A Saga de Íris escrita por Simon Lee


Capítulo 2
Um Novo Cosmo: A Lenda dos Cavaleiros Continua!


Notas iniciais do capítulo

Com o surgimento de Íris, a deusa do arco-íris, o Santuário novamente entra em alerta. Rumores sobre a chegada da deusa percorrem rapidamente todos os lugares, trazendo preocupação e dúvidas.



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  Santuário de Atena, Grécia. A chuva cai, mas consegue-se observar um arco-íris ao longe.  

 Alguns aspirante á cavaleiros treinavam nos campos de batalha sob a chuva, incentivados por uma moça de cabelos verdes, que tinha o rosto coberto por uma máscara.

    Shina— ora, vamos logo! Seus inúteis, por acaso querem perder as suas vidas? Se não continuarem eu mesmo irei tirá-las, ouviram bem? (desferindo um golpe no abdômen de um dos rapazes, que se curva cuspindo um pouco de sangue).

   Soldado — senhorita Shina! ( surge correndo esbaforido)

   Shina— O que houve?  

   Soldado — aquele garoto atrevido quer falar com você! 

   Shina— você só pode estar falando do...

   Voz — senhorita Shina!!! 

   Soldado — mas que atrevimento vir até aqui!

   Shina — deixe-o vir. Afinal, você não daria conta de detê-lo, mesmo que quisesse.

   Soldado — mas...

   Nisso, surge uma rapaz moreno, com um macacão azul e camisa listrada, calças jeans, e cabelo castanho. O jovem carrega uma urna  nas costas, com uma raposa desenhada.

   Makoto — pode deixar que hoje não vou roubar nada de vocês, relaxa! (o soldado se enfurece, mas se contêm rapidamente)

   Soldado— Ora...um dia, você me paga! - dando as costas e se retirando. 

   Shina — Makoto, você não deveria estar aqui!

   Makoto— vim avisar que estou indo para o Ocidente! – cruzando os braços e dando as costas, aguardando a resposta da amazona.

   Shina—  Você não está pensando em...

   Makoto — Visitar o Seiya? É isso que você quer saber?

   Shina – do que você está falando? (desconcertada)

   Makoto — pode deixar que eu aviso que você mandou um beijinho pra e-...

   Shina — moleque, não se atreva! Não brinque comigo! (segurando-o pelo pescoço).

    Makoto — argh...pode deixar, eu não falo nada! Eu...argh...prometo!

   Shina – apenas diga ao seu amigo que estamos bem! (soltando-o)

   Makoto— ainda bem que ele não esqueceu da gente lá do orfanato...(passando a mão no pescoço machucado).

   Shina -  por um milagre, tudo o que os deuses apagaram dele foi a memória. Atena clamou para que o deixassem vivo, e então acharam que a forma mais cruel seria deixa-lo nesse estado.

   Makoto— de quê adianta estar vivo, se não há um propósito pelo qual lutar?

   Shina—  eu não consigo ver Seiya naquele estado. De um cavaleiro que confrontava deuses, para um inútil pai de família. Que patético.

   Voz— e Atena continua desfrutando de uma boa vida, enquanto Seiya perdeu tudo o que tinha! 

   Makoto e Shina são surpreendidos pela voz, e logo são envolvidos por um cosmo juntamente com todos no campo de treinamento, que ficam atordoados sem saber o que estava acontecendo.

   Shina— de quem é esse cosmo?!

   Makoto— essa voz! Ah não, ele conseguiu o que queria! Essa não!

   Shina— não pode ser!

Nesse momento, a imagem de rochedos surgem ao redor de todos, e um enorme buraco negro surge sob o local, engolindo todos os soldados e alunos, enquanto Shina e Makoto são lançados para fora por uma tromba d’água.

   Shina — onde todos foram parar? (levantando-se rapidamente)

   Makoto— por pouco não fomos tragados também! Você não é assim, Tatsuya! Pare com isso!

   Nisso, surge saindo das sombras das ruínas, um rapaz alto, com cabelos e olhos castanhos, semblante sereno, porém com um olhar frio, trajando uma blusa laranja e uma calça preta.

   Shina— Tatsuya? O que você está fazendo? Como ousa atacar o Santuário depois de tudo o que fizemos por você?

   Tatsuya— vocês deveriam vingar Seiya, mas ainda insistem em proteger a inútil da Saori.

   Makoto— Tatsuya, nós crescemos com o Seiya, você sabe que Saori tem um bom coração.

   Tatsuya— sim, trocando a paz na Terra pela vida do nosso amigo! Saori não merecia estar viva! Se Atena amasse mesmo àqueles que a protegem, teria se sacrificado no lugar de Seiya!

   Shina —  Atena defende a paz na Terra e Seiya sabia que era necessário que ela continuasse com vida para proteger a todos nós!

   Makoto — o Seiya ama a Saori. Mas, você pretende fazer algo contra ela, afetará o nosso amigo diretamente!

   Tatsuya – eu não consigo chegar perto de Saori com a vigilância dos cavaleiros de ouro. E quer saber? Já cansei de receber ordens de vocês! - erguendo os punhos e aumentando o cosmo.

   Shina— moleque mal agradecido! Vou pará-lo aqui mesmo.

   Tatsuya— é mesmo? (amansando o cosmo)

   Shina — ahn?

   Tatsuya — não vim aqui para lutar, apenas dizer que você pode ir, Makoto, mas não deixe que ele veja essa urna, de jeito nenhum!

    Makoto – será que Minu estaria feliz vendo isso, Tatsuya!

   Tatsuya congela por algum tempo, cerrando os punhos e logo em seguida, parte, liberando os soldados que estavam presos em outra dimensão.

    Soldado— ahn? O que aconteceu?

    Tatsuya— eu ainda vingarei Seiya, em memória da Minu! E se vocês estiverem contra mim, precisarei passar por cima dos dois! 

      Makoto— você sabe a verdade sobre Minu, Tatsuya! Não diga que quer vingar Seiya! Você acha que Minu se foi por causa de Atena! Admita!

      Tatsuya— tudo o que está acontecendo é por culpa de Atena! Se eliminarmos Saori, jamais voltaremos a ter guerras! Abram os olhos!

    Makoto— isso não é verdade!

    Shina— Tatsuya, não sei o que aconteceu com você, mas se não sair do nosso caminho agora, te darei uma surra que ficará para sempre em sua memória! Se você veio aqui para lutar, confesso que já estou afim de te dar uma lição há tempos! 

     Tatsuya— saiba que estamos ambos sem nossas armaduras! Você não terá vantagem alguma! - elevando um pouco o cosmo novamente, e partindo para o confronto direto.

     Shina— você ainda é muito lento! - desferindo um soco na barriga do rapaz, antes que ele pudesse tentar o golpe. 

    Makoto— eu mal consegui acompanhar a velocidade dela! Que incrível! - vendo Shina com o punho no abdome de Tatsuya, que se curva, cuspindo um pouco de sangue. 

   Tatsuya— argh...maldita! - cuspindo sangue, ajoelhado.

    Shina— espero que tenha recordado um pouco do seu treinamento, insolente! Agora, saia daqui, antes que faça algo pior! 

        Makoto— Shina...?

      Tatsuya— eu ainda terei a minha vingança! A oportunidade chegará, e Atena cairá!

    Shina – estaremos aguardando. 

   Tatsuya se levanta, e vai caminhando, passando entre os soldados assustados, que vão dando passagem para o misterioso rapaz, que desaparece nas sombras de alguns pilares.

   Shina— acho que nunca dei um soco com tanto prazer em alguém. Estava precisando. - olhando para o punho. 

   Makoto - você precisa deixar o passado também, Shina! O que aconteceu, não foi culpa sua! Foi uma opção...

   Shina -  ...você de novo com esse assunto?

   Makoto— tá certo, isso não é assunto meu. (dá as costas, acena e vai partindo).

   Shina – talvez você esteja certo, mas ainda carregarei esse peso por anos. Mas...- elevando rapidamente o cosmo concentrando em sua mão, e lançando uma rajada contra um grande pilar caído - eu nunca mais abrirei mão de nada!

O grande pilar se despedaça, enquanto Makoto fecha os olhos e vai partindo.

   Shina olha para o céu e vê um brilho colorido ao longe, iluminando o firmamento.

   Shina – estranho, que cosmo poderoso é esse? Há anos que não sinto algo assim.    

   Enquanto isso, na mansão Kido, a guerreira dourada está imobilizada pelo cosmo da deusa Íris, que se aproxima de Saori, Tália e Seiya.

   Íris— Saori Kido, ou melhor, Atena! A hora chegou!

   Seiya -  afaste-se de nós! Nos deixe em paz!

   Tália – você não vai encostar nela! (fazendo uma barreira com os braços abertos)

    Íris— mas que mocinha linda!

   Íris estende a mão para tocar o rosto de Tália, quando algo um ataque é bloqueado rapidamente pela guerreira Paloma, que intervém lançando-se na frente da deusa.

   Paloma – mas como ainda ousa atacar íris, Psiquê de Peixes?

   Nisso, uma rosa negra está cravada no escudo da guerreira de Ave de Estínfalo. Um pouco de sangue escorre, pingando na entrada da mansão.

   Lá fora, Psiquê está com o cosmo ardendo, com uma Rosa Negra na boca, e pronta para atacar novamente.

    Íris— Paloma, não...deixe-a em paz. Não viemos aqui pra isso. Alguém que consegue escapar do domínio de uma deusa, é digna de proteger Atena.

   Silena— chega, Psiquê! Se você protege a deusa Atena, então também é nossa aliada!

   Nisso, Psiquê está rodeada por Rosas Negras, dançando ao seu redor. Mas aos poucos, elas vão sumindo dentro do cosmo. 

   Psiquê — o que você disse? (amansando o cosmo)

   Seiya— mas, quem é essa Atena que vocês estão falando?

   Tália— ela está falando da Atena sobre as lendas que escutei, que os cavalei-...

   Saori— Tália, chega!

   Íris -  Atena, eu vim aqui justamente para ajudá-la. Minhas guardiãs sempre me acompanham, mas chegam sempre antes de mim apenas para evitar possíveis ameaças. Se houve alguma confusão, peço perdão. Em nome de todas elas também (olhando para as moças, repreendendo-as).

   Áclama — Atena, em nome das guardiãs, peço perdão. Guerreira de Peixes, estamos cientes da sua força, e vimos que Atena está bem protegida (se aproxima e estende a mão para cumprimenta-la).

   Psiquê— vocês devem agradecer à amiga ali por ainda estarem vivas! (retribuindo o cumprimento e olhando desconfiada para Damaris). Mas, o quê a deusa Íris quer com Atena?

   Seiya— quem elas estão chamando de Atena?

   Íris— você, Seiya, cometeu vários crimes contra os deuses. O seu fruto com Atena deixou uma mancha horrível em seu corpo humano. Eu vim exatamente para livrar Atena dessa debilidade que acompanha seu frágil corpo mortal.

   Tália— mamãe, então você é a deusa Atena das lendas que sempre ouvi? Não pode ser! Como nunca me contou antes?

   Seiya— Saori, o que isso significa? Atena é só uma lenda, vocês estão delirando!

   Saori— Seiya, Tália...eu sinto muito, mas fiz isso para protege-los, só isso que posso dizer! Ai, aquela dor voltou! (se curvando)

   Tália — mamãe!

   Seiya— Saori! Saiam de perto dela, parem com essa...( um flash da imagem de Atena deitada com a flecha cravada no peito vem à mente de Seiya rapidamente) mas, o que foi isso?

   Íris— Atena! - suas mãos começam a reluzir as cores do arco-íris, e com um breve olhar, Seiya e Tália são arrastados para trás.

    Um jarro surge ao lado de Íris. Ela o pega com delicadeza, e oferece para Saori.

   Saori— esse é...

    Íris— sim, o néctar dos deuses. Beba e terá o seu cosmo de volta.

    Saori estende as mãos formando uma concha, que recebe o néctar. Ela logo bebe o pouco que Íris lhe oferece. 

Íris— agora está livre da doença que seu corpo adquiriu por ter gerado uma nova vida, mesmo sendo uma deusa! - lançando seu doce cosmo sobre Saori, que começa a elevar o cosmo também, entrando em sintonia com o de Íris.

   Psiquê— então, esse é o verdadeiro cosmo de Atena! (admirada)   

   Seiya— parece que já senti algo assim antes! Então, a Saori é...

 

      Tália— papai, ela é Atena, de verdade!!! ( correndo e abraçando Saori, que a envolve em seu cosmo).

       

   As guerreiras de Íris fazem uma breve reverência, e logo se unem. Em seguida, elevam o cosmo rapidamente, retirando suas armaduras, que se posicionam ao lado de cada uma delas.

   Saori— Íris, meu cosmo voltou a brilhar como nunca. Como posso retribuir?! 

   Íris— Não precisa se preocupar. Aquela que um dia seria a minha hospedeira aqui na Terra não resistiu à uma doença também, e morreu. Os corpos humanos são muito interessantes, porém frágeis. Talvez, por ser quase uma semideusa, Tália consiga suportar ...

   Seiya— não se aproxime da nossa filha!    

   Saori se coloca à frente de Seiya, buscando controlar a situação.              

   Saori— isso eu não posso fazer por você, Íris, eu lamento muito. Sei que gostaria de ficar mais tempo aqui conosco, mas infelizmente são muitas questões na cabeça dela, e na de Seiya também. Mas, fique conosco, e suas guerreiras também, fiquem à vontade. Vamos servir um chá e fazer uma festa amanhã. (sorrindo)

   Láquis— senhorita Íris, com todo respeito, seria interessante ficarmos mais um pouco. Há tempos queremos conhecer essas terras, se nos permite, acho que gostaríamos de ficar mais tempo.

   Áclama — não seria má ideia, além do mais, queremos ir ao Santuário da Grécia conhecer os lendários cavaleiros de ouro que protegem as doze casas zodiacais!

  Seiya— existe um lugar com mais cavaleiros de ouro? Então, se Psiquê tem a armadura de Peixes, existem mais onze armaduras? (fazendo as contas com os dedos).

   Tália— papai, se são doze casas, então, são mais onze né!

    Íris – então, deixarei que fiquem, mas estarei aqui, com Atena, até amanhã. Meu corpo divino não ficará sem um hospedeiro por mais de dois dias aqui, então, apressem-se.

   Áclama— agradecemos imensamente, senhorita íris!

   Silena— não é muito do meu agrado, mas eu acompanho vocês!

   Emma— olha que legal, vamos conhecer os cavaleiros de ouro! (vibrando)

    Todas, exceto Silena e Damaris, começam a vibrar. Elas se ajeitam e partem, deixando suas armaduras.

   Láquis— até mais, pessoal!

   Tália— essa moça é engraçada!

   Seiya— e muito bonita também...(nisso, Saori está olhando furiosa para Seiya, que fica desconcertado).

   Saori – como é, Seiya?

   Seiya— eu disse que a armadura da moça é muito bonita! (sorriso amarelo)

    Íris observa todas partindo, em meio ao brilho multicolorido, ascendendo aos céus como um arco-íris.  Enquanto isso, Psiquê observava tudo, atenta, ficando de prontidão fora da mansão.

   Psiquê— realmente não tenho com o quê me preocupar. Elas deixaram suas armaduras, não serão ameaça. Será que estamos desfrutando de tempos de paz com os deuses, finalmente? (refletindo, olhando para as estrelas que surgem no céu após a chuva passar).

   No Santuário, Makoto está sentado sobre um rochedo, vendo uma foto de infância, onde aparecem ele, Tatsuya, Akira, Minu e Seiya. 

    Makoto — Será que Tatsuya tem razão? Estou indo aí revê-lo, meu amigo Seiya.

   De repente, ele sente a sua armadura vibrar dentro da urna.

   Makoto – mas, e esse cosmo? A minha armadura respondeu diretamente a ele! (refletindo)

   Nas doze casas, algumas armaduras douradas começam a vibrar rapidamente, como se respondessem ao cosmo de Atena, que voltou a brilhar. Em Virgem, a armadura vibra dentro da urna dourada, enquanto uma silhueta está na entrada da casa zodiacal, observando o brilho emitido pela urna. Apenas o seu cabelo verde aparece discretamente. 

   

  

 

 


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Notas finais do capítulo

Qual será a verdadeira motivação da vingança de Tatsuya? E, o quê terá acontecido com Minu?

As guerreiras de Íris partem para o Santuário na intenção de conhecerem as forças de Atena. Qual será o intuito real dessa curiosidade?

Não percam o próximo capítulo de Saint Seiya: A Saga de Íris

A FLOR RÚSTICA!



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