* E pela primeira vez.

Rosalie PDV

Eu sabia que era uma loucura, mais eu tinha de fazer.

Alice me deu todas as informações que eu precisava. Sabia que Emmett estava quase saindo de férias da faculdade, e o período que ele estudava, e eu estava disposta a ir para Boston, Massachussets.

Eu iria atrás do amor.

 Ou ele iria me enlouquecer.

Eu estava a dois dias em Boston, mais não sabia como fazer para chegar até ele. Cheguei a ir até o prédio onde ele morava mais depois um enorme medo me abateu, e eu fiquei pensando se ele já estaria em outra.

Alice não sabia mais eu já havia me envolvido com Emmett antes dele ir embora, e não foi um romance bobo.

Ele era o amor da minha vida, e eu sabia disso, tentei estar com outro, mais não deu certo, Royce não era o cara pra mim, embora nós tivéssemos nos gostado muito, não havia sido o suficiente, Emm era um fantasma em minha vida, e este me assustava constantemente.

Então foi quando eu decidi fazer algo.

Minha mãe estava louca comigo, dona Elisabeth queria matar papai por me deixar viajar para Boston, mais meu pai era a favor do amor, e ele não se opôs quando eu contei que era minha felicidade que estava em jogo.

Pelo que Alice tinha me contado o irmão não estava com ninguém, e isso se devia ao fato dele viver apenas para a faculdade, e para os estágios, e por falta de querer também. Ele havia contado a Edward, que na vida dele só tinha espaço para uma pessoa, mais que essa pessoa estava longe do seu alcance.

E foi quando Lice me contou isso que me dei conta do que precisava fazer, era mais do que eu tinha feito nesses dois anos separados, era mais do que ele tinha pedido quando foi embora.

Ele havia me dito que não seria bom o bastante para mim, e que não queria me ver perdendo tempo com alguém que estava longe.

Terminando de me arrumar, havia decidido que ia finalmente encontrá-lo, e que independente do que acontecesse essa seria minha ultima loucura com ele.  

E poderia dizer que essa não foi a primeira.

Ri quando os pensamentos obscenos passaram por minha cabeça, imagens vividas de tudo que havia vivido com ele.

Enquanto a paisagem de Boston aparecia na janela do taxi meu pensamento estava longe, meu estomago parecia haver milhões de borboletas dançando sobre ele e meu coração disparava tão rápido que doía.

E eu quase voltei, quando o taxi parou em frente ao prédio dele.

E eu quase vomitei quando coloquei meus pés dentro daquele prédio.

Como Emmett não estava em seu apartamento, tive de esperar na recepção do prédio, não poderia esperá-lo em sua porta sem sua autorização.

E depois de quase uma hora de espera, estava quase indo embora e deixando para voltar outro dia, quando ele apareceu.

E não estava sozinho.

E eu congelei, quando ele me viu.

E meu coração derreteu quando ele sorriu, e veio em minha direção.

E eu quase desmaiei quando ele finalmente me abraçou, mais eu ainda estava congelada, de vê-lo com uma moça tão bonita. Ela era ruiva e tinha olhos azuis, um corpo suave e a pele branca, havia sardas em seu rosto e mesmo assim ela era linda.

E eu pensei que fosse morrer, quando ela fechou a cara para mim, não porque eu tivesse medo, mais porque cheguei a conclusão que Emm não estava mais sozinho.

— Rose. Ele sussurrou em meus cabelos, e eu despertei e o abracei forte, lágrimas querendo sair de meus olhos. Mais eu fui forte.

— Emm... err eu acho que não foi uma boa hora e... Comecei a falar mais ele me cortou.

—Porque não me avisou que viria? Eu teria ido buscar você no aeroporto, e quem veio com você, algum dos meus irmãos? Eles estão aqui... Seu sorriso era tão grande e saudoso e sua expressão parecia surpresa e feliz, ele não havia sentido a tensão entre eu e sua parceira.

Ou como ela me fuzilava com os olhos.

Ele não me soltou quando virou sorrindo para a garota, e ela rapidamente refez sua expressão com um sorriso.

— Victoria, essa é Rosalie, a mulher da minha vida, de quem tanto lhe falei.

Essas palavras fizeram meu coração acelerar e aquecer, as lágrimas querendo sair a todo custo.

Victoria teve uma queda no sorriso, mais logo se recompôs e caminhou em minha direção com a mão estendida.

— Prazer Rosalie, Emmie fala tanto de você e dos irmãos. Eu já estava louca para conhecê-los. A falsidade estampada em cada palavra.

Embora Emm fosse um cara grande, ele tinha os sentimentos tão puros e sem maldade que não percebia a maldade verdadeira nas pessoas, e não percebeu o ciúmes que causou na garota.

Por um pequeno instante eu senti pena, mais ele foi tão curto.

— Acho que você não vai poder fazer o trabalho agora, bom te ligo mais tarde para ver quando poderemos. E sorriu para Emmett.

— Adeus Rosalie. Falou acidamente.

— Tchau.

Adeus era algo definitivo, e depois das palavras de Emm eu não planejaria sair de sua vida tão cedo.

Alice PDV

Minha cabeça era uma loucura, eu não queria que ninguém estivesse no meu lugar e passasse por todas as loucuras que estava passando, O sofrimento de meu irmão, as dificuldades com Jasper, O ódio de Bella por mim, Rosalie cometendo loucuras e indo atrás de Emm. E James me infernizando com coisas estúpidas. Disso ninguém sabia.

Eu estava uma catástrofe.

Chorava quase todos os dias escondida, James queria que eu voltasse para ele, depois que descobriu que eu estava saindo com alguém, e dizia insultos para mim sempre que me via sozinha na escola. Falava que eu era uma galinha porque já estava com outro, e que se eu não voltasse para ele, ele acabaria com o cara novo. E que esperava que eu não o tivesse traído, porque se não iria acabar comigo. Ele havia tentado me agarrar um dia desses, passou as mãos nojentas por meu corpo enquanto eu me dirigia para a Educação Fisica, e disse que eu seria dele, se não por bem, seria por mal. E que se eu não fosse dele, não seria de ninguém.

Havia Edward agora, com uma tristeza incontrolável, ele apenas vagava pela casa, quando não passava noites acordado tocando piano, ou apenas perambulando por Forks com o carro. Como se não se importasse com sua vida, bebia todos os dias e falava coisas desconexas. Meus pais não sabiam o que fazer com ele, eu tentei assegurá-los que era apenas uma fase, e que logo iria passar, mais o pior é que eu não sabia se iria passar. Ou quando iria.

Havia Bella também, que pelo que Jasper me dizia, estava no mesmo estado ou pior, ficava o dia inteiro deitada na cama ou em uma cadeira olhando pro nada, não queria conversar, não queria comer e chorava constantemente baixinho, como que para ninguém ouvir.

Rose, havia ido para Boston atrás do meu irmão que estava em Harvard, ela estava constantemente me perguntando sobre como ele estava, se tinha alguém e quando me falou de seu plano para ir para Boston eu tentei tirar essa idéia de sua cabeça, mais aquela loira era inacreditavelmente difícil de fazer mudar de idéia.

E tinha a ultima e mais importante pessoa, Jasper.

Ele me confundia com seus sentimentos e me fazia imaginar se gostava ou não de mim, sabia que ele havia passado por situações complicadas e ele não se abria para mim, ele falava muito de sua família e do que fazia em Los Angeles, falava de sua relação difícil com seu pai e o quanto se entristecia por magoar sua mãe e sua irmã. Mas não me falava dele.

Até hoje lembro do dia em que nós beijamos, nosso primeiro e ultimo beijo. Ele me surpreendeu, na verdade eu percebi a luta interna que ele travava e tentava entender, mais me doía.

Me doía entender o quanto amor ele tinha por essa garota que o deixou, eu tentava entende-lo, mais as vezes eu queria que ele transferisse  toda essa dor que ele tem a mim, só que como amor... Algo forte e intenso.

Eu queria que ele me falasse suas tristezas, e suas alegrias... eu queria tudo sobre ele. E o mais importante, eu queria ser dele.

 Mais isso era algo longe do meu alcance, Jasper nunca iria me amar tanto quanto amou sua ex. Não gostaria que ninguém me entendesse mal, não sou egoísta embora pareça ser, mais quando se vive a sombra de alguém, quando tem sempre uma tristeza espreitando quem se ama, você passa a desejar ser a única na vida dessa pessoa.

Como se te amar, o fizesse esquecer-se de todos, como se você fosse mais importante que ela]. E que você terá quem te abraçar quando simplesmente quiser ser abraçada, ou terá beijos suficientes  para que você não precise desejá-los todos os segundos do seu longo dia, ou que você não precise ficar se agarrando a aquele momento que vocês se encontraram só para jogar conversa fora, porque você sabe que uma hora encontrara a pessoa e acabará todas aquelas angustias sobre as longas horas que passam mais lentamente do que nunca.

Me dói, saber que todos tem direito ao amor. E que pra mim é tão difícil ter.

Embora meu coração já possua seu dono, esse dono não quer possuir meu coração.