Lendas Urbanas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 4
Henry Lazar




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P.O.V. Edward.

Ela ousa me ameaçar?! Me desafiar?!

—Não duvide da minha coragem, Sua Graça. Sou mais corajosa do que qualquer homem.

—Eu vejo isso. 

Ela olhou em outra direção. 

—Olá Henry.

E o homem era exatamente como eu.

—Ele não é exatamente como você. Em nenhum aspecto. São gêmeos não Doppelggangers. Vocês são parecidos não iguais.

—Roxanne vai dar a luz e a parteira...

—Estou indo.

—Você me fez de tolo. Pode congratular-se com isso.

—Eu não! Você é que se acha o centro do Multi-verso e nunca lhe fiz nenhuma promessa. 

—Temos que correr.

—Certo. Os dois são mandões.

Ela largou-me, deixou-me falando sozinho. Ninguém me deixa falando sozinho!

Quando cheguei ao vilarejo, havia um alvoroço.

—Respira fundo Roxanne. Você. Vai pegar panos limpos! Você vai ferver água. 

As mulheres obedeceram.

—Por Deus! Como isso dói.

—Lamento informar, mas vai doer mais que isso. Não posso parar o trabalho de parto Roxanne, eu sinto muito, mas posso aliviar sua dor. Vamos você precisa caminhar.

A outra mulher enorme de grávida começou a caminhar. As demais voltaram com os panos e a água.

—Obrigado.

Vez por outra ela parava.

—Me dê a sua mão.

Ela pegou a mão da mulher grávida, fechou os olhos e começou a pronunciar umas palavras.

—Assinta Mulaf Hinto, Sho Bala.

As chamas das velas foram nas alturas. Vez por outra ela fazia aquilo.

As mulheres na sala de benziam.

—Posso sentir.

—Hora de empurrar. Deita ai. 

Medusa ficou do outro lado e esperou a criança sair.

—Empurra Roxanne!

Enquanto Medusa mandava a aldeã empurrar, as outras a mandavam respirar. E então...

—É um menino! Meus parabéns Roxanne.

A criança foi lavada e a mãe pode descansar.

—Parece que a criança nasceu bem á tempo do festival da primavera.

—Interessante.

—Como somos tão parecidos?

—Vocês são gêmeos Henry. Gêmeos idênticos, o mesmo conjunto de D.N.A. Era para vocês serem um bebê só, mas ás vezes como no caso de vocês a divisão celular deu um... erro e ao invés de ser um bebê, foram dois.

—Então, sou um erro?

—Não. Não! É difícil explicar. A humanidade ainda não descobriu a genética. Já ouviu falar de alguém chamado... Charles Darwin? Oh, certo. Charles Darwin ainda não nasceu. Ele vai nascer dia 12 de fevereiro de 1809. Ele é um naturalista que vai desenvolver a teoria da evolução. É claro que tinha um enrosco na teoria dela na época já que ainda não tinham descoberto a genética, por isso ele não conseguia explicar de onde vinham as mudanças.

—Espere um pouco. 1809? Isso é daqui á...

—Trezentos e cinquenta e quatro anos. É por isso que eu sei o dia em que você vai morrer. Sei que vai vencer.

—Sabe quando vou morrer?

—Sim. Nove de abril de mil quatrocentos e oitenta e três, em Londres. Seu sucessor vai ser Edward V. Bem, seria se você tivesse casado com a Elizabeth de Iorque. Porque ela é que é a mãe da criança. Pelo menos é o que os livros de história dizem. Mas, considerando que você tem um irmão gêmeo... quem sabe?

—O que fez lá dentro... com a grávida.

—Oh, aquilo chama trabalho de parto. É assim que os humanos vem ao mundo, num espetáculo de dor e sangue. Foi assim que eu vim ao mundo.

—Não. Me refiro ás palavras. As velas.

—É. Aquilo. Aquilo foi uma coisa que eu herdei da minha vó paterna. E meus filhos vão herdar de mim e assim por diante.

—Tri-híbrida. Você é uma bruxa.

—Correto. Serva da natureza, mantedora do equilíbrio, curandeira e também assassina. Não se enganem, nós somos criaturas predatórias. Vampiros são atraídos pelo cheiro do sangue, movidos pela sua única e mais básica necessidade. Se alimentar. Lobos a maioria não consegue se controlar no seu estado primal. E bruxas, quando provocadas... somos responsáveis por algumas das maiores atrocidades da história. E minha parte Shadowhunter? Eu rio da cara dos padres otários. Se algum dia eles trombarem num demônio de verdade... eles não terão chance.

 

—Shadow que?

—Shadowhunter. Caçadora de sombras. Você tem sangue real? Eu também. Você tem sangue real? Grande coisa. Eu tenho sangue puro de anjo. Falando nisso... tem um Raviner aqui.

Ela entrou numa das casas e quando saiu estava usando calças e carregando espadas.

—Eu nunca vi uma espada igual a esta.

—É claro que não. Isso é adamas.

—Adamas?

—As lâminas foram forjadas pelas irmãs de ferro na cidadela com a ajuda dos anjos. Diabo, o festival.  Com o demônio solto por ai vai ser um pé no saco. Provavelmente um banho de sangue.


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