Rascunhos escrita por Yasmin Abreu


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa fanfic é baseada em duas fanfics que eu gosto muito, que são Affinity War no AO3 e "The one where Michelle has muscle kink and Peter has a lot of muscles" da spideyxchelle no tumblr. Tem uma ou duas cenas que são quase iguais ou bem parecidas com Affinity War, e eu já quero deixar os créditos. Aliás, leiam as duas fanfics se vocês lerem fanfics em inglês, são muito boas, eu não sei se posso colocar links por aqui, então não vou arriscar, mas se puder, eu respondo os comentários com os links :DD

E já me perdoem pelos erros de digitação, gramática, concordância, etc. Eu escrevi grande parte de madrugada, e eu realmente só queria escrever qualquer coisa pra esse ship sair da miséria no Brasil.

Inclusive, se a escrita estiver estranha, desculpa também, eu acabei me acostumando a escrever fanfics em inglês e ler também, então é um pouco estranho pra mim estar fazendo isso tudo em português agora.



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Michelle prestava atenção em seu caderno, o rascunho começado no dia anterior ainda não estava pronto, não porque era difícil ou complicado de ser terminado, é só que sem sua musa (ou muso), era difícil desenhar só se baseando em sua imaginação, ainda mais quando ela mostrava uma imagem diferente dele a cada segundo. 

Sua musa sentava duas mesas a frente na fileira ao lado da sua, ele prestava atenção na aula de química, e pra Michelle, aquela sua expressão era uma das mais lindas que ele era capaz de fazer, por isso ela tinha tanta necessidade de desenha-la, para não precisar encara-lo o tempo todo e deixar o clima estranho, é só que não olhar era quase impossível.

Ela então pega seu lápis para terminar o que tinha começado. Depois de terminado, esse desenho poderia ser pendurado em um museu, não porque Michelle tinha tanto talento assim, mas porque o sorriso de Peter era a obra-prima mais linda que ela já tinha visto. Ela estava muito apaixonada, e sabia disso.

Depois de desenhar os lábios, última parte do desenho, Michelle levantou seu rosto para fazer uma última análise. Ela sabia que jamais poderia captar toda a energia e beleza que ele emitia, mas poderia tentar pelo resto de sua vida se isso significasse vê-lo todos os dias. Peter vinha sendo o crush de Michelle por todo o primeiro ano do ensino médio, e antes dele, Michelle realmente nunca havia gostado de alguém, era tudo tão novo para ela. E bom, depois de encara-lo por longos segundos, não é inesperado que Peter pudesse coincidentemente olhar para trás, não é mesmo? E é exatamente isso que ele faz, o que leva a uma Michelle assustada, que olha rapidamente pra baixo, seu rosto começando a ficar vermelho e seus olhos se concentram em qualquer coisa na sua mesa, enquanto ela tenta não mostrar a vergonha que sente. Peter volta seu olhar para o quadro, agora levemente confuso sobre o porquê de ela estar olhando para ele daquele jeito, ela sempre fazia tantas coisas estranhas é difícil saber se seus motivos são de uma pessoa comum ou não.

O pequeno evento que acabará de acontecer destrói o dia de Michelle. Por mais que no fundo, ela saiba que isso não significou nada para o garoto, ela simplesmente não consegue esquecer, ela se sentiu vulnerável por um momento e isso é algo que a assustava tremendamente.

É hora do almoço e Michelle vai até o seu armário para guardar seu caderno de rascunhos, que agora poderia muito bem ser chamado de “caderno de desenhos do Peter” e continuaria fazendo sentido. Só que ela não conseguia mais desenhar, não que não quisesse, ela apenas gostaria de esquecer o que acabou de acontecer e criar rascunhos do rosto do garoto não iria ajudar em nada. A melhor ideia agora era se concentrar nas aulas, mesmo sendo uma ótima aluna, ela precisava pelo menos saber as matérias de prova se quisesse se manter no seu posto, afinal, a única maneira de ir bem nas provas sem estudar seria se Peter fosse o conteúdo de todas elas.

Enquanto isso, Peter, que no momento não deu muita atenção ao evento, começa a se perguntar se aquilo poderia sim ter significado alguma coisa. Então enquanto ele anda pelo corredor com sua cara pensativa, e encontra seu amigo, Ned.

“E aí, cara?”. Ned o cumprimenta, notando sua expressão de antes.

“Ah, oi!” Peter diz tentando tirar os pensamentos da cabeça.

“Algo errado? Você parecia pensativo.”

“Hum? Nada errado, só tava pensando em algo que aconteceu agora a pouco, mas não é nada demais.” Peter sorri enquanto os dois caminham em direção ao restaurante.

“Pode me falar, posso te ajudar se quiser.”

“Hum... Não acho que eu preciso de exatamente ajuda com isso, mas admito que ta me incomodando um pouco agora.”

“O que é?”

Peter estava um pouco relutante de contar ao amigo, só não sabia porquê.

“Bem... Hoje eu tava na aula de química, e fiquei um pouco cansado de só olhar pro quadro, você sabe como é.” Peter começou e Ned concordou, dando sinal para que ele continuasse, enquanto eles pegavam seus almoços e iam até sua mesa de sempre.

“Então, eu resolvi dar uma olhada em volta, e por algum motivo, eu quis olhar um pouco para trás, e eu acabei vendo que a Michelle tava me encarando, mas assim que ela me notou, ela abaixou a cabeça e ela parecia... assustada?” Eles se sentaram na mesa, um de frente por outro.

“E eu não me importei muito na hora, porque você conhece a Michelle, ela age estranho as vezes, e a gente se acostuma, mas sei lá...”

“Achei que você sabia que ela te encarava o tempo todo.” Ned disse normalmente.

“O QUÊ?!” Peter ficou surpreso, Ned só podia estar brincando.

“Você realmente não sabia??? Cara, ela ta sempre olhando pra você e anotado naquele caderno dela, as vezes eu acho que ela escreve uma maneira diferente de te matar todos os dias.”

“Cara, como assim??? Eu nunca notei nada. Você acha que ela me odeia tanto a esse ponto???” Peter agora estava muito surpreso.

“Sei lá, cara” Ned disse enquanto comia seu almoço, algo que Peter pelo visto tinha esquecido já que ele só encarava o amigo fixamente. “Eu só sei que existem duas opções: Ou ela quer te amar, ou ela gosta de você. Se não, porque ela iria te encarar tanto?”

Agora a situação só tinha piorado, Michelle poderia sentir algo romântico por ele? Bom, não que a ideia o desagradasse, ela estranhamente o deixava feliz, mas ainda assim, o que era isso tudo?

...

Depois daquele dia, Peter começou a observar Michelle de volta, não que ele gostasse dela ou algo assim, ele só começou a ficar mais curioso. “Por que ela me odiaria?” “Por que ela gostaria de mim?” Eram perguntas frequentas em sua mente.

O mais engraçado é que, com o tempo, Peter começou a se acostumar a procurar por ela na multidão, a se questionar no que ela estava pensando, a imaginar como era sua risada, como eram suas reações, seus sorrisos naturais, seu perfume. Michelle era sempre fechada com todos, mas ela se abria um pouco pra ele e Ned quando se sentava com eles no almoço. Ela sempre foi misteriosa, mas Peter antes era tão ocupado querendo ser o Homem-Aranha o tempo inteiro, e gostando da Liz, que ele não se dava ao luxo de notar ou de pensar sobre Michelle, o que agora, havia se tornado estranhamente frequente, e por mais que ele negasse em sua cabeça que aquilo poderia começar a significar alguma coisa, era o que estava acontecendo.

Michelle por outro lado, a cada dia só se desiludia mais. Ela já não aguentava mais sentir seu coração bater forte quando via, mesmo que apenas um fio de cabelo de Peter. Era irritante, ela se sentia presa a ele, como se sem ele o dia não fosse o mesmo, como se a felicidade dela dependesse de vê-lo, e quando ele não aparecia, ela se sentia pra baixo, e ela estava tão cansada disso já. Seus desenhos já não ajudavam como antes, ela desenhava ele, e então desenhava de novo, e continuava querendo encontrar novas expressões, novos ângulos para cada um de seus sorrisos e olhares, e isso tudo era tão desgastantemente bom.

Sua paixão por Peter só piorava a cada dia, agora, além de imaginar como seria seu abraço, ela já imaginava qual era o gosto de seus lábios, como seria poder tocar seu rosto, seu cabelo, como seria puxá-lo para mais perto, sentir seu calor...

Ah, isso estava realmente acabando com ela.

Enquanto presa nos seus pensamentos, Michelle olhava fixamente para seu livro. Ela estava sentada nas arquibancadas do ginásio, a aula de educação física começaria logo, e ela já estava se preparando para ficar lá por um bom tempo, uma vez que seu professor já havia desistido dela. O único motivo para que ela continuasse vindo as aulas era poder ver Peter. Essa era uma das aulas que eles compartilhavam, e Michelle (e Peter) só queria poder aproveitar o máximo de tempo que tinha.

Não demorou muito para que o garoto entrasse no lugar, o que chamou atenção de Michelle, mas o que ela não esperava era que a primeira coisa que ele notasse fosse ela. Aquilo era estranho. Só não mais estranho do que ele ter começado a subir as arquibancadas, indo em direção a ela. Seu coração batia mais rápido a cada passo que ele dava.

“Oi...” Peter disse inseguro, ainda em pé, tentando não ser intimidado pelo olhar dela. Michelle prendeu sua respiração sem ao menos notar.

“Haja normalmente” Ela pensou.

“O que você quer?” Ela disparou. Isso era mais difícil do que parecia.

“Eu só queria saber porque você nunca pratica exercícios com o resto do pessoal...” Peter perguntou um pouco nervoso. Michelle agora estava muito surpresa, ele começou a nota-la? Que besteira, óbvio que ele iria notar, ela era a única que ficava sentada ali a aula toda. Qualquer um iria.

“Eu só não gosto.” Talvez ela estivesse na defensiva, mas como não ficar, ele estava praticamente a atacando olhando para ela daquele jeito.

“Ah sim...” Peter não queria sair de onde estava, ele na verdade só queria falar qualquer coisa para poder ficar perto dela. Não que isso quisesse dizer qualquer coisa.

Enquanto os dois se encaravam sem o que dizer, eles ouviram o som de apito, o professor havia chegado e a aula iria começar.

Michelle continuava surpresa, como Peter simplesmente começa uma conversa com ela assim? Era claramente tentativa de assassinato. E o pior veio depois, quando os alunos começaram a correr pela quadra e Michelle conseguiu notar que o cabelo de Peter estava levemente molhando, fazendo alguns fios se pregarem na sua testa. Não dava, ela estava chegando no limite com o garoto, ninguém pode ser tão bonito assim.

E dessa vez, o olhar de Michelle foi realmente penetrante, já que Peter começou a se questionar se ela o observava enquanto corria, e quando ele parou de correr e olhou de volta, ele teve certeza. Foi como na aula de química semanas atrás, o mesmo olhar assustado, o abaixar da cabeça. Peter começou a ligar mais alguns pontos.

...

Alguns dias depois do ocorrido no ginásio, Michelle andava no seu limite, claro que ela não admitiria que estava estressada porque não sabia mais o que fazer com seus sentimentos por Peter que só se tornavam mais intensos com o tempo. Mas por conta de tudo que vinha acontecendo, ela andava levemente perdida, ou talvez totalmente perdida. E isso acabou levando Michelle a perceber, após um dia cansativo de aulas de geografia e literatura, que ela havia simplesmente perdido seu caderno de rascunhos.

Desespero? Ela já estava longe disso, tudo que ela podia imaginar era Flash encontrando seu caderno e divulgando para toda escola seu crush por Peter, ou como ela era obcecada por ele, enquanto Peter via todo o show de longe com um olhar de desaprovação. Pior, Michelle imaginava Peter então caminhando até ela e dizendo que estava lisonjeado, mas que não sentia o mesmo, até porque Peter é sempre educado, ele não iria humilha-la por sentir algo por ele, certo?

Bom, agora Michelle estava com medo, aquele caderno pode significar sua morte se em mãos erradas e, bom, agora ela estava em perigo. Era difícil decidir se era melhor que alguém devolvesse e isso significasse que a pessoa poderia ter visto o conteúdo do caderno, ou esperar que ninguém nunca o encontrasse. De todas as maneiras, Michelle saia perdendo. Tudo isso por causa do Peter Maldito Parker.

O que ela não esperava era que quem encontrasse o caderno nos corredores da escola fosse o próprio Peter. E mal poderia imaginar ela a reação do menino ao ter todas suas desconfianças confirmadas pelo conteúdo do caderno. E nem mesmo nos seus sonhos mais fantasiosos, poderia adivinhar o que estaria por vir, agora que o garoto tinha tanto conhecimento da atual situação.

Peter agora tinha confirmado tudo que ele queria. Michelle realmente gostava dele. Era difícil dizer antes já que ela não demonstrava muitas feições, mas estava sempre o encarando. Porém, os desenhos que ela fazia? Como ela poderia odiá-lo desenhando-o tão feliz? Seus traços eram realistas, ela sempre destacava cada detalhe de seu rosto. Seu preferido era um em que ela destacou os pés de galinha que se formavam no seu rosto em um sorriso genuíno, ele não podia lembrar quando havia sorrindo assim, mas ela havia notado.

O peito de Peter quase explodia de felicidade e era quase impossível não sorrir ao encarar os rascunhos. Com todas essas semanas observando Michelle de volta, Peter agora admitia que havia se apaixonado por ela, se ele já não era antes. Ela sempre o intrigou, mas no momento, tudo que ele queria era poder correr até ela e dizer sim, Michelle, eu sinto o mesmo por você, e eu quero você, e eu realmente espero que você admita que me quer. Mas não, ele tinha tanta informação em mãos, ele poderia fazer coisas com isso. E é exatamente o que ele pretendia.

...

O plano de Peter era simples, na verdade. Ele iria provocar Michelle o máximo que podia até ela mesma admitir o que sente. Por quê? Porque ainda existia a possibilidade de ela não querer admitir sendo confrontada, ou de querer fugir disso. E Peter já nadou muito pra morrer na praia.

Como essa provocação seria? Muito fácil. Nas últimas semanas eles não haviam conversando tanto como antes, mas era simples mudar isso. Peter iria voltar a falar com Michelle, e dessa vez, ser insistente. Saber que alguém gosta de você pode ajudar muito a se sentir confiante.

Com isso, Peter estava sempre aproveitando todas as chances que tinha de toca-la, ela sempre se assustava com o mínimo, fosse apenas um leve pressionar de seus dedos nos ombros dela, ou apenas um rápido encontro de cotovelos quando sentavam um do lado do outro. Tudo era intenso pra Michelle, porque toda vez que se tocavam, ela (e ele) só queria mais, mais tempo, mais toques.

E bom, tudo isso se encerrou com um dia de aula de educação física.

Michelle tinha aceitado praticar esportes dessa vez. Peter havia começado a se sentar com ela nas arquibancadas e era impossível se concentrar em qualquer coisa, ainda mais com ele falando com ela daquele jeito, e tocando ela daquele jeito.

Mas para sua sorte (ou má sorte), Peter acabou sendo parceiro dela. Eles deveriam fazer abdominais e mais um monte de exercícios que o professor os orientou, mas Michelle não conseguiu prestar atenção porque quando Peter se levantou para encarar o professor, ele acabou encostando as costas da mão na sua cintura, e os pensamentos de Michelle foram a loucura.

Agora lá estava ela, segurando os pés de Peter enquanto ele fazia abdominais e ficava perto demais do rosto dela. Era tudo tão maravilhosamente assustador. Por mais que essas proximidades repentinas e toques físicos a amedrontassem, ela ao mesmo tempo queria mais, e mais. E nesse momento, se tivesse a oportunidade de simplesmente ir embora, ela não iria, porque mesmo que ela quisesse correr, ela também queria ficar e descobrir até onde tudo isso iria leva-la. Se no final disso tudo ela conseguiria ao menos um “Talvez” numa possível declaração.

Enquanto ela se perdia nos seus pensamentos sobre Peter, o apito soava apontando que eles deveriam trocar a modalidade dos exercícios, e Michelle não tinha ideia do que fariam agora. Peter também não sabia, já que, assim como ela, havia ficado distraído com o toque acidental.

Futebol Americano, eles iriam fazer uma espécie de treino, todas as duplas. Isso não era bom. Futebol Americano incluía empurrões e quedas, e Michelle realmente não queria se machucar hoje.

A coisa é que as duplas deveriam treinar tirar a bola dos adversários, e foi . Que tudo aconteceu.

Bom, simples, quando a bola veio até Michelle, Peter deveria impedir que isso acontecesse, e se tivesse sucesso, a próxima dupla deveria tomar o lugar.

Foi o que aconteceu, a bola foi arremessada, Michelle tentou pegar, e Peter, atrás dela, simplesmente a segurou pela cintura, o que já tirou todo o foco da garota. Ele então a empurrou até o chão, o que fez com que eles caíssem.

“Eu te machuquei?” Peter perguntou um pouco assustado e imóvel. Suas mãos ainda estavam em sua cintura, só que quando Michelle pulou para pegar a bola, sua blusa se levantou levemente, o que levou Peter a tocar diretamente sua pele.  Michelle ficou distraída por alguns segundos, sentir o toque dele fazia sua pele pegar fogo e a sessão era incrível e medonha.

“Suas mãos estão frias, você ta nervoso?” Ela sorriu ofegante, não por estar cansada, mas porque seu coração parecia querer explodir. Michelle teve um choque de coragem estranho, ela não pensou bem nas palavras, e os dedos de Peter se mexendo levemente não ajudavam. Ah, ela não conseguia raciocinar.

Peter sorriu com o comentário e então respirou rapidamente.

“Você está?” Ele retornou a pergunta sorrindo enquanto dava um leve aperto em sua cintura, era de propósito, ele sabia onde estava tocando e o que estava fazendo.

É aí que Michelle se dá conta do que está acontecendo. Peter sabia dos sentimentos dela. Ele sabia que aqueles toques e olhares a afetavam. Mas como ele poderia saber...?

A resposta veio rapidamente. Ele havia encontrado seu caderno. Por isso ele passou a provoca-la e toca-la, porque ele havia descoberto sua fraqueza. E ele estava simplesmente... brincando com ela?

Michelle então empurrou-o para o longe, e levantou, ajeitando sua roupa e caminhando em direção a porta. O professor nota, mas ele sabe que argumentar com ela é impossível.

Peter resolve segui-la.

“Desculpa, eu fui um pouco inconveniente.” Peter diz quando avista Michelle no corredor da escola, não havia mais ninguém ali além deles, todos estavam em aula, além de que a parte onde o ginásio ficava era a menos frequentada já que o mesmo tomava muito espaço, não era possível ter muitas salas em volta.

“É, você foi.”

“É só que...” Peter se sentiu um pouco cansado da própria situação que criou, ele realmente só queria poder ficar com ela logo. Ele incrivelmente já sentia falta de toca-la mesmo tendo feito isso segundos atrás.

“Você encontrou meu caderno?” Michelle olhou pra trás, o encarando.

“Hum? Como... Como você sabe?” Peter agora estava confuso.

“Você vem me tratando diferente, me tocando até demais, e eu realmente não conseguia pensar em outra explicação além dessa.” Não era totalmente mentira. Só a parte de que Michelle acabará de se dar conta de que esse pudesse ser o motivo. Ela se sentia triste e enganada. Ela achava que Peter só estava brincando com seus sentimentos.

“Por que não poderia haver outra explicação?”.

“E por qual outro motivo você estaria me tratando assim?”. Agora sim Michelle realmente queria ir embora, ela não queria ter que falar que ele só trataria ela assim porque nunca sentiria o mesmo.

“Michelle... eu vi o seu caderno...”. Não, não, não fale sobre o caderno, tudo que Michelle mais temia estava preste a acontecer e ela não sabia como fugir disso.

“Eu sei o que vem depois disso.”. Ela então se virou, estava pronta para ir embora.

“Não, você não sabe.”. Peter soava triste, e isso só serviu para confundi-la.

“Peter, eu realmente não quero ouvir o que você está prestes a dizer.”.

“Michelle, eu sei o que você sente por mim.”. Peter caminhava em direção a ela enquanto falava, enquanto isso ela se mantinha de costas para ele, não queria visse sua expressão assustada. Ela não tinha mais o que dizer, seus comentários sarcásticos não fariam parar o que estava prestes a vir.

“Você pode olhar para mim... Por favor?” Peter pediu, tocando sua mão levemente.

Michelle começou a se virar lentamente. Ela tinha uma expressão triste com uma mistura de raiva. Peter sentiu seu coração se despedaçar, ele não podia deixa-la pensar que isso era uma rejeição, se era isso que ela estava pensando.

Ele então levantou sua mão e tocou sua bochecha, o que fez com que ela o olhasse diretamente nos olhos, enquanto ele traçava seu polegar de sua bochecha até o limite de seus lábios.

“Eu gosto de você, Michelle Jones.” Peter disse docemente e Michelle simplesmente não conseguia processar o que tinha acabado de ouvir. Seus olhos tremiam rapidamente enquanto ela o encarava, perplexa.

Peter não esperou muito por uma resposta. Ele desceu sua mão levemente para trás de seu pescoço, e a puxou para mais perto, fazendo com que suas testas se tocassem. Seus lábios estavam próximos, até demais.

Michelle então levantou suas mãos para segurar o rosto de Peter.

“E eu sei o que vem depois disso?”. Ela perguntou, e ele então a beijou.

Seus lábios buscavam um pelo outro, enquanto Michelle levemente o puxava mais perto. Peter fazia círculos na bochecha de Michelle com seus dedões, e logo desceu seu toque para a linha de seu queixo.

Michelle então passou seu braço envolta do pescoço do garoto, o puxado ainda mais perto, enquanto as mãos de Peter desceram para sua cintura, apertando-a.

Seu beijo era intenso, ambos esperaram tanto tempo por isso, e toda essa tensão em volta deles só os faziam querer mais e mais. E agora? Bom, agora eles finalmente podiam expressar como se sentiam, não por palavras, mas ainda usando suas bocas.

Peter segurou Michelle fortemente, e caminhou com ela até a parede, encostando as costas da garota nos frios armários do corredor. Michelle então transferiu suas mãos aos cabelos de Peter, puxando levemente e abrindo sua boca para respirar.

Ambos estavam ofegantes, não só por conta do intenso beijo compartilhado, mas também por seus corações acelerados.

Peter retornou uma de suas mãos para o rosto de Michelle, tocando a linha de seu queixo o polegar. Eles se encararam rapidamente, como se estivessem dizendo um para o outro que sabiam o que estava por vir e ambos queriam aquilo.

Peter então a beijou novamente, a puxando para si. Michelle prontamente correspondeu, apertando ainda mais forte seus cabelos. Era tudo intenso, ambos estavam desesperados por mais. Isso levou Peter a descer seus lábios para o pescoço de Michelle, respirando rapidamente antes de beija-la lá. A garota fechou seus olhos e levantou levemente sua cabeça, o dando mais espaço. As mãos de Peter então seguraram a sua cintura, mas dessa vez, por dentro de sua blusa, tocando sua pele diretamente, o que fez com que Michelle respirasse pesadamente.

Ela então agarrou o rosto de Peter, puxando-o para outro beijo. Peter abaixou suas mãos rapidamente no corpo de Michelle, agarrando sua de suas coxas e puxando-a para cima. Isso era torturantemente bom.

Peter então abaixou-se um pouco, agarrando a outra coxa de Michelle e levantando-a. Ela fechou suas pernas em volta da cintura do garoto. Agora as mãos de Peter estavam nas costas de sua coxa, apertando-as. Enquanto ele a beijava intensamente. Michelle sabia que Peter era o Homem-Aranha, era óbvio, mas ela não imaginava que isso ajudaria num momento como esses. Ele era tão forte, a segurava sem nenhum esforço, mas ainda assim era delicado com seus toques e apertos, sempre tentando não a machucar, Michelle estava perdida.

Logo Peter voltou a dar atenção ao pescoço da garota. Michelle se sentia quente, era um sentimento novo e estranho. Mas ela sabia que eles não poderiam passar disso, afinal estavam no corredor da escola ainda.

Com esse pensamento, ela novamente puxou o rosto do garoto e colocou seus pés no chão. Ambos estavam respirando muito rápido e os lábios de Michelle estavam levemente vermelhos.

“Você vai me devolver meu caderno ou...?”. Michelle disse sorrindo, ela estava feliz, no final, ele gostava dela de volta, era difícil acreditar que isso poderia acontecer, mas ali estava ele, a segurando contra os armários da escola.

“Você não precisa mais me desenhar, pode me ver ao vivo quando quiser”. Peter sorriu, enquanto alternava seu olhar para os lábios de Michelle.

“Agora que eu posso te ver todos os dias, eu posso focar em desenhar alguma outra coisa que não seja seu maldito sorriso.” Michelle disse revirando os olhos.

“Então isso quer dizer que nós vamos fazer isso?”

“Fazer o quê?”

“Hum... namoro...?” Peter dizia um pouco inseguro. Enquanto o rosto de Michelle se transformava em tomate.

Os dois riram e olharam para o chão. Era estranho falar daquilo.

“Sim... vamos.” Michelle disse em um quase sussurro. Peter a encarou e sorriu, o sorriso que Michelle sempre desenhava, mas dessa vez, o motivo dele era ela. E por conta disso, a garota não pode se conter e o beijou novamente.


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Notas finais do capítulo

ok, provavelmente tiveram uns erros de digitação ai que eu não vi, eu tenho um probleminha com falta de atenção ai as vezes eu escrevo coisas com gêneros trocados, ou no plural qnd não deve ser :PP

enfim, comentem o que gostaram e o que não gostaram e POR FAVOR, escrevam também!!! eu quero muito ler mais fanfics desses dois em português, eu acredito no potencial de todas vocês :DD

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