei dizer em voz alta

Percy procurou por Annabeth, ela segurava Bobby junto si, o garoto parecia com muito medo. Foi até Alex, que ainda olhava pela janela, certamente surpreso com tudo aquilo.

—Você ouviu o que o Rei disse? Pode me dizer o que está acontecendo? 

Alex se virou para Percy, a expressão séria. 

—Os franceses estão nos atacando. Todos devem se preparar para proteger o lugar.

—E nós? 

—Eu não sei você, mas eu vou lutar pela minha terra!

Percy procurou a família real, já haviam partido, apenas o Rei trocava uma palavra com um homem, que parecia ser o comandante do exército.  O rei terminou de falar, apertou ombro do homem e saiu por uma porta restrita. 

—A h-uile gin de na seòmraichean agad, luath! Dèan deiseil airson sabaid!

— O que disseram agora Alex?

—Devemos voltar para os nossos aposentos, nos preparar para a batalha. 

—Tha a h-uile duine ann an deich mionaidean!

O homem se retirou a passos largos, com dois soldados lhe acompanhando. 

—E agora, o que ele disse? 

—Que todos devem descer o mais rápido possível. Venha, temos que correr, nos preparar!

—Nos preparar para que? 

Alex o olhou incrédulo.

—Para batalha é claro! Pelo país!

Percy se  viu obrigado a lutar não pela Escócia, mas por sua vida. 

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Dois dias se passaram desde que a França atacou a Escócia. Batalhas arduas foram travadas entre os muros do palácio de Linlithgow, Percy e Alex ajudaram em algumas delas, saindo ferido em algumas vezes, recuando sempre que o exército francês conseguia avançar em número. Alex aprendeu mais com Percy do que ao contrário, afinal não era sua primeira batalha, a experiência de Percy foi algo com a qual Alex se surpreendeu. 

—Não há mais o que fazer… - Alex começou a traduzir para Percy as palavras do comandante, que agora eles sabiam que se chamava Moray - O Rei anunciou sua rendição a França, a comitiva do Rei da França já foi convidada para assumir seu lugar no palácio. 

—Depois de toda essa luta, o Rei vai desistir? - Percy não podia crer, lutou por sua vida e por proteção das terras daqueles que o podiam abrigar e salvar. 

—Eles não tem opção Perceu, todo o exército está detonado. As tropas estão famintas, não há resistência, os clãs mandaram tropas, mas não foi suficiente. Só nos resta torcer para não haver mais mortes. 

—Isso é covardia da parte do rei!

—Cale a boca, Moray está dizendo para todos irem receber o Rei da França, agora.

Todos os soldados seguiram para a entrada do palácio, os que restaram deles. Percy viu o Rei e sua família posicionando-se na entrada do palácio, ordenando que as portas do castelo fossem abertas. 

O rei da França entrou sobre um cavalo branco, suas vestes eram de batalha, ele usava armadura e seu capacete tinha a figura ilustrada de uma coroa, atrás dele vinha um menino, não mais que 20 anos.  Os soldados franceses, com suas armaduras e roupas azuis entraram logo atrás, alguns deles se posicionaram ao lado do Rei, fazendo uma barreira entre ele e a multidão de soldados escoceses. Logo mais atrás, os nobres chegavam a cavalos também, eles tinham uma faixa na diagonal branca, representando assim seu título. 

Quando o Rei chegou perto da entrada do palácio, onde estavam os membros da família real, Percy pode observar mais, ele tinha um corpo ereto, seu cabelo era difícil de enxergar naquele capacete, mas Percy pode jurar que era castanho claro, os olhos azuis como o céu, ele devia ter não mais que 50 anos. 

Um soldado gritou para todos os outros:

Inclinez-vous devant votre roi! (Curvem-se perante o seu Rei! )

Percy viu o rei e a rainha da Escócia se entreolharem e então se curvarem, os outros, vendo seu reis em reverência, repetiram seu ato.

Uma escada foi colocada para o  Rei da França e por ela, ele desceu do cavalo. 

Je ne connais pas la langue maternelle ici, découvrons-nous, peut-être que nous avons en commun? -o Rei dirigiu a palavra para Frederick 

Um soldado escocês, fluente em francês, traduziu para o rei Frederick. Quando entendo o que o francês quis dizer, Frederick respondeu. 

Beurla? 

L´Anglais? - Percy ouviu o tradutor dizer

O Rei da França assentiu e abriu um sorriso. 

—Pois bem, Rei Frederick. - Percy olhou com mais curiosidade, eles finalmente falariam em seu idioma? - Acho que temos medidas para conversar, espero que aposentos, os melhores, já estejam reservados para mim. 

—Com toda certeza, Rei Henri. 

—Essa deve ser sua familia… - Henri olhou para a familia real

—Perdão pela falta de cordialidade. - Frederick se desculpou - Minha rainha, Mahina, irmã do imperador Japonês Ogimachi. Meu filho, herdeiro do trono, Matthew. Minha filha, minha primogênita, Annabeth. Meu mais novo, Bobby. 

—Bobby? - Henri tinha um tom zombeiro na voz

 _Robert, na verdade senhor. 

Henri balançou a cabeça, concordando. 

—Este é meu filho mais velho, François, Francis em inglês. - Henri lhe apresentou, o garoto, tinha os cabelos loiros, Percy supôs que eram de sua mãe, os olhos no entanto eram azuis como os do pai, uns 18 anos ele achava.

Outros dois rapazes deram um passo a frente, como se esperassem serem apresentados.

—Há… - a voz de Henri continha indiferença - E esse são os meus outros filhos, Charles e Henri. Agora que essas apresentações foram feitas, acredito que devamos conversar. 

Charles não podia ter mais que 16 anos, era alto, o corpo seco naquela armadura feita para homens másculos, o cabelo castanho como o do pai e os olhos castanhos, que Percy supôs que eram da mãe. Já Henri, tinha o cabelo loiro com olhos castanhos, não tinha mais que 14 anos. 

—Certamente, Rei Henri. Acompanhe-me. 

Todos seguiram adiante para o palácio, uma comitiva subiu com os reis e os demais, contudo, o resto, de ambas as tropas, permaneceu ali. 

—Não há como nos colocar para dentro? - Percy perguntou, depois de passarem uma hora

—Talvez haja uma maneira.. 

Alex levantou, andou até a entrada do palácio, um guarda francês e outro escocês estavam ali. 

—Vous ne pouvez pas entrer sans permission. —disse o frances

Tha e gu math èiginneach, tha a ’bhana-phrionnsa Annabeth a’ cur taic rium. — respondeu AJ olhando para o escocês

O soldado escocês olhou para o companheiro. 

—Eles pertencem a guarda real da princesa Annabeth, devem subir. 

O soldado francês olhou-os desconfiado.

Ok, tu peux y aller. — ele apontou com a cabeça para a entrada, dando-lhes espaço para passar

Alex assentiu e junto a Percy, entraram no castelo. Guiados pelo que Alex conhecia do lugar, eles procuraram a princesa, não havia ninguém melhor para conversar nesse momento. Perguntando para alguns guardas escoceses, descobriram que ela estava no templo. Foram o mais rápido que puderam, entraram, encontraram Annabeth fazendo preces a estátua da deusa. 

 _Princesa. - Alex fez uma reverência

Annabeth se virou, seu olhar estava preocupado. 

—Há algo errado Alexander. Nenhum Luchd responde meu chamado. 

—Deve ser apenas um imprevisto, Lady. - ele respondeu

—Não, algo está errado. - ela insistiu - Eu presumo que você saiba… - ela olhou diretamente para Perceu - Conhece a história da Escócia? 

—Um pouco. - Percy respondeu, um tanto apreensivo com o que ela lhe perguntaria

—Você, no futuro, se lembra da Escócia ter sido invadida pela França?

Percy pensou. 

—Sinceramente, eu não me recordo.

Annabeth se aproximou dele, colocou suas mãos nos ombros dele, era um ato de desespero. 

—Tente se lembrar, tem muita coisa em jogo aqui! 

Percy tentou novamente, mas seu cérebro parecia não querer ajudar. 

—Eu realmente não sei. - disse,por fim

Annabeth o soltou, o semblante preocupado. 

—Tem algo errado… - sussurrou para si, ela se virou para a estátua da deusa Viastiny -  Ban-dia Mighty, gabh ri mo thabhartas. Bidh mi ag iarraidh freagairtean, bidh do sheirbheiseach a ’sireadh do chuideachadh.  (Poderosa Deusa, aceite minha oferenda. Peço respostas, tua serva busca teu auxílio.) 

Annabeth estendeu as mãos, esperando respostas. Percy achou aquilo maluquice, ela esperava que uma estátua lhe respondesse mesmo?

Passaram-se pelo menos 3 minutos até Annabeth se cansasse.

—Eu desisto. Não obtenho respostas, Ela nunca demora tanto para responder.  

—Não desista princesa. - Percy disse - Sua deusa há de te responder. 

—Ela não responde. Eu já tentei inúmeras vezes, desde que fomos invadidos e até antes. Ninguém me responde, nem mesmo os Luchd´s vivos. 

—Com o que está preocupada, exatamente, princesa? - foi a vez de Alex questionar

—Eu acho que alguém criou um paradoxo, eu não acho que a Escócia tenha sido invadida pela França. Por isso perguntei para ele… -ela olhou para Percy, que se sentiu culpado por não poder dar respostas- Mas ele parece um inútil. Me pergunto por que a deusa permitiu que ele saísse do eixo. - ela semicerrou os olhos - Tem certeza que não lembra de nada?

—Eu não me lembro, juro. 

Um soldado chegou devagar, alto e loiro, Percy se intimidou um pouco com a altura dele. 

—Bana-phrionnsa, bidh d ’athair gad iarraidh chun an talla rìoghail (Princesa, seu pai a chama para o salão real. )

—Tapadh leat, bidh mi ceart air ais. (Obrigado, já vou) - ela respondeu, o soldado saiu, ela se virou para os dois - Peço que me acompanhem, Direi que são da minha guarda pessoal. 

—Com todo prazer, milady. - Alex respondeu, com respeito

Percy a encarou, estava até agora sem entender como tudo passara tão rápido. 

—Se isso me garante proteção. - ele soltou uma risada brincalhona

—Vamos logo, sigam-me.

Annabeth saiu na frente, Percy e Alex posicionaram-se atrás dela, um em cada ponta. A porta do grande salão estava aberta, lá estava uma mesa, onde se encontravam o rei Frederick, o rei Henri, Francis, Matthew, Charles,Henri, Moray e um homem a qual Percy não conhecia.  

—Bem vinda, Princesa Annabeth. -  o rei Henri lhe abriu um sorriso, o sotaque francês um pouco arrastado no inglês 

Annabeth lhe abriu um sorriso de boca a boca, fazendo uma reverência. 

—Não são necessários aqui. - ele olhou para Percy e Alex - Podem ir! - ele fez um sinal com a mão

—Senhor, peço permissão para que fiquem. - ela pediu - São parte da minha guarda pessoal.

—Se você faz tanta questão. - o Rei da França deu de ombros - Óh querida, não fique em pé. - ele olhou para o filho mais velho - François, De lieu en fille.

Francis se levantou e educadamente ofereceu sua cadeira a Annabeth, que aceitou de bom grado. 

—Eu e seu pai, conversamos sobre como vamos tratar deste impasse.

—Impassse, meu senhor? - Annabeth fez uma expressão de dúvida

Henri riu de sua falsa inocência.

—Eu acredito que casamento seja bom para ambos os reinos. Vocês estão sob meu comando agora, mas eu tenho um voto de misericórdia. 

—Prentede casar meu irmão com alguma de suas filhas, Senhor? 

Henri soltou uma risada abafada. Annabeth fingia-se não entender, mas ela entendia perfeitamente a onde ele estava querendo chegar. 

—Na verdade, sim. Mas também pretendo achar um esposa para um de meus filhos. - ele chamou com a mão o homem que Percy não sabia quem era - Este é Louis Atlee, Barão de Fontette. 

A perfeita imitação do pai,  o rapaz, um homem, de não mais que 23 anos, cabelos castanho claro e com olhos azuis, ninguém diria que não é filho do rei Henri. 

—O senhor disse que Francis era o escolhido! - o rei Frederick interviu, questionando a palavra do francês - Não quero um bastardo para minha promogênita!

 Percy sentiu um calafrio. Atlee? Era o nome daquele maldito impostor! Percy não sabia de onde ele vinha, tudo que sabia sobre a familia de Atlee, era que seus pais o deixaram para ser criado aos cuidados de Poseidon. Eles sempre o chamaram de Atlee, mas Percy sabia que seu primeiro nome não era esse. Seu primeiro nome era Richard, Richard Atlee. Aquele com certeza era um antepassado de Atlee. 

—Rei Frederick, eu ainda não decidi. 

—Minha filha merece alguém legitimado, de ordem pura! 

Henri olhou com indiferença para ele. 

Annabeth olhou para o pai atônica, perguntado pelo olhar se era mesmo aquilo que ela estava pensando,  ele baixou o rosto com culpa, não consegiu encara-la. 

—Desculpe, Senhor, ainda não é claro o suficiente para mim. - Annabeth sentia-se nervosa

—Minha cara princesa, creio que você já entendeu minhas intenções. Mas eu pretendo lhe dar uma oportunidade de escolher. - ele olhou para François, que tinha um sorriso tímido no semblante, o pai lembrou dele - Meu filho mais velho, Francis, parece interessado na senhorita, apesar deu querer casa-la com Atlee, você terá a oportunidade de escolher um dos dois. Para isso, deve partir conosco para França, não importa quem escolha, você irá morar conosco. 

Annabeth encarou o pai, que ainda continuava de cabeça baixa. 

—Desculpe, majestade, mas isso não é possível. - ela disse, tentando manter a calma - Eu fiz voto de castidade. 

Percy fez uma careta, não imaginava isso. 

—Isso é sério ou ela está falando para fugir? - sussurrou para Alex

—É sério, fique quieto! - sussurrou de volta

—Voto de castidade? - o rei Henri perguntou, ajeitou sua postura na cadeira 

—Sim, meu senhor. As filhas primogênitas do rei, sempre devem fazer voto de castidade, é a lei.

—Pois eu sou o Rei agora ,e minha ordem é essa. - Henri apontou com a mão para o filho - François lhe acompanhará para um passeio, depois até seus aposentos, como forma de iniciar seu cortejo. 

Annabeth fez seu cérebro funcionar, não era hora de ser imprudente. 

—Como quiser, Rei Henri. Ao menos, meus soldados podem acompanhar? 

Henri deu de ombros. 

 _Pode leva-los. 

Annabeth assentiu, fez uma reverência e esperou  Francis para acompanha-la, ele se juntou a ela e lhe ofereceu a mão, Annabeth sorriu e segurou sua mão. Eles saíram primeiro, Percy e Alex seguiram a pelo menos cinco metros de distância. 

—O que será que eles estão conversando? - Percy murmurou para AJ

—Alguns gostos, se conhecendo melhor. - ele respondeu murmurando também

Percy olhou para Annabeth, ela parecia tranquila de costas, relaxa, mas era engano, Annabeth sentia-se nervosa e apreensiva, apenas disfarçava bem. 

—Os jardins são bonitos, o que de darmos uma olhada? - ela ofereceu a Francis, que sorriu concordando, ela olhou para trás - Fiquem na porta do jardim. - ordenou aos dois 

Chegando no jardim, Percy e Alex obedeceram as ordens de Annabeth ficaram na entrada, fazendo guarda. 

—Já se passou 30 minutos, eles ainda não voltaram. - Percy comentou, estava impaciente 

—É normal, estão se conhecendo, talvez ela case com ele. - Alex deu de ombros

—Vou olhar mais de perto. - avisou

—Ei, não! 

Alex tentou impedir, mas Percy desvencilhou-se de seu braço e foi de fininho, procurando o casal. Ele ouviu risadas perto, Annabeth e o tal de Francis conversavam com intimidade. Percy ouviu um pouco. 

—E você não fez nada com ele? - ela perguntou, enquanto tampava a mão com a boca, cobrindo mais uma risada

—Eu não podia. Ele é o protegido de meu pai. - François abaixou a cabeça, triste 

—Deve ser difícil. - ela recompôs - Digo, ser o herdeiro, o primogênito, mas não ser o favorito. 

—É um pouco, mas eu vou ser Rei, ele será sempre o barão de Fontette.

—Acho que já está tarde. - ela disse, olhando o sol começar a se pondo no horizonte

—De fato, eu a acompanho até seus aposentos. 

Percy viu os dois se levantaram e correu para sua posição, não sendo percebido. 

—Eles estão vindo? - perguntou Alex quando Percy chegou perto dele

—Sim. - ele arfou 

Francis e Annabeth chegaram logo em seguida. Annabeth os olhou, esperando que lhes abrissem passagem, Alex andou para trás, Percy demorou um pouco para raciocinar.

—Soldado, saia da frente. - Francis pediu 

Percy sentiu seu sangue ferver, mas não podia fazer nada, ele era um nada naquele lugar. Assentiu e deu passagem. 

Eles seguiram o casal até os aposentos de Annabeth, eram dignos de uma princesa, obviamente. Posicionaram-se entrada, fazendo guarda. 

—Eu espero que tenha uma noite de sono boa, princesa Annabeth. - Francis desejou, pegando sua mão e depositando ali um beijo suave

—Igualmente, Am Prionnsa.

—Am prionnsa? - Francis tentou repetir, falhou gravemente, fazendo com que Annabeth soltasse uma risada sincera

—Príncipe, significa príncipe.  - ela riu de novo

Francis fez uma careta e então sorriu. 

—Boa noite. - ele disse e então saiu para seus próprio aposentos

Percy esperou ele virar no corredor e então olhou para Annabeth com a expressão confusa.

—Se você for embora, quem vai ser a sacerdotisa? 

—Eu não sei. - ela deu de ombros

—Fez mesmo voto de castidade? 

—É a lei. 

—E você vai abandonar?

—Sim.

—Isso não me cheira bem. 

Alex riu, chamando a atenção dos dois. 

—Eu vou me retirar, tenham uma boa noite, rapazes. - ela abriu a porta do quarto - E… descansem, não precisam realmente fazer a guarda.

Alex assentiu.

—Vamos Percy. - ele chamou

—Boa noite, Annabeth. - ele desejou para ela, que sorriu em retribuição, fechando sua porta logo em seguida

Alex e Percy foram até os aposentos concedido para eles, e tiveram uma noite completa de paz, sem guerra, apenas uma noite comum.

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Percy acordou cedo, se revirava na cama, suas emoções estavam agitadas. Ele sentia saudade de casa, saudade da família, saudade do pai, com a qual ele não pode dizer um adeus e ainda tendo em sua culpa, o assassinato deste. Ele realmente não sabia o que fazer, teria de viver fugindo, jamais provaria sua inocência se voltasse a Inglaterra. Ele procurou o medalhão Luchd, estava exatamente onde ele deixou, embaixo de seu travesseiro, longe de todos, perto dele. 

Percy queria voltar para casa, queria mesmo. Mas algo na Escócio, mesmo sendo um guarda e não um príncipe, o fazia querer ficar, Percy não sabia o que era. 

Alex resmungou alguma coisa, era hora de levantar. 

—Temos de ir, vamos com a princesa passear com o Barão de Fontette. - ele disse, enquanto se espreguiçava

—Quando ela deve partir para a França? - Percy perguntou, não que ele estivesse curioso

—Em breve, talvez amanhã bem cedo.  - AJ respondeu, enquanto colocava sua camisa

—Ela parece ter aceitado bem a proposta de se casar.  - ele comentou

Alex olhou pelo canto dos olhos. 

—Se a deusa Viastiny quer que ela quebre seu juramento, então assim será. 

Percy desconfiou da resposta, mas resolveu não perguntar mais. 

Eles se arrumaram, passaram na cozinha, pegando duas frutas de sua escolha cada um. Foram até o quarto da princesa, esperando encontra-la. Alex bateu na porta.

—Deagh bhana-phrionnsa, Percy agus mise a ’feitheamh riut. — ele disse

Annabeth abriu a porta logo em seguida, vestida agora não com seu traje habitual de sacerdotisa, mas como uma princesa normal. 

—Bom dia, o Barão de Fontette já me aguarda nos estábulos, para um passei no campo. - informou diretamente

—Bom dia, Bana-phrionnsa.— Percy tentou o sotaque

Annabeth fez uma careta e então pos-se a rir.

—Precisa treinar melhor. - ela riu novamente - Repete comigo… Bana

—Bana… - ele repetiu

—Phrionnasa. -ela completou

—Bana- Phrionnasa.

—Melhorou. Vamos? 

Os dois assentiram. 

Eles se dirigiram até os estábulos, onde podia se ver o Barão de Fontette com um cavalo, aguardando calmamente a chegada de sua pretendente. 

—Barão de Fontette? - Annabeth chamou

Ele se virou, abrindo um sorriso. 

—Apenas Louis,por favor,  Mademoiselle. — ele sorriu - Fiz questão de mandar preparar um cavalo a sua altura. - ele olhou para o cavalo a sua frente - Este é Hércules, é um Auvergne da França.

—Muito bonito. -ela elogiou

—Eu planejei um passeio agradável, prometo. - ele olhou para Percy e AJ - Eles nos acompanharão?

—Sim, são meus guardas. 

—Que seja, então. 

Ele ajudou ela a subir no cavalo e tratou de pegar outro para si.  Percy e Alex observaram eles irem pelo campo, tomaram dois cavalos também e mantiveram a mesma distância que com François. 

— Ainda não me conformo com o fato dela aceitar largar seu voto assim, tão rapidamente… - Percy comentou, olhando Annabeth e Louis conversarem

—Ela só aceitou o destino que a deusa lhe reservou. 

—Ainda é estranho!

Alex suspirou, não querendo discutir com o companheiro. 

Annabeth e Louis passearam por pelo menos uma 1 hora, depois pararam junto ao lago, onde sentaram em um banco ali. 

—Fez voto de castidade? - Louis perguntou 

—Sim, mas se Deus quer que me desvilhencie dele, assim o farei. - ela sorriu

—Seria uma honra para mim te-la como esposa, ninguém nunca quer casar com um bastardo. - ele baixou a cabeça, triste

Annabeth se lembrou de Percy, que já havia comentado com ela sobre a mesma situação. 

—Eu pensarei com carinho. - disse, tentando anima-lo

—Espero que sim. - ele olhou para o céu - Hora de almoçar, vamos até o salão?

—Claro, espero que tenha assados de carne hoje. 

Ele riu. 

—De fato, seria apreciável. 

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Mais tarde,depois do jantar,Alex e Percy acompanharam Annabeth até seu quarto, como guardas pessoais dela.

—Alex, ag obair gu nàdarra, tha mi an dùil teicheadh ​​ann am meadhan na h-oidhche, tha mi a ’dol às deidh an teampall àrd. Tha mi airson gun tig thu còmhla rium, mar bhall de mo gheàrd pearsanta. — ela disse para Alex, ele prendeu a respiração e então concordou 

Ela olhou para Percy, lançou-lhe um sorriso torto e fechou a porta. 

—O que ela te disse?  - perguntou

—Para descansar. 

—Só isso? 

—Sim. - ele sorriu - Venha, vamos comer alguma coisa.

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Percy não conseguiu dormir, o nome Francis, filho de Henri, Rei da França, não lhe era estranho. Ele passou horas tentando se lembrar de sua árvore genealógica. 

—Porque eu não consigo me lembrar… - murmurou para si - Porquê a França não está em guerra conosco? O que está às unindo? 

Percy bateu a cabeça por pelo menos, mais meia hora, e então ele cochilou. 

Deviam ser quase 4 da manhã quando Percy viu, com os olhos entreabertos, Alex arrumar suas coisas e sair sem fazer barulho. Percy esperou que ele saísse, levantou e arrumou suas coisas também, pretendendo segui-lo. Percy podia ser lerdo, mas não era burro. Ele sabia que era suspeito o que a princesa tinha dito a Alex e que agora ele ter saído de fininho e sem falar com ele significava alguma coisa. O primeiro lugar que devia procurar era o quarto de Annabeth, seguiu para lá, comprimentando um ou dois guardas no caminho com um aceno. 

Quando chegou na porta do quarto da princesa, bateu uma, duas, três, quatro, cinco vezes, mas ninguém abriu. Ele olhou para os lados, esperando não ser vigiado, e então entrou. 

Uma grande cama estava no fundo do aposento, que parecia mais a casa de Alex inteira, antes dela, em sua frente, havia uma pequena sala. 

É claro, ele não se surpreendeu, tinha aposentos parecidos.  Olhando na lateral esquerda, ele viu uma escrivaninha e uma estante, cheia de livros.  Na lateral direita, um imenso guarda-roupa, com uma “parede” que provavelmente dava para o “banheiro”. Ele resolveu que não era mais necessário ficar ali, ela com certeza não estava ali. 

Se ela não estava ali e Alex também não, só passou uma coisa pela cabeça de Percy. Ele correu o mais rápido que pode, quando desceu até o térreo, viu 6 cavalos montados com homens de kilts partindo pelo portão do castelo. Ele sabia quem estava fugindo. 

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Notas finais do capítulo

Comentários? Bom? Ruim? O que pode ser melhorado?
Até mês que vem ❤



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