Anuon 9999 (The Last A' prequel) escrita por Hunterx


Capítulo 1
O Olhar Assassino


Notas iniciais do capítulo

Essa história foi inspirada em um sonho que eu tive. Esse primeiro capítulo nada mais é que uma tentativa de detalhar o que aconteceu.

Após o sonho, isso me deu ideias para transformar essa experiência em um conto. Então criei um doc e comecei a escrever. É uma história simples, com muitos clichês que tinham em animes da época (2004/2005).

Para um melhor entendimento, decidi localizar algumas coisas para os dias de hoje a fim de agradar a todos.

Agradeço de coração por sua visita.
Boa leitura.



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Era noite quando Ethan voltava de sua escola tranquilamente com Ryoga e Kaede, andando por ruas estreitas, comuns neste tipo de cidade. Ethan dizia:
— ... e eu avisei sobre aquele chute que o Ryo deu... Falei que era pra mandar no canto, eu estava desmarcado.

Ryoga, sorrindo, responde:
— Ih cara... acho que nem se ele te passasse a bola ia dar em algo...
—Porque?

Ryoga, caricato e debochado como era de sua personalidade, diz:
— Porque tu é "peor" que o mané do Ryo, vagabundo! hehehehe
— CALA A BOCA! Você nem sabe o que é futebol.
— Sei sim. É um bando de 22 cabeças de vento atrás de uma bola por 90 minutos...
— CABEÇA DE VENTO? Você perdeu a noção do perigo, Ryoga?
— Eu não... e você?

Kaede, calada até então, diz:
— Rapazes e futebol... coisas que se completam...

Ryoga e Ethan, ao ouví-la, dizem:
— O QUE FOI, KAEDE?
— Eu? nada, imagina...
Logo Ethan se despede e segue para sua casa. Ryoga se despede.
— Vai lá, Zico... Treina, hein!
— Valeu... e você fica mais de boca fechada, tudo bem?

E, vendo o rapaz adentrar no quintal de sua casa, Kaede o chama.
Ethan?
— Sim, o que foi, Kaede?

Ela, um pouco acanhada, diz:
— Eh... boa noite. Cuide-se.
— Ah, obrigado. Você também...


Entrando em sua casa, logo Ethan se depara com sua mãe que, nervosa, ia e vinha como se estivesse preocupada com algo. Ele, preocupado, diz: 

— Mãe, o que houve? 
— Seu pai... Ele atropelou um animal na rua. Estou aqui preocupara a beça. 
— Onde? Ele está bem?
— Sim, Ethan... Mas o seu pai se machucou um pouco... foi o que ele diz, aquele irresponsável...
— Mas é grave grave? 
— Diz ele que não, mas vc conhece seu pai... 
— E o animal? Era um cachorro? 
— Diz ele que era uma espécie de gato que não conhecia... 
— Mas ele está vivo? 
— Sim! E seu pai vai trazê-lo... 
— Eu cuido dele, tudo bem? pode deixar.
— Deixar que cuide dele? Hum... Vc também não é lá um "grande" adorador de animais, rapazinho... 
— Ah, mãe... 

Logo o tempo passa e o pai de Ethan chega, com um curativo na testa. 
— Meu amor... Você está bem? E esta ferida?

E mostrando uma calma que não coincidia com a situação, ele se senta tranquilamente e diz:
— Nada não, mulher... Eu estou bem, muito bem, diga-se de passagem. Já meu mascote aqui... 

Ethan, observando seu pai, logo o retruca.
— Você está bem! Sempre assim, nos dando sustos! E o animal? Está bem? 
— Ele sofreu um ferimento nas patas traseiras, mas está bem, a meu ver... 
— E vamos ficar com ele? 
— Não sei Ethan... Não me parece um animal manso, apesar de seu estado. E mesmo assim, acho que ele tem dono, sei lá...
— Posso ve-lô? 
— Pode, mas cuidado que ele é brabo. E garras de gato sempre são afiadas, ainda mais esses bem raros... 
— Raro? como assim? E onde ele está, pai? 
— Não sei... Só sei que nunca vi esse tipo de raça de gato. Parece maior que os que costumamos ver... Espere que irei buscar.

O Pai de Ethan vai até seu carro e o pega, envolvido em um cobertor. Mas o animal começa a querer se soltar e o pai de Ethan o segura com força.
— Calma... Droga, sabia que ia fazer isso... 

Ethan, olhando o felino ferido, diz:
— Ele é bem diferente mesmo...

A mãe de Ethan, surpresa com o felino, preocupa-se com o ocorrido.
— Vocês toma cuidado com este bicho aqui, pois parece perigoso. Seu pai tem razão em dizer que ele é bem diferente...
— Que nada, mãe. Ele é até simpático. 
— Bem, Ethan, eu vou colocá-lo no seu quarto, dentro daquele abrigo importado do seu avô. Lá pelo menos tenho certeza que não vai ser uma ameaça a ninguém aqui, por ser bem reforçado e próprio pra isso mesmo. Graças a seu avô...
— Aquele de aço, que parece um pequeno cercado? 
— Esse mesmo. E outra coisa: você vai ser responsável pela alimentação dele. 
— Eu?
— Claro. Acho que deve ter uma segunda chance...

Ethan parecia ter entendido o sentido daquela confiança de seu pai, e diz:
— Obrigado.
— Hã? Que foi?
— Por essa segunda chance.
— Garoto... vai lá e cuida do bichano, está bem?
— Tá beleza. 

Ethan estava realmente empolgado com o ocorrido. Enquanto ai para seu quarto pegar a gaiola para o gato, sua mão diz:
— Amor... acha mesmo que ele está pronto para ter outro animal?
— Viu o brilho dos olhos dele depois que o confiei a cuidar do gato?
— Sim... mas será que ele conseguiu superar aquilo?
— Sim... acho que sim. Mas pense comigo... faz tempo que não o vejo tão empolgado com algo, ainda mais algo dessa forma... Dei um voto de confiança pra ele, porém acho que foi ele quem deu pra si mesmo...
— Sim, concordo. Mas fique de olho nele, está bem?
— Pode deixar.

Logo depois de aprontarem as acomodações do felino, todos vão dormir, menos Ethan. 

Eram em torno de 10:00 pm! Ethan se preocupava com o alimento ao seu novo "amigo"... 
— Toma aí rapaz! Vê se come tudo pra ficar bom logo. 

Ele fica perto do cercado observando o felino! Admira seus pêlos... 

O bichano tinha uma pelagem de cor branca e levemente esverdeada nas pontas, ficando mais escuro na que tinha em sua cabeça! E não era muito peluda, a não ser no alto de sua cabeça! Seus olhos eram azuis e pareciam que mudavam de textura quando estava em movimento! Suas patas eram largas para um gato comum e suas garras pareciam afiadas... 

Ethan, curioso, andava devagar para perto do cercado. Quer ver como estava o curativo. Estranhava pois parecia que alguém tivesse tentando retirar;

E, de um modo estranho, o felino se ouriça e dá um leve tranco para trás do cercado, com sua cabeça virada para o chão e sua pelagem encobrindo sua face. Logo, levantava sua cabeça lentamente e olhava para Ethan. Seus olhos já diziam por si só: não era um olhar comum. Longe de ser intimidador, como qualquer animal com medo faria. 

Seu olhar mostrava ira e não medo... Mostrava certeza e não dúvida... Em poucas palavras, mostrava um olhar assassino, que fez com que Ethan ficasse paralizado. 

Ethan estava atônito. Não se mexia enquando o felino o olhava. Começava a suar frio, tamanho era seu susto! E, não conseguindo aguentar sua temeridade naquele momento, disse: 
— O... O que ouve? Por que me olha assim? Você está com medo de mim? Não precisa se preoc...

E o felino, com uma voz feminina e intimidadora, diz: 
Eu vou matá-lo... humano! 

Continua...


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