Juntos por uma Eternidade escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 19
Capítulo 19 – Marcada


Notas iniciais do capítulo

Cap já betado!

Eu espero que gostem e desculpa a demora :3



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Capítulo 19 – Marcada

Pov. Bella

Quando o sol começou a se por, eu pulei a da arvore que estava sentada, foi apenas um relance antes dele se esconder de volta entre as nuvens costumeiras de Forks.

Mas meus olhos de vampiro fizeram aquilo mais duradouro, ainda estava olhando o céu quando ouvi som de passos chegar até mim.

— Bella? – escutei uma voz me chamar, rapidamente coloquei os óculos de sol que havia pego, me virando para a voz.

Tinha tomado cuidado para ficar contra o vento, já que ainda não sabia se meu cheiro poderia me entregar.

— Oi Bella – disse ele

Percebi que Jacob estava muito diferente da última vez que nós tinhamos nos encontrado. Ele parecia mais alto, e mais bronzeado.

E ele parecia mal, havia bolsões de cansaço em baixo de seus olhos, e seu sorriso parecia forçado, como se estivesse carregando algo muito pesado para ele a muito tempo.

— Oi Jacob - falei- Você parece cansado.

— Estou um pouco. – ele riu

— Quando vocês voltaram de Seattle?

— Há três dias. – ele suspirou.

— Três dias? – minha voz se elevou – Por que não me ligou antes? Eu venho ligando para Billy todos os dias.

— Eu sei...É complicado. – ele deviou o olhar - Eu queria falar com você antes, mas eu não podia.

— O que aconteceu?

— Bella... você vai ter que confiar em mim.

— O que?

— Eu não tenho permissão para te contar tudo, mas eu acho que você devia saber... Algumas coisas

— O que aconteceu, Jacob?

— Charlie está desaparecido, eu e os garotos estamos... Em um grupo de busca, vamos achá-lo Bella, você tem que acreditar em mim...

Foi nesse momento que eu percebi que aquilo já havia ido longe demais, eu tinha que saber como Charlie estava e não me importava o que isso significava para o meu segredo.

— Vocês são lobos – falei o interrompendo – eu já sei disso, agora por favor me conte o que aconteceu

— Como sabe disso? – Seus olhos se arregalaram em descrença

— O que aconteceu em Seattle Jacob? – perguntei ignorando sua pergunta – Onde está Charlie?

— Eu não sei – ele soltou com um suspiro - fomos investigar as mortes que estavam acontecendo lá, encontramos um cheiro que podia ser do culpado, deixamos Charlie nas cenas do crime atuando como polícia, quando voltamos ele havia sumido.

— Vocês não o procuraram?

— É como se ele apenas tivesse sumido, sem cheiro, sem testemunhas, sem pistas – ele disse desviando o olhar -ficamos lá tentando achar algo, até que...

— O que?

— Eles estavam sequestrando alguns humanos de uma festa, não era poucas pessoas, e nem ao menos discriminavam, tinham crianças, eles queriam a maior variedade que podiam ter.

— Vocês tentaram impedir? – pisquei descrente

Como eles lutaram com anjos e estavam bem?

— Tinhamos que proteger os humanos, essa nova espécie de Vampiro está matando muitos em Seattle.

“Vampiro?” — senti a esperança me corroer. Seria tão fácil se fosse realmente isso...

— O que aconteceu para vocês voltarem?

— Tinha alguns humanos na hora, eles estavam bem no meio da luta, um dos mais novos se destransformar para tentar acalmar os humanos e tirá-los dali.

— Mas...

— Ele foi pego por uma daquelas coisas quando estava em sua forma humana, foi apenas um toque e ele caiu no chão gritando de dor – ele desviou o olhar – Depois isso Seth atacou a nós, parecia mais uma máquina sem controle, e eles fugiram com a confusão, estamos esperando ele melhorar para voltar para Seattle.

Senti minha mão formigar em nervosismo, não eram Vampiros afinal, eu não tinha tanta sorte assim.

 - Sinto muito... eu levei Charlie comigo, era minha responsabilidade deixa-lo seguro e eu fracassei... sentimos muito Bella.

Vi ele fechar as mão, e não precisava olhar em seus olhos para saber o quanto aquilo estava o corroendo por dentro.

Sabia muito bem como era ter a responsabilidade de uma vida em suas costas.

— Eu vou ajudar você. - falei

— Ajudar como Bella? – ele riu – Você não precisa se preocupar eu e o bando vamos resolver isso, não vamos colocar mais nenhum humano em perigo.

Sorri minimamente.

Tirei meus óculos, deixando-o ver a mudança, seu sorriso parou logo depois, na verdade agora ele parecia furioso, deu passo para longe de mim, seu olhar corroía-me por dentro, ele parecia prestes a querer me atacar ali.

— Eu não sou vampira. – me adiantei – Quer dizer, em parte não sou.

— Você estava me enganando. – ele rosnou, suas mãos tremiam e eu sabia que tinha que controlar a situação, antes que fosse tarde demais – Não permitimos vocês aqui.

— Não Jake, eu não sabia o que eu era. Eu juro. – implorei, dando um passo em sua direção – Eu sou metade vampira, minha mãe era vampira, sou assim de nascença, eu não escolhi ser assim...

 - Vampiras não podem engravidar. – ele me cortou

— A minha mãe pôde – repliquei - Por favor confie em mim Jake, por favor

— Você está mentindo...

— Não estou. - insisti - Eu só quero ajudar, eu juro, não quero que nenhum de vocês passem pelo mesmo que Seth está passando, eu posso ajudar Jacob, o que você acha que está acontecendo não é o que de fato é.

— Por que eu deveria confiar em uma sanguessuga?

— Por que você é meu amigo. – peguei sua mão colocando o sobre meu coração para que ele visse que ainda batia – Eu ainda sou eu.

Ele sustentou meu olhar por alguns segundos, indeciso, por fim se soltou de mim, colocando uma grande distancia entre mim e ele.

— Tudo bem, Bella. – ele suspirou se sentando  – Vamos conversar então.

Sorri enquanto me juntava a ele, esperando estar fazendo a coisa certa ao contar toda a verdade a ele.

— Isso é muita loucura para minha cabeça. – disse Jacob - Então qual é o seu plano para Charlie?

— Quero tentar algo primeiro. - falei

Fechei meus olhos me concentrando, repetindo o mesmo ato que havia feito quando havia caído, tentei me concentrar em acha-lo, um caminho até Charlie, tentei me lembrar de sua risada, e de como ele costumava me chamar.

Mas era exatamente como se ele tivesse sumido.

— Nada – bufei – não consigo acha-lo

— Você pode achar pessoas com a sua mente?

— Posso me teletransportar com a mente, mas algo está barrando meus poderes – expliquei – Charlie está fora de meu alcance

— Então o quer que tenha pego Charlie realmente faz parte do seu mundo – ele concluiu

— Sim

— Acho que o bando talvez não acredite se eu contar. – ele suspirou se levantando estendendo a mão para me ajudar que eu logo aceitei

— O bando?

— Os outros Lobos, Bella.

— Acho que não é uma boa ideia. – mordi os labios - Minha intenção era contar apenas para você.

— Não posso evitar, quando estou em forma de lobo os pensamentos são de livre acesso para todos, é assim que a gente se comunica.

Pisquei confusa.

Era quase como se eles se ligassem da mesma forma que anjos o faziam.

—  Você sabe o que aconteceu com Seth? – perguntou ele

— Pode ser um desalmado ou um anjo.. - ponderei - Não sei qual seria melhor, de qualquer forma seu amigo não vai melhorar sozinho.

— E o que podemos fazer?

— Eu posso tentar – falei – me leve até ele que farei o meu melhor para ajuda-lo

— Você pode?

— Talvez – dei de ombros, não querendo dar-lhe muita esperança, coloquei novamente meus óculos de sol - Como está?

— Só não fique muito na luz que vai ficar tudo bem. – ele riu

Ele chegou mais perto, se inclinando um pouco para ficar na minha altura, percebi que o mesmo estava testando o meu cheiro.

— Ei .– falei rindo o empurrando para longe

— Você fede, Bella. - ele fez uma careta rindo - Não fique em um ambiente fechado com eles, seu cheiro se camufla bem, mas ainda sim é um pouco doce demais para um humano.

— O que vai dizer a eles? - perguntei

— Por agora, nada. – disse enquanto começava a me conduzir - Se eu contar com você aqui eles vão te atacar, ainda mais com os mais novos aqui, eles não se controlam muito bem.

— Então como explica eu estar indo visita-los?

— Que você está com raiva. – ele deu de ombros – Finja que quer saber o que aconteceu, grite com eles, depois fale que quer ficar sozinha com Seth ou algo parecido com isso.

Abri minha boca para reclamar de como seu plano parecia horrível quando ouvimos um uivado cortar o som calmo da mata, Jacob parou de andar olhando em direção a origem do barulho.

— Por onde você entrou em La Push? – ele perguntou seus olhos pareceram alarmados

— Vim correndo pela beira estrada. – falei – Por que?

— Devia ter vindo de carro, Bella.

— Vocês levaram o único carro que eu posso dirigir. - lembrei-lhe

— Depois vou levá-lo para você – ele suspirou - Preciso de sua blusa.

— O que?

— Você vai para a casa de Emily. Eu preciso despistá-los, eles sabem que você está aqui, vou fazer um seu rastro para fora daqui, agora todos devem estar procurando você, então ninguém deve estar lá, só tente não demorar muito

— Eles não vão ver na sua mente que você está me encobrindo?

— Não se eu não chamar a atenção.

— Certo.

Tirei minha blusa de frio, entregando para o mesmo, ele o pegou rapidamente, percebi que agora que estava em movimento ele parecia até menos cansado, como se o fato de estar estagnado fosse seu problema.

— Tome cuidado. – disse ele – O caminho é uma linha reta por ali.

Assenti vendo o sair correndo para o lado contrário ao meu.

A casa de Emily era alguns metros à frente, não foi difícil acha-lo, entretanto contornei a casa uma vez antes de ir até a porta da frente.

Bati na porta checando mais uma vez se havia algo que pudesse me delatar.

A mulher que abriu a porta era mais baixa que eu e sua feições eram delicadas, ela sorriu para mim quando me viu inclinando um pouco a sua cabeça.

Apenas uma coisa quebrava seu retrato.

Havia uma cicatriz cortando sua face ao meio, desde sua testa até seu nariz, quase como se fossem garras que haviam marcado sua pele.

Senti um calafrio percorrer minha espinha, mas mantive meus olhos nela, sabia muito bem como era ser julgada por cicatrizes.

— Oi. – sorri esperando que ela não perecesse meus olhos – Jacob está aqui?

— Na verdade ele saiu daqui há mais ou menos uma hora.

— Ele ia me encontrar na praia, mas não apareceu... - menti - Ele me disse que estava aqui quando me ligou.

— Aconteceu uma emergência na família, todos eles tiveram que ir, mas você pode esperar aqui, eles vão voltar para cá depois.

— Claro. – sorriu – Obrigada.

Ela abriu espaço para eu entrar, pedindo desculpas pela bagunça enquanto reclamava de como Jacob e seus amigos acabava com a casa da mesma.

O que me fez perceber que ela era humana.

Esse fato me fez ficar mais aliviada e mais nervosa ao mesmo tempo.

Humanos tinham anjos, e ele não poderia ver o que eu iria fazer ali.

Quando entrei na casa percebi com alivio que parecia vazia, não havia barulhos  e ninguém a vista.

O cheiro em excesso de cachorro me fez trancar a respiração por um momento antes de do ar se fazer falta, tentei evitar franzir a o nariz com o descontentamento.

Foi quando percebi havia um garoto deitado no sofá maior, ele estava coberto até o pescoço, mas ainda sim conseguia ver suas maos tremendo sobre os panos.

— Esse é Seth?perguntei a interrompendo

— É, ele se machucou, mas vai ficar bem. – seu sorriso sumiu - Estamos cuidando dele.

— Por que não levaram ele no hospital?

— é... complicado - ela mudou de assunto - Onde você e Jacob se conhecem?

— Sou sobrinha de Charlie. – expliquei vendo o sorriso dela ficar nervoso – Cheguei na cidade há algumas semanas.

— Que bom que Charlie tem companhia agora – ela disse – Quer algo para beber Bella?

A negativa já estava em minha língua quando percebi que precisava que a mesma saísse da sala.

— Tem suco?

— Claro, já te trago em um minuto. - ela sorriu docemente

Assim que ela saiu em direção a sua cozinha retirei meus óculos, analisando com cuidado a situação de Seth.

Ele não parecia estar mal, além do suor e o fato do extremo calor de sua pele poderia muito bem se passar por estar dormindo.

Ele tem a idade de Bree – percebi com pesar.

Era muito novo para estar passando por tudo isso, me ajoelhei ao lado de Seth, segurando suas mãos.

Pelo menos agora que estava o vendo, sabia que não era um desalmado.

Só não sabia se isso era uma boa notícia ou não.

Tentei alcança-lo com meus poderes, mesmo que não estivesse tentando criar uma ligação real com ele, ainda podia criar uma semi-ligação por alguns segundos apenas, já que se passasse muito mais do que isso provavelmente o erforço de manter a ligação com Edward faria meu corpo entrar em colaço.

Alguns segundos tinha que ser o suficiente para perceber o que tinha dentro dele.

Mas assim que o alcancei havia uma barreira, tentei forçar mais, querendo transpassá-la, mas o baque foi tão forte que senti a tontura me desiquilibrar.

Soltei a mão dele arfando, sentia que todos os meus nervos estavam a flor da pele, sabia que não seria fácil, mas não imaginava que não conseguiria alcança-lo, não estando com contato físico.

O anjo que devia estar mexendo com ele devia ser mais forte do que eu esperava.

Peguei o frasco que estava guardado em meu bolso, não pretendia usa-lo, mas da forma que estava agora, sentindo meus poderes de anjo tão longe de mim quanto estavam não poderia ajuda-lo

Agora não tinha volta, se tivesse um anjo ali, ele já teria percebido o que estava em minhas mãos

Ignorei esse fato por aquele momento, sabendo que não tinha mais muito tempo.

Abri o frasco, sentindo o frio percorrer meus dedos, sabia que o que iria fazer era perigoso, mas não havia outra possibilidade que eu conseguia pensar.

Virei o líquido na boca dele, apenas algumas gotas, se eu estivesse certa aquilo o ajudaria.

Se não... Realmente não sabia o que poderia acontecer, mas qualquer coisa era melhor do que estava acontecendo com ele nesse momento.

— Seth? Está me ouvindo? – sussurrei

“Por favor, que eu esteja certa” – pedia em minha mente, esperando alguma reação.

Seus músculos travaram enquanto ele apertava suas mãos em punhos com força, vi suas pálpebras tremularem e percebi com alivio que o mesmo estava voltando a si.

— Quem... É você? – ouvi, tão fraco que poderia muito bem ter imaginado - Pare...

— Seth, você tem que me escutar. – falei urgentemente - Você precisa criar uma barreira entre ele e você, isso não é você, concentre-se você tem que tira-lo dai, só você pode fazer isso – continuei falando esperando que o mesmo estivesse me escutando

Estava tão concentrada em Seth que não percebi a volta de Emily, ela se ajoelhou ao meu lado, me calei no mesmo momento sabendo que não poderia mais dizer mais nada, só esperava que o mesmo estivesse me escutado enquanto podia.

— Seth... – ela riu colocando a mão na testa do garoto com carinho – Estamos estão preocupados, como está se sentindo?

— Emil... – babouceou

— Venha ver Leah – gritou Emily animada - Seu irmão acordou.

Irmão” – a palavra ecoou em minha mente, fazendo-me travar a respiração.

Se Seth era um deles o irmão também deveria ser.

Olhei para a porta ao mesmo tempo quando uma menina passava pela a porta, ao contrário de Emily, ela parecia mais nova, sua postura era mais firme e sua pele mais bronzeada, seus cabelos batiam até seu ombro.

Eu virei meu rosto assim que ela olhou para mim, mas sabia que era tarde demais, eu não estava com o óculos escuros e meu cheiro já devia ter me entregado.

— Quem é essa?

— Uma amiga de Jacob – respondeu fazendo-me morder o lábio com força

— Saia daqui Emily – ela disse com sua voz contida

— Leah seu irmão acordou, você estava tão preocupada o que está acontecendo com...

— Emily – chamou Leah mais alto, dessa vez conseguindo a atenção, vi o rosto de Emily perder a cor enquanto ela entendia a situação.

Ela olhou uma última vez para mim antes de correr as escadas para o segundo andar aos tropeços, correndo tão rápido quando conseguia.

— Fique longe dele, sua sanguessuga.

Me levantei esperando que pelo menos sua fúria fosse contida quando a mesma percebesse que  eu não me alimentava de humanos.

— Você não está entendendo. – falei  - Fui eu que ajudei ele.

Mas eu duvidava que ela estivesse me ouvindo, e eu até conseguia entender, depois de ver o irmão sofrer tanto por 3 dias ver um “vampiro” onde poderia descontar toda a sua impotência devia ser exatamente o que ela precisava.

— Saia dessa casa agora.

Mordi o lábio percebendo que a mesma ela já havia começado a tremer de forma descontrolada, ela parecia fora do controle..

Em um rompimento ela começou a mudar, suas costas de alongaram, suas roupas rasgaram quando seu corpo aumentava de tamanho.

E então um lobo branco estava em minha frente, seus olhos negros me observando.

Ela rosnou dando um passo para frente, olhei mais uma vez para Seth antes de sair correndo pela porta a fora, sabendo que se a luta acontecesse ali, não seria apenas eu que iria me ferir.

Não parei de correr quando escutava o som do farfalhar entre os arbustos atrás de mim, se aproximando rápido, mais rápido do que eu conseguia me mover.

Me virei exatamente no mesmo momento em que o lobo pulou em cima de mim, suas garras rasparam em minha pele fazendo a mesma arder.

Grunhi enquanto tentava a todo custo colocar uma distância entre mim e ela.

Ouvi o rosnado vindo dela novamente, enquanto ela se lançava contra mim novamente, com tanta força que quando me desviei a arvore que recebeu o golpe por mim tremeu com o peso da loba.

Olhei em volta tentando achar uma saída, não era rápida o suficiente para fugir, e mesmo que eu fosse duvidava que havia um lugar onde eles não me encontrariam, e além disso depois de ver a água-light reagindo neles, sabia que precisava mais do bando do que eu pensara e talvez eles fossem realmente capazes de se defender de anjos.

Infelizmente isso significava para mim também e mesmo que eu conseguisse fazer algo contra eles o que sobrava para mim?

Se eu machucasse um deles sabia que não importaria o que Jacob fizesse nada impediria dos outros de virem atrás de mim.

— Eu não vim machucar ninguém. – falei - Jacob me disse o que aconteceu, vim ajudar seu irmão.

A loba não deu ouvidos continuou avançando contra mim, cada vez mais rápido e com mais raiva, ela não queria apenas me matar ela queria me destruir.

Quase conseguia ver o ódio em seu olhar.

Ouvi algo se aproximando pela mata segundos depois, ainda rápido do que Leah se movia.

E de repente não havia mais apenas um lobo ali, mais dois saíram da vegetação.

Um lobo grande preto junto com um outro menor da mesma cor.

Esse momento de distração foi o suficiente para sentir suas garras de Leah se fincarem em meu braço enquanto rasgava minha pele.

Eu gritei sentindo a dor dilacerante subir pelo meu braço, de forma arrebatadora, cambelei enquanto a loba soltava sua garra do meu braço, senti meu pé se agarrar em algo e eu cai para trás.

— Esperem. – pedi, segurando meu braço contra mim tentando conter o sangramento – Por favor.

A loba branca, Leah, parou um segundo de investir contra mim, seus olhos negros tremeluziam sobe a luz da lua.

Quase consegui me sentir esperança que eles percebessem que eu não era uma ameaça, entretanto um segundo depois o outro lobo veio em minha direção, enquanto o menor continuava parado apenas observando.

Rolei pela grama, desviando ele com mais dificuldade, mas assim que coloquei o peso no braço machucado senti-me perder a sustentação.

Mas um segundo depois senti a loba branco se chocar contra mim, seu peso me mantendo preso abaixo de si.

Sabia que tinha que fazer algo, mas estava paralisada, meus músculos não era mais comandados por mim, e minha mente estava em branco, não conseguia lembra do meu treinamento e muito menos de como podia me defender.

Fechei os olhos quando o lobo abriu a boca.

Esperei a dor chegar, mas senti o peso ser retirado de cima de mim com força, me virei assustada, engatinhando para trás até bater em uma arvore.

Um outro lobo estava atacando o lobo branco, eles rolavam um sobre o outro tentando machucar um ao outro, o lugar se encheu com sons de seus rugidos e de suas garras tentando acertar um ao outro.

Por fim o lobo que havia me atacado pareceu perder, quando o outro fechou sua mandíbula sobre a perna do outro, então ele se afastou mancando.

Um minuto inteiro se passou enquanto eu esperava ao acontecer, então o lobo marrom se virou para mim, eu me encolhi com medo do que significava ter sua atenção voltada novamente para mim.

Esperava que ele me atacasse como os outros, mas invés disso quando percebeu meu medo o mesmo se sentou sobre suas patas traseiras, mantendo a distância abaixando a cabeça.

— Ja-Jacob? – perguntei, percebendo que estava chorando.

Ele pareceu olhar para meu braço enquanto fazia alguns barulhos, não sabia o que ele queria dizer, mas de qualquer forma tinha que conter o sangramento.

Com uma das mãos rasguei um pedaço da minha blusa a amarrando fortemente em volta do machucado, tentando conter o sangue que saia aos montes, gemi de dor quando senti o tecido pressionar o ferimento.

Jacob pareceu satisfeito se levantando virando a cabeça para o outro lado, em direção a floresta enquanto se voltava para mim.

Estava me mandando ir embora?

— Obrigada – falei antes de me levantar e sair correndo dali.

Não olhei para nenhum dos outros lobos ali.

Quando me sentenciaram a morte na redoma, lembro-me de desejar ter morrido na invasão ao Paraíso por que eu sabia que minha morte era mais um peso para Bernard e Bree,.

Exatamente como no dia anterior não sentira medo do desalmado, não por mim, nunca era por mim, os Cullens eram o que importavam, não a mim.

Até mesmo quando acontecera o acidente com o carro de Tyler não tive medo de morrer.

Pânico não é a mesma coisa que medo, enquanto um era momentâneo, o outro perdurava, se tornava uma sombra.

Te assombrava em seus momentos mais sombrios.

E eu tinha medo dos lobos, de uma forma que não sentia medo a muito tempo.

Algo havia mudado dentro de mim, eu só não sabia se era para bom ou não.

Cheguei a casa de Charlie alguns minutos depois, sentindo-me tonta por conta do esforço, mas sabia que ainda não poderia descansar, e o latejar da minha ferida no braço apenas confirmava isso.

Retirei o vidro de água-light do meu bolso. Eu não iria bebê-la, aquilo eu tinha certeza, não podia mais o faze-lo, não enquanto eu sabia o que ela causava em mim.

Mas havia outros modos de utilizar a Água-Light para cura.

Minhas mãos tremiam tanto que mal conseguia ter firmeza para segurar o pequeno frasco.

Fechei os olhos tentando conter minha respiração, e conseguintemente me acalmar também.

“A concentração é algo adquirida Bella, medo é tão perigoso quando felicidade em um momento de necessidade, emoções são nosso ponto fraco, controle-as Bella e vai controlar tudo” - lembrei-me das palavras de Bernard

— Controle-se. – falei para mim mesma.

Comecei a desamarrar o pano que estava em volta do meu braço quando ouvi uma batida quase me fazendo derrubar o frasco no chão, voltei a coloca-lo mesa enquanto me dirigia a porta.

— Quem é? – perguntei, sem abrir a porta.

— Sou eu - ouvi a voz de Edward cruzar o lugar.

Me encostei na porta, fechando os olhos enquanto desejava que ele não estivesse ali.

Ele havia me avisado sobre os lobos, e a vergonha de não tê-lo escutado estava me assombrando agora.

— Agora não é um bom momento. – falei ainda sem abrir a porta.

— Alice me disse que você precisava de ajuda.

— Achei que Alice não conseguia me ver. – retruquei.

— Você está mais vampira agora do que anjo.

— Vá embora, Edward. – pedi.

— Você não vai conseguir fazer isso sozinha. – disse ele - Deixe-me te ajudar.

Suspirei enquanto abria a porta para o mesmo, ele entrou rapidamente não me dando opção de voltar atrás, como se aquilo importasse já que se o mesmo realmente quisesse entrar ele conseguia arrombar porta com apenas uma mão.

Ele analisou meu braço por um instante fechando suas mãos em punhos.

— O que aconteceu? – abaixei minha cabeça sem responder- Foram eles, não foram?

Dei de ombros, fechando a porta.

— Temos que tratar seu ferimento. – ele suspirou.

— Não. – segurei seu braço – Preciso me curar rápido, nada de medicina.

— O que vai fazer então? – perguntou

Eu o puxei em direção a cozinha, sentando-me na mesa quando o indicava o que estava fazendo anteriormente.

— O que é isso?

— Água-Light. - expliquei - Vire um pouco no pano, nada mais do que algumas gotas.

— É só limpar a ferida? – ele me perguntou mantendo-me sentada.

— Eu faço isso. – falou ele, quando eu confirmei.

— Tudo bem..

Com habilidade ele abriu o fraco colocando o líquido no pano que havia na mesa, depois se sentou a frente de mim retirando o pano que estava amarrado em meu braço com muito mais cuidado do que eu conseguiria.

Ele me olhou um vez antes de começar a pressionar o pano contra a ferida, fechei minhas mãos quando minha pele queimou, como se estivesse em brasas, meus músculos travaram e eu senti cada nervo do meu braço gritar em protesto.

Não era nada parecido com a leve formigação que normalmente vinha com a cura.

Edward começou a retirar o pano com a minha reação, mas segurei sua mão antes que o fizesse

—Termine. – pedi.

Por fim dor do músculo ainda não havia passado, ainda parecia que minha pele estava em carne viva, mesmo que a ferida já não existisse.

Sentia uma camada fina de suor por cima da minha pele, me encostei em Edward sentindo sua temperatura levemente mais gelada ajudar meu mal estar e seu cheiro me acalmar

— Obrigada. – sussurrei.

— Achei que ia se fechar como aconteceu naquele dia.

— Esse método é mais... Arcaico.

Levantei a mão passando o dedo levemente por cima de onde antes havia o ferimento, agora havia uma linha mancando o lugar onde a pele havia se juntado novamente, era a minha primeira cicatriz, já havia me machucado de varias formas, entretanto a agua-light sempre apagara todos os vestígios.

Retirei a mão quando a dor atravessou meu braço, região ainda estava sensível demais.

— Me diga o que aconteceu. – pediu ele.

A história saiu de uma vez, tentei não transparecer todo o meu medo em minhas palavras, mas quando o mesmo segurou minhas mãos tentando me acalmar percebi o que havia fracassado.

O pior foi lembrar como apenas eu esperei que ela me matasse.

Como eu podia ter apenas travado? Olhei para a o fraco de Água-light em cima da mesa, que ainda sobrara um pouco menos que a metade, podia aquilo mudar tanto uma pessoa?

— Eles não são confiáveis. - disse ele por fim - Não devia ter ido lá sozinha.

— Pelo menos Jacob me escutou. - desviei o olhar - os outros.... Ela me odiava, não queria apenas me matar.....

— Só tem uma fêmea nos lobisomens de La Push. – falou ele – E por isso ela é um dos que tem mais ódio da nossa espécie.

— Como sabe disso?.

— Já li a mente dela antes. – ele deu de ombros.

Pisquei confusa.

— Quando você viu os lobos pela última vez?

— Quando chegamos em Forks, sempre tem um grupo pequeno. – respondeu franzindo a testa - mas ele vem aumentando desde que passamos a morar aqui.

— Isso... – pisquei atordoada – Isso não pode ser verdade.

Onde estava minha memoria disso?

Tentei repassar a chegada a Forks.

Lembrava-me de olhar a casa e os arredores, reencontrando os lugares onde eu gostava de passar o tempo no passado, depois de ir até a escola com Carlisle e depois...

— Bella? – ele colocou sua mãos por cima das minhas – O que foi?

Era um ponto em branco, não havia nada depois disso, senti minha boca se secar.

Antes que pudesse responder, Edward se levantou, senti a raiva dele vir a mim com força, e mesmo que nossa ligação não o tivesse o delatado, podia se perceber pela sua postura tensa e suas mãos fechadas em punhos o quando ele estava irritado.

Ele andou até a porta a abrindo com raiva.

— Saia daqui. – disse ele para a pessoa do outro lado - Já não acha que fez o suficiente?

— Edward, quem é? - perguntei me levantando

— Eu vim falar com Bella – disse a pessoa, reconheci a voz alguns segundos depois e me adiantei andando até a porta aumentando a fresta da porta que Edward insistia em continuar fechada.

— Pode entrar, Jacob. – falei lançando um olhar para Edward não interferir.

— Você está bem?

— Não graças a você. - interrompeu Edward

— Edward, Jacob salvou minha vida, se não fosse ele eu teria morrido para os outros. – falei – Então tecnicamente, é graças a ele.

— Se não fosse por ele você nem estaria lá.

— Eu escolhi ir lá. – suspirei cansada - Estou, o que aconteceu depois que eu fui embora?

— Eles querem falar com você.

— Quando?

— O mais breve possível.

Pensei nessa possibilidade, e desviei o olhar sentindo meu estômago afundar.

— Não acho uma boa ideia .

— Por favor, Bella. – ele deu passo em minha direção, mas eu recuei instantaneamente - Eu sinto muito pelo o que aconteceu, não sabia que Leah estaria lá, e depois que ela se transformou ela alertou a todos os outros onde você estava, eu voltei o mais rápido que eu consegui.

— Eu sei, mas... – mordi o labio, colocando a mão por cima da minha cicatriz – Como está Seth?

— Ele está mal, mas está acordado agora pelo menos. - ele franzi-o a testa - Ele só parece estranho.

— Que bom – tentei sorrir – Mas acho que deviam manter uma vigilância nele, não sei se ele se livrou daquilo, ou se ele apenas está ignorando todo o barulho ou sendo usado.

— O que quer dizer?

— Tem um anjo mexendo com a cabeça dele. – expliquei - Ele se ligou a Seth, e estava transformando tudo em caos.

— Tem?

— Eu não tirei ele de lá, só fortaleci Seth para ele conseguir algum espaço, mas aquilo ainda está lá.

— Vocês podem fazer isso? – perguntou-me Edward

— É uma extensão do que um protetor pode fazer. - senti-me corar quando percebi que ele podia entender errado minha frase então acrescentei rapidamente - Mas não é algo que nenhum se nós faria pelo menos não com um humano ou... com alguém não anjo, é quase doentio fazer algo assim.

— O que quer dizer?

— Anjos tem que saber se proteger de ataques assim. – expliquei – Então é comum os mestres fazerem isso com seus discípulos e dependendo dos casos é uma punição muito eficiente.

— Com você... Também? – perguntou-me Edward

— Claro – dei de ombros querendo mudar de assunto – ele pode está bem, mas isso não quer dizer que vai durar, na verdade é muito provável que ele apenas piore, o que estava na cabeça dele já devia ter o matado.

— Mas não o matou.

— Por enquanto.

— Você disse que podia ajudá-lo.

— E ajudei, mas não posso fazer nada além disso - suspirei - Eu já estou ligada a uma pessoa, se tentar me ligar a outra nesse momento... Eu posso morrer.

— Uma ligação...? – perguntou confuso

— É o que determina o seu protegido, ou... Algo parecido com isso, no quesito de Seth.

— Então desfaça essa  sua “ligação”.

— Eu não sei desfazer isso, e se tentar posso matar essa pessoa - expliquei - Não é tão simples quanto simplesmente fazer.

Não olhei para Edward esperando que ele não percebesse o que aquilo significava, por que era dele que eu estava falando.

— Ele é meu amigo Bella, por favor tem que ter algo que podemos fazer.

— E tem – falei - É a solução mais óbvia: temos que matar o anjo que está fazendo isso, não tem como uma ligação persistir depois da morte de uma das partes.

— Não tem algo mais imediato?

— Não sem um outro anjo – respondi de prontidão - E nenhum de vocês tem anjos.

— Por que?

— Eu não sei – dei de ombros - Eu já desconfiava, já que da onde eu vim ninguém nunca mencionou sua espécie.

— Isso não devia ser errado?

— Não, isso é comum, Vampiros também não tem, mas todos sabemos que eles existem - expliquei - além disso Vampiros não podem matar anjos tão facilmente quanto vocês

— Podemos ser mais discretos, existem mais da espécie dele do que da minha. – indicou Edward.

— É uma possibilidade.. – ponderei - Ou alguém está encobrindo sua espécie.

— Edward, você disse que já sabia deles. - perguntei - Quando foi a primeira vez que os viu?

— Há muitos anos atrás - respondeu - Foi o tataravô de Jacob.

— Eu não tenho memoria de nada disso nem de quando vocês o viram pela primeira vez nem da última vez, eu nem ao menos sabia que eles existiam antes de Charlie me contar.

— E por que você teria?- perguntou Jacob estranhando minha conclusão

— É que... – senti-me corar – Eu era um anjo da guarda, Jacob.

— Isso está ficando cada vez mais interessante. – ele riu – Você só poderia não estar prestando atenção?

— Talvez, mas em todas as vezes? –  ponderei – É mais provável que tenham apagado a minha memória.

— Então eles apagam memórias agora? – jacob rolou os olhos se sentando no sofa – Já não bastava o teletransporte?

— Eles podem fazer isso – dei de ombros evitando rir - e provavelmente fizeram nesse caso, se ficaram isso comigo podem ter feito isso com outras pessoas, na verdade o que eu quero saber na verdade é o por que fariam isso?

Nenhum de nós tinha uma resposta para aquilo, me perguntei quantas memorias já havia sido perdidas para manter esse segredo.

Mas havia uma pessoa que sabia sobre eles.

Bernard.

Agora que estávamos tão longe um do outro, a falta de comunicação parecia cada vez mais um problema.

— Quando vocês vão para Seattle? – perguntei, por fim.

— Voce ainda vai nós ajudar?

— Me diga um dia, eu estarei lá – falei mesmo que não estivesse tão certa da minha decisão

— Provavelmente daqui dois dias – respondeu sorrindo satisfeito – Temos que ter certeza que Seth vai estar bem para voltar para lá

— Certo.

— Eu trouxe de volta sua caminhonete - ele colocou a mão no bolso retirando a chave do carro de Charlie, sorri quando a vi, sentindo falta da mesma - Eu te ligo para te avisar quando vai acontecer.

— Obrigada. – falei.

Jacob se despediu de Edward com um aceno que apenas foi ignorado, mas o mesmo nem ai menos esperava ser respondido já havia se virado para sair da casa.

Pensei em perguntar se precisava de carona de volta para casa já que o mesmo devia ter vindo com a caminhonete, mas apenas a ideia de voltar para La Push fazia um calafrio subir pela minha espinha então o deixei ir embora.

Quando estávamos sozinhos olhei para Edward esperando sua reação.

— Não precisava o tratar assim.. – falei – Ele me protegeu.

— Dessa vez mas acha mesmo que algum deles vai te ajudar se precisar? – perguntou-me Edward – Se você estiver precisando de ajuda no meio de uma luta, acha que eles vão te proteger como protegem uns aos outros?

— Não, não acho. – suspirei – Mas eu não tenho escolha.

— Claro que tem, nós podemos te ajudar.

— Isso não é uma opção.

— E se na próxima vez você não voltar apenas com uma ferida? E se você não voltar mais?

— Edward, eu estou assustada, mas acredite quando digo que não é nada comparado ao medo de algum de vocês se machucarem por minha causa.

— E quanto a mim? Acha que eu não tenho? Estava quase enlouquecendo hoje quando você simplesmente foi embora, eu não posso te impedir, então você também não pode fazer isso comigo.

— Você não sabe com o que está lidando..

— E eles sabem? Até você dizer algo eles achavam que eram Vampiros, como se nós pudéssemos incapacitar um deles apenas tocando em seu braço.

— Nesse momento vocês são como humanos, apenas alguns entre a multidão, no momento em que me ajudarem vocês mudam de lado, viram o inimigo como eu, acredite não vai ser só você que vai ser afetado, sua família inteira vai – me levantei - Bernard já colocou eles nessa, ele não deveria te-lo feito e tem uma criança sendo torturada por um anjo em sua mente por causa disso, eu não vou colocar mais ninguém nisso.

— Eles não precisam se envolver.

— Um por um Edward, se você matar um deles, mesmo que não peguem você, vão pegar algo que é importante para você. Você não está preparado para perder sua família. – falei, me afastando antes de subir as escadas para meu quarto - E eu também não.

Fim do capítulo 19.

 


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Notas finais do capítulo

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