Anuon 9999 (The Last A' prequel) escrita por Hunterx


Capítulo 70
Obstáculos: a volta de Gothic


Notas iniciais do capítulo

E a pantera está de volta.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/778519/chapter/70

Num evento inesperado e de surpresa, a pantera negra apareceu, deixando a todos perplexos com sua chegada. Moonsand logo ficou irritado e, já mostrando seus dentes, se colocou em prontidão. Kaede, amedrontada, diz: 

— O que quer aqui, sua assassina?!

— Humana, fique quieta onde está. Faço muita força para não começar uma carnificina aqui.

Moonsand demostrou que estava disposto a confrontá-la, pulando em a frente e olhando-a nos olhos. Ryoga, vendo que as coisas poderiam piorar, tomoy a palavra. 

— Pe-peraí, Jacob Black! Deixa eu falar com a trevosa aí...

— Humano, do que você me chamou?! 

— Ih... Liga não. Só um apelido prestando referência... Deixa eu falar com a Gothic.

— Não ouviu o que esta felina disse? você está correndo riscos!

— Eu sei que ela é revoltada mas no fundo é gente boa. .. Só confia no Ryogão aqui. 

E caminhando sem mostrar medo, se aproximou de Gothic, que recuou e mostrou-se apreensiva com Ryoga. Ele, já próximo dela, a abraça na cabeça: 

— E aí, Gothic? Que bom que tu se recuperou. E como está Kitsune?

— Hu-humano, me solte! - Disse, um pouco envergonhada - Não vê que os outros estão nos olhando?

— E daí? Não tem nada a esconder. 

— Eu vou matá-lo se continuar! Grr...

— Vai nada, trevosa. Relaxa... E diga: porque tá aqui?

— Me solte que irei contar,

— Tudo bem.

Com Ryoga a soltando e com a pantera um pouco mais a vontade, Gothic diz:

— Kitsune me avisou que estariam nesta cidade. Pois bem, acho que vocês precisariam conhecer a Tríade. 

Naquele momento um silêncio reina no recinto. A pantera olhava para todos, mostrando certa desconfiança nos daqueles olhares distantes. E estranhando, perguntou a Ryoga o que havia ocorrido: 

— Grr... Estão me irritando... O QUE ESTÁ ACONTECENDO, BANDO DE PERDEDORES?!

E Ryoga, olhando para Gothic, diz;

— Bem pantera... a Tríade morreu!

— O QUE?! Mas... Isso... Isso é impossivel!

Ethan, até então calado, tomou a palavra:

— Tudo não passou de um grande mal entendido entre nós e Son. Spin tirou proveito disso e conseguiu jogar-nos uns contra os outros. No fim, todos acabamos sendo enganados por ela e, principalmente, por Nomed.

— O que? Então... Eu tinha a missão de... Eu deveria ter... NÃO! EU QUE DEVERIA TER ACABADO COM A TRIADE! ELES ERAM AS MINHAS PRESAS! E eram... Eram o meu tributo... a ele... 

Gothic estava desolada com o fato, mostrando certa tristeza. Seus planos foram frustrados totalmente e, com isso, se lembrou do que Ryoga havia lhe dito. Com isso, em sua mente, sabia que Piece 1 em nada se preocupava com os outros Anis. Traidores não eram perdoados e Gothic já havia percebido que estava sozinha. E, diante tudo isso, no momento não lhe restava nada a fazer.

— *Isso tudo... Isso tudo é... uma afronta ao meu ser! Ele nunca vai me perdoar... Ele nunca vai me aceitar... Ele nunca... nunca... nunca irá... me amar... ELE NUNCA VAI ME RECONHECER! NUNCA! E tudo isso... Tudo isso por culpa... Por culpa deles!*

Ryoga, percebendo que a pantera estava cabisbaixa, se abaixou a sua frente e, com suas mãos no rosto dela, diz: 

— Gothic, a gente já conversou sobre... - Tentou dizer, sendo interrompido.

— NÃO OUSE TRAZER ESSE ASSUNTO AQUI!

— Ô... Calma lá. Eu só quero ajudar...

— O que me ajudaria era vê-los todos mortos!

— Ei... Você não tá pensando nisso. 

— Como sabe?

— Eu estou vivo ainda... e preocupado com você.

— Humano miserável... Patife!

— Calma, Gothic. Fica fria...

— Fácil você dizer... Tem aonde ir e tem pessoas te esperando... ESSE É O MUNDO QUE VOCÊS QUEREM VIVER, NÃO EU!

E Moonsand, sentindo honestidade nas palavras da pantera, pensou:

— *Ela tem noção da realidade. Sabe que não deveríamos estar aqui. Sem querer ela conseguiu meu respeito...*

Mas acreditem: Ryoga ignorava totalmente o grau de periculosidade de estar tão perto de Gothic. 

— Pantera, fique com a gente

— Humano, sabe muito bem que todos aqui me repudiam e com razão...

— Mas eu não.

— Mas porque não me rejeita? Eu tentei matá-lo e voltarei a fazê-lo a qualquer momento...

E ele, falando ao ouvido da pantera, diz baixo:

— Sei que quer falar com Piece 1 sobre aquele assunto que conversamos...

— Humano, cale-se...

E Ryoga, sem mais nem menos, vira-se a todos. Perguntou então a Ethan:

— Ela pode ficar com a gente, não?

— Por mim sem problemas. 

Porém Kaede não compartilhava essa boa vontade:

— Não quero ela perto de mim.

— Porque Kaede? Ela está só agora... - Disse Ethan.

— Não lembram o que fez conosco no templo? Ela poderia ter nos matado e nos devorar. O que nos garante que não tentará fazê-lo outra vez?

— Valentona, eu tomo as dores! Pode ficar tranquila! - Disse Ryoga, esboçando um sorriso.

— Sei... você é o garoto mais responsável que existe, o superintendente de tudo aqui, não? Ah e se voltar a me chamar de valentona de novo, eu juro que trucido você!

— Bate não, tia!

— Cale-se, Ryoga!

Ethan, já perto de Gothic, lhe pergunta:

— Será que podemos nos respeitar pelo menos?

— Eu nada farei a vocês caso não façam nada comigo - Disse a pantera, virando seu rosto.

Uma nova integrante do grupo de Ethan. Gothic parecia diferente, porém Kaede não gostava de sua presença e era visível seu descontentamento.

E a tarde cai...

Depois do almoço, Ethan diz aos outros que deve ir para casa, pois seus pais devem estar preocupados. Combinam de se encontrarem alí no dia seguinte. Kaede o acompanhou e disse aos outros para que prestem atenção em Gothic, que pode estar tramando algo. Era visível a desconfiança da jovem. Não bastasse os problemas anteriores, agora precisava se preocupar com a presença da pantera, que trouxe a tona seus maiores temores, quando estava enfrentado suas cópias no templo. Enquanto caminhava com Ethan, conversava sobre Gothic ter juntado-se ao grupo.

— Ethan, esta pantera sádica deve estar aprontando algo.

— Deixe-a, Kaede. Se Ryoga diz que pode confiar nela, então vamos dar uma chance.

— Você também? Será que só tem loucos aqui?

— Não comece, Kaede. Venha... Devemos conversar.

— Sim. Eu quero mesmo...

Voltando ao armazém...

Moonsand, Fhor e Anuon haviam se distanciado um pouco dos outros. Ryoga havia ficado para explicar detalhadamente a Gothic sobre todos os acontecimentos na mansão, enquanto Kenta estava dormindo. Diana estava deitada perto de uma árvore e as outras, Lupa e Alisia, continuavam eu sono profundo. Mesmo depois de segurar sua ansiedade de finalmente falar com sua filha, o lobo agora queria ouvir a verdade por trás dela. E voltando até onde Fhor, Anuon e Moonsand estavam, o felino diz:

— Lupa estava servindo de marionete por Piece 1, que a usava para aniquilar humanos. Seus poderes são terríveis e assim ele a tinha como uma arma.

— Passados as últimas semanas, ela desenvolveu uma admiração doentia por Ethan. Tentou até matar Kaede mas conseguimos a impedir - Disse Anuon.

— Agora entendo porque odeiam tanto este felino. Desculpem-me por ter menospresado suas ambições. Não acreditava que fosse algo de tanta gravidade - Disse o lobo, mais tranquilo.

— Tudo bem. Agora devemos esperar que Lupa acorde.

Enquanto isso...

Gothic, após ouvir a história cabulosa que aconteceu na mansão, sugeriu a Ryoga que o acompanhasse. Ele estranha o porquê de distanciar dos outros mas aceita mesmo assim. Sentam-se diante uma árvore e começam a conversar. O jovem logo diz:

— Gothic, deve estar sofrendo muita pressão por causa disso tudo, não é?

— Grr... Um pouco...

— Você é uma guerreirona mesmo! Pra não ligar pra o que tá acontecendo...

— Sei que posso estar enfraquecida agora, mas não temo pelo que estar por vir...

— Falou tudo, panther! Tu é sinistra mesmo!

— Suas palavras me são estranhas, Ryoga. O que quis dizer?

— Que você é super, não se abalando com nada!

— Mas e os outros? Vi que aquela humana não gosta de mim. E eu também não gosto dela...

— A Kaede é as vezes durona mas as vezes ela também é durona...

— O que?! Isso que você disse...

— Hehehe... Calma! Tipo, ela também tem um bom coração. A vida dela tá marcada por uma coisa que é melhor nem contar. Ela pode ficar sabendo e me surrar mais que bola de voleibol...

— Ela repudia minha presença... Grr...

— Não diga isso, Gothic. Vou te contar uma história...

— Uma história?

— Sim. Certa vez um cara, tipo o badass de potiguar mesmo, tentou invadir um templo Shaolin na marra. O cara sabia lutar, era forte e o escambau. Só que o mané era arrogante e desafiou logo o monge mais zirimba do pedaço. Aí esse monge disse "perde quem sangrar primeiro", com o maromba aceitando. Mas aí que tá: o monge fez um corte na boca com o dente assim que o cara lá tentou golpear, o que fez a luta acabar e declararam o fortão vencedor.

— Humano, o que aconteceu?

— O monge, ao ver o maromba ficar fulo da vida, disse que "você segue regras. Se você segue regras, você é um homem justo. Se você é um homem justo, você é uma pessoa honrada. E se você é uma pessoa honrada, você é alguém invencível". Tah dah!

— O que... Essa história... Qual o sentido?

— Que o monge estava pouco ligando em perder o ganhar. O cara só queria mostrar que era mais forte. O monge mostrou que era melhor que ele por ser melhor. Ele provou que a força de alguém não está no poder de destruir e sim no poder de sua palavra.

Gothic ficou por um bom tempo calada, compreendendo o que Ryoga quis dizer. E o jovem continuou:

— Pô, você quase derrotou a Kitsune. É claro, torci contra mas tem que ter muita coragem pra cair de cabeça numa luta sozinha. E ainda por causa de amor... 

— Tem muita coragem em me lembrar disso. Devia arrancar sua cabeça e beber de seu sangue agora...

— Ah que isso... Seria capaz? Eu tenho gosto ruim, tipo chá de boldo...

— Grr... Humano detestável... *Essa história... Porque não a tiro da cabeça? E porque estou incomodada?*

E se retira, andando para dentro do armazém. Ryoga fica sem ação e pergunta:

— Aí, que foi? Porque tu tá saindo? Oi? 

E virando-se para Ryoga, com ele ainda sentado, diz:

— Ryoga...

— O que foi?

— Grr... Nada. Esqueça.

—Porque?

E logo a pantera continuou seu caminho. Ryoga, sem entender nada, se levanta e diz:

— Putz, só dá maluco aqui...

E voltando para dentro do armazém...

Moonsand, que havia retornado sozinho para dentro do galpão, observava Lupa. Mostrando satisfação e deslumbre em seu olhar, a olhava como um pai protegia sua filha. Entretanto, um evento inesperado ocorre: ela finalmente abriu os olhos. Kenta ja estava acordado e havia avisado ao lobo o ocorrido.

— Moonsand, ela vai...

— Grr... Humano, saia de outro dela!

— Mas ela...

Porém Lupa se levanta e, munindo-se de sua foice, diz:

— Irão todos morrer agora!

Continua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Lupa despertou e pelo visto está enfurecida e cheia de ódio!

Não percam o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Anuon 9999 (The Last A' prequel)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.