Algumas coisas que eu sei escrita por Uma leitora interessada


Capítulo 1
Algumas coisas que eu sei... sobre ter amigos


Notas iniciais do capítulo

Oi Gente! Eu gostaria de saber se vocês gostaram desse enredo e dessa história para que eu continue. Tenho que confessar que é sim inspirado em alguns fatos reais, mas falos mais depois

Enjoy ♥!



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Enquanto pegava uma ou duas coisas que preciso para o almoço no mercado, sinto meu telefone tocar e atendo sem vê-lo.

Alô? – Ouço um longo suspiro do outro lado da linha e logo a voz rouca de Finnick Odair suplicando:

 

— Katniss, por favor, me diz que você vai vir porque eu não vou aguentar a mãe da Annie e da Johanna!

Finnick é e sempre será meu melhor amigo... e também é o único doido que possui duas sogras. Toda essa loucura começou na faculdade – algo que pessoalmente não posso julgar já que foi nesse tempo em que fiquei grávida da Hope – em que Finnick namorava a Annie e a traíra com Johanna, no fim quando ambas descobriram isso terminaram com ele, e supreendentemente iniciaram um namoro entre si.

Nunca soube a certo se isso foi para dar um troco no Finn, mas sei que sem elas Finn viveu uma das fases mais deprimentes da sua vida quase largou seus estudos de bioquímica e ia todos os dias para a minha casa reclamar da vida- o que me proporcionou cuidar de dois bebês, a minha filha e Finnick Odair!

Então finalmente esse três se resolveram e tornaram se para a perplexidade de todos, um tri-casal.  

Desde lá, esses três vivem casados e pelo que eu presencio muito felizes. Atualmente os Annie está grávida do primeiro filho dos três – Johanna não pode ter filhos e considera mesmo sendo o pai/mãe do bebê – o que ocasiona no único pesadelo de Finn, suas sogras e que nos volta a situação atual.

— Katniss você está me ouvindo? Katniss Everdeen me responda!

Oi, sim Finn estou aqui, mas olha não posso ir não arranjei ninguém para ficar com a Hope e o Ryan e você sabe que meus filhos aprontam mui. ...

 

— Katniss você não entende! A mãe da Annie é uma conservadora metida e a mãe da Johanna é uma liberal maluca, esse jantar tem tudo para dar errado.

Nesse momento eu já estava pagando as compras e embalando as para casa com o telefone apoiado no ombro.

Finnick o que você quer que eu faça, hein?

 

— Venha me ajudar, olha se você precisa tanto traga os pestinhas, eles vão adorar.

Finn, eu não gosto de você levar meus filhos para suas tramoias, pelo amor da paçoca Finnick, meus bebês têm seis e dois anos!

 

— Kat, eu sei eu amo aqueles fofos, mas preciso de alguém por mim aqui...e eu já sei! Porque você não pede para o Peeta, hein?

Eu não sei Finn, o Peeta anda com problemas no casamento dele com a Delly e eu não quero incomoda-lo.

 

—Sei... bem, e o Gale?

Ainda está na África. Tudo bem Finn, eu dou um jeito tenho de ir. – Não pude deixar de encerrar, ele continuaria infinitamente esse drama e eu ainda tinha de pegar a Hope e o Ryan da escola e fazer o almoço.

Ah, Odair... Uma das maiores alegrias e também uma das maiores complicações. Acho que eu e o Finn estávamos juntos desde sempre. Ele era nada mais e nada menos que o meu vizinho de prédio, desde os meus 6 anos, ambos fomos ao tempo de brincar de pega a pega ao de ele ter de aturar minha TPM e minhas crises, e eu a sua personalidade meio sem pudores durante a adolescência.

Somos completamente opostos, enquanto eu tive uma personalidade tímida e retraída, Finn parecia não ter medo de nada na vida – lembro de ele dizer que a vida é muito curta para não se permitir vivê-la.

A maioria das pessoas acreditavam que Finn e eu seriamos um casal em algum momento – até meus pais e os dele — e mesmo ele sendo bonito e estando sempre isso nunca aflorou em mim e nem mesmo ele.

Finnick Odair poderia facilmente conquistar dezenas de garotas apenas com seu charme natural e seu discurso que mesmo parecendo ensaiado é espontâneo, além disso o loiro era de tirar o fôlego com seus cabelos lisos e rebeldes, olhos verdes e suas lindas covinhas fechando com chave de ouro seu queixo másculo – e como esse pacote de rosto de Adônis já não fosse suficiente ele tem o corpo todo trabalhado em músculos na medida certa.

Chega a ser até um abuso a infinidade de inseguranças que isso gerava em mim na adolescência -  eu ser amiga de uma beleza como aquelas – logo eu com meu cabelo ondulado e negro, meus olhos cinzas e pele clara, não tenho e nunca tive nada de bonito e exótico.

Sempre vou lembrar dele procurando ter algum tempo para mim, levando sorvete em meio as épocas de prova e decidindo ir para a mesma universidade que eu porque se era para ter uma mulher da vida dele essa era eu – o discurso seria emocionante se ele não tivesse logo depois dito que eu podia ajudar ele nos seus esquemas amorosos também.

Como nunca fui do tipo popular, antes da universidade eu não tinha muitos amigos, somente ele – confesso que ele vir junto me tranquilizava.

E que surpresa eu tive quando passamos juntos e para cursos tão semelhantes, eu cursei na universidade biotecnologia e Finnick bioquímica. Assim estudamos juntos por anos, o que para minha (in)felicidade também me proporcionou ver os amores do Finn.

Annie Cresta, de longe uma das melhores pessoas que você conhecerá na sua vida, anote aí. Dona de cabelos encaracolados e ruivos olhos verdes límpidos e pele alva pontuada de sardas baixinha, Annie é muito gentil com todos e tudo – uma vez a vi baixando o caderno para que o inseto saísse dele e sem machuca-lo. Annie mudou algo muito profundo em Finn, ele parecia refletir melhor como vinha tratando as meninas até ali, e mesmo que ele e Annie brigassem as vezes eu nunca o vi tratar ela menos do que uma princesa (sim eu sei que eu disse que ele traiu ela, mas foi uma fase de distanciamento e nunca por tratamento. )

E assim que Annie entrou na vida de Finnick entrou na minha também, ela simplesmente me adotou de vez. Ela iria a lojas comigo, fazia com que eu saísse do meu mundinho de só meus livros, me aconselhava – no fundo mesmo que eu nunca tivesse dito em voz alta a ela na época, acho que ela sempre soube que eu era carente por não ter mais minha família. E quando eu tive minha época de caos com o Gale, Annie sempre esteve lá para me ajudar e nunca me julgou por nada.

E então assim como se venho, Annie se foi. Annie precisou ficar mais próxima da irmã mais nova pela doença dela, e para não abandonar os estudos ela se transferiu.

Ela e Finnick continuaram o relacionamento, mas mesmo assim por motivos que eu não sei bem – na época eu tinha ficado gravida e o Finnick zangou-se tanto com o que eu estava fazendo da vida que simplesmente cortou relações comigo... isso durou cerca de 1 mês até ele vir chorando e dizer que não sabia viver sem mim – apareceu Johanna.

Vamos por partes.

Sim, eu sei o que se parece, mas acho Finn só estava zangado por eu não lhe ter dado ouvidos sobre o Gale – ele nunca gostou, e passado esse tempo nos dias atuais adivinhe: ele também não gosta – e teve medo de como a minha vida seria. Assim que ele percebeu que eu não precisava de repreensão e sim apoio Finnick o fez.

Acho que eu notei que eu Finn seriamos melhores amigos para sempre na seguinte situação:

“Hope tinha 4 meses de vida era a coisa mais lindinha e rosada com lindas covinhas na bochecha gordinha sorriso banguela capaz de derreter os mais gélidos corações, cabelo lisinho e pescoço cheirosinho, era um anjo de tão e perfeita e também não parava de chorar por nada.

Eu simplesmente estava cansada, ainda tinha de defender meu artigo para concluir a universidade – não tinha nem começado a fazer ele – tinha brigado com meu colega no serviço ( ah, como eu odiava trabalhar naquela empresa) e não dormia direito a 3 dias por causa da Hope. Eu simplesmente tinha entrado em desespero, não sabia mais o que fazer da minha vida.

Quando Finnick simplesmente entrou pela a minha porta. Trouxe uma das ervas que Mags sua mãe disse que alivia a cólica, fazendo Hope parar de chorar. Fez comida para mim e simplesmente anunciou que estava se mudando para ali a partir de agora para morar comigo, “até que Hope fosse mais fácil de lidar”.

E Finnick foi um dos meus pilares”.

 

E ele não fugiu de aguentar isso tudo comigo, esse é Finnick Odair meu melhor amigo e o melhor padrinho que a Hope poderia ter.

Agora a segunda da primeira que mencionei nessa equação foi a aparição de Johanna. Não sei dizer como e o porquê que levou Finn a procurar ela, como eu disse ele tinha cortado relações e também eu estava ocupada demais tentando manter meu almoço no meu estômago. Mas Johanna não precisou ser agregada a mim através de Finn como o que aconteceu com a Annie, quando eu comecei a sair com Gale, John estava lá.

Seus cabelos curtos em estilo militar e pintado de azul, altiva e de lindos olhos mel, suas feições que seriam muito delicadas se não tivesse sempre com muita maquiagem e com a sempre presença do seu notório sarcasmo.

Ela sempre foi uma das pessoas que dizia que talvez ali não fosse o lugar certo para mim, que eu era boa demais para algumas coisas. Lembro que a primeira vez que ela disse isso fiquei zangada, mas não durou nem um minuto e John com seu falatório todo me arrastou para o seu mundo bem mais exibicionista do que estava acostumada.

Mas sempre me tratou como ela dizia “flores devem ser regadas com frequência!”. John é especial a sua maneira, mesmo sendo incrivelmente contra a algumas das minhas premissas ela respeitou e nunca tentou mudar isso. Ela esperou ao meu próprio tempo eu deixar ela entrar na minha vida e a John sempre vai estar no meu coração por isso.

E foi assim que esse trio dinâmico se tornou minha família. Com um tempo eu agreguei mais amigos também, mas esses três foram e são essenciais ao que eu sou hoje.

Com o tempo o que aprendi sobre a amizade, são que eles dão trabalho, incomodam e são feitos quando nós menos esperamos, mas eles também são tudo que somos, nosso amor eterno e nossos pilares e nossos novos caminhos.

Parando de lembrar do passado e pegando as chaves do apartamento. Entrei cantarolando a música de Olly e mexendo os quadris de olhos fechados:

Trouble-troblemaker is the litlle name.. hunn

 

Pelos meus cálculos tudo daria certo, e eu ia poderia fazer a comida e buscar meus bebês e talvez ainda terminar minha parte da pesquisa quando retornasse à universidade, então de canto de olho vejo um vulto e ruído. Munida da batata que eu peguei de uma das sacolas, simplesmente toquei de onde vinha o vulto.

— Aí Katniss! Acho que pegou no meu olho - escutei a voz grave de nada mais nada menos que o Peeta.

Sentindo meu coração acelerado como só Peeta sempre fez comigo tomei fôlego eu perguntei:

—Peeta! Mas que raios você está fazendo na minha casa?


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Notas finais do capítulo

Então gostaram?
querem saber mais sobre as loucuras que a Kat fez?
E os filhos dela.. quem vcs acham que é o pai?
Essa mais vcs só vão saber se me pedirem pra voltar ;)



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