Perder, do latim perdo, significa deixar de possuir algo (ou alguém). A perda faz parte da vida, ela nos rodeia, nos persegue. Querem um exemplo disto? Olhem para trás, revejam suas histórias por alguns segundos. Quem nunca deixou de falar com uma pessoa que antes era indispensável na sua rotina? Quem nunca perdeu alguém que amava ? A perda começa cedo e a medida que crescemos ela ganha forma, aumenta, nos atormenta e, de em sempre, infelizmente, nos atinge. Primeiro, perdemos o colo de nossos pais, aprendemos a andar, afinal, é o correto, a lei da vida, o saudável. Depois, perdemos a segurança de nosso lar, é hora de desbravar horizontes, ir á creche, á escola, ao curso, á vida e isso continua, á medida que crescemos, conosco, crescem as responsabilidades, os deveres, as obrigações. Com isso, as coisas simples vão ficando para depois,deixadas de lado, negligenciadas. O convívio em família é furtado pelas preocupações do trabalho, pelos exercícios do colégio, pelos textos acadêmicos da faculdade e, assim, alcançamos a pior das perdas, a do tempo. E nessa sequência diária de perdas sigilosas seguimos a vida, nos preocupado com o amanhã sem sermos capazes de viver o hoje. Perdemos parentes,amores,amigos, colocamos a culpa no tempo, no destino, no universo, mudamos de assunto, seguimos em frente, sem perceber que a pior das perdas é a que temos, todos os dias, quando deixamos de fazer algo que amamos, a de nós mesmos.