Planos para o futuro escrita por NortheastOtome1087


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

Historia narrada em 1ª pessoa por Phoenix Wright.



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Uma semana depois de ter resolvido um caso envolvendo uma viagem no tempo e um casamento, eu fui para a minha agência para refletir sobre a vida que eu ando tendo ultimamente. Antes mesmo de ter resolvido o caso, eu deixei Apollo Justice, um dos meus aprendizes, em Khura'in para resolver parte dos problemas judiciais no país, que apesar da raiz de toda a injustiça ser destruída, ela ainda está longe de ser consertada. Agora, no meu escritório, era apenas eu, Maya, Pearl, Trucy e Athena.

Eu estava arrumando as coisas no meu bom e velho escritório, bagunçado com os objetos de mágica da minha filha Trucy, que tem uma vida dupla como estudante e artista. Quando eu disse a ela como ela estava indo na escola, ela sempre diz a mesma coisa: “Eu estou bem!”, do mesmo jeito que o Apollo dizia (e ele ainda diz). Ela dizia a mesma coisa tanto na escola quanto no palco. Eu imaginaria se a Trucy aprendeu as coisas da escola no circo, já que ela (obviamente) nasceu com os mágicos e seus truques.

Claro que eu não aceitaria ver a Trucy saindo de casa para ir ao circo. Desde que Zak foi assassinado, eu sentia o peso de ser pai adotivo. Mesmo que a Trucy tenha um monte de irmãs (adotivas, é claro) que cuidam e se importam com ela, meu dever como pai é cuidar da Trucy para que ela tenha um bom futuro na vida. Apesar de me importar com o desejo dela de querer continuar o legado mágico de sua família biológica, não estou muito ciente de que Trucy viva apenas de magia e truques. Queria que ela se focasse mais na realidade, portanto eu estava pensando em colocá-la em cursinhos que possam ajudá-la.

Um curso de medicina poderia ajudar a Trucy, mas não sei se ela conseguiria cuidar dos pacientes com seu ar agitado. Ela até que poderia ser uma boa cozinheira, mas no mínimo ela usaria o fogão para fazer truques de mágica. Biologia? Nem se fala. Ela utilizaria os animais para serem os seus mascotes de circo, e as flores ela usaria para fazer os seus buquês. Ela até que poderia ser uma boa costureira... Apenas para fazer os remendos de sua calcinha mágica. O melhor que eu poderia fazer com a Trucy é treiná-la para ser uma advogada, e pretendo até colocá-la em uma escola de advocacia para ela aprender a ser uma defensora da lei. Peraí... Do que eu estou falando mesmo?

Ah tá. A Trucy pode até ser minha filha, mas haverá um momento em que ela deverá sair do seu próprio ninho para seguir sua vida sozinha, do mesmo jeito que Apollo fez. Bem, eu acho que em um certo momento eu devo dizer a Trucy a verdade envolvendo a mãe biológica dela e Apollo, seu meio-irmão. Algum dia, algum dia mesmo, eu juro que irei levar Trucy para Khura'in para visitar Apollo e então os dois podiam se ver. Eu também traria a Lamiroir (que acredito que ela ainda está atuando como cantora em algum lugar) para Khura'in, assim os três podem finalmente ter sua reunião de família.

Isso até que seria um bom desejo para a Trucy e para o Apollo, mas e as minhas outras “filhas”? Eu até sei que Maya aperfeiçoou suas habilidades de canalização a ponto de se tornar uma grande médium, mas e Pearl? Será que algum dia ela se tornará uma médium tão boa quanto a sua prima? Não sei, e isso só o futuro dirá. Pearl pode ter crescido, mas ela ainda está longe de ser uma pessoa independente. Eu até estava pensando em colocá-la numa escola, mas não sei se tenho dinheiro suficiente para botar Pearl em uma escola decente, como se não bastasse eu ter que cuidar da Trucy também. Pra ser honesto, de todas as minhas filhas adotivas, Pearl e Trucy me dão mais trabalho, mas pelo menos uma delas não faz trabalhos arriscados.

Athena... Por onde começar? Desde que ela perdeu a sua mãe, Athena começou a morar comigo na agência. Ela se tornou uma das minhas assistentes e também uma das minhas importantes aliadas. Suas habilidades com psicologia faz dela uma aliada formidável, já que ela é capaz de descobrir as mentiras de cada pessoa através de suas emoções. Não que eu não tenha minhas próprias peculiaridades – Os magatamas da família Fey me vem à mente.

Athena, por sua vez, está sobre os cuidados de duas pessoas, eu e Simon Blackquill, se bem que este último não aparece muito, já que ele vive ocupado na cadeira do promotor. Claro que isso não me impede de receber ameaças do Simon, incluindo ser morto pela katana dele (não estou brincando). Acho que um dia, quando ela for mais velha, irei deixar com que Athena possa seguir sua própria rota.

Quanto mais eu refletia, mais eu pensava sobre o que fazer da vida. Eram tantas perguntas e tantas respostas. Eu até que queria continuar a vida de advogado, mas e minhas assistentes? Como é que elas podiam viver suas próprias vidas depois de se tornarem adultas? Maya pode até ter se tornado uma grande médium, mas e as outras? Como elas poderiam viver suas próprias vidas? Estou até ciente dos desejos delas, porém isso ainda é algo difícil de ser resolvido.

Às 10:45 da manhã, eu recebi uma visita. Para a minha surpresa, eu não esperava ver Edgeworth na minha agência. Eu perguntei para ele se tinha algum problema para resolver aqui, mas para a minha surpresa (ou não), ele disse que não. O promotor-chefe veio apenas para ter uma conversa comigo, para saber como eu estava.  Eu disse a ele que estava bem, mas ele desconfiou de primeira, dizendo que ele não estava bem da cabeça, e por sinal, ele nem estava se referindo a febre. Edgeworth queria saber mais sobre como é que tá a minha vida – Algo que eu não esperava ouvir dele, apesar de sermos amigos de longa data.

Eu e Edgeworth estávamos conversando sobre as coisas que aconteceram durante os meus dias dentro e fora do mundo da advocacia, inclusive falei das coisas que aconteceram durante o tempo em que perdi o posto de advogado. Claro que Edgeworth ficou enfurecido ao saber disso, mas ao mesmo tempo estava orgulhoso com os meus progressos, já que eu comecei a ganhar boa parte do respeito.

Algumas vezes quando Edgeworth passava na agência para fazer uma visita, ele sempre notava uma coisa. Eu sempre era acompanhado pela Maya, pela Pearl, pela Trucy e pela Athena. Algumas vezes a Ema aparecia, mas era apenas algumas vezes, já que agora ela era uma pessoa ocupada trabalhando com ciência nas suas investigações. Estou muito feliz com que ela tenha finalmente tenha passado no seu teste e agora ela pode ser tanto cientista quanto uma detetive. Se bem que eu ainda sinto falta do Gumshoe. Como será que ele está indo nas suas atuais investigações? Será que ele e a Maggey escolheram viver suas vidas juntos?

Bem, voltando ao assunto, ao perceber que eu vivia feliz com as minhas filhas, Edgeworth me fez uma pergunta muito interessante: Como será que você se sente vivendo ao lado de várias garotas? Essa é a primeira vez que eu ouço essa pergunta, especialmente de uma pessoa séria como Edgeworth. Tudo bem que ele perguntou de maneira séria e requintada, mas ainda assim, me pergunto por que um promotor como ele me perguntaria algo daquele jeito.

Então eu disse para Edgeworth: Isso tudo foi um golpe do destino. Claro que Edgeworth não acreditou em mim e já sabia que eu estava blefando. Um homem como eu, com várias mulheres aos seus pés? Tá brincando... Eu então disse a verdade na cara dura. Antes que eu respondesse, o promotor-chefe disse que eu só me tornei amigo da Maya por que ela é a irmã de Mia, minha antiga tutora. Claro que era muito mais do que isso, mas ainda assim não deixava de ser verdade. Maya era uma das memórias da minha tutora que eu me recuso a esquecer. Mas ela também era mais do que isso – Maya era como uma filha mais velha pra mim.

Eu também falei para o Edgeworth sobre a Pearl, a Trucy e a Athena. Ele não se esqueceu das três, e até deu uma leve, mas séria bronca para que eu olhasse mais para a Trucy e que garantisse para que ela ficasse fora de perigo. Em relação a Athena, Edgeworth pergunta pra mim como será que ela está indo como sua assistente. Bem, eu disse a ele que ela está indo bem e mal ao mesmo tempo. O promotor-chefe não disse mais nada. Estava sério, com um rosto que implicava uma leve fúria. Claro que ele não estava zangado mas...

Quando o Edgeworth me perguntou de novo sobre as garotas da minha agência, eu zoei na cara dele dizendo em que dia ele pretende criar seu próprio harém. Ele diz que não precisa de nenhum harém e que podia fazer tudo sozinho. Nesse ponto, eu disse: “Mas e a Kay? Como é que ela fica?”. Ao ouvir isso, o promotor-chefe disse que Kay era apenas a assistente dele e nada mais. Aí eu comecei a falar da Franziska, e ele dá a justificativa de que ela é sua irmã adotiva e sua relação é apenas isso, além do lado profissional das coisas. No entanto, quando eu comecei a falar da Wendy, Edgeworth ficou vermelho. Não sei se ele tinha raiva ou vergonha, mas ele deixou claro que ele não queria falar da Wendy novamente. Claro que nunca quis falar sobre a idosa pra ele, no entanto a primeira vez que ele foi falar da detetive-cientista Ema, eu fiquei vermelho, já que ele não se esqueceu daquele caso no qual eu a ajudei a defender a irmã Lana. Eu disse que Ema agora vive sua própria vida, mas ainda não me esqueci dela. Ela foi uma pessoa especial, e ela ainda não perdeu isso mesmo depois de ter se tornado uma cientista de verdade. Porém, quando Edgeworth começou a falar sobre Iris, minha antiga namorada, desta vez eu fiquei vermelho.

Sim, eu fiquei vermelho. Tão vermelho quanto uma maçã ou um tomate maduro. A primeira vez que Edgeworth começou a falar sobre a Iris, eu não sabia o que dizer. Lembro que logo depois do julgamento que ocorreu antes mesmo de ter perdido o posto de advogado, eu e Iris terminamos, talvez porque eu seja uma pessoa muito ocupada e não podia deixar que a Iris possa atrapalhar a minha vida de advogado. Acredito também que ela possa terminado por ter causado muita dor e sofrimento para mim. Mas não importa. Iris agora é só uma memória do meu triste passado no qual deixei pra trás. As únicas coisas que não deixei pra trás são Edgeworth, Larry e minha antiga mentora Mia.

Depois da conversa que tive com Edgeworth, ele ainda perguntou se vou continuar como advogado por muito tempo. Eu disse que sim, e retribui perguntando a ele ainda vai continuar vivendo como promotor-chefe. Como era de se esperar, Edgeworth diz que sim. Ele também diz a velha ladainha que ele está em busca da verdade. Mas a verdade sempre foi relativa, nunca absoluta, e vários dos casos mostraram isso. Ainda assim, eu acredito que a justiça sempre prevalecerá enquanto estiver aqui sendo um advogado de defesa.

Lá para às 11 da manhã, Edgeworth sai, e então continuei a arrumar o escritório, que ainda estava uma bagunça. Mas enquanto eu esperava o próximo caso para resolver, eu continuei pensando no futuro para as minhas assistentes, que ainda estava incerto...


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