Eu tenho medo de me apaixonar.
Tenho medo de perder a minha pessoa amada. Já perdi minha mãe e não aguentaria perder mais ninguém.
Mas, esse medo não foi o suficiente pra me fazer não me apaixonar.
Me apaixonei ao longo do tempo. Quem diria que uma carta poderia ter nos unido.
Sou extremamente tímida. Sou muito desastrada. Sou insegura.
Ele é jogador de basquete. Ele é Popular. Ele é confiante.
A gente era amigo até o sétimo ano, onde começou a tão sonhada popularidade, então nos afastamos.
Enquanto continue sendo a invisível, ele se tornou popular.
Então como nos apaixonamos?
Aquela simples carta, com todos os meus pensamentos, sentimentos, sonhos, chegou até ele.
Essa ''simples carta'' me gerou muita confusão, e por ela, ele veio até mim.
Quando isso aconteceu, o que eu senti? Medo? Ansiedade? Esperança? Confusão? Eu não sei explicar.
Não esperava me apaixonar por ele. Afinal de contas, eu só conhecia a versão infantil dele. Ele mudou. Todos mudamos.
Tinha medo de relacionamentos. Por isso nunca tive nenhum. Por um longo tempo, eu amei em distancia. E pra falar a verdade, nem era amor de verdade. Não o amor verdadeiro que eu sinto por ele. Talvez os outros era apenas paixão.
Ele namorava minha ex-melhor amiga, me usou pra tentar reconquista-la. Tudo bem, porque eu aceitei ser a ''namorada falsa'' dele? Simples, porque minha irmã envio três cartas, para os meus três ''amores platônicos'', e adivinha só? Edward Cullen era um deles. E eu o beijei quando ele veio até mim, o porque? Simples, outro ''amor platônico'' vinha com uma carta, que escolha eu tinha? Encarar? Não. Não. Não tenho coragem pra isso.
Então aceitei entrar nesse romance falso, mas, quem iria imaginar que eu me apaixonaria por ele. Se eu soubesse não teria entrado nessa. E agora olha só, eu O amo de verdade.
Eu lembro exatamente como era a carta. Lembro exatamente o que eu tinha escrito nela.

Ah querido Edward, como eu o amo, nunca imaginei me apaixonar. Você me deu essa pequena flor de lótus. Essa atitude foi tão fofa. Me abraçou quando ralei o meu joelho. Você se preocupa tanto comigo. Você é o meu príncipe encantado. Mas, não sei se você quer que eu seja a sua princesa. Como você iria querer ter alguma coisa comigo. Você é lindo, é fofo, é engraçado, é gentil, é cavalheiro, consegue me entender com apenas poucas palavras, é sincero, é confiante e eu? Sou igual a todas, nada de interessante, nada que poderia chamar a sua atenção. Ainda quero uma vida com você, mas, não tenho nada a te oferecer. Por um longo tempo eu te amei, espero que seja eterno. Quero que seja feliz, mesmo que não seja comigo.
                                                                                  Com amor Bella!

Aquela carta. Eu tinha 14 anos. Apenas 14 anos. Como saberia que era amor? Depois desse ''amor'', eu me apaixonei por Damon, em um acampamento de verão. Que também escrevi uma carta.
Sempre reli as três cartas, lembrando das sensações que eu sentia em relação aos meus amores.
Quem diria que elas seriam enviadas. Quem enviou? Minhas duas amigas, Rosalie e Alice. Elas sempre me pegavam relendo as cartas, que de tanto verem isso, não aguentaram e enviou elas paras eles, na esperança de que eles poderiam sentir alguma coisa por mim.
No dia que elas me viram saindo do volvo brilhante de Edward Cullen, elas vibraram, e sempre ficavam me perguntando como, onde, come é, sinceramente? Eu contei pra elas, não aguento ficar segurando por muito tempo. Elas acabaram confessando que elas que enviaram as cartas, eu lembro de que vi vermelho nesse dia. Corri atrás das duas e daí começou uma guerra de travesseiros. Foi uma noite divertida. Acabei por perdoa-las. A intenção delas era boa, só não a certa. Eu acho.

Edward queria reconquistar a sua ex-namorada. Tanya Denali, líder de torcida, ela não era a capitã. Rosalie Hale era. O que deixava Tanya vermelha de raiva. Tanya foi a primeira namorada de Edward, e por isso, ele ainda queria ela. Eu não entendo o porque ela terminou com ele, o que foi que aconteceu? Talvez porque ele dorme de meia? Isso não é problema, isso é até normal. Qual será o motivo real disso? Mas deixa quieto, não é da minha conta. 
Onde foi que eu meti? Me pergunto isso todos os dias. Mas, não importa mais. Me apaixonei e o amo. Não tem mais volta.
Eu o acompanhava em festas, onde eu não era acostumada a ir, eu o acompanhava nos jogos, onde eu não sabia o que acontecia, eu o acompanhava em um jantar pra conhecer sua família, ou seja, eu o acompanhava em todas as suas saídas, não todas, talvez a maioria. Eu sabia que tudo era uma farsa, mas, não pude evitar, eu não conseguir evitar. Eu queria que fosse verdade, mas, como dizer isso a ele? Como?
Fomos em uma estação de esqui. Meu pai me disse pra me divertir, e eu acho que ele pensava que se diverti era sinônimo de sexo. Ah, isso foi muito constrangedor. Isso não era necessário. Eu não sabia esquiar, e na ida até lá, não sentei do seu lado, preferi ficar ao lado de Alice, seu namorado não ia, mas, ela decidiu vir por mim, pra me ajudar. Eu não sentei ao seu lado, foi um erro, e Tanya aproveitou e se sentou ao lado dele, tentei ignorar as pontadas de ciúmes que batiam em meu peito, mas, eu não podia fazer nada, eu estava tentando ajuda-lo, e o que nos dois tínhamos não era verdadeiro. A noite, nesse mesmo dia, o vi na hidro-massagem, ele estava esperando por mim, os sentimentos dele estavam tão claros, mas, eu não consegui perceber. Acabamos dando uns amassos naquela hidro, afinal de contas, eu ainda era virgem. Aquele sorriso torto, acompanhado de intensos olhos verdes, deixavam qualquer uma louca, e isso não foi diferente comigo. Lembro de quando a gente decidiu começar com isso, eu fiz um contrato onde dizia, sem beijos, e olha só, estamos nos amassos. Quando eu soube que ele foi ao quarto de Tanya, naquela mesma noite, foi como se meu coração entrasse num moedor, ele foi picado, quebrado, dilacerado, entenda como quiser, e foi por isso que resolvi acabar com a farsa. Foi melhor assim. Eu não estava bem. E ele aparentava não estar bem. Eu o evitava todas as vezes.
Colaram uma foto no meu armário, já sentindo as lágrimas quentes escorrendo pelo meu rosto, eu saí correndo dali, até me colidi com Edward, eu me desvinculei dele, e Alice jogou a foto pra ele. Nunca tinha visto Edward com tanta raiva como naquele dia. Ele me defendeu. Ele ameaçou as pessoas que falacem sobre isso de novo. Mas, eu ainda não conseguia ver seus sentimentos claramente pra mim. Então, continue me afastando.
Eu lhe escrevi aquela carta, e as meninas mandaram. Ele me dava bilhetes, dos quais eu joguei fora, mas, minhas amigas o pegaram e guardaram pra mim. Foi relendo aqueles bilhetes, que eu tomei a decisão de me declarar pra ele. Eu morria de medo de dirigi, mas, nesse dia, eu precisava disso, então peguei minha BMW amarela e fui atrás dele. Tinha escrevido outra carta pra ele, e iria entrega-lá pessoalmente. Atravessei aquela quadra, e fui até ele, assim que ele se virou e me olhou surpreso, mas, me ouviu. E aquelas simples palavras que eu disse, que foi 'eu gosto de você', mudou tudo. Ele disse que estava apaixonado por mim. O beijo que demos em seguida era diferente. Nele tinha saudade, amor, paixão, ele era tranquilo e apaixonado. Eu não queria mais sair daquele abraço, e nunca ficar longe de seus beijos.
Tanya o tinha largado para ficar com um carinha de faculdade, ela sim foi trouxa. Ela perdeu e eu ganhei.
Meu pai ficava imensamente feliz por mim, eu estava saindo com pessoas da minha idade, estava vivendo uma vida adolescente, e não de adulta.
Minhas amigas, ficaram muito felizes por mim, e eu agradeci muito por te-las comigo.