Mr. Clichê escrita por BCarolAS


Capítulo 2
Capítulo 2




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Elisabeta acordou antes do despertador. Ainda não conseguia dormir direito. Depois de anos dormindo num estado de alerta constante, era difícil se entregar a uma noite de sono. Por mais que ela soubesse que estivesse tudo bem agora. Por mais que que ela soubesse que eles estavam a salvo, por hora. Ela respirou fundo e escutou um barulho vindo do quarto do filho. Thomas havia acordado, então era hora de levantar, preparar o café.

Enquanto tomava café, ela observava o filho, que estava calado. Thomas havia se fechado, ela reparou. Desde o incidente. Ele falava pouco, e mesmo agora, na mesa do café, enquanto ele segurava os seus bonecos do Hulk e do Thor, ele brincava sem pronunciar uma palavra.

— Então, você está animado para a festa de hoje? Eles irão fazer a festa para gente! Isso não é legal? - O menino deu de ombros.- Parece que vai ter bolo.

— De que? - Ele perguntou.

— Não sei, mas você não está empolgado em descobrir? - Ele deu de ombros, novamente. Elisabeta suspirou.

— Posso ir brincar lá fora? - Ele perguntou.

— Acho melhor, não filho. Você sabe. Até a gente ter certeza que está tudo bem.

— Mas você disse que estava tudo bem agora. Que foi por isso que a gente foi embora!

— Eu sei. Mas nós acabamos de nos mudar. Tenha paciência. Eu comprei algumas coisas na internet, para deixar a casa mais segura. Assim que tudo chegar, e eu tiver instalado, você poderá brincar lá fora. - Mas Thomas ainda estava com o semblante fechado. - Por que você não vai brincar no seu quarto?

— Eu detesto aquele quarto, ele é de menina!

— Ele não é de menina. Ele só é lilás.

— É de menina. Eu sinto falta do MEU quarto.

— Você sabe que nós não podemos voltar. Você sabe o que aconteceria. - Ele cruzou os braços. - Prometo que nós vamos arrumar tudo. Ele vai ficar com a sua cara. Mamãe só precisa encontrar um emprego. Tenha um pouco de paciência, filho. - ele não respondeu, apenas voltou para os seus bonecos. Elisabeta suspirou.

Ela retirou a mesa, lavou a louça. Observou Thomas ir até a sala e ligar a TV. Os móveis, a casa, tudo estava exatamente do jeito que a sua vó havia deixado para a mãe. Ela nunca entendeu porque sua mãe não havia vendido a casa, mas agora dava graças a Deus. O Vale do Café era uma cidade pequena, no interior, cercada de fazendas. Pouca gente havia ouvido falar. Em alguns mapas ela nem existia. E mesmo quando se jogava no google, poucos dos resultados encontrados eram realmente da cidade. Era o local perfeito para Elisa recomeçar. Quando ela precisou partir, no auge do seu desespero, ela não sabia para onde ia. Apenas arrumou suas coisas, o máximo que conseguiu. As coisas de Thomas e saiu. A sorte deles era que eles tiveram um anjo da guarda, que os abrigou, e possibilitou a partida. Foi na casa dele que ela lembrou da casa da avó. Ela ligou para a mãe, como quem não queria nada. Perguntou se estava alugada. Disse que estava pensando em comprar uma casa na região, perguntou se podia dar uma olhada. Lembrou-se que Dona Ofélia disse:

— Nunca quis ir no Vale, agora quer? Menina estranha.

Depois seu anjo da guarda falou que era melhor sua família não saber onde estava. Seria as primeiras pessoas que procurariam. Então ela disse que a mãe tinha razão, que era uma ideia boba. Iria comprar uma casa em outro lugar. Mas foi para o Vale mesmo assim. Das opções que tinha, era a melhor.

Ela arrumou a casa, e espiou pela janela. A rua estava cheia de gente, que ia e vinha. Sabia bem como era uma cidade do interior. As pessoas que viviam ali eram uma comunidade. Num geral, gostavam uma das outras. E se elas gostavam de você, consideravam parte da família. Uma família bem intrometida, era verdade, mas ainda assim uma família. Se não gostavam de você… Você era excluída. Motivo de fofoca. Seus passo passam ser mais vigiados que os dos outros. E ela não queria chamar atenção. Então, por mais que ela não quisesse a exposição, por mais que preferisse ficar em casa naquele sábado, ele iria para festa que a sua nova rua estava fazendo para ela. Era fofo da parte deles, ela pensou. Eles não precisavam fazer nada daquilo. Mas era a forma que encontram de dizer para ela que era bem-vinda. Então ela faria um esforço para ser simpática, se enturmar. Mariko, que estava organizando, já havia ido na casa dela umas três vezes. A primeira, para dar boas-vindas. A segunda, para tentar descobrir algo sobre ela. A terceira, para dizer da festa.

Já havia conhecido boa parte dos vizinhos. Do seu lado direito morava um casal de meia idade, os Rocha. Na frente, era um casal muito simpático, Jorge e Amelia. Eles tinham duas filhas, pouca coisa mais velhas que o Tom. Ao lado deles, morava Mariko e o marido. E o filho Otto, que já tinha vindo chamar o Thomas para brincar, mas ela não deixou. Não ainda, ela pensou. O vizinho do lado esquerdo ela não conheceu ainda. Mariko disse que ele morava sozinho, mas estava viajando. Ela resolveu parar de espiar pela janela, e ir se aprontar. Havia feito uma torta para levar. Não queria chegar de mãos vazia.

— Thomas, vá tomar banho, filho.

— Mas eu estou no meio da batalha!

— Você pode continuar a batalha depois.

— Droga!

— O que já conversamos sobre esse palavreado? Agora vá. Ou eu mesma vou lhe dar banho.

Ele estava passando pela fase que não queria mais que sua mãe lhe desse banho. Dizia que estava grande demais para isso. Ela foi até o quarto dele, onde estavam as paredes lilases, o jogo de cama floral.

— Parece um quarto de menina.

Ela suspirou. Sentou na cama. Tinha um dinheiro com ela, que tinha conseguido juntar ao longo da vida, e foi sagaz o suficiente para sacar. Tinha gastado uma pequena parte. E tinha as jóias também. Poderia pedir para ele vender para ela… Se ela planejava ficar ali, precisava fazer daquela casa um lar para ela e Thomas. Tinha encomendado um sistema de vigilância online, mas precisaria comprar um computador. E por internet na casa. Deus, ela precisava de um telefone, também. Tinha jogado o dela fora. Iria comprar um número de lá. Ela pôs as mãos entre o rosto. Não conseguia não chorar. Vinha segurando o choro há tanto tempo… Ia ficar tudo bem, ela disse para si mesma. Era só ser um pouco cuidadosa. Eles estavam no fim de mundo, ninguém os achariam ali. Precisava seguir com a vida dela.

— Você não pode ficar presa no passado, Elisabeta. - Ela disse pra si mesma, enxugando as lágrimas. - Bola para frente, não pense nisso. Levante a cabeça. Está tudo bem agora. Está tudo bem agora.

— Mamãe? Aconteceu algo? - Thomas surgiu na porta do quarto, enrolado na toalha.

— Oi filho. - Ela enxugou o restante das lágrimas. - Está tudo bem sim.

— Por que você está chorando? - Thomas olhou para o quarto. - Acharam a gente?

— Não, não. Ninguém achou a gente. Está tudo bem. Eu só estava… pensando.

— Estava triste. Eu também fico triste quando penso em casa. Na nossa outra casa, digo.

— Mas não precisa. Nós vamos ser felizes aqui, você vai ver. E estava pensando no que você falou sobre esse quarto. Realmente parece de menina. Então, o que você acha de segunda-feira, depois do seu primeiro dia na escola, nós irmos numa loja escolher uma tinta para pintá-lo? E nós mesmo podemos pintar! Vai ser divertido. O que acha?

— Eu posso escolher a cor?!

— Claro que pode! E vamos comprar uns lençóis novos também.

— Legal!

— Agora vá se vestir que a mamãe vai tomar banho.

Quando ela estava na porta, Thomas disse.

— Está tudo bem agora, mamãe. Já passou. Nós estamos seguros aqui. - Ele repetiu o que ela disse na segunda noite, quando ele teve pesadelos e acordou de madrugada, sem reconhecer o local.

Elisabeta chorou no banho. E disse para si mesmo que era a última vez que choraria. Estava tudo certo agora. Era sua chance, seu novo começo. Ela não tinha porque chorar. Encarou suas roupas. Muitas dela eram sofisticadas demais para uma festa na rua. Escolheu um vestido vermelho escuro, simples, que tinha um decote composto, mangas curtas e um corte reto. Trançou o próprio cabelo e se encarou. Ela parecia bem. Parecia uma mulher de vinte e seis anos de idade, que era séria e tinha um filho. Voltou para o quarto de Thomas e viu que ele tinha posto uma camisa e uma calça social e tentava por a gravata. Ela riu.

— Acho que você está formal demais. - Ele a encarou com dúvida. - É uma festa na rua, você não precisava ter se arrumado tanto. A camisa do homem-aranha serviria.

— É que as festas na rua que a gente ia…

— Eu sei, mas nós vamos mais em nada assim. Vá, ponha uma calça jeans e uma camiseta, eu vou te esperar na sala.

Elisabeta tirou a torta do forno, sentou-se no sofá e respirou fundo. Vai dar tudo certo. É só uma festa dos vizinhos. Thomas apareceu vestindo um tênis e uma camiseta. Parecia um menino normal.

— Agora sim.

— Vamos? Eu vi que eles colocaram um pula-pula!

— Vamos. Mas antes, precisamos lembrar de algumas coisas. Se eles perguntarem seu nome, o que você vai responder?

— Thomas, ué. - Elisa riu.

— Thomas o que?

— Thomas… Silva?

— Isso. E eu sou?

— Minha mãe, ué.

— Tom, eu estou falando sério.

— Elisabeta Silva. Meu pai morreu, nós morávamos em outro estado. Eu sei a história mamãe.

— Ótimo. Vamos então?

Elisabeta e Thomas saíram para rua. Os vizinhos estavam todos perto do final da rua. Era uma rua sem saída, e a casa que ficava ali pertencia a uma senhora, Dona Agatha, e seu marido Vicente. Havia um pula-pula, e Elisabeta concordou com em deixar Thomas ir, desde que ele gritasse se visse algo suspeito. Havia balões, música e uma mesa com bastante comida. Elisabeta se aproximou para por a torta que fez, e Mariko surgiu do nada.

— Elisabeta! Não precisa ter se preocupado! Afinal, é a nossa convidada de honra!

— Eu me senti um pouco inútil, sem fazer nada, e vocês não precisavam ter tido todo esse trabalho por nossa causa.

— Isso aqui? Bobeira! Você precisa ver essa rua no natal. Uma coisa que você precisa saber sobre nós, Elisa, Posso te chamar de Elisa né? Elisabeta é tão grande. E diferente. - Elisabeta só concordou com a cabeça. - Como eu ia dizendo, nós arrumamos qualquer desculpa para dar uma festa. Agora venha, preciso te apresentar as pessoas.

Elisabeta foi apresentada a todos que estava ali. Repetia a história. Sim, era a neta mais velha de dona Rosinha. Tinha um menino, Thomas. Era viúva. Estava ali para um novo começo. Quando se diz que é viúva, as pessoas não fazem tantas perguntas. Tem mais receio de incomodar, de serem impertinentes. Em um determinado momento da festa, quando Mariko finalmente tinha deixado ela em paz pois seu filho mais velho tinha se metido numa briga, Elisa se servia de uma limonada, e observava tudo. Então uma moça ruiva se aproximou.

— Olá. Acho que não fomos apresentadas. Eu me chamo Ludmilla Albuquerque. - Ela estendeu a mão.

— Muito prazer. Eu sou Elisabeta. Você também mora nessa rua? - Elisa achou que não era possível caber tanta gente numa rua não tão grande.

— Ah não. Eu moro duas ruas atrás. Mas estava entediada e sabia que estava tendo uma festa aqui, e eu pensei, por que não? Mas trouxe cupcakes para compensar.

— Eu provei um. Estava uma delícia.

— Obrigada. - Ludmilla sorriu e as duas ficaram em silêncio por um tempo. - E então, o que está achando da nossa pacata cidadezinha?

— Até agora todo mundo parece muito simpático. Bastante solícito. Confesso que ainda não tive muito tempo para andar pela cidade, mas meus planos é de começar segunda mesmo, afinal, preciso de um emprego. E comprar algumas coisas também. Você saberia me dizer qual é o melhor lugar para se comprar um computador aqui?

— Claro. Em Monte Alto. - Elisa a olhou sem entender e ela riu. - Monte Alto é a cidade vizinha. Umas duas horas de van, uma hora e pouca se você for meu amigo destrambelhado. Aqui, o único lugar que vende eletrônicos é a loja da Petúlia. Mas tudo lá é superfaturado e um pouco datado. Então te aconselho a ir para Monte Alto. Se você me passar seu telefone, posso te mandar os horários das vans, o endereço de umas lojas…

— Preciso comprar um telefone também. O meu estragou na estrada. - Elisa lhe deu um sorriso amarelo.

— Garota! - Ela riu. - Mas posso te ajudar com outra coisa também. Que tipo de emprego está procurando?

— Um que pague. Não posso ser muito exigente, imagino que aqui não haja empregos sobrando.

— Não, mas a minha balconista acabou de se casar e mudou para a capital. Não é assim, o emprego mais glamouroso, mas você pode tomar café e comer bolinhos de graça. E eu pago um salário razoável.

— Você está brincando, não é?

— Não.

— Você acabou de me oferecer um emprego? Você nem viu meu currículo, olhou meus antecedentes.

— Você cometeu algum crime que eu deveria saber? - Ludmilla pareceu divertida.

— Não. - Elisa respondeu de prontidão.

— Pois então! Apareça na cafeteria terça-feira, já que segunda você claramente precisa resolver sua vida.

— Por que você está sendo tão legal comigo? - A verdade é que Elisabeta não estava acostumada com pessoas sendo apenas gentis.

— Não sei. Fui com sua cara. Dizem por aí que eu sou a excêntrica da cidade. - Ela apontou para as próprias roupas. Ludmilla parecia ter saído de Woodstock, com seus óculos redondos e longos cabelos vermelhos. - E algo me diz que nós nos daremos muito bem. Minha intuição nunca erra. E já que além de melhores amigas, trabalharemos juntas, me conta mais sobre você.

Elisabeta começou a falar que era dona de casa, antes da morte do marido, que tinha um filho...Quando ela viu uma moto grande surgir no início da rua. O que ela também reparou, foi uma pequena comoção. De repente as crianças pararam de brincar e começaram a apontar, as mulheres se ajeitaram. Algumas arrumavam os cabelos, outras puxavam o decote, até Mariko retocava o batom. E então, a menininha da casa da frente, que estava brincando com Thomas e outras crianças disse alto o suficiente para ela ouvir.

— Olha, o Darcy chegou!

E então todas as crianças correram em direção a moto, seu filho incluso.

— Thomas! Não corra para… - Mas ele não lhe deu ouvidos, apenas seguiu o fluxo das crianças.

— Não se preocupe. Ele não vai correr com a moto. - Nesse instante, a moto parou e o motoqueiro desceu, tirando o capacete e colocando no guidão.- Eu não disse? Darcy está acostumado, ele sabe que as crianças adoram ele e a moto, quando ele entra na rua ele anda a 10 por hora.

— Ah. Quem é ele? - Ela observou o homem estender a mão para o seu filho e apertá-la, e quase quis rir. Thomas era um menino franzino, e perto daquele homem enorme, parecia menor ainda.

— Darcy? Ah, você não ouviu nada sobre ele? Que milagre! Darcy é uma amor de pessoa. - Ludmilla começou, e Mariko se aproximou delas. - Mariko, você já foi melhor com as fofocas da cidade. Não disse nada para nossa nova amiga sobre o Darcy?

— Não? - Mariko tinha os olhos no homem que se aproximava bem lentamente, cercado pelas crianças. - O Darcy é nosso vizinho. Aliás, ele mora na casa ao lado da sua. - Elisabeta assentiu. - Se você não estiver mais de luto, não existe um jeito melhor de iniciar sua vida no Vale que dormindo com ele.

— Mariko! - Amelia se aproximou dela. Ludmilla apenas ria. Elisa arregalou os olhos.

— Ora, Amelia, você sabe que é verdade. Ou não. Talvez você seja uma das poucas mulheres daqui, entre os vinte e os quarenta que não tenham tido esse prazer. O Darcy é uma excelente companhia, e um amante ainda melhor. Mas não espere mais do que isso, está bem?

— Ele está saindo com a Ema. - Amelia argumentou.

— A filha do prefeito… Não vai durar, nunca dura. Mas sério, Elisa, assim que você tiver a oportunidade, não desperdice. É uma delícia andar naquela moto. - Ela deu um sorriso maroto,enquanto o homem se aproximava ainda mais dela.

— E além de mulherengo local, o que mais ele faz? - Elisabeta questionou divertida. O homem parou e cumprimento a dona Agatha. Quanto mais perto ele chegava, maior ele ficava. Ele deveria ter dois metros. E era bonito, é claro. Usava preto da cabeça aos pés, e os óculos escuros a impediam de ver os olhos, mas imaginou que seriam tão escuros quanto o cabelo dele.

— Ah, Darcy é uma espécie de faz tudo aqui. - Ludmilla respondeu. - Oficialmente, ele é o delegado, mas também atua como bombeiro, é um mecânico decente e uma ótima babá. E de vez em quando ele canta no bar do Olegário também.

— Delegado? - Elisabeta questionou. Entretanto, naquele momento, Darcy se aproximou delas.

— Senhoras. - Ele tirou os óculos escuros. E para sua surpresa, seus olhos eram de um azul cristalino. - Você deve ser minha nova vizinha! Sou Darcy Williamson, muito prazer. - Ele estendeu a mão e Elisa ficou um pouco perplexa.

— Elisabeta Silva. - Ela estendeu a mão para ele e ao invés de apertá-la, ele a beijou. Elisabeta lutou contra a vontade de revirar os olhos. É claro que com a sorte dela, ela acabou se mudando para a casa ao lado do delegado.


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Notas finais do capítulo

Quem não adora um mistério?



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