Texting escrita por Padfootly


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Oieeeee, lindinhos da tia Pads. Hoje é aniversário do geminiano mais lindo de todos. Ele mesmo, o Draco ♥ Então decidi postar essa Drarry bem levinha em comemoração ao aniversário dele. Espero muito que vocês gostem porque eu me diverti bastante escrevendo. Nos vemos lá em baixo.
Boa leitura. ♥



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Harry Potter estava mais uma vez na aula de Arte Ocidental IV: Renascimento e Barroco. Era a pior matéria que ele estava pagando no seu quarto semestre na faculdade de Hogwarts, onde ele estudava História da Arte. E para piorar, essa era uma matéria que ele pagava apenas com Parvati Patil, uma de suas companheiras de fraternidade, já que seu outro amigo Dean Thomas, que também cursava com eles, havia reprovado a de Arte Ocidental III que era pré-requisito para essa. O que significava que ele não tinha com quem conversar, visto que só a ideia de perder qualquer coisa que seu professor falava poderia dar uma úlcera na garota mais nova.

Essa era uma das cadeiras com maior peso no curso, ele tinha uma hora e meia de tortura aula todas as segundas, quartas e sextas e ele nunca havia conseguido prestar mais do que dez minutos de atenção. Parecia automático. Todas as vezes que seu professor, um cara loiro com um sorriso estranho chamado Gilderoy Lockhart, abria a boca ele sentia que iria morrer de tédio. Ele fazia questão de sentar na mesma cadeira todas as vezes, uma que ficava bem escondida no final do auditório no canto direito para que ele pudesse fugir da visão do mesmo. As vezes ele ficava estudando para Antropologia e Arte que era uma de suas cadeiras favoritas no semestre, outras ele pensava em formas de organizar a sua fraternidade, mas na maioria das vezes tudo que ele fazia era ficar rabiscando a mesa da sua cadeira, que era de madeira.

A faculdade de Hogwarts tinha quatro fraternidades. Eram elas Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa. Harry fazia parte dos Grifinórios. Ele estava sendo treinado para virar o líder assim que Oliver Wood, que era o atual líder dela se formasse, e ele tomava como missão de vida se dedicar o máximo possível a isso visto que ambos os seus pais e seus padrinhos haviam sido da mesma fraternidade que ele em sua época de faculdade. As fraternidades Sonserina e Grifinória tinham certa rixa entre si, mas desde que Oliver e Marcus Flintt – que era o líder da fraternidade verde e prata – haviam ficado juntos, os trotes tinham diminuído cada vez mais. Hermione Granger, que era uma de suas melhores amigas e cursava ciências políticas, costumava dizer que isso era uma coisa boa, e talvez fosse mesmo, ele já não sentia tanta raiva sem sentido dos alunos sonserinos, coisa que acontecia logo que entrou. Já seu outro melhor amigo, Ronald Weasley, que cursava Direito e também era um grifinório, odiava o fato de não poder mais importuna-los o tempo todo. Lufanos e corvinos tentavam não se meterem nas brigas e sempre permanecerem neutros, então para as outras fraternidades essa trégua era muito mais do que bem-vinda.

A aula naquela semana aparentava estar pior do que o normal. Ele olhou para a sua colega ao seu lado e rapidamente pensou em Hermione. Sua amiga era tão focada quanto Patil. Eles se conheceram quando entraram na faculdade, não faziam o mesmo curso, mas participavam da mesma fraternidade. A garota era uma negra linda demais, inteligente e doce e ele tinha absoluta certeza de que se não fosse completamente gay iria ter se apaixonado por ela em algum momento desde que se conheceram. Coisa que já tinha acontecido com Ronald em certo momento, mas que para felicidade do moreno, já havia passado. Ele realmente não gostava de sentir como um intruso junto de seus amigos. Ela era alta dona de belas curvas, seus cabelos, que eram ondulados e cheios, caiam sobre seus ombros lhe dando um ar muito mais sério do que ela realmente era. Já Ron era dono de uma beleza diferente. Ele era extremamente alto, e tinha uma pela branquinha, que contrastava bonitamente com seus cabelos ruivos e arrepiados, e quando ele decidia correr sem camisa pela faculdade, seu abdômen chamava atenção demais onde ele passava.

Ele balançou a cabeça de um lado para o outro rindo ao perceber que estava divagando e começou o seu trabalho de rabiscar a mesa, já que hoje havia esquecido seu material de estudo.

Um pouco mais de quarenta minutos de aula havia se passado quando ele acabou o seu desenho. Ele podia jurar que o professor estava falando sobre o barroco, mas não dava muita atenção. Coçou os olhos e mirou o desenho mais uma vez. Era um nu artístico de uma mulher, que não saiu com as proporções muito boas, mas também não dava para reclamar, visto que rabiscar em cadeira não era a melhor coisa do mundo. Sem pensar muito ele pegou o seu telefone, tirou um Snapchat e mandou pro melhor amigo. Na legenda havia escrito “desenhei você”, rindo ele bloqueou o celular e se esticou um pouco na cadeira, ouvindo o tão esperado som que indicava o fim da aula.

Levantou junto com os outros, deu um rápido aceno a Parvati e se apressou para sumir da sala caminhando em silêncio até o refeitório para encontrar com Ronald para que pudessem comer algo.

— Eae, colega. – Ron lhe cumprimentou assim que ele chegou lá.

— Gostou do desenho? – Perguntou sorrindo.

— Vai se foder. – O amigo lhe respondeu no mesmo tom. Hermione, que vinha chegando, revirou os olhos. Era típico dos dois essas brincadeirinhas.

— Como foi a aula, Harry? – Ela cumprimentou.

Essas aulas começavam as sete da manhã, enquanto as aulas dos outros dois só começava a partir das 9h, Harry soltava um grunhido todas as vezes que lembrava o quão cedo precisava acordar.

— A mesma merda de sempre. – Ele suspirou. – Não consegui prestar atenção em nada. Acho que vou ter que pegar novamente as anotações de Parvati. Ela é louca que nem você e não deixa passar nada.

Ronald gargalhou, mas Hermione estreitou os olhos para ele.

— Não seja malvado, Potter. Eu ainda posse acabar com você com meu braço direito preso atrás do corpo. – Harry riu, mas sabia que ela realmente podia. Hermione era bem assustadora quando queria.

Comeram em silêncio. Nenhum dos dois garotos eram pessoas tão matinais e Hermione sabia bem respeitar isso.

Eles levantaram da mesa quando era dez para as noves e os três se dirigiram de volta para os prédios onde as aulas iriam acontecer.

No fim da tarde, visto que Harry só tinha aula até as quatro, diferente dos outros dois que ficariam fora até as seis e meia, ele adentrou a sua fraternidade. O lugar era bonito e confortável, as cores vermelho e amarelo predominavam o ambiente, visto que eram as cores do brasão do local. Seu mascote era um leão, que representava a bravura dos grifinórios. Decidiu subir para o seu quarto e tomar um longo banho. Todos os quartos tinham suíte. Eles moravam numa antiga mansão grande o suficiente para viverem umas 10 famílias. Por isso cada um dos estudantes tinha seu próprio quarto, não era preciso que dividisse o ambiente com ninguém e essa era uma parte muito boa de se morar uma fraternidade e não nos dormitórios da escola.

Todas as fraternidades tinhas suas cores e seus mascotes. A Corvinal era azul e preta, com um corvo como mascote representando a inteligência de seus membros. A Sonserina era verde e prata, com uma cobra como mascote representando a astucia de seus membros. Já a Lufa-Lufa era amarela e preta, com um texugo como mascote representando a lealdade de seus membros.

Após o banho o moreno se jogou na cama com a intenção de levantar para jantar quando os amigos chegassem, mas acabou adormecendo e não viu mais nada aquele dia.

*

A terça-feira havia se passado de forma até rápida e logo já era quarta, dia de voltar para a mesma aula chata, na sua cadeira de sempre, na sala de sempre. Harry logo começou a divagar mais uma vez, se perguntando se a vida deveria realmente ser tão monótona assim aos 23 anos. A faculdade não deveria ser mais divertida que aquilo? Mas algo o tira rapidamente dos seus devaneios. Alguém havia feito uma crítica ao seu desenho. Ele estreitou os olhos, ajeitou seus óculos e passou a mão nos seus cabelos negros e arrepiados antes de finalmente ler.

“Por que o umbigo dela está tão baixo? Certamente deveria ser mais em cima, não?”

Ele é pego de surpresa e acaba ficando ultrajado. Começa a se perguntar que tipo de nerd iria criticar um rabisco que alguém fez durante uma palestra e rosna com a ousadia dessa pessoa. Harry saca novamente o seu celular, tira uma foto da sua banca enviando rapidamente para os amigos pelo Snap, mais uma vez. Dessa vez com a legenda “acredita nesse ótario?”

A única coisa que ele consegue fazer é revirar os olhos, e então com toda a irritação preenchendo o seu ser, ele decide que vai responder.

Isso não vai ficar assim.

Com toda a certeza não vai.

“Você passa muito tempo inspecionado umbigos de mulheres, né?”

Ri sozinho, satisfeito com a resposta. Ele vai mostrar a aquele babaca que não se deve criticar o rabisco dos outros. Ah ele vai mesmo. Respira fundo e olha em direção ao quadro, e por incrível que pareça a aula daquele dia até que estava interessante, então, pela primeira vez, ele abre o seu caderno e passa a anotar algumas informações.

‘Quem saberia que o barroco poderia ser tão interessante em alguns aspectos?’ Harry se pergunta.

A aula daquele dia passa rapidamente, coisa que ele estranha, mas agradece. A critica que ele havia recebido, porém, ainda martelava na sua cabeça. Ele decide esperar Patil e eles saem juntos da sala num silêncio confortável. Como sempre o moreno se dirige para o refeitório e a garota pega um caminho diferente.

Quando chegou à mesa que costumavam sentar Ron e Hermi já o esperavam.

— Tudo bem, Harry? – Hermione pergunta de forma cuidadosa e Ron ri da amiga.

— Vocês acreditam naquele idiota? – Ele começa seu discurso. – Que tipo de imbecil tem coragem de criticar o doddle dos outros? Eu não sei onde ele estava com a cabeça.

Ronald ri baixinho para si mesmo, sem interromper o monologo do garoto, mas lembra-se que já fazia tempo que não via Harry tão irritado. É engraçado ver isso acontecendo

O monologo continua por tempo o suficiente para que eles quase se atrasem para a aula seguinte e isso faz com que o garoto receba uma careta de Hermione, sorrindo de forma culpada ele acompanha os outros para as salas.

*

Harry havia passado todo o restante do dia e o dia seguinte mal-humorado, e na sexta feira quando senta em sua cadeira, a primeira coisa que percebe é que tem mais algo escrito lá e revira os olhos antes de ir ler. Será que o cara não vai deixa-lo em paz?

“Provavelmente mais do que você, julgando pelo seu desenho.”

Harry fica ofendido.

Ele se sente afrontado, irritado e com muita raiva.

Não que ele tenha alguma experiência em ficar olhando umbigos femininos, mas quem aquela pessoa pensa que é para falar com ele daquele jeito? Ele sem perceber solta alguns leves rosnados que faz com que a indiana olhe para ele de forma engraçada. Ela sabia o que estava acontecendo, Harry tinha lhe contado e isso a estava divertindo muito. A verdade, ele nota, é que todos os seus amigos pareciam ficar com ares de riso todas as vezes que ele mencionava esse confronto.

Então o grifinório decide demonstrar toda a sua indignação, toda sua irritação, e afronta numa resposta curta e simples.

“Vai se foder”.

E aquilo deixa ele de mau-humor pelo resto do fim de semana.

*

Na segunda feira seguinte, ele chega cedo na aula, antes mesmo que Parvati, apenas para encontrar “Cresce” escrito lá com uma letra estranha e um pouco tremida, e ele devolve com toda a raiva possível.

Ele poderia estrangular aquele cara.

“Olha só quem fala. Criticando doodles dos outros”.

A aula estava boa naquele dia e Harry se forçou a esquecer o estranho esnobe e irritante que vinha escrevendo para ele, até que consegue prestar atenção e fazer várias anotações. Ele consegue esquecer a raiva que estava sentindo e isso parece ser algo bom. No fim do horário quando ele finalmente encontra seus amigos no refeitório Hermione tem uma cara séria e Ron está fugindo de encara-lo nos olhos.

— O que houve? – Ele logo pergunta, sabendo que tinha algo errado.

— Hum... Acho melhor Hermione falar. – O ruivo responde. Harry revira os olhos. Era tão típico do amigo fazer isso.

— Harry... Eu e o Ron estávamos conversando, e...

—E...? – Ele pergunta quando a menina demora a continuar.

— Você não acha que está se deixando afetar demais pelos comentários bobos de um estranho? – Ela solta um suspiro. - Quer dizer. Você passou o fim de semana inteiro emburrado por conta de uma mensagem escrita em uma cadeira.

— Não passei não. – O garoto responde de cara amarrada.

— Colega, você nem quis ir correr comigo. – Ron aponta. Harry emburra ainda mais o rosto. – Você sabe que sábado é o nosso dia de correr ou de nos exercitar e você nem quis sair da cama.

— Eu não quero falar sobre isso. – Responde irritado. Os amigos trocam um olhar, mas decidem que o melhor é deixar para lá. Não tinha realmente nada que pudessem fazer.

*

Na quarta-feira, assim que ele se sentou na cadeira, rapidamente tratou de procurar a resposta e não demorou em achar. Estava escrita com a letra tremida de sempre na lateral da carteira.

“Você decidiu fazer um desenho público, então deveria sabe lidar com a opinião pública, não acha?”

Ele rosna, era algo que ele sempre fazia ao ficar irritado, e logo trata de responder.

“Aposto que você é um sonserino. Só os sonserinos são idiotas ao ponto de se acharem superior o suficiente para criticar um rabisco.”

Sorri satisfeito.

Aquele sonserino babaca.

E na sexta feira quando chega na aula a resposta está lá, maior do que a caligrafia habitual do estranho.

“Nós somos superiores.”

Harry ri.

Ele começa a apreciar as respostas acidas do cara desconhecido e elas não afetam mais tanto assim seu humor. Aquela discussão continua por algumas semanas. Com um tempo ele começa a sentir que está negligenciando os amigos, mas tenta não pensar muito nisso para não se sentir mal. A verdade é que ele não tem mais vontade de sair para correr aos sábados com Ron, ou fazer companhia a Hermione aos domingos enquanto ela estuda, o moreno havia tirado algumas fotos da carteira e passou a ficar relendo as conversas sarcásticas e esnobe com o sonserino. Eles viviam trocando farpas e xingamentos. Aquele cara estranho tem um humor sarcástico e Harry se pega começando a ansiar pelas aulas de Arte Ocidental para ver todas as suas respostas.

Até que numa quarta-feira, ele percebe que a madeira clara da escrivaninha está praticamente preta por causa da quantidade de tinta cobrindo a sua superfície e Potter fica realmente preocupado, porque ele tem gostado bastante de conversar com esse sarcástico estranho e não quer que isso acabe.

Quando foi que ficou tão obcecado com isso?

Ele balançou a cabeça para afastar esses pensamentos e começou a pensar no que poderia fazer para manter os diálogos, olha para o lado e vê o caderno de Parvati cheio daqueles papeis que grudam e sorri. Pede um deles para a garota e ela lhe entrega um laranja. Ele rabisca sua próxima resposta nele, era uma afronta ao estranho e ele não podia deixar de fazê-lo ler aquilo. Logo o fixa em baixo da mesa e desenha uma seta gigante apontando para baixo.

‘Isso dever servir’ ele pensa, e logo volta a prestar atenção na aula.

Quando chega na sua carteira habitual na sexta feira ele acha um post it diferente no mesmo lugar que o seu tinha estado grudado anteriormente. Esse era rosa e nele tinha escrito:

“Isso vai acabar mal para o meio ambiente. Me chama por mensagem” e tinha um número de telefone escrito logo a baixo. Ele sorri e trata de salvar o número.

“Hey”. Ele manda.

“Olá”. A resposta demora a vir, mas ele não se importa com isso.

“É o cara da cadeira”. Ele diz e se amaldiçoa por isso. Que mensagem idiota.

“Você não estuda não? Aposto que ainda está em aula”. Essa mensagem veio mais rápida do que a anterior e ele ri. O cara estava mesmo reprendendo ele por mandar mensagem na hora da aula?

“Essa aula de hoje não é muito interessante, ou você acha que se fosse interessante eu iria ficar perdendo meu tempo batendo boca com um sonserino desconhecido numa cadeira?” Ele riu com isso, embora soubesse que não era verdade. Talvez fosse no começo, mas agora não era mais.

A próxima mensagem veio quase no fim de aula. E o fez soltar um gargalhada.

“Eu aposto que sim. Você tem cara de ser um daqueles loucos que tem necessidade de estar certo o tempo inteiro.”

‘Aquele cara era realmente um babaca’, Harry pensou, ainda rindo.

Ele levantou e seguiu em direção a porta com a bolsa jogada sobre o ombro. Fez seu caminho habitual para encontrar os amigos enquanto pensava sobre as fraternidades. As vezes ele realmente se incomodava com esse período de paz que estavam vivendo. Não que fosse ruim, mas era bem engraçado ver os sonserinos estressadinhos.

Hermione já estava na mesa quando ele chegou, ele sentou-se e olhou ao redor. Qualquer uma daquelas pessoas poderia ser o cara com quem ele andava trocando mensagens. A única coisa que ele sabia do cara era que ele era um sonserino. Respirou fundo. Talvez estivesse realmente pensando e se deixando afetar demais sobre o assunto. Quando o melhor amigo se juntou aos dois na mesa Harry começou a contar sobre sua aula. O que, é claro, envolvia contar com conseguiu o número de telefone do cara misterioso.

Ron soltou uma gargalhada e Harry olhou para ele de forma interrogativa.

— Harry, esse é o maior esforço que você teve que fazer para conseguir o número de alguém. – Ele explicou. Harry revirou os olhos.

Ele sabia que o amigo não estava errado. Ele era bonito e sabia se aproveitar bem disso, assim como Ron, ele teve sua parcela grande de casos pela faculdade, embora não fosse tão rodado quanto o amigo. Ele riu com o pensamento. O ruivo parecia ter como meta pegar todas as meninas possíveis.

Terminaram de comer entre brincadeiras e alfinetadas, mas logo tiveram que ir para a próxima aula.

Harry e o cara misterioso começam a trocar mensagens de forma irregular e com pouca frequência. Já fazia alguns dias que estavam nisso, talvez duas semanas. No começo a demora para receber uma resposta o incomodava um pouco, mas Harry logo percebeu que o estranho sarcástico, que pediu para ser chamado de Dragão, provavelmente o respondia nos momentos em que ele está se deslocando entre uma aula e outra, ou entre as pausas para respirar durante as aulas. Ele imaginava que o garoto deveria ser mais dedicado que ele na faculdade. Porém, durante aquele tempo ele já havia descoberto que o Dragão fazia faculdade de ciências políticas – e tinha pensado em pedir uma ajudinha a Hermione para descobrir quem era, mas logo desistiu, por não saber muito sobre ele. - Que ele tinha aula naquela mesma sala uma hora após a aula de Harry acabar e que aquela era uma das aulas que ele menos gostava também. Sabia que ele também tinha 23 anos, que sua banda favorita era Pearl Jam e que ele era filho único. Ele já havia descoberto tanta coisa do garoto que se sentia ansioso para encontrar com ele pessoalmente, queria colocar um rosto a todas aquelas informações, porém esse assunto nunca havia surgido e ele sentia que o rapaz deveria ser extremamente ocupado.

Harry acabou encontrando um padrão nos horários em que trocavam mensagens e isso resultava nele andando pelo campus entre uma aula e outra de cabeça baixa olhando o tempo todo para o celular. O que, por um tempo, não tinha nada demais no gesto. Até porque nenhum acidente tinha acontecido, algo que para alguém desastrado feito o garoto só poderia ser algum recorde. Até que em uma quinta-feira, aconteceu o que o moreno – e todos os seus amigos – estava esperando desde o dia que parou de prestar atenção por onde andava. Ele esbarrou de frente com alguém, a força do ocorrido fez seu telefone voar da sua mão, e seu corpo ser jogado um pouco para trás.

Ele olhou para cima para poder pedir desculpas e deu de cara com um garoto magro, loiro e que aparentava ter uns 1,82 que estava olhando para o telefone também.

Harry sente suas bochechas coraram instantaneamente. Aquele cara era gostoso e definitivamente era o seu número. **

Enquanto Harry estava perdido em divagações sobre a beleza estonteante do cara parado em sua frente, o mesmo baixou para pegar o telefone que havia caído com o impacto e agora ele parecia estar encarando a tela com aqueles olhos cinzentos que pareciam abrigar uma tempestade dentro deles. Ele soltou uma risadinha e isso trouxe Harry de volta para o presente. O que talvez não tenha sido uma coisa tão boa, visto que fez Harry reparar no rosto dele, que ainda segurava o sorriso. E ele começou a divagar sobre as maçãs do rosto do loiro e em como elas estavam afiadas. O moreno soltou um suspiro, ele gostaria de se cortar nelas. Não que ele fizesse alguma ideia do que aquilo significava, mas era exatamente assim que ele se sentia.

— Eu não pude deixar de notar que você estava mandando mensagem. – O cara gostoso falou e Harry por um momento quis morrer. Porque não basta o cara ser uma delícia, ele tinha que ter uma voz maravilhosa e rouca também. O moreno grunhe e acha que naquele momento não está em condições de falar nada sem a sua voz falhar, então simplesmente acena com a cabeça.

O gesto parece fazer com que o loiro amplie ainda mais o seu sorriso e Harry acha que as suas pernas poderiam derreter a qualquer momento.

— Aparentemente você estava mandando mensagem para mim. – Fala o loiro e então solta uma gargalhada.

‘Porra. Porra. Porra. Porra. Porra’ Essa é a única coisa que se passa na cabeça de Harry quando o garoto lhe devolve seu telefone.

— Draco Malfoy. – Ele se apresenta e estica a mão.

— Harry Potter. – Sua voz gagueja um pouco, mas ele aceita o aperto de mão do outro, e sorri de lado. – Que merda que acabamos destruindo uma cadeira, né? – Harry solta sem pensar muito bem e acaba fazendo com que o outro ria mais uma vez e solte a sua mão. Potter começa a pensar que o outro parece risonho demais para ser um sonserino, e se agradece mentalmente por não ter falado isso já que raramente filtrava as coisas que iria dizer.

— Definitivamente. Você tem aula agora? - Harry balança a cabeça dizendo que não, e internamente ele sabia que diria que não mesmo se ele tivesse aula. - Eu estou indo para o refeitório almoçar, quer ir também?

— Claro. – Harry responde rápido demais e se amaldiçoa por isso, mas completa. – Embora acho que você deveria saber que está andando com um grifinório. - Draco ri.

— Oh, eu sei, Potter. Quem mais poderia lidar tão mal com uma crítica?

 Os dois trocam sorrisos e Draco simplesmente soube que queria manter aquele moreno sorrindo por muito tempo.


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Notas finais do capítulo

** "He is my number" é um brincadeira que eu e uma amiga fazemos para dizer que o cara "encaixa" no gosto da gente. USHUAHSS

É isso amores. Eu tinha essa one escrita a um tempo e, como hoje é aniversário do Dray, e eu quero trazer bem mais Drarrys para vocês eu decidir postar ela. Espero que vocês tenham gostado meus bebês.
Nos vemos nos comentários. Beijinhos da Pads ♥



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