O seu léxico escrita por Astraeus


Capítulo 9
Capítulo VIII




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Bonomia

bo.no.mi.a

bondade natural aliada à simplicidade de maneiras;

paciência

— Harry… Potter? — O elfo doméstico que o atendeu parecia extremamente confuso, principalmente pelas flores que Harry segurava. 

— Uhm… Eu vim ver os Malfoy. — Disse ele, entrando quando o elfo se afastou da porta. 

O elfo desaparatou, indo para sabe-se lá onde, deixando Harry plantado na entrada. Não demorou muito para que um ser irritante de olhos cinzentos e cabelos loiros aparecesse, um sorriso no rosto. 

— Harry! — Ele disse, abrindo os braços para dar um abraço no falso-namorado. 

Harry retribuiu, sem jeito. Por Draco ser alguns centímetros mais alto que ele, Harry ficou sem saber como abraçá-lo. Optou por envolver a cintura dele com os seus braços, a testa apoiada no ombro do maior. 

Ao se separarem, ele viu Narcisa Malfoy no fundo do corredor, os encarando com um olhar curioso. Draco segurou uma das mãos de Harry, a que não segurava o buquê de prímulas, e o puxou para onde a mulher estava. 

Harry sentia que caminhava para sua morte mais uma vez. 

— Mãe, este é Harry Potter. Como você já sabe. — Disse Draco, sem soltar a mão do outro. As mãos do loiro eram extremamente frias, como se nenhuma corrente sanguínea passasse perto daqueles dedos longos. 

Narcisa o encarou, imponente. — Um mestiço? — Perguntou ela. É claro que aquilo seria sobre o sangue. — Você poderia fazer melhor, meu filho. 

Draco permaneceu calado, mas o sorriso havia desaparecido de seu rosto. Estaria ofendido? Harry nunca imaginaria que aquele que atacou a tantos por causa de sangue estaria se sentindo pessoalmente ofendido com o comentário da mulher. Parece que as pessoas mudam… Ou então, Harry estava interpretando tudo aquilo errado e ele estava irritado por sua mãe prestar atenção no fato de que Harry era um mestiço e não, você sabe, um homem. 

Harry limpou a garganta, estendendo o buquê para a mulher. — São para você. — Disse ele, imaginando que aquilo arrancaria alguma reação de Narcisa.

Ela lançou-lhe um sorriso frio. — Agradeço. Como sabia que prímulas eram as minhas favoritas?

— Draco me disse. — Harry falou, achando que aquele nome saindo de sua boca era muito estranho. Não estava acostumado a chamar o loiro pelo primeiro nome.

— Ah, que gentileza. — Disse ela. — Vou colocá-las em um vaso para assisti-las morrer lentamente. — Disse a mulher, se virando para os dois. 

— Você nunca reclamou dos buquês que eu te dei. Porque agora reclama do que Harry teve a consideração de trazer? — Perguntou Draco, franzindo o cenho. 

Harry imaginava o porquê do loiro estar tão irritado com as reações da mãe. Ele não estava feliz por ter enfurecido o pai? Quem sabe o loiro realmente se importasse com a opinião daquela mulher. 

— Tudo bem? — Perguntou Harry a Draco. O loiro simplesmente suspirou, assentindo. Malfoy puxou Potter para a sala de estar, onde Narcisa se sentava em uma das poltronas. A mulher sinalizou para que os dois se sentassem no sofá em frente à lareira. 

Os dois sentaram-se, ainda de mãos dadas. Narcisa encarou os dedos entrelaçados com um certo desgosto. Ficaram sentados em silêncio por alguns minutos, até que a lareira se iluminou com um fogo verde, e Lúcio Malfoy saiu dali, o rosto contorcido com a mesma emoção que a mulher nem tentava esconder.

— Harry Potter. — Disse ele, sentando-se na poltrona ao lado da de Narcisa. — O que temos aqui?

— Seu filho está dormindo com Harry Potter. — Disse Narcisa, massageando as têmporas. Harry sentiu seu rosto esquentando, e ao seu lado, Draco tremeu sob o olhar de Lúcio Malfoy.

— Eu sei que você acha que pode fazer tudo o que você quiser, mas usar essa desculpa esfarrapada e absurda para fugir do seu casamento… Pare de brincar, Draco. Ainda mais com Harry Potter!

— Não é uma brincadeira, pai. — Disse Draco, colocando a sua mão entrelaçada a de Harry mais à vista. — Estamos namorando.

Lúcio riu, como se aquilo tudo fosse uma grande piada. Sua risada ia morrendo aos poucos, como se ele percebesse que o filho falava sério. 

— Então não temos só que receber o golpe da notícia que nosso filho é um viadinho, mas agora também temos que aceitar que ele é um traidor do sangue? Um mestiço, jura? Harry Potter, de todas as outras… bichas que você poderia ter comprado? — Lúcio não levantava a voz para insultar Malfoy, e Harry teve a impressão de que Draco preferiria que o pai gritasse com ele. Ou pelo menos, Harry preferia a raiva àquela passivo-agressividade.

Draco Malfoy, que parecia tão animado em desapontar o pai apenas há alguns dias, estava tremendo agora, olhando para tudo além de seus pais, sendo atingido por aquelas palavras como se elas realmente significassem alguma coisa para ele.

— Depois de toda a educação que lhe demos, depois do tanto que gastamos com você, dando tudo que você queria, é assim que você nos retribui? — Ele levantou de sua poltrona, claramente irritado. — O que você quer agora? Quer que passemos algumas propriedades para o seu nome? Quer uma ilha? O que você quer para parar com essa palhaçada?

Uma ilha?! Ele estava disposto a dar uma ilha para Malfoy?! 

Não, Harry não estava focando no que era importante. Lúcio continuava falando sobre como Draco era uma pessoa ingrata, sobre como ele era uma vergonha para a família.

Harry sentiu sua raiva aumentando e aumentando a cada insulto de Lúcio. Parece que ele já tinha passado do primeiro estágio (negação) para o segundo (raiva). Harry honestamente queria que ele pulasse a barganha e a depressão e passasse logo para a aceitação. 

— Eu não acredito que eu vim aqui para ouvir isso. — Disse Harry, afundando-se no sofá. Ao seu lado, Malfoy tremeu, abaixando os olhos, olhando para qualquer coisa que não fosse o seu pai. 

— E você, o que fez para corromper o nosso filho? — Lúcio se virou para Harry, que o encarou de cenho franzido e olhos raivosos. 

— Pai, ele não fez nada, eu… 

— E você cale a boca! Não me chame assim! — Lúcio se virou para o filho. — Enquanto você não desistir dessa palhaçada, eu não sou o seu pai!

Draco abriu a boca para responder, mas pareceu não encontrar nenhuma resposta boa o suficiente. — Vamos, Harry. — Ele disse, sua voz um mero sussurro. 

Os dois se levantaram, mas antes que pudessem sair da vista do Malfoy mais velho, ele soltou:

— Eu preferiria que você tivesse morrido na guerra! — Lúcio disse, sua raiva e nojo desabrochando cada vez mais. 

— Escuta aqui, seu filho de mãe. — Harry se virou para ele, finalmente conseguindo uma desculpa para poder falar umas poucas e boas para aquele homem detestável. — Eu não ligo para o que você pensa, ok? Nós não ligamos para o que você ou o que nenhum outro retardado narcisista pensa de nós dois. Eu não ligo se você tem a cabeça dentro da sua bunda, mas se virar para um filho e dizer que preferia vê-lo morto a vê-lo feliz é simplesmente a maior…

— Harry, deixa isso para lá… — Draco disse, sua voz trêmula. 

— Não! — Harry virou-se para Malfoy, irritado. 

Ele não era obrigado a ouvir nada daquilo. Não era obrigado a ouvir aqueles insultos dirigidos a sua pessoa e nem obrigado a presenciar todo o ódio de um homofóbico de merda.

— Eu não acredito que vocês, que traíram Voldemort na guerra, tudo pelo seu filho, agora dão as costas para ele simplesmente porque ele tem mais cérebro e mais amor do que vocês. — Disse Harry, se aproximando de Lúcio. Draco o segurou, com medo de que o outro azarasse ou simplesmente espancasse o pai. — Não era a Sonserina que colocava a família e os seus acima de tudo? Da moral, do bom senso? Vocês são uma vergonha para a sua casa. Vocês são uma vergonha ainda maior para Draco. 

— Harry… — Disse Draco, segurando a mão dele. Harry olhou para o outro rapidamente, vendo seus olhos cinzentos brilhando de maneira curiosa, um contraste duvidoso ao seu lábio que tremia. — Vamos embora. — Ele disse com a voz trêmula. 

— Eu esperava um jantar, mas não quero passar mais nem um segundo perto de dois idiotas filhos de uma…

— Ok, ok! — Disse Draco, interrompendo o falso-namorado. — Vamos embora, amor.

— Amor? — Perguntou Narcisa. — O que você se tornou, Draco? Parece um Lufano apaixonado. 

— É nisso que você presta atenção, Narcisa? — Perguntou Lúcio. — Nosso filho é uma bichinha e você presta atenção nos apelidos? O quê, você aceita ter um filho viadinho traidor do sangue? Essa não é a ordem natural das coisas! Você é uma abominação da natureza! 

Harry tentou avançar em Lúcio, mas foi segurado por Draco.

— Vamos embora, Harry. — Draco disse, uma última vez, e o menino-que-sobreviveu permitiu-se ser levado pelo outro até a porta. Antes de irem embora, ouviram Lúcio perguntar à mulher:

— Você não tem nada a dizer sobre isso? — Ele soava irritadíssimo. A mulher simplesmente suspirou, e nem Draco nem Harry puderam ouvir sua resposta. 



— Como você aceitou isso, Malfoy?! — Harry perguntou, completamente exasperado. Não entendia as reações do falso-namorado na casa dos pais. 

Os dois se sentavam na sala de estar da casa de Draco, o loiro jogado no sofá enquanto Harry andava de um lado para o outro na frente dele. 

— Sente-se, Potter. Está me deixando tonto.

— Eu vou me sentar quando eu entender o que foi que aconteceu ali. A semana inteira você me enche o saco com a sua animação para sair do armário e irritar seus pais, e agora que acontece você engole tudo que eles têm a dizer? Cadê o seu orgulho Sonserino?

— Você está me confundindo com você, Potter. Eu não tenho a necessidade de lutar contra os meus pais. 

— Não tem a necessidade? Malfoy, seu pai estava falando merda e você simplesmente não reagiu! Você ficou de cabeça baixa e escutou tudo que aquele bosta tinha a dizer, isso não te envergonha? Ele te humilhou!

— E você ficou com raiva por mim. Por que eu cansaria a minha beleza? — Ele perguntou, deitando-se no sofá. 

— Você está falando sério? — Perguntou Harry. Draco já estava visivelmente irritado com toda aquela gritaria. — Você não sentiu nada? Eu não acredito que…

— É claro que eu senti, mas que merda, Potter! — Draco levantou a voz, junto com o seu corpo. Ele apontou um de seus dedos longos e finos para o rosto de Harry. — Mas de que adianta ir contra o meu pai? Ele é um cabeça dura que não aceita nada além do ponto de vista dele, porque eu sequer tentaria fazê-lo entender? Eu já sabia que isso ia acontecer, e mesmo sabendo magoou. Pois é, Potter, eu tenho sentimentos! Quem imaginaria? 

Se jogou no sofá novamente, seus cotovelos apoiados em seus joelhos, seu rosto escondido por suas mãos.

De repente, Harry se sentiu mal. Ele talvez tenha interpretado errado as reações de Malfoy. 

— Desculpe. — Harry disse, sentando-se ao lado de Draco. Soltou um suspiro, e colocou uma mão no ombro do loiro, sem jeito. — Não foi minha intenção te magoar, eu só… Eu só fiquei puto, só isso. Acontece, às vezes. 

— É, eu percebi. — Draco disse, suspirando. — Mas eu não te culpo. Ninguém merece escutar essas coisas. Desculpe por te arrastar para tudo isso. Talvez seria melhor se nós acabássemos com esse contrato e eu só…

— Só o quê? Só se casasse como o seu pai quer? Tem certeza que quer fazer isso, Malfoy? 

— Não, eu não disse que faria isso. — Disse Malfoy. — Eu não vou me casar com Astoria nem se o inferno congelar. Eu só estava pensando que talvez você não quisesse mais fazer parte disso. 

— E por que não? — Perguntou ele, confuso. 

— Oras, porque você acabou de presenciar a visão do mundo bruxo sobre homossexualidade, e eu sei que você nunca falou sobre a sua sexualidade porque tem medo do que os outros vão pensar.

— Eu não tenho medo do que os outros pensam de mim. — Bufou Harry, desviando os olhos. — Não tenho medo do que ninguém pensa de mim. 

— Talvez você não se importe com o que todos pensam, mas eu sei que a opinião de alguns importa para você. — Disse Draco. — Talvez fosse melhor se você só fingisse. 

— Ah, e por quê? Porque eu sou bissexual, é isso? Você acha que é mais fácil para mim fingir que eu só gosto de mulheres? — Harry perguntou, a raiva crescendo dentro de si. — Olha só, eu não imaginei que você fosse assim, Malfoy, mas não é mais fácil, ok? Não é melhor. Eu não posso “me passar” por hétero, porque isso não é quem eu sou. 

Harry respirou fundo, tentando conter a sua irritação. Não pensava que Malfoy fosse dizer algo tão sem noção quanto aquilo. 

— Me desculpe, eu não pensei. — Disse o loiro. 

— É, eu percebi. — Os dois ficaram em silêncio depois da fala de Harry. 

— Eu quis dizer… que tudo bem se você quiser pular fora disso tudo. — Disse Draco. — Eu não vou te julgar. Não depois dessa. E… a visão que os meus pais têm… É a visão de muitas famílias puro-sangue. Então talvez… Talvez os Weasley não levem tão bem quanto você deseja. 

O coração de Harry pareceu parar, e seus olhos lacrimejaram. Milhares de cenários possíveis passaram por sua cabeça, cada um pior do que o outro. E se Draco tivesse razão? E se os Weasley realmente tivessem uma visão parecida com a dos Malfoy? E se Harry… E se Harry não tivesse mais um lugar entre os ruivos?

Seu lábio tremeu, quase como o de Draco havia tremido mais cedo. O loiro ergueu a mão, mas parecia não saber o que fazer. Optou por colocá-la em um dos ombros de Harry. 

— Saiba que eu não disse aquilo por mal. — Disse Draco, sua voz baixa. — É só que… Eu… Eu sei que a minha mãe não vai se importar tanto quanto o meu pai. Eu sei que ela não vai deixar de me amar, ou começar a me tratar mal por quem eu gosto ou deixo de gostar. Eu não tenho muito a perder, entende? Mas você? Potter, você tem uma família a perder.

Harry bufou. — Assim até parece que você se importa comigo. — Ele disse sem humor. 

Draco afastou a sua mão, o cenho franzido. — Bem. — Ele começou. — Você é meu contratado, entende? Eu não posso deixar você sair por aí falando que os Malfoy não ligam para seus subordinados. Se o menino-que-sobreviveu-duas-vezes sair falando que não tratamos bem os nossos contratados, ninguém mais vai querer trabalhar para nós. 

— Eu duvido muito que as pessoas trabalhem para vocês por desejo, e não por necessidade. — Harry soltou uma risada, sentindo parte de sua tensão ir embora. Mas só um pouco, porque o medo ainda estava instalado em seu coração. 

Draco revirou os olhos. — Talvez isso seja verdade para os meus pais, mas saiba que é um prazer ser meu contratado. 

— Ah, e por quê? Porque temos o prazer da sua companhia, é isso? 

— Mas é claro. — Draco disse, passando uma de suas mãos pelos seus cabelos, arrumando-o. Harry simplesmente riu da arrogância do outro. Draco Malfoy era, com toda a certeza, uma figura. 

Ele olhou para os seus sapatos, um leve sorriso no rosto. 

— Quase que eu me esqueço. — Disse ele, tirando um pequeno embrulho do bolso. — Eu me senti mal levando flores para a sua mãe e nada para você. 

Ele entregou o presente para Draco, que franziu o cenho enquanto o abria. — Você não precisava. — Ele disse. 

— Que tipo de namorado eu seria se não te desse presentes? — Harry brincou. — Eu perguntei para o Neville que tipo de planta seria mais adequada para dar a um mestre de poções. Ele me disse que haviam várias poções complicadas que só poderiam ser feitas com tipos específicos de plantas. — Ele explicou, enquanto Draco olhava as três sementes na palma de sua mão. — Depois de um pouco de pesquisa, eu descobri que tem uma poção em específico que costumava ser muito vendida no seu boticário. A poção para dano deixado pela cruciatus. 

— É, eu costumava vender. — Disse Draco. — É uma poção muito cara, e eu fazia pela metade do preço. 

— Neville me disse que um dos ingredientes difíceis de conseguir é o néctar da orquídea fantasma. E, bem, temos muitas dessas em Hogwarts, como você deve saber. — Disse Harry, apoiando seu braço nas costas do sofá, seu rosto descansando em sua mão. — Embora eles tenham dado falta de algumas, há alguns anos. Você teria alguma coisa a ver com isso?

— Eu? — Draco perguntou, fingindo-se de bobo, mas Harry podia ver que ele estava um tanto desconcertado. — Eu não sei do que você está falando. 

— Eu nunca pensei que Draco Malfoy roubaria flores por um motivo tão nobre. 

— Saiba que eu não fiz isso por bonomia. — Disse Draco. — Eu fiz isso… Bem, era uma boa maneira de ganhar dinheiro. Muitas pessoas sofreram com a cruciatus, e muitas estavam dispostas a pagar, é só isso. E… Eu também tinha motivos pessoais. 

— Mas é claro. — Disse Harry, sorrindo. — Essas sementes são de orquídea fantasma. Então… Você pode continuar a vender a poção, que tal? Dessa vez, sem roubar as flores. 

Draco lançou um pequeno sorriso para Potter. Revirando os olhos ele empurrou Harry para longe, de brincadeira. 

Harry percebeu que estava começando a afeiçoar-se ao sorriso de Malfoy, mas não pensou muito sobre o assunto. Sorriu de volta para o loiro, abrindo a boca para mudar de assunto, começar uma conversa qualquer para preencher o tempo. Estava descobrindo que gostava de conversar com Malfoy, isto é, quando ele não estava sendo um poço de arrogância e rudeza. 

Os dois riram e conversaram, e por alguns instantes, esqueceram-se do fiasco de Lúcio Malfoy. 


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