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Capítulo 21
XXI




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— Cuidado. — Cassiopeia murmurou quando Fleur puxou seu cabelo mais forte do que deveria, e sua dama de honra sussurrou um pedido de desculpas em francês, sem sequer parar com o que estava fazendo.

O casamento seria em alguns minutos e ela estava no meio do quarto, com Fleur dando os últimos toques em seu cabelo antes da cerimônia finalmente se iniciar. Ela esperava estar nervosa: esse era seu casamento, afinal, mas ela estava bem. Tudo o que precisava ser feito já estava feito, coisas que precisavam ser arrumadas, vestidas, limpas e cozidas, feitas e desfeitas… Tudo estava acabado, e se alguma coisa podia dar errado a qualquer momento, não havia nada que alguém pudesse fazer para evitá-la agora — especialmente a noiva.

— Você sabe quem está lá fora? — Cassiopeia questionou as meninas ao seu redor.

As janelas e a porta do quarto dela — ou seu quarto antigo, para ser mais exato — estavam fechadas e as cortinas foram fechadas com um feitiço de silêncio. Ela realmente não tinha ideia de como as coisas estavam do lado de fora, e suas damas de honra e sua família garantiam isso.

— Rony disse que os últimos convidados apareceram há alguns minutos. — Gina respondeu, brincando com as flores da noiva. — Neville e sua avó, Luna e seu pai, alguns colegas de Hogwarts… Eles ainda estão um pouco surpresos. É meio estranho pensar que o Jorge está se casando, e com você entre todas as pessoas.

Cas riu e estremeceu quando Fleur empurrou o véu em seu cabelo.

— Você sabe que eu ainda quero ter cabelo depois de hoje, certo? — A noiva observou. — Eu ficaria horrível careca, você pode causar o meu divórcio.

— Eu não estou te machucando tanto. — A francesa revirou os olhos. - Não seja tão dramática.

Cassiopeia não respondeu, satisfeita quando ela se afastou.

Elas foram interrompidos quando alguém bateu na porta, e Cas olhou para trás, vendo o tio colocar a cabeça dentro do cômodo.

— Todas prontas, meninas? — Ele questionou, entrando e fechou a porta atrás de si, e ela pôde ver a câmera fotográfica em sua mão. — Pensei que seria bom ter algumas lembranças.

Ela sorriu gentilmente para ele e as outras moças se moveram exatamente quando Tonks a ajudou a subir na pequena plataforma que Fleur insistira em trazer por algum motivo que ninguém entendia.

— Prontas? — Ele apontou.

Cas estava sorrindo quando sua dama de honra lhe entregou as flores, e todos finalmente fizeram o mesmo para a câmera. Ele acenou com a mão quando terminou, pousando-a e caminhando para a sobrinha, parando para dar um beijo na bochecha de Tonks e dando a Hermione sua câmera.

— Você está linda. — Ele afirmou, alcançando e segurando as mãos dela nas dele.

— Muito obrigada por tudo. — Ela olhou nos olhos dele. — Eu não sei o que eu teria feito sem a sua ajuda nos últimos meses.

— Você é minha sobrinha. — Ele afirmou. — Podemos não nos conhecer muito bem, mas eu me importo muito com você.

Cassiopeia sorriu e Ted suspirou.

— Sabe, minha Andrômeda fez o mesmo que você está fazendo. Ela escolheu seu próprio caminho e é por isso que estamos juntos. — Ele afirmou. — Eu vejo muito dela em você, não sei bem se você sabe disso. O olhar que você nos deu quando entrou em nossa casa naquela noite e a coragem necessária para deixar sua família e seus pontos de vista para trás e vir até nós. Estou muito orgulhoso de você.

Ignorando todas as suas inibições habituais, Cassiopeia colocou os braços em volta dos ombros dele, abraçando seu tio com força e fechando os olhos quando ele a segurou com firmeza.

Quando ele se afastou dela, ela rapidamente se recompôs, e Andrômeda entrou no quarto com um sorriso apenas um momento depois.

— Você está pronta, querida? — Ela questionou. — Estamos apenas esperando por você.

Cassiopeia sentiu o coração disparar no peito e segurou sua mão quando ela o ofereceu, descendo do pequeno pódio.

— Pronto quando você estiver.

— Eu vou deixar os outros saberem que podemos começar. — O tio dela disse às duas, rapidamente se despedindo da esposa e dando um beijo na bochecha da sobrinha antes de sair do quarto.

Quando eles estavam sozinhos, sua tia virou-se para Cas com um sorriso.

— Uma noiva linda. — Ela apertou a mão da jovem.

A loira suspirou, sorrindo gentilmente.

— Obrigado por fazer isso por mim. Eu não acho que seria capaz de ir sozinha.

Em resposta, Andrômeda lançou um olhar surpreso à sobrinha.

— Querida, você já fez muita coisa por conta própria. — Ela lembrou a garota. — Você é uma garota forte.

Cassiopeia apenas sorriu.

— Mais alguém chegou? — Ela perguntou, mesmo que as meninas já tivessem lhe contado quem estava presente.

Era irracional e estúpido, e ela era a primeira pessoa a assumir isso, mas havia uma pequena esperança nela de que sua mãe ou seu irmão — ou talvez até seu pai — estivessem lá para vê-la.

— Bem, você ficará surpresa. — Andrômeda disse, lhe olhando de uma forma conspiratória. — Mas Viktor Krum está aqui.

A sobrinha olhou para ela com as sobrancelhas erguidas e a boca aberta.

— Viktor Krum? — Ela questionou. — O que ele está fazendo aqui?

— Eu não faço ideia! — Andrômeda riu. — Mas ele veio e nos parabenizou pelas decorações.

Cassiopeia chacoalhou a cabeça. Isso era coisa de Jorge, só poderia ser ideia dele.

Ela estava pronta para dizer algo quando a porta se abriu novamente.

— Todos estão prontos, querida.

Ela respirou fundo e sentiu apertando sua mão.

— Pronta? — Ela questionou.

— Sim. — Cas confirmou. — Vamos lá.


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