Home escrita por WellDoneBeca
— Cuidado. — Cassiopeia murmurou quando Fleur puxou seu cabelo mais forte do que deveria, e sua dama de honra sussurrou um pedido de desculpas em francês, sem sequer parar com o que estava fazendo.
O casamento seria em alguns minutos e ela estava no meio do quarto, com Fleur dando os últimos toques em seu cabelo antes da cerimônia finalmente se iniciar. Ela esperava estar nervosa: esse era seu casamento, afinal, mas ela estava bem. Tudo o que precisava ser feito já estava feito, coisas que precisavam ser arrumadas, vestidas, limpas e cozidas, feitas e desfeitas… Tudo estava acabado, e se alguma coisa podia dar errado a qualquer momento, não havia nada que alguém pudesse fazer para evitá-la agora — especialmente a noiva.
— Você sabe quem está lá fora? — Cassiopeia questionou as meninas ao seu redor.
As janelas e a porta do quarto dela — ou seu quarto antigo, para ser mais exato — estavam fechadas e as cortinas foram fechadas com um feitiço de silêncio. Ela realmente não tinha ideia de como as coisas estavam do lado de fora, e suas damas de honra e sua família garantiam isso.
— Rony disse que os últimos convidados apareceram há alguns minutos. — Gina respondeu, brincando com as flores da noiva. — Neville e sua avó, Luna e seu pai, alguns colegas de Hogwarts… Eles ainda estão um pouco surpresos. É meio estranho pensar que o Jorge está se casando, e com você entre todas as pessoas.
Cas riu e estremeceu quando Fleur empurrou o véu em seu cabelo.
— Você sabe que eu ainda quero ter cabelo depois de hoje, certo? — A noiva observou. — Eu ficaria horrível careca, você pode causar o meu divórcio.
— Eu não estou te machucando tanto. — A francesa revirou os olhos. - Não seja tão dramática.
Cassiopeia não respondeu, satisfeita quando ela se afastou.
Elas foram interrompidos quando alguém bateu na porta, e Cas olhou para trás, vendo o tio colocar a cabeça dentro do cômodo.
— Todas prontas, meninas? — Ele questionou, entrando e fechou a porta atrás de si, e ela pôde ver a câmera fotográfica em sua mão. — Pensei que seria bom ter algumas lembranças.
Ela sorriu gentilmente para ele e as outras moças se moveram exatamente quando Tonks a ajudou a subir na pequena plataforma que Fleur insistira em trazer por algum motivo que ninguém entendia.
— Prontas? — Ele apontou.
Cas estava sorrindo quando sua dama de honra lhe entregou as flores, e todos finalmente fizeram o mesmo para a câmera. Ele acenou com a mão quando terminou, pousando-a e caminhando para a sobrinha, parando para dar um beijo na bochecha de Tonks e dando a Hermione sua câmera.
— Você está linda. — Ele afirmou, alcançando e segurando as mãos dela nas dele.
— Muito obrigada por tudo. — Ela olhou nos olhos dele. — Eu não sei o que eu teria feito sem a sua ajuda nos últimos meses.
— Você é minha sobrinha. — Ele afirmou. — Podemos não nos conhecer muito bem, mas eu me importo muito com você.
Cassiopeia sorriu e Ted suspirou.
— Sabe, minha Andrômeda fez o mesmo que você está fazendo. Ela escolheu seu próprio caminho e é por isso que estamos juntos. — Ele afirmou. — Eu vejo muito dela em você, não sei bem se você sabe disso. O olhar que você nos deu quando entrou em nossa casa naquela noite e a coragem necessária para deixar sua família e seus pontos de vista para trás e vir até nós. Estou muito orgulhoso de você.
Ignorando todas as suas inibições habituais, Cassiopeia colocou os braços em volta dos ombros dele, abraçando seu tio com força e fechando os olhos quando ele a segurou com firmeza.
Quando ele se afastou dela, ela rapidamente se recompôs, e Andrômeda entrou no quarto com um sorriso apenas um momento depois.
— Você está pronta, querida? — Ela questionou. — Estamos apenas esperando por você.
Cassiopeia sentiu o coração disparar no peito e segurou sua mão quando ela o ofereceu, descendo do pequeno pódio.
— Pronto quando você estiver.
— Eu vou deixar os outros saberem que podemos começar. — O tio dela disse às duas, rapidamente se despedindo da esposa e dando um beijo na bochecha da sobrinha antes de sair do quarto.
Quando eles estavam sozinhos, sua tia virou-se para Cas com um sorriso.
— Uma noiva linda. — Ela apertou a mão da jovem.
A loira suspirou, sorrindo gentilmente.
— Obrigado por fazer isso por mim. Eu não acho que seria capaz de ir sozinha.
Em resposta, Andrômeda lançou um olhar surpreso à sobrinha.
— Querida, você já fez muita coisa por conta própria. — Ela lembrou a garota. — Você é uma garota forte.
Cassiopeia apenas sorriu.
— Mais alguém chegou? — Ela perguntou, mesmo que as meninas já tivessem lhe contado quem estava presente.
Era irracional e estúpido, e ela era a primeira pessoa a assumir isso, mas havia uma pequena esperança nela de que sua mãe ou seu irmão — ou talvez até seu pai — estivessem lá para vê-la.
— Bem, você ficará surpresa. — Andrômeda disse, lhe olhando de uma forma conspiratória. — Mas Viktor Krum está aqui.
A sobrinha olhou para ela com as sobrancelhas erguidas e a boca aberta.
— Viktor Krum? — Ela questionou. — O que ele está fazendo aqui?
— Eu não faço ideia! — Andrômeda riu. — Mas ele veio e nos parabenizou pelas decorações.
Cassiopeia chacoalhou a cabeça. Isso era coisa de Jorge, só poderia ser ideia dele.
Ela estava pronta para dizer algo quando a porta se abriu novamente.
— Todos estão prontos, querida.
Ela respirou fundo e sentiu apertando sua mão.
— Pronta? — Ela questionou.
— Sim. — Cas confirmou. — Vamos lá.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!