O clima estava tenso e se tinha algo que Julia entendia era de climas tensos. Junto de Erika e Moe, as três estavam na sala do conselho estudantil de frente com a presidente do conselho, pois elas queriam fazer uma apresentação e precisavam de um lugar para isso, então escolheram o ginásio da escola.

— Idols escolares? – diz Hitomi Tachibana, uma garota de cabelos castanhos claro presos com duas tranças curtas e olhos rubros. Ela é quem, de acordo com Julia, controlava a escola e seus eventos devido ao seu poder em cima das alunas e contato direto com a diretora. — Fico feliz que escolheu uma atividade saudável, Akutagawa-san.

— O-Obrigada... – Julia não gostava dela, na verdade, ela não gosta de ninguém do conselho estudantil, mas tem que fingir tolerar tudo que elas falam para não se meter em problemas.

— Então, o que acha, Usagi? – Hitomi pergunta para a vice-presidente. — É você quem é responsável pelos clubes artísticos. O que acha da ideia delas?

— Normalmente eu concederia permissão a elas, mas como não são oficialmente um clube ainda, terei de consultar minha... – ela finge uma tosse. — A diretora Tsukihi sobre isso.

— Bem, é isso. – a presidente encara as três.

— Sim... – elas aceitam com um ar de desapontamento e então começam a sair da sala.

— Se importam se eu perguntar algo antes de irem? – Hitomi chama a atenção delas. — Por que escolheram se tornarem idols escolares?

— Uma música me salvou e... Eu achei que poderia salvar mais pessoas da forma que fui salva. – Julia responde. — Acho que ajudar os outros através da música ao invés de causar problemas pode ser um bom recomeço para mim.

— O brilho de uma certa idol me fez superar o trauma que eu tinha e hoje quero recomeçar minha carreira na música me tornando uma idol escolar. - Erika responde.

— Eu apenas vi o quanto essas duas estavam falando sério sobre isso e resolvi ajudar elas com o que eu puder, mas não quero ser uma idol ou algo do tipo – disse Moe.

— Oho... Entendo, era só isso. – Hitomi sorri para as garotas e elas saem da sala. — Um recomeço... Não acha que isso é uma boa ideia para você, Usagi?

— Por que diz isso? – Usagi pergunta.

— Você não queria ter um “recomeço” também?

— Isso foi no passado, hoje em dia eu só quero me formar na universidade e seguir minha vida. – Usagi responde.

— Oho, entendo... – ela sorri para a amiga.

...

Era horário do almoço e as três amigas se encontravam no mesmo local de sempre, o telhado da escola. Elas estavam ansiosas e nervosas pela resposta da diretora, pois se a escola não autorizasse elas ficariam ter onde se apresentar. Porém, nem tudo era nervosismo, o motivo delas terem escolhido esse dia para falar com o conselho estudantil era por conta da letra e da música estarem prontas e bem como a coreografia já havia sido dominada.

— Ainda me impressiono de você ter escrito a letra inteira numa única noite. – disse Moe, enquanto comia de sua marmita.

— Não que tenha sido fácil, eu quase perdi a hora no dia seguinte por ter ficado a noite toda acordada. – Erika responde.

— Eu quase perco a hora todos os dias.  Julia diz de boca cheia.

— Mas é uma delinquente, não iguale a Erika com você. – disse Moe.

— O que disse?! – Julia emite um tom de raiva em sua voz.

— Apenas a verdade! – elas se encaram furiosamente.

 — Ei vamos se acalmar, sim? – Erika tenta impedir que elas começassem uma briga de verdade. — A propósito, Moe-senpai você disse que já tinha feito os cartazes para entregarmos, como eles estão?

— Ah, sobre isso. – ela pega seu celular e mostra a foto. — Eu aproveitei uma das fotos que tirei de vocês com a roupa que fiz e editei no computador, só falta a data do evento.

— Ficou bem editado. – Erika elogia.

— Verdade, você realmente consegue fazer coisa, não é? – Julia elogia.

— Não é verdade, eu só faço o que sei fazer. – Moe fica sem jeito.

Já fazia um tempo que Julia queria dizer isso, afinal Moe é praticamente a mãe do grupo, pois sem ela Julia e Erika teriam dificuldades em ensaiar, não teriam como fazer os figurinos sem ter que pagar pra um profissional e muito menos aprenderiam sobre idols em tão pouco tempo. Era como se ela tivesse muita experiência nisso tudo.

— Finalmente encontrei vocês. – disse Usagi ao se aproximar das garotas.

— Vice-presidente? O que houve? – Moe pergunta.

— Estou com a autorização da diretora para uso do ginásio que pediram. – rapidamente Julia se levanta para pegar o papel das mãos de Usagi, mas ela afasta o papel antes que Julia pegasse. — Porém tem uma condição.

— Condição? Qual é? – Julia pergunta.

— A diretora autorizou vocês usarem o ginásio neste domingo. – todas encaram surpresas.

— Mas é muito cedo, assim só vamos ter dois dias contando hoje para nos preparar. – Erika diz. — E ainda temos que entregar os cartazes.

— Isso não fui eu que decidi, se estiverem descontentes, podem desistir da apresentação. – Usagi responde. — E tem mais, só terão  autorização do comitê de artes para criar o clube se lotarem o ginásio.

— Lotar? Mais ou menos quantas pessoas? – Moe pergunta.

— No mínimo, 150 pessoas. – todas ficam espantadas com a resposta.

— Mas isso é o número total de alunas do primeiro ano! – Erika diz.

— Essas são as condições para que possam oficializar o clube. – Usagi entrega o papel com a autorização para Julia que tira da mão dela de forma agressiva.

— Você tem alguma contra a gente fazer esse clube? – Julia pergunta.

— Um clube de idols escolares não vão oferecer nada de bom para nossa escola, apenas mais gastos.

— Sei, então seu problema é comigo, né? – Usagi desvia o olhar. — Sabia, você não gosta de mim desde o dia que fiz minha matrícula aqui.

— Eu entendo sua situação e entendo os motivos da minha mãe aceitar você nessa escola. – Usagi encara Julia com olhar sério. — Só que não vejo como uma delinquente como você que foi praticamente expulsa do Estados Unidos possa dar a volta por cima e se tornar uma pessoa melhor!

Os olhos púrpuros de Julia brilhavam com a chama da raiva que crescia em seu peito. Ela apertava os punhos violentamente e então começa avançar para bater em Usagi, mas Erika e Moe seguram seus braços antes que ela fizesse alguma besteira.

— Julia-senpai, se acalma! – Erika diz.

— Bater nela só vai piorar sua situação. – Moe olha ao redor e nota que outras alunas estavam as encarando.

— Devia escutar suas amigas e aproveitar a oportunidade antes que eu mude de ideia. – disse Usagi.

— É 150 pessoas que quer? Pois bem. – Julia se solta e vira para todas as alunas que estavam lá e começa a gritar. — Pessoal! Eu tenho um aviso importante para dar! Esse domingo, as 16h no ginásio da escola haverá uma pequena apresentação do nosso grupo de idols escolares, então por favor compareçam!

Todas as garotas encaram a ruiva com estranheza, algumas murmuravam sobre ela ter enlouquecido, outras se animavam ao escutar sobre um grupo de idols na escola.

— O que está fazendo? – Usagi pergunta.

— 300. – Julia aponta para a vice-presidente. — Se não vierem no mínimo 300 pessoa para nossa apresentação, eu desisto de ser uma idol e me junto em qualquer outro clube que você escolher.

— Está querendo uma aposta? E o que você ganha se juntar essa quantia de pessoas?

— Eu não quero nada, só oficializar o clube. – disse Julia. — Agora minhas amigas aqui também merecem ganhar algo, até porque não estou sozinha nessa!

— E então o que querem? – Usagi pergunta.

— Eh? Ah, eu... – Erika fica confusa. — Acho que um lugar coberto para que possamos ensaiar caso chova algum dia.

— Boa Erika, então eu vou querer... Ah, já sei! – Moe sorri confiante. — Autorização para usarmos a sala de áudio para gravarmos as nossas músicas.

— Entendo. Então que assim seja. – disse Usagi. — Se trouxerem no mínimo 150 pessoas, eu oficializo o clube, mas se trouxerem 300 ou mais pessoas, eu dou tudo o que pediram para o clube, mas só oficializarei quando tiverem cinco membros, afinal ainda devemos seguir as regras da escola.

— Isso! – Moe sorri.

— Acho que mais motivada agora. – Erika estrala os dedos.

— Ouviram isso, pessoal?! – Julia grita para as garotas. — A existência do nosso clube está em jogo, então nos ajudem a ganhar essa e divulguem nossa apresentação!

Todas começaram a sorrir e comentar sobre a apresentação e até mesmo algumas saíram do local dizendo que iriam ajudar no que pudessem em relação a divulgação do evento no domingo.

— Então nos vemos no domingo. – Usagi sai e deixa as três  sozinhas.

— Julia-senpai, 300 não é um número muito grande? – Erika comenta.

— Se tem algo que eu não aceito, é alguém querer manipular a liberdade de alguém. – Julia responde olhando no relógio de Moe. — Ainda temos uns vinte minutos, façamos o seguinte: Vamos aproveitar que a Moe tem o cartaz no celular e ir até a biblioteca para imprimirmos os cartazes e entregar eles nas salas ainda agora ou depois que as aulas terminarem. Depois nós vamos até o centro e entregamos mais deles.

— Sim! – disse Erika.

— Entendido! – Moe presta continência e corre, mas para antes de chegar as escadas. — Agora que parei pra pensar, vocês não têm um nome ainda.

— Um nome? – Julia fica pensativa. — Já sei, vai ser [Re]:Heart! Um recomeço para nossos corações.

— Incrível, você pensou nisso sozinha? – Moe brinca.

— Calada, só vamos logo fazer o que falei. – Julia corre em direção as escadas.

O restante do intervalo foi uma correria para o grupo. Com cartazes impressos e distribuídos por toda a escola, elas partem para o centro da cidade e entregam os restantes para o máximo de pessoas que puderam. No dia seguinte, após aulas, elas se dedicaram ao treino para o grande dia que seria na tarde do próximo dia, porém após “declarar guerra” contra Usagi, ela acabaram recebendo muita ajuda de outras alunas, desde acompanhamento e força moral nos treinos, como divulgação e até mesmo outros clubes que as ajudaram com os preparativos da apresentação, desde iluminação, som e até câmeras para que a apresentação delas fosse posteriormente divulgada na internet.

Julia ter desafiado Usagi gerou uma grande comoção entre as alunas, ela não era mais apenas a aluna transferida do exterior que parecia uma delinquente e sim, a “rebelde carmesim” ou “Blood Queen”, dentre vários outros apelidos que deram a ela por ter feito o que ninguém teria coragem de fazer, ir contra a filha da diretora.

O trio estava confiante de que tudo daria certo, pois além de muito esforço, a escola estava torcendo por elas. Talvez ter um clube de idols na escola fosse uma grande uma grande oportunidade de erguer o nome da escola por outros motivos, não apenas o fato de que foi fundada por um político.

...

Era chegado o dia da apresentação. Erika e Julia estavam num camarim improvisado para elas pelo clube de teatro. As duas vestiam as roupas que Moe havia preparado para elas. A roupa de Julia se tratava de uma camisa rosa, uma saia preta, meias longas e listradas em preto e rosa, uma luva longa na mão direita para esconder sua tatuagem e na esquerda uma luva comum, porém com uma pulseira de linhas em xadrez que iam a até a altura do cotovelo, duas argolas com pontas pouco abaixo do ombros, um lenço preto, um cinto de correntes com um adorno em formato de coração e botas. A de Erika era igual, mas ao invés de rosa e preto, era roxo e branco.

— Julia-senpai... – Erika engolia o seco de tão nervosa que estava. — Acha que vai dar certo?

— Eu não sei... – Julia responde igualmente nervosa. — Eu só sei que a gente vai lá e vamos mostrar praquela fresca quem nós somos!

— Encorajador. – Erika ri. — Ei senpai, como você fazia para se sentir nervosa nas competições de dança que participava?

— Eu só... Eu olhava bem para o público e via que meus amigos, incluindo as garotas da minha... Do clube motociclismo estavam todos lá ai eu só me sentia na necessidade de mostrar pra eles que eu estava pronta. – Julia responde. — E você, o que fazia quando era criança?

— Eu imaginava que todos eram vegetais... – Julia deixa escapar uma risada. — Não tem graça, senpai!

— Foi mal, haha. – Julia se acalma. — Vamos subir, já está dando a hora.

— Sim... – Erika sai emburrada do camarim.

As duas correm e sobem uma pequena escadaria que levava até a parte de trás do palco, onde uma grande cortina tapava a visão que as três teriam da plateia. Lá elas se encontram com Moe que estava sentada numa caixa, esperando por elas.

— Finalmente, achei que não viriam. – disse Moe ao ver as amigas.

— Foi mal, a gente tava meio nervosa. – disse Julia.

— Eu ainda estou meio nervosa. – as três riem. — Como está a plateia?

— Eu olhei há um tempinho e parecia ter pelo menos uma 100 pessoas, mas pelo barulho eu imagino que tenham vindo mais. – Moe responde. — A Okita-san da nossa turma está na entrada contabilizando o número de visitantes.

— Entendo. – disse Julia. — Espero que consigamos os 150.

— Não seriam os 300? – Moe pergunta.

— Se vierem 300 ou mais vai ser ótimo, porém eu tô é preocupada se vamos conseguir a permissão de oficializar o clube. - Julia responde.

— Verdade, o importante não é ganhar a aposta e sim a autorização para formar um clube. – Erika completa.

— Se bem que ia ser muito legal esfregar a vitória na cara daquela cenoura. – disse Julia com um sorriso confiante.

— Pessoal! – uma garota corre até elas. — Já estão prontas?

— Ah, sim! – as três respondem.

— Certo, então em cinco minutos nós começamos. – ela sai correndo.

— Ouviram a Ushi-senpai. – disse Moe. — Está na hora.

— Vamos só fazer uma última coisa. – disse Julia segurando na mão de cada uma. — Um grito de guerra.

— Entendo! – Moe segura a mão de Erika.

— E o que vamos gritar? – Erika pergunta.

— Do que estão nos chamando por ai? – Julia pergunta.

— Estão chamando “você” de rebelde. – Moe responde.

— Rebelde? É, isso. – ela lança o maior de seus sorrisos. — Nós estamos aqui hoje para termos um recomeço e iremos recomeçar com uma rebelião.

— Bem sua cara dizer isso, senpai. – Erika sorri confiante.

— Então, vamos? – disse Moe.

— Certo! – diz Julia. — 1!

— 2! – diz Erika.

— 3! – diz Moe.

— [Re]:Heart! Rebellion! – as três saltam ao gritar.

Moe corre para se esconder e as outras duas ficam de frente para a cortina que lentamente começa a se abrir. Pouco a pouco era possível o ginásio lotado de pessoas, era possível ver que pouco mais do que a metade das alunas da escola toda estavam lá, bem como muitas pessoas vinda de fora, incluindo Ryu e Shinji que fecharam as lojas apenas para ver a apresentação. Ainda de mãos dadas, Julia e Erika andam até pouco mais à frente do palco.

— É... Eu... – Julia engole seco. — E-Eu sou Julia Akutagawa.

— E eu sou Erika Kurogane.

— E nós somos... – as duas se entreolham antes de continuarem em uníssono. — E nós somos as [Re]:Heart! Obrigada pela presença aqui hoje.

Algumas palmas e gritos encorajadores foram possíveis de se escutar. Elas soltam a mão uma da outra e tomam sua posição, as luzes começam a diminuir e som o do violão que dava início a música começou a tocar.

Sinto que sua voz não pode chegar neste lugar
As regras distorcidas, quebrando paradigmas,
ninguém te ensinou
Já faz tempo que pedi pro meu sonho acontecer
Seguindo meu desejo, eu sinto que a jornada
vai finalmente começar

Se lamentar pode ser tempo perdido
Quebre os limites em você pra libertar o seu poder

Lembranças são tão fortes
que vão brilhar dentro do seu coração
Tentei fechar feridas, guardar o que me importa,
memórias nunca vão mudar
Vá, arrisque sua promessa e veja o mundo se realizar
Encontre o seu caminho, na vida, o seu sentido
Você tem o poder nas mãos

Deixe a voz te envolver
Seu destino é você que vai escrever

O som da guitarra e da bateria toma conta e o público ficava cada vez mais animados com a apresentação. De cima do palco dava para vez mais e mais pessoas que chegavam atrasado, tinham também algumas crianças tentando imitar os movimentos. A letra, a música, o figurino, a coreografia e torcida das colegas das garotas estavam contribuindo para que o brilho das [Re]:Heart se tornasse cada vez maior.

Tantos desafios que mal consigo respirar
Percebo que o futuro não sofrerá mudanças
Ficar parada, não vou mais

Suas emoções que estão despedaçadas
No mar dos sentimentos vão se encontrar pra renascer

GO TO THE OUTSIDE OF DAYDREAM
BREAK YOUR LIMITS

Fraquezas não conseguem me impedir,
sinto orgulho de quem sou
Eu posso estar sozinha, mas sigo meu caminho,
lutando por meus ideais

Vá, encontre a esperança
E veja o amanhã que vai chegar
Enfrento o que é preciso, pra ver o seu sorriso,
pro mundo encontrar a paz

Até a voz te envolver
Lute com o destino pra vencer

O solo da guitarra indicava que a música estava perto do fim. Mas a plateia não perdia a animação. Moe deixava uma ou outra lágrima de emoção escorrer vendo o quanto suas amigas brilhavam. Shinji vendo sua filha voltar ao palco depois de anos também soltava lágrimas de emoção e Ryu se orgulhava da garotinha fofa que ele viu se tornar a linda garota que ali dançava e cantava.

— Hey! Hey! Hey! Hey! – a plateia cantava junto do solo de guitarra.

Minha força é seu sorriso, quando vem me abraçar
Hoje e sempre, canto por você, é minha luta

Lembranças são tão fortes
que vão brilhar dentro do seu coração
Tentei fechar feridas, guardar o que me importa,
memórias nunca vão mudar
Vá, arrisque sua promessa e veja o mundo se realizar
Encontre o seu caminho, na vida, o seu sentido
Você tem o poder nas mãos

Deixe a voz te envolver
Enfrentando tudo o que vier
Lute com o destino pra vencer
PROUD OF MYSELF      

Gritos de alegria, de empolgação, elogios e palmas. A dupla se via rodeada de muito amor e carinho de todos que estavam ali presentes. Elas ofegavam, mas elas sabiam que aquilo era o resultado de todo o esforço que fizeram, de todo treino extra que fizeram por conta do prazo e toda a ajuda que tiveram.

— Pessoal, obrigada! - as duas gritaram emocionadas. — Até a próxima!

— Julia, Erika! – Moe correu e abraçou as duas ali mesmo no palco. — Eu sabia que ia dar certo, parabéns!

— Obrigada, se não fosse graças a você nós nem estaríamos aqui hoje. – disse Julia.

— Moe-senpai, obrigada pelo esforço! – diz Erika. — Pessoal, uma salva de palmas para a Moe-senpai, nossa treinadora e figurinista!

— Parem com isso... – Moe escuta as palmas, os gritos, os assobios e fica envergonhada. Diferente do que ela achou, ela não sentiu medo e sim ficou muito feliz. — Parem, haha.

— Uma salva de palmas para todas da colégio Sakuranomiya, pois sem o esforço delas, esse show não seria possível! – Julia gritou e a plateia respondeu. — Cadê, venham aqui!

Julia corre e começa a puxar todas as garotas que estavam próximas do palco e pouco a pouco toda a “staff” do evento estava reunida em cima do palco.

— Ei, Moriko-san. – Okita, a garota que estava cuidando das contagem de visitantes chama por Moe. — Os últimos visitantes que entraram antes de me puxarem pra cá totalizaram em 537 visitantes.

— Isso foi quase o dobro do que a gente apostou. – Moe se surpreende.

— Isso significa que vamos ter tudo o que exigimos. – Erika sorri surpresa.

— Isso significa que vencemos. – Julia diz. — Como a líder das [Re]:Heart eu agradeço a todos pela oportunidade!

— Julia, você está... – Moe diz ao se aproximar de Julia.

— Chorando? – Erika faz o mesmo.

— Eu não... Sim! – ela grita. — Eu tô muito feliz, cacete! É normal chorar de felicidade, não é?

— Julia... – Moe a abraça.

— Senpai. – Erika faz o mesmo e em seguida todas que estavam no palco se aproximam mais delas dando um grande abraço em grupo.

Ao som dos gritos e das palmas. Aquela apresentação bem sucedida foi o primeiro passo para o futuro grande objetivo do projeto “School Idol” daquelas que agora são conhecidas como [Re]:Heart, o pontapé inicial para que elas alcançassem o maior dos palcos, aonde todas as idols escolares almejam estar. Este palco é: o Love Live!