Home escrita por WellDoneBeca


Capítulo 15
XV




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/779142/chapter/15

— Você não parece muito feliz. — Jorge se sentou ao lado de Cassiopeia no sofá.

Eles estavam na casa dos Tonks. Antes de voltar para a França e prometendo que estaria de volta assim que pudesse, Fleur havia deixado seu grande álbum de colagens com Cassiopeia, e agora ela estava tentando seu melhor para mostrar alegria com sua situação, mas havia um lado dela que ela não se sentia tão feliz.

— Eu estou feliz. — Ela disse devagar. — Eu só não estou… 100% feliz.

Jorge segurou a mão da noiva em silêncio.

— É por causa da sua família?

Ela confirmou silenciosamente e ele erguei a mão dela até seus lábio, dando um leve beijo em sua pele.

— Eu sinto muito.

— Não devia. — Cas apertou sua mão. — Não é sua culpa.

Ainda assim, Jorge chacoalhou a cabeça em negação.

— Não. — Ele insistiu. — Eu quero você 100% feliz, não só 99%.

Ela não respondeu, e se inclinou para o abraço dele quando o ruivo pôs um braço em volta de seus ombros.

— Eu estava pensando quando podemos dar esse passo.

Ele se virou para ele com os olhos arregalado e as sobrancelhas erguidas, parecendo confuso.

— Passo?

— O casamento? — Ela franziu a testa. — Quando vamos marcá-lo.

Compreensão tomou conta do rosto dele, e Jorge relaxou enquanto Cassiopeia parecia mais confusa.

— O que você pensou que eu queria dizer? — Ela indagou o noivo.

Ele a encarou por um momento, abrindo e fechando a boca antes de dar de ombros.

— Nada não. — Ele decidiu. — Eu estava pensando. Nós podíamos nos casar no Natal.

Ela sentiu sua confusão ser substituída por surpresa.

— Este Natal?

Ele confirmou com a cabeça, sorrindo largamente.

— Porque deixar para amanhã o que você pode fazer hoje? Eu e Fred vamos arrumar o apartamento em cima da loja e podemos nos casar no jardim. — Ele apontou para o lado de fora. — A sua tia com certeza deve gostar. E vai ser… Bem. Você sabe.

Ela franziu as sobrancelhas, notando como as bochechas dele estavam vermelhas.

— O quê?

— É o aniversário de como tudo começou entre a gente. — Ele a lembrou. — Eu ainda me lembro exatamente de como você estava no baile.

Ela sorriu. Como ela podia esquecer? Cassiopeia não se lembrava do nome do rapaz que havia tentando atacá-la no baile, mas se recordava perfeitamente de como Jorge a havia protegido dele, naquela noite.

— No Natal, então.

O sorriso de Jorge só fez crescer, e ele a beijou nos lábios completamente animado, a abraçando como se quisesse fundir seus corpos em um por um momento antes de relaxar e puxá-la para se sentar em suas coxas e segurar suas mãos.

— Às vezes. — Ele murmurou, trazendo as duas mãos dela para beijar cada uma gentilmente. — Às vezes eu tenho medo de acordar um dia e tudo isso ser um sonho.

Ela apertou as palmas dele em resposta, e se inclinou, beijando a testa do ruivo.

— Por quê? — Ela sussurrou.

— A loja está indo tão bem. — Ele a lembrou. — É como se os últimos meses nem tivessem existido, nós estamos crescendo, temos pessoas trabalhando pra gente e clientes na Europa inteira.

O rosto de Jorge estava sério de uma forma que poucas pessoas já haviam vista, e Cassiopeia podia sentir a ansiedade em suas palavras.

— Eu tenho você na minha vida e nós somos felizes. — Ele continuou, livrando uma das mãos e usando-a para afastar uma mecha de cabelo loiro do rosto dela. — E parece um sonho. É como se a minha cabeça estivesse bolando tudo isso e eu não sou realmente feliz, que eu sou só um menino em Hogwarts sonhando com a colega gata da outra casa que nunca vai nem olhar pra mim.

Ela se abaixou e depositou um beijo nos lábios dele, movendo os dedos para acariciar seu rosto, sentindo a sombra de uma barba em seu queixo, embora soubesse que Jorge não a deixaria se formar.

— Não é um sonho. — Ela sussurrou, beijando os lábios dele novamente. — Não é um sonho.

As mãos de Jorge se moveram para segurar a cintura dela e o beijo dos dois se aprofundou, e Cassiopeia inspirou fundo quando sentiu a mão dele encontrar lugar debaixo de sua camiseta.

— Não é? — Ele sussurrou entre os beijos, sua vez grave e levemente rouca.

— Não.

As mãos de Jorge tomaram caminhos diferentes, com uma subindo até o topo das costas de Cassiopeia e a outra em sua perna, com cada lugar que ele tocava praticamente queimando em resposta. Ela não sabia como, mas simplesmente precisava senti-lo o mais perto possível, e sabia que ele se sentia do mesmo jeito.

Ela moveu as mãos até o cabelo dele sem pensar, puxando o cabelo dele por um momento e arranhando o escalpo dele por um momento, fechando os olhos quando o ruivo moveu uma das mãos para sua barriga, esperando e segurando sua respiração para ver onde ele pararia.

O que Cassiopeia havia esquecido, era que ela não estava sozinha em casa.

Ela pulou quando alguém limpou a garganta atrás dos dois, automaticamente saindo de perto do namorado, arregalando os olhos ao encontrar o tio encarando os dois.

— Tio Ted. — Ela arrumou as próprias roupas, tentando esconder o próprio constrangimento. — Oi!

O homem apenas sorriu.

— Boa noite. — Ele cruzou os braços. — Eu percebi que vocês estão dando seus adeus e que Jorge já está indo embora.

A loira se virou, trocando um olhar com o namorado, e ele só confirmou desesperadamente com a cabeça, tentando se recompor.

— Isso. — Ela confirmou, se virando para o tio. — Exato.

— Não precisa se demorar, Jorge. — Ele sugeriu. — Já que vocês vão se ver amanhã de novo e devem se casar logo. Você já é parte da família. Pode sair sozinho.

Jorge não esperou mais um minuto, ficando de pé rapidamente e arrumando o terno por um segundo, tentando se esconder..

— Você está absolutamente correto, senhor. — Ele afirmou, claramente envergonhado. — Eu já vou. Eu vou embora. Agora.

Ela fechou os olhos por um momento e olhou na direção dele, já encontrando Jorge na porta.

— Tchau.

— Tchauzinho. — Ele repetiu. — Até amanhã!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Home" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.