O italiano escrita por Bruce Kyle


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Tente entender a disparidade entre o título da história e a capa dela.



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Hoje tem sido um dia e tanto; aliás, esse mês inteiro tem sido muito complicado e ao mesmo tempo cheio de emoções. Senta, eu vou te contar com mais calma.

A exatamente quatro semanas atrás eu vi a Laís, e fazia meses que não a via, pois ela estava viajando ...

Perdão! Eu esqueci que nunca te apresentei para a Laís. Mas tudo bem, ela é uma menina bem comum, e é fácil para mim descrevê-la: Ela tem olhos escuros e lábios avermelhados, os cabelos ondulados descem a altura dos ombros e suas bochechas ficam coradas quando as pessoas ficam olhando para ela por muito tempo e as maçãs de seu rosto se elevam visivelmente ao menor sinal de um sorriso.

Ela não é uma dessas garotas malhadonas que param o trânsito quando atravessam a rua, mas não é essa a ironia de todo tesouro perdido? Eles ficam guardados, na verdade escondidos, dentro de um baú bem ordinário.

Acho que qualquer um pôde perceber meus olhos brilharem ao lhe ver pela primeira vez depois de quatro meses, acho que qualquer pessoa num raio de 2 km conseguia sentir minha alegria radioativa. Pena que essa alegria sempre passa rápido, pois nunca sou correspondido, e por isso mesmo tento contê-la apenas para mim. Embora meu peito estivesse pulando de alegria, tudo que expressei foi um contido:

— “Lah!? O que houve?” – “Lah” é o apelido que dei a ela, somente eu a chamo assim – Pensei que fosse passar mais um mês fora da cidade.

— Pois é né, Kel – “Kel” é o apelido que ela inventou para mim quando, depois de algumas semanas conversando comigo, ela se tocou que meu nome é “Kélvin” e não “Kevin” – Tive uns probleminhas por lá e acabei retornando mais cedo.

... Acho que esqueci de avisar que Laís tem um namorado que mora em outra cidade, ele é a razão de eu nunca ter meus olhares e sorrisos retribuído.

Uma semana depois desse encontro e eu ainda não fazia a menor ideia de por que Laís havia voltado um mês antes do previsto. Eu admito que a curiosidade já estava me corroendo por dentro quando o anjo na terra chamado de “Mãe”, veio novamente em meu auxílio.

É claro que eu não queria ouvir a conversa que ela estava tendo com a minha irmã, mas é claro que isso não me impediu de ouvir até o fim.

— Fui na casa da Jane essa tarde, estávamos falando da filha dela.

— Sim. Por que mesmo que a Laís retornou antes do previsto, ela explicou?

— Ela falou em desabafo. Parece que o namorado terminou com ela, como você imaginou. – Respondeu minha heroína, a portadora de boas notícias, conhecida como Mamãe – Mas já sabe né? Não vai falar pro seu irmão!

Eu realmente não achei que essa conversa fosse chegar até aqui, mas aí vai ... eu sou apenas um rapaz de 15 anos apaixonado por uma menina de 19, e já estou nessa situação a 3 anos. Parece absurdo, mas me entenda, nós não escolhemos por quem nos apaixonamos, simplesmente nos apaixonamos. E eu lembro até hoje como toda essa confusão nos meus sentimentos começou.

Havíamos nos inscrito em um curso de francês com vagas limitadas, ela passou e eu não, mas então Laís que sempre foi amiga da minha irmã percebeu minha tristeza e me deu pela primeira vez atenção, quando chegou pra mim com uma ideia dos céus:

— Se quiser eu posso te ensinar francês. É só eu ficar uma aula a frente da sua e vai dar certo.

Dalí em diante passamos a ter uma relação muito mais proxima. Eu passei a vê-la de forma diferente, percebi inúmeras qualidades que lhe deixavam cada vez mais bonita aos meus olhos; queria muito que nossa relação fosse algo a mais do que apenas amizade, e até estava conseguindo ... só que aí ela conheceu aquele italiano, e nosso francês foi as favas.

Acho que dá pra entender minha angustia e felicidade. Ainda estou na expectativa de que nosso francês volte a dar certo, nunca gostei de italiano!


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Notas finais do capítulo

Iaí, entendeu a disparidade?

Espero que a estrutura do texto e o estilo da escrita não tenha deixado a leitura confusa para você.

Obrigado querido leitor.



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