Home escrita por WellDoneBeca
— Você não parece muito feliz. — Jorge se sentou ao lado de Cassiopeia no sofá.
Eles estavam na casa dos Tonks. Antes de voltar para a França e prometendo que estaria de volta assim que pudesse, Fleur havia deixado seu grande álbum de colagens com Cassiopeia, e agora ela estava tentando seu melhor para mostrar alegria com sua situação, mas havia um lado dela que ela não se sentia tão feliz.
— Eu estou feliz. — Ela disse devagar. — Eu só não estou… 100% feliz.
Jorge segurou a mão da noiva em silêncio.
— É por causa da sua família?
Ela confirmou silenciosamente e ele erguei a mão dela até seus lábio, dando um leve beijo em sua pele.
— Eu sinto muito.
— Não devia. — Cas apertou sua mão. — Não é sua culpa.
Ainda assim, Jorge chacoalhou a cabeça em negação.
— Não. — Ele insistiu. — Eu quero você 100% feliz, não só 99%.
Ela não respondeu, e se inclinou para o abraço dele quando o ruivo pôs um braço em volta de seus ombros.
— Eu estava pensando quando podemos dar esse passo.
Ele se virou para ele com os olhos arregalado e as sobrancelhas erguidas, parecendo confuso.
— Passo?
— O casamento? — Ela franziu a testa. — Quando vamos marcá-lo.
Compreensão tomou conta do rosto dele, e Jorge relaxou enquanto Cassiopeia parecia mais confusa.
— O que você pensou que eu queria dizer? — Ela indagou o noivo.
Ele a encarou por um momento, abrindo e fechando a boca antes de dar de ombros.
— Nada não. — Ele decidiu. — Eu estava pensando. Nós podíamos nos casar no Natal.
Ela sentiu sua confusão ser substituída por surpresa.
— Este Natal?
Ele confirmou com a cabeça, sorrindo largamente.
— Porque deixar para amanhã o que você pode fazer hoje? Eu e Fred vamos arrumar o apartamento em cima da loja e podemos nos casar no jardim. — Ele apontou para o lado de fora. — A sua tia com certeza deve gostar. E vai ser… Bem. Você sabe.
Ela franziu as sobrancelhas, notando como as bochechas dele estavam vermelhas.
— O quê?
— É o aniversário de como tudo começou entre a gente. — Ele a lembrou. — Eu ainda me lembro exatamente de como você estava no baile.
Ela sorriu. Como ela podia esquecer? Cassiopeia não se lembrava do nome do rapaz que havia tentando atacá-la no baile, mas se recordava perfeitamente de como Jorge a havia protegido dele, naquela noite.
— No Natal, então.
O sorriso de Jorge só fez crescer, e ele a beijou nos lábios completamente animado, a abraçando como se quisesse fundir seus corpos em um por um momento antes de relaxar e puxá-la para se sentar em suas coxas e segurar suas mãos.
— Às vezes. — Ele murmurou, trazendo as duas mãos dela para beijar cada uma gentilmente. — Às vezes eu tenho medo de acordar um dia e tudo isso ser um sonho.
Ela apertou as palmas dele em resposta, e se inclinou, beijando a testa do ruivo.
— Por quê? — Ela sussurrou.
— A loja está indo tão bem. — Ele a lembrou. — É como se os últimos meses nem tivessem existido, nós estamos crescendo, temos pessoas trabalhando pra gente e clientes na Europa inteira.
O rosto de Jorge estava sério de uma forma que poucas pessoas já haviam vista, e Cassiopeia podia sentir a ansiedade em suas palavras.
— Eu tenho você na minha vida e nós somos felizes. — Ele continuou, livrando uma das mãos e usando-a para afastar uma mecha de cabelo loiro do rosto dela. — E parece um sonho. É como se a minha cabeça estivesse bolando tudo isso e eu não sou realmente feliz, que eu sou só um menino em Hogwarts sonhando com a colega gata da outra casa que nunca vai nem olhar pra mim.
Ela se abaixou e depositou um beijo nos lábios dele, movendo os dedos para acariciar seu rosto, sentindo a sombra de uma barba em seu queixo, embora soubesse que Jorge não a deixaria se formar.
— Não é um sonho. — Ela sussurrou, beijando os lábios dele novamente. — Não é um sonho.
As mãos de Jorge se moveram para segurar a cintura dela e o beijo dos dois se aprofundou, e Cassiopeia inspirou fundo quando sentiu a mão dele encontrar lugar debaixo de sua camiseta.
— Não é? — Ele sussurrou entre os beijos, sua vez grave e levemente rouca.
— Não.
As mãos de Jorge tomaram caminhos diferentes, com uma subindo até o topo das costas de Cassiopeia e a outra em sua perna, com cada lugar que ele tocava praticamente queimando em resposta. Ela não sabia como, mas simplesmente precisava senti-lo o mais perto possível, e sabia que ele se sentia do mesmo jeito.
Ela moveu as mãos até o cabelo dele sem pensar, puxando o cabelo dele por um momento e arranhando o escalpo dele por um momento, fechando os olhos quando o ruivo moveu uma das mãos para sua barriga, esperando e segurando sua respiração para ver onde ele pararia.
O que Cassiopeia havia esquecido, era que ela não estava sozinha em casa.
Ela pulou quando alguém limpou a garganta atrás dos dois, automaticamente saindo de perto do namorado, arregalando os olhos ao encontrar o tio encarando os dois.
— Tio Ted. — Ela arrumou as próprias roupas, tentando esconder o próprio constrangimento. — Oi!
O homem apenas sorriu.
— Boa noite. — Ele cruzou os braços. — Eu percebi que vocês estão dando seus adeus e que Jorge já está indo embora.
A loira se virou, trocando um olhar com o namorado, e ele só confirmou desesperadamente com a cabeça, tentando se recompor.
— Isso. — Ela confirmou, se virando para o tio. — Exato.
— Não precisa se demorar, Jorge. — Ele sugeriu. — Já que vocês vão se ver amanhã de novo e devem se casar logo. Você já é parte da família. Pode sair sozinho.
Jorge não esperou mais um minuto, ficando de pé rapidamente e arrumando o terno por um segundo, tentando se esconder..
— Você está absolutamente correto, senhor. — Ele afirmou, claramente envergonhado. — Eu já vou. Eu vou embora. Agora.
Ela fechou os olhos por um momento e olhou na direção dele, já encontrando Jorge na porta.
— Tchau.
— Tchauzinho. — Ele repetiu. — Até amanhã!
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