Lendas Urbanas escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Quem é quem?


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/lqZxbr_0cSY-Maddie canta.
https://youtu.be/pB4GDWb85gU-Maddie e Edward.



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P.O.V. Edward.

Volto vitorioso duma batalha. E vi uma aldeã com a mão numa árvore.

—Prontinho. Agora ninguém te derruba. De nada.

Disse batendo as mãos para limpá-las. Ela estava de costas, mas quando se virou... ela era absolutamente bela. Parecia uma fada.

—Ok. Isso é absolutamente estanho. Um cavaleiro numa armadura brilhante e com mesma cara do Henry. É, estranho é pouco.

Ela tinha os cabelos cor de fogo, já vi mulheres com cabelos cor de fogo, mas nunca com aquela cor. Seu rosto era angelical, os traços delicados, a pele era leitosa, parecia ser tão macia. Os olhos verdes e brilhantes como esmeraldas. Não. Nenhuma esmeralda era assim tão brilhante. Então ela deu um sorriso, como se estivesse lendo meus pensamentos.

—Curve-se diante do seu Rei!

—Eu não me curvo pra ninguém.

O soldado tentou dar-lhe um tapa, mas ela agarrou a mão dele no ar.

—Porque não passamos logo para o puxão de cabelo, querida?

Disse debochando do soldado. Outro veio e tentou atacar-la com a espada, mas ela tinha a dela. Era uma lâmina dum tipo que eu nunca vi e enquanto lutava com os soldados cantava. Foi uma chacina sem tamanho.

Ela quebrou e mordeu pescoços.

—Eu sugiro que mande os seus homens pararem se ainda quiser ter homens.

O sangue pingava da boca dela, os olhos injetados com o líquido escarlate.

—Alto! 

—Esperto. Adeus, cópia do Henry.

Disse correndo para dentro da floresta.

—Sua Alteza!

Cavalguei atrás dela. Uma mulher á pé seja o que for não pode ganhar dum cavalo. Mas, perdi o rastro.

—O que diabos?

Então, ela apareceu atrás de mim.

—Procurando alguma coisa?

—O que em nome de Deus é você?

—Tá, isso é muito, muito, muito estanho. Henry me fez esta mesma pergunta quando me conheceu nesta mesma floresta. Caramba, você se parece muito com ele. Quase como a minha mãe e a Katherine.

Ela parecia me examinar. Respirou fundo.

—Vocês não são duplicatas, são gêmeos! Puta merda! O Henry tem sangue real! Bom, ou ele tem ou nenhum dos dois tem. Espera um pouco... o Henry é filho do senhor Lazar com a Suzette e se são gêmeos... Cara, você é adotado!

—O que?

—Você não é filho de nenhum Rei. É filho de um ferreiro e uma aldeã. Mas, porque a Suzette... claro este é o século quatorze. Então, o Rei quer um herdeiro, mas não consegue. Uma aldeã tem um caso com um ferreiro da vila, eles não são casados e ela fica grávida. Aposto que a mãe do Henry também não. O Henry não é filho da Suzette, a mãe do Henry morreu quando ele nasceu. Quando vocês nasceram. Então, uma aldeã dá a luz dois meninos e morre no processo. O Rei quer um herdeiro, mas não consegue e apesar de um ferreiro ganhar mais que um lenhador ainda não é o suficiente para sobreviver. Então, o senhor Lazar deu você para o Rei provavelmente em troca de dinheiro. Cara, que merda! Você foi vendido.

—Não sabe do que está falando, criatura.

—Na verdade eu sei. Suzette teve um caso com o senhor Lazar antes de casar com o Cesaire e ficou grávida da Lucy que foi assassinada pelo lobisomem. Depois do termino, o Senhor Lazar casou com a sua mãe e ela teve você e o Henry e morreu no processo. 

P.O.V. Medusa.

Espera ai. O lobo assassinou a Lucy, até ai beleza. Mas, logo depois matou o senhor Lazar. Haviam vários aldeões lá atrás dele, mas foi no Adrian que ele mirou. Foi o Adrian Lazar que ele matou, então arranhou a cara da Suzette.

—Cesaire. Ele é o lobisomem. Como o Scott e o Derek ele tem controle e pensamento racional até no seu estado primal, na forma de lobo. O que ele fez não foi simplesmente matar. Foi vingança.

P.O.V. Edward.

Ela começou a rir.

—Meu Deus! Como que eles não ligaram lé com cré? Os mundanos são muito burros. Só que o Henry me contou sobre a... Ela nunca ativou a maldição, mas ela tem o gene. Assim como o filho dela. Caramba! Isso é muito zoado.

—Maldição?

—Acha que conhece o sobrenatural? Mas, não conhece. Vocês não sabem de nada. Noventa e nove por cento do que sabem é balela.

Ela simplesmente se deitou no chão da floresta. E olhou para cima.

—Mas, que mundo mais louco. A sua família é mais fodida que a minha cara, e eu venho de uma longa linhagem de vilões das suas histórias. Sou filha de um vampiro e uma híbrida, neta de uma bruxa malvada. Me chamam de Tri-híbrida. Sou a única do meu tipo. Minha tia, gêmea do meu pai é a torturadora mais cruel que eu conheço e o meu pai não fica muito atrás não. Sabia que o meu pai e a minha tia iriam ser queimados na fogueira? É chocante não é? E estou falando com um cara do século quatorze. Isso pra você é normal. Queimar as pessoas vivas, estupro, jogar os bebês dos muros, morrer de varíola. Que época de merda.

Ela se levantou. E olhou para si mesma.

—Literalmente merda. Eca.

E foi caminhando floresta a dentro.

P.O.V. Maddie.

—Bem, já que não tem chuveiro.

Tirei aquele monte de roupa e pulei dentro da cachoeira. Tinha feito shampoo de camomila e hamamélis. E sabonete de pétala de rosa, admito foi absolutamente nojento ter que pegar em banha de porco, mas... é melhor que nada.

P.O.V. Edward.

Segui floresta á dentro tendo que puxar o meu cavalo. Encontrei uma lagoa com uma cachoeira. Parei para beber água. Estava bebendo quando... ela emergiu da lagoa. Havia espuma espalhada por uma parte desta e aquela mulher sorriu para mim como se tirasse sarro da minha pessoa.

—Você é humana?

—Sabe que não sou.

Oh, ela estava fazendo charme.

—Sou o espírito desta lagoa! Uma bruxa!

—E agora estou sob o seu feitiço?

—Sim! Agora que bebeu a água, está sob o meu feitiço.

—Você, é sem sombra de dúvida a criatura mais bela que já contemplei. Linda. Porém mortal.

—Mortal? É tem razão. Mas, só com aqueles que me atacam. E quando estou com fome.

—Está com fome agora?

Ela estava completamente nua naquela água. Eu a estava observando e isso não parecia incomodá-la. Não estava encabulada, ou envergonhada e nem tentava se esconder.

As roupas estavam penduradas num cipó.

—Nesse ritmo essa roupa não vai secar nunca.

—Não vai me dizer o seu nome?

—Só se me disser o seu.

—Eu perguntei primeiro.

—Medusa. Mas, todos me chamam de Maddie.

—Sou Edward.

—Rá, o nome do meu avô. Espera ai, você deve ser o Edward IV.

Ela moveu a mão, fechando a lentamente em punho enquanto encarava as roupas penduradas e estas começaram a soltar vapor.

—É disso que eu to falando.

Num piscar de olhos ela já tinha saído do lago e estava enrolada num pano. Torceu o cabelo, trocou o pano pela roupa de baixo e foi lentamente se vestido até chegar no espartilho.

—No quesito praticidade e conforto, prefiro o sutiã.

Ela começou a se enrolar no espartilho.

—Mas, quem foi o F.D.P. que inventou essa coisa?! Não podiam botar as cordinhas na frente?!

—Talvez eu possa ajudar.

—Como estou desesperada. Por favor.

Sou bom em desatar corpetes, mas fazer o contrário?

—Puxe. E ai amarre.

E foi o que eu fiz.

—Obrigado.

Medusa usou um objeto de madeira para passar nos cabelos

—O que é isto?

—Chama-se pente. Serve para pentear o cabelo.

—Vais deixar-me assim tão insatisfeito?

—Não sou virgem, mas também não sou vagabunda. Aqui. Isso é shampoo, serve para lavar o cabelo. Você o molha, coloca uma gota na mão e ai ensaboa e depois enxágua. Se lavar o cabelo com ele todos os dias, não vai ter mais problemas com piolhos e vai cheirar bem. Eu prometo. Considere isso como... meu presente pela sua vitória.

Então ela foi-se num borrão.


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