Hanna correu o mais rápido que pode pela calçada, mas não foi capaz de alcançar o carro de Michael. E quando chegou na esquina, gritou com todo o fôlego que ainda restava em seus pequenos pulmões:

— Você prometeu!

Até que perdeu de vista o veículo, que sumiu no horizonte. A pequena garota, que tinha apenas oito anos de idade, parou de correr e deu curso livre para as lágrimas que logo molharam suas bochechas rosadas. Suas pernas pareciam não responder aos comandos que Hanna tentava, inutilmente, dar. E a força foi insuficiente para permanecer de pé. Caiu de joelhos na calçada. O buraco que havia dentro do seu coração era muito grande, e a dor era quase insuportavel.

A mãe de Hanna correu até o local onde a filha ainda estava ajoelhada e a pegou no colo. Limpou seu rosto e a levou de volta para casa.

Hanna se encolheu no colo da mãe e fez o máximo para não mais chorar.

Foi colocada carinhosamente na cama e logo adormeceu, pedindo para que tudo aquilo não tivesse passado de um mal entendido, que quando seus olhos se abrissem pela manhã descobrisse que foi apenas um terrivel pesadelo.