Pelas Ruínas de Um Império escrita por Criomancer19


Capítulo 8
A Cidade do Pecado




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Anteriormente, Odoacro havia conquistado Ravenna e capturado Arthanna, Aurel e Kawada, prendido-os e agora, estava prestes a executá-los em praça pública caso eles se recusassem a se unir a ele.

—Vamos, guerreiros! Eu vou perguntar pela última vez! Irão se unir a mim ou escolherão a morte? -O silêncio dos três se segue. –O seu tempo está acabando. Vamos, logo verão que eu não sou um monstro como Orestes e Aquilius me fez parecer.

Enquanto isso, uma carroça entra pelos portões já abertos da cidade, pilotada por um homem encapuzado. A carroça passa pela praça pública e para lá.

—Ponham-nos de joelhos. –Fala Odoacro para um de seus oficiais que cuidava dos prisioneiros lá. Ele chuta as pernas dos três por trás, fazendo se puser de joelhos. Odoacro desembainha sua espada. –Muito bem. Então vamos começar. –Ele levanta sua espada bem alta e se prepara para desferir um poderoso golpe no pescoço de Aurel. De repente, uma lança é arremessada da carroça com o homem encapuzado e ela voa até a espada de Odoacro, tirando-a de suas mãos. Com o susto daquele imprevisto, um caos se forma na praça. Odoacro irritado saca a espada da bainha de um de seus homens ao seu lado.

—Não sei quem ousou fazer isto, mas apareça. Os três prisioneiros usam aquele momento de confusão para fugir, mesmo estando com os braços acorrentados. A carroça do homem misterioso aparece na frente deles e o homem tira o capuz, se revelando Marcius.

—Vamos, entrem. Depois explicamos.

Surpresa, Aurel dá um enorme sorriso.  –Eu não posso acreditar! Marcius!

—Sim! Eu sobrevivi e não fui o único.

Eles sobem na carroça e vêem Gunnar e Arcmênidas.

—Não pode ser!!! Fala Arthanna soltando uma grande exclamação.

—Mestre Marcius! Não conheço palavras para expressar minha felicidade e alívio em vê-lo vivo. Vocês três!

A carroça corre com tudo em meio ao caos. Guerreiros bárbaros tentam correr atrás dela e alcança-la, arremessando-a lanças, machados e flechas, mas os projeteis não danificam o veículo o suficiente. Eles saem da cidade na maior velocidade possível.

—Não acredito que estou viva! É quase como nascer outra vez! –Fala Arthanna. –Por falar nisto, não estou querendo ser mal agradecida, mas acredito que tenhamos deixado nossas armas, dinheiro e carroças no palácio de Ravenna.

—Sim! Estou sem meus machados. Droga!

—E eu sem minha katana! –Fala Kawada.

—E eu sem meu arco. Me sinto pelada sem meu arco. O que deveríamos fazer? –Pergunta Arthanna. -Acham que voltar lá seria uma boa idéia?

—Creio que não. –Fala Marcius. –É frustrante pensar sobre isto, mas acho que nossa recompensa pela última missão, nossas coisas e nossas carroças estão perdidas.

—Bem, meus amigos, acho que tenho a solução perfeita. Talvez possamos recuperar tudo o que perdemos e nos sentirmos mais livres do que jamais nos sentirmos, se viajarmos para um lugar. Uma cidade.

—Ah, por favor. Diga-me que não está falando da cidade que eu estou pensando. –Fala Marcius.

—Se estiver pensando em Tarnarium, sim, estou. –Fala Arcmênidas.

—Ahh. Aquela cidade não.

—O quê? O que tem Tarnarium?

—Tarnarium é uma cidade sem lei e imoral. Jogos de gladiadores, apostas, brigas de ruas em todo o lugar é tudo que verá lá.

—Por favor, Marcius! Não pense assim! Pense na bebida para todo o lado. Nas putas, no sexo, e no dinheiro fácil para pessoas habilidosas como nós. –Não consigo acreditar que realmente não goste destas coisas.

—Eu só tento não cair em tentações decadentes. Eu sou um comandante de Roma, disciplinado, digno e fiel à lei de Deus. Devo me comportar à altura de tal cargo.

—Haha! A Roma que você acha que conhece já não existe há muito tempo, amigo. Seu grande amigo Janius Petronius está morto e agora um bárbaro comanda o território de Roma. E você pode ter certeza que ele não manterá seu cargo de Mestre dos Soldados, considerando que você lutou contra ele e ao lado de Orestes. Acho que sua vida de antes terminou.

—Lamento decepcioná-lo, Arcmênidas, mas está errado. Odoacro é apenas um maluco ilegítimo com os dias contados no poder. O que ele faz de mim não interessa. Eu trabalho para Zenão e Julius Nepos, as verdadeiras autoridades nesta terra, e tenha certeza de que sou muito estimado por ambos. Meu cargo continuará enquanto qualquer um dos dois ocupar seu trono.

—Haha. Fique em negação o quanto quiser. Sei que gostará de voltar àquela cidade. Especialmente considerando o que eu o vi fazer bêbado lá.

Marcius engole em seco.

—Não se preocupem pessoal. Estamos juntos nesta equipes porque sabemos que podemos realizar grandes coisas juntos! E a primeira delas será conquistar grandes fortunas em Tarnarium. –Fala Arcmênidas.

Enquanto isto em Ravenna.

—Os cavaleiros estão prontos para perseguir os fugitivos, meu senhor. –Fala um oficial para Odoacro. –Devo dar a ordem? Nos os caçaremos até o inferno se quiser.

—Não será necessário, Lotgern. Apenas espalhe cartazes de procurados para eles através da Itália e espalhe a notícia. Além do mais, é só um punhado de guerreiros. O que poderiam fazer para nos prejudicar?

De volta à carroça.

—Tudo bem, me digam: Odoacro matou mesmo Orestes e meu amigo Janius? –Pergunta Marcius.

—Sim. –Fala Aurel. Ele matou Orestes em uma batalha que travamos em Placentia. Depois seu exército seguiu para conquistar Ravenna. Não pudemos fazer nada. Seu exército era mais bem treinado, mais experiente e maior do que o que Orestes conseguiu reunir. Depois que Odoacro depôs Rômulo Augusto, ele deu uma quantia de ouro e o exilou para algum lugar.

—Maldição! É tudo minha culpa! Se eu estivesse nestas batalhas, quem sabe eu teria impedido isto! –Fala Marcius.

—Não se culpe Marcius. As coisas foram como foram. Você não tinha como prever a igreja caindo em cima de você.

—Por falar nisto, como sobreviveram? –Pergunta Arthanna.

—Bem, uma velha senhora achou a gente enquanto escavava os escombros antes que morrêssemos. Ela cuidou de nós em sua casa, nos deu comida e tudo mais. Recuperamos nossas armas, limpamos nossas armaduras e seguimos para Ravenna, onde encontramos vocês negando-se a se juntar a Odoacro. Fico feliz que tenham se mantido fieis a nós por todo o tempo. –Fala Marcius.

—Também ficamos que tivessem voltado. Obrigado. Acho que é a maior prova de que tudo nos levou a formar esta equipe. –Fala Aurel.

—Sim. E assim que tivermos cumprido nosso objetivo, vamos derrubar Odoacro e restaurar o poder do Império Romano e faremos a ordem e a civilização voltar ao mundo!

Eles vagam mais algumas semanas rumo ao sul, até que finalmente, se deparam com os portões de Tarnarium.

—Aqui estamos novamente. Que saudades eu senti. E você Marcius?

Marcius faz uma cara feia em resposta.

Arcmênidas para a carroça no distrito dos bares e desce. Algumas pessoas logo o reconhecem.

—Ah! Arcmênidas! Não pode ser você! –Fala um homem indo a ele.

—Eu mesmo! Rei dos espartanos e maior mercenário desta cidade. E como vão as coisas por aqui? Aconteceu alguma coisa de interessante, Philomenos?

—Bem, considerando que você esteve fora por um ano, sim, aconteceu.

—Um ano? Puxa vida, nem parece. O tempo passou tão rápido.

—Bem, Xahab continua vencendo a maioria das batalhas. Seu amigo dálmata morreu para ele em uma batalha logo depois de você partir. Cirilus matou 13 gladiadores, conseguiu comprar sua liberdade e logo depois comprou 5 escravos. Além disso, alguns mercenários novos se mudaram para cá há algum tempo: um saxão alto e habilidoso. Um cavaleiro sármata, um duelista bretão, uma assassina persa, entre outros. Eles não lutaram muito ainda, mas eles parecem ser poderosos.

—O quê? Cornius morreu? Mais esta! Não posso crer!

—É triste, mas acontece. –Fala Philomenos. –E você? O que fez por este tempo fora?

—Hahaah, Philo, é uma longa história. Primeiro, fui a Roma em uma missão de escoltar o imperador, então quanto percebi, fui capturado por uma tribo de alamanos e logo eu estava em algum lugar da Dácia lutando contra um exército gigantesco de hunos ao lago de alguns estrangeiros que viraram meus amigos. Nós vencemos os hunos, voltamos para a Itália, salvamos o Imperador, mas logo um general bárbaro matou o patrício de Roma, depôs o imperador, conquistou Ravenna e virou o rei da Itália sem que conseguíssemos impedi-lo. Agora viemos para cá fugindo dele. Eu mencionei que perdi meus três leais companheiros nesta aventura?

—Por Deus, Arc, que triste! Já falei que você é um mercenário sem causa nem propósito. Não pode se envolver muito nestes assuntos de política. Será que se você beber algum vinho a tristeza passa?

—Ah meu amigo, se passa! –Ele fala sorrindo.

—Vamos, beba! –Ele fala dando uma jarra de porcelana de vinho para Arcmênidas, que bebe tudo.

—Mas grande aventura, a propósito. 

—É disso que eu estou falando! Venha, pessoal, venham conhecer meus amigos. –Fala Arc para seus novos amigos, chamando-os para o bar.

—Ah, finalmente alguma diversão. Acho que ter saído daquela merda de terra gelada finalmente valeu a pena! Por acaso tem hidromel neste lugar? –Pergunta Gunnar.

—Ficarei feliz em realizar seu pedido, grandão. Garçonete, me vê um copo de hidromel para o bárbaro! Por minha conta.

A servente vai até Gunnar e fala:

—Aqui está, bonitão. Que belos braços você tem hein?

—Gostou, gracinha? São grandes hã? Quer descobrir o que mais eu tenho grande?

—Adoraria.

Aurel se senta ao lado de Marcius.

—Meu pai me ensinou a ser disciplinado. Não cair nas tentações que podem te fazer cair em uma vida decadente. A lutar pela glória de Roma e seguir a palavra de Deus. Foi isto que me fez ser o melhor soldado que Roma produziu nestes tempos conturbados. Eu não posso abandonar isto, entende? Se eu me entregar ao estilo de vida de Arcmênidas, o que me diferenciará de mais um mercenário que luta por dinheiro e glória pessoal apenas? 

—Um pouco de diversão não faz mal a ninguém, Marcius. Vamos. Beba um pouco. Pare pelo menos hoje de pensar em Odoacro e em Roma. –Fala Aurel soltando um sorriso para Marcius. Seus olhos brilham enquanto ela olha para ele.

—Tudo bem, acho que posso tentar. –Ele fala pegando uma taça de vinho e a bebendo.

Algum momento mais tarde Arcmênidas chega numa mesa onde Marcius estava reunido com Arthanna e Kawada conversando e rindo.

—Aí amigos. O negócio é o seguinte: nós vamos participar dos jogos gladiatoriais depois de amanhã e vamos arrasar. –Fala Arcmênidas bêbado.

—O quê!? –Pergunta Marcius.

—Sim sim. É assim que vamos conseguir nossa fortuna para comprarmos armas grandes e boas e podermos matar o Odoacro.

—Agora que estava começando a me divertir você fala o nome deste maldito. –Fala Marcius.

—Desculpe, amigo. Bem, eu nos escrevi para o evento gladiatorial que vai ter. O negócio vai ser grande. Os aristocratas tão apostando dinheiro gordo nisso. Pode ser nossa chance de ficarmos ricos.

—Parece moleza. –Fala Arthanna. –Depois de tudo que fizemos...

—Não fale assim ainda, pequena bretã. Você ainda não sabe contra quem vamos lutar.

—Tá e as armas? –Pergunta Aurel.

—Pois então. Isto não será problema. Conhecem Muitus Brutus? Ele é o maior e mais famoso vendedor de armas da cidade.

—Nunca ouvi falar. –Fala Marciu.

—É isto que ele quer. Vamos ver com eles o que conseguimos!

No dia seguinte:

—Saudações, guerreiros! Eu sou Muitus Brutus. Fabricante e vendedor de armas. Como posso servi-los?

Eles estão em uma rua movimentada diante do homem, vestido em roupas finas e bonitas romanas. Sua loja eram três carroças uma atrás da outra e estavam abertas e cheias de armas de todos os tipos. Haviam espadas compridas, curtas, arcos, adagas, maças, machados, manguais de todos os tipos, chicotes, correntes etc. Haviam dois empregados com ele.

—Nós vamos participar dos jogos na arena amanhã. Precisamos de armas boas. Ouvimos dizer que você é o melhor vendedor da cidade.

—Ah, sim, eu sou. Fabricante e vendedor de armas. Um negócio muito oportuno e próspero em uma cidade com tantos guerreiros e sem autoridade imperial como essa. Eu sou quase tão rico quanto um senador, sem querer me gabar. Talvez um dia até vire um...

—Tá, cala a boca Brutus. Mostre o que tem aí. Queremos qualidade. –Fala Arc.

—Produto de qualidade é comigo mesmo. Venha aqui, moça ruiva. O que você quer? –Ele pergunta a Arthanna.

—Eu perdi meu arco. Gostaria de um novo.

—Há. Tenho a coisa certa para você. A julgar pelos cabelos e as roupas verdes você deve ser bretã. Os bretões gostam de arcos grandes veja aqui. –Ele abre uma porta da carroça cheia de arcos presos. Havia todos os tipos de arcos. –Aqui está. Veja este: 80 centímetros de comprimento. Um arco franco muito bom. Talvez queira um arco recurvo. Vindo direto da Cítia, esses arcos são resistentes e são usados pelos hunos. São capazes de atirar muito mais longe com muito menos puxão. Talvez queira uma balestra. Tenho balestras grandes até pequenas.

—Eu não gostei de nenhum destes.

—Maldição. Então parece que serei mesmo obrigado a te mostrar o grandão. –Ele fala triste. –Era o último do estoque, mas parece que não tenho escolha. –Ele estende a mão para dentro da carroça e puxa um arco de 1,70m de comprimento e os olhos de Arthanna brilha. –Esse... é este mesmo que eu quero!

—Ótimo, aqui está. Mas o preço será salgadinho. Pegue as aljavas também. –Ele se vira para Kawada. –E você, guerreiro. O que você deseja?

—Bem. Eu vim de uma terra longínqua. Portanto, não sei se terá a arma que estou procurando.

—Amigo, eu tenho até a espada do rei Arthur. Diga o que é e vamos ver.

—Bem, é uma katana. É uma espada comprida, levemente curvada e possui apenas um gume. Também possui um cabo comprido para duas mãos.

—Nunca vi um guerreiro por estas regiões usar uma espada assim. Mas está com sorte. Meus escravos fabricam todo o tipo de arma experimental na minha oficina, que por sinal, está ali atrás. –Ele fala apontando para um prédio logo atrás deles. –E esses dias, eu fiz uma arma assim. –Gaius Copannus, vá buscar aquela arma no estoque.

—Sim, meu senhor. –Fala um dos escravos que estava com ele na loja.  Ele vai até o prédio ao lado da oficina.

—E aquele é o estoque. –Fala Muitus.

Logo o homem volta com algo nas mãos. Era uma espada embrulhada com um pano, que ele tira de cima.

—É esta a arma que procura? –Pergunta o escravo a Kawada.

Kawada olha aquela arma e ela igualzinha à sua antiga. Ele fica feliz.

—Sim. É sim. Muito obrigado. –Ele fala se curvando a Muitus.

—Estou aqui pra isso, amigo. Quem mais?

—Eu possuía dois machados que foram tomados de mim. –Fala Aurel.

—Machados duplos. Parece interessante. Mas minha opinião: Isto não funciona muito bem em combate. Acho melhor que use um machado curto e uma espada. Fica mais versátil. E aqui está uma espada magnífica. –Ele fala pegando uma. –Aqui está: uma espada franca de ótima qualidade, forjada pelo meu próprio escravo franco. Robusta, afiada e resistente.

—Tudo bem. Vou levar.

—Ótimo. E para machado, tenho este curto  de aço aqui. Leve e excelente aerodinâmica para arremesso.

—Adoro arremessar. É este mesmo.

—Mais um cliente satisfeito. Ótimo! E o resto de vocês?

—Ah, nós não precisamos. Não perdemos nossas armas. –Fala Marcius.

—Há, mas você, amigo. Eu sinto que você é um homem grandioso e poderoso que luta em nome de Deus. Uma arma muito mais poderosa está destinada a você. Você luta usando uma mera spatha. Eu tenho algo melhor. –Ele fala puxando uma espada muito mais longa que uma spatha e com uma grande guarda cruzada, que fazia a grande espada parecer uma cruz. –Esta espada é feita de uma liga mágica e é indestrutível.

—Mágica? Não são seus escravos que forjam elas na sua oficina?

—Não é o caso desta. Esta espada eu fiz quando viajei à Bretanha. O próprio mago Merlin a enfeitiçou para que fosse indestrutível e que destruísse qualquer outra espada que cruzasse com sua lâmina se empunhada por um guerreiro digno.

Tudo bem... se você diz, eu irei levá-la.

—Muito bem. Bom saber que deixei todos felizes. E você Arc? Não irá comparar nada?

—Não, valeu. Eu tenho duas espadas, uma lança e um escudo. Não preciso de mais nada.

—E eu tenho um machadão grandão que consegui numa luta. Também to feliz. –Fala Gunnar.

—Muito bem. Então vamos às negociações. Eu posso fazer 300 denários pelas armas todas.

—Bem... Sobre isso... –Fala Marcius.

—Acharam muito salgado? Vamos, digam seus preços.

—É que não temos dinheiro agora. –Fala Arcmênidas.

—Ah. Tudo bem. Por sorte, Muitus Brutus faz empréstimos também, com juros ótimos e atraentes.

—Ficamos felizes. Vamos participar dos jogos gladiatórios amanhã. Quando vencermos, viemos aqui pagar.

—Os-os de amanhã? Santo Cristo! Ainda bem que dei as armas certas a vocês. Os de amanhã vão ser pesados e difíceis. Os senadores estão apostando verdadeiras fortunas em alguns guerreiros. Aqueles jogos vão dar o que falar, viu? Desejo boa sorte a vocês!

—Obrigado, Muitus Brutus. –Fala Arc.

—De nada, Arc! Sei que vão conseguir. Se eles lutarem como você, não temos com o que nos preocuparmos.

—Ah eles lutam. Até mais, Muitus.

Algum tempo depois de eles irem embora, uma mulher aparece atrás de Muitus Brutus.

—Olá, Muitus. Eu voltei. 

Ele se vira.

—Ahh! Tamira. Que satisfação tê-la de volta, velha amiga.

A mulher tinha mais ou menos 1,74 de altura, tinha cabelos negros, usava uma roupa justa e com um capuz abaixado. Suas feições eram bonitas e seu nariz era fino e reto, muito bonito.

—Voltei à cidade a negócios. Tenho uma encomenda para você. Uma difícil desta vez.

—Sabe que o que me pedem para construir eu construo.

Ela dá uma folha com alguns desenhos a ele.

—É, talvez este seja mais difícil mesmo. Para que você os quer?

—Eu sou uma caçadora de recompensas, você sabe.

—E de quem você está caçando desta vez?

—Fugitivos do novo governante da Itália Odoacro. Um general romano, uma alamana, um grego, uma bretã, um oriental e um nórdico.

Muitus engole em seco.

—Os amigos de Arcmênidas? Eu acabei de vender armas a eles.

—E daí?

—Arc é meu amigo e você quer matá-lo?

—Você é um vendedor de armas não é? Só se importa com dinheiro e vende tudo que estiverem dispostos a pagar. Pois então faça estas armas.

—Quer saber? Você está certa. As armas estarão prontas até a tarde de amanhã.

—Otimo. –Fala a mulher com um sorriso.


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