Mr. Clichê escrita por BCarolAS


Capítulo 10
Capítulo 10




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Darcy olhava a cena intrigado. A moça, que era bonita, mas não se parecia tanto com Elisa, olhava de um para o outro com uma expressão confusa, quase chocada. Elisabeta parecia congelada, branca. Rômulo também estava estarrecido. A única pessoa que parecia contente e normal ali, era o Tom que agarrava as pernas da moça morena, e repetia

— Que saudades, tia Ceci.- Mas foi ela que quebrou o encantamento dos três.

— Então a pessoa com quem você tem se encontrado, é a Elisa? Minha irmã?

— Sim! - Rômulo concordou. Mas a cara da Cecília fez com que sua expressão mudasse para a de desespero. - Não! Não do jeito que está pensado, Cecília! Eu não estou te traindo com ninguém! Eu te amo! Eu quero me casar com você. Como pode pensar algo diferente?

— Não tente inverter a situação. Típico dos homens. Você é o réu aqui, Rômulo. O que diabos está acontecendo? Elsia, você não deveria estar na Europa? O que está fazendo nesse fim de mundo? E onde está o…- Darcy sabia que não deveria rir, mas aquela situação estava parecendo cena de uma novela ruim. Quando uma risada engasgada escapou dele, a moça pareceu só então reparar em sua existência ali. - E quem é esse?

— É o Darcy, tia Ceci! - Thomas respondeu.- Ele é nosso amigo. E vizinho.- Darcy acenou para ela, sem saber se deveria fazer mais do que isso.

— Cecília, se acalme. - Elisabeta falou por fim. - Eu não sou amante do Rômulo, pelo amor de Deus! Como você chegou aqui?

— Eu me escondi no porta-malas.

— Do meu carro? - Rômulo parecia estarrecido. Darcy riu de novo.

— Tia Ceci, vocês vão ficar? Quer brincar comigo e com o Darcy? O rômulo ia brincar com a gente. - Cecília olhou para Darcy. Ele sentiu ser estudado por ela. Depois olhou para irmã e estreitou os olhos.

— Darcy… - Elisa foi até ele. - Você pode levar o Thomas para sua casa? Eu preciso conversar com minha irmã. - Darcy inclinou a cabeça, fazendo a pergunta com os olhos: “irmã?” Elisa compreendeu. - Eu sei. Eu juro que vou te explicar tudo, e que eu não tenho direito de te pedir nenhum favor, mas… - Ele assentiu. Talvez houvesse gritos, era melhor para Tom que ele não tivesse aí.

— Você ouviu sua mãe, rapaz. Vamos lá para casa. - Mas para a surpresa de Darcy, ele não foi. Ele se agarrou com mais força as pernas da tia.

— Não quero ir. Quero ficar com a tia Ceci. Faz um tempão que eu não vejo minhas tias, Darcy.

— Eu não vou embora sem conversar com você, meu amor. - A cecília se abaixou para falar com ele. - Mas sua mãe e eu precisamos conversar.

— Vamos, nós podemos jogar uma partida de videogame. Eu faço pipoca.

— Você sempre queima a pipoca. - Ele revidou.

— Eu tenho doritos. - Darcy deu de ombros. Thomas soltou Cecília imediatamente.

— E coca? - Ele foi até Darcy. Ele sorriu e pegou Thomas no colo.

— E M&M. - Ele havia passado a incluir M&M nas suas compras, por causa do Tom. Antes de sair, ele olhou para trás, especificamente para Elisa. Ela olhou para eles e sorriu. Ela disse um “obrigada” com os lábios e ele assentiu.

Enquanto caminhava com Tom para a sua casa, ele pensava que se isso tivesse acontecido alguns meses atrás, ele estaria abrindo seu caderno vermelho com todas as anotações sobre ela, abrindo uma ficha na delegacia. Agora, havia essa estranha sensação de que ela teria uma explicação plausível, e mais do que isso, que ele acreditaria nela. Era engraçado o que alguns meses podiam fazer com você. Então ele levou Tom para sua casa, e eles comeram porcarias, jogaram videogame. Depois ele se arrependeu de ter dado tantas porcarias para ele, porque Thomas começou a correr de um lado para o outro, então ele vestiu o menino com um velho moletom de Charlotte e os dois foram brincar no quintal, com o Rony. Entre as duas casas havia uma cerca viva de  dois metros. Ele desejou que não houvesse nada. Queria saber se estava tudo bem. Se Elisa precisava dele. Mas passou tempo o suficiente até o Thomas se cansar e pedir para entrar. Minutos depois ele estava dormindo no sofá. Ele era uma criança maravilhosa, Darcy ponderou. E então levou o menino para o seu quarto e o deixou dormindo lá. Já não achava que veria mais Elisa aquela noite, quando quase três horas depois, ela bateu na sua porta. Darcy abriu, e viu que ela estava com um casaco de lã vermelho, que parecia fino para noite fria. Seu rosto estava quase da cor do seu casaco. Seus olhos estavam inchados. Ela parecia ter chorado muito, então Darcy fez a única coisa que poderia fazer. A puxou para dentro e a abraçou. Ele sentiu que Elisa resistiu os primeiros segundos, quando não sabia o que estava acontecendo. E então relaxou em seus braços. Ele acariciou os cabelos dela e depositou um beijo no topo de sua cabeça. Ele sentiu ela suspirar. Ele a soltou e ela foi até o sofá e sentou pesadamente.

— Eu te devo uma explicação. - Ela ainda parecia abalada, então ele foia té a geladeira e pegou duas cervejas.

— Você não me deve nada.

— Devo sim. - Ela recebeu a cerveja. Ele se sentou na mesinha de centro, de frente para ela. - Você não foi nada além de bom para mim. Você é um bom amigo, um bom vizinho. O que você faz pelo Tom… E a gente… Eu nem sei por onde começar.

— Que tal respirando fundo? - Ele inspirou e deu um gole na cerveja. Ela o imitou. - Então aquela moça é sua irmã.

— Sim. Cecília. Eu menti quanto a isso. Eu tenho quatro irmãs. Não só a Lídia.

— Eu sei. - Darcy achou que se dissesse a ela que ele já sabia disso, talvez a tranquilizasse. Ela inclinou a cabeça e franziu o cenho e bebeu um pouco mais. - Dona Rosinha havia me dito que tinha cinco netas. E como o Orlando não teve filhos… E também, depois, o Tom me disse isso.

— Onde ele está?

— Dormindo, lá em cima.

— Ah Deus. E ainda tem o Tom nisso tudo. - Ela exalou e bebeu mais um gole. - Tudo bem. Vamos começar do começo. Meu nome é Elisabeta Maria Benedito. - Darcy assentiu. Uma parte dele queria pegar um caderno e sair anotando tudo, mas ele segurou. - Eu cresci numa cidade do interior, outro estado. Ao norte. Longe daqui. Meu pai era professor, minha mãe costureira. Dois anos depois de mim veio a Jane. Mariana nasceu menos de um ano depois de Jane. Dois anos depois nasceu a Cecília, que você conheceu. E por último, a Lídia. Eu já tinha oito anos quando Lídia nasceu. E como você pode imaginar, minha família não tinha muitas posses. Mas a gente se virava bem. Até que a Lídia ficou muito doente. E no começo, lá em Santo Antônio da Alvorada - Darcy sorriu ao ouvir o nome. Tinha nome de cidade muito pequena. - Os médicos não conseguiriam descobrir o que ela tinha. Ficaram diagnosticando ela com anemia, infecção… Até que levaram ela até um médico em Barrado, que é como se fosse Monte Alto daqui, e então diagnosticaram ela com leucemia. Eu sei que você está se perguntando o que isso tem a ver, mas eu vou chegar lá. Eu tinha dezessete na época. Sonhava em sair dali, ir para uma cidade grande, começar a vida, fazer faculdade. O câncer de Lídia foi um baque para todas nós. Ela era tão pequena. Sempre tão contente e animada. Foi arrasador. Minha mãe precisou pegar menos e menos trabalhos, para cuidar dela, mas mesmo assim meu pai me incentivou a ir fazer faculdade. E eu fui. Quando eu estava no terceiro ano de administração, eu trabalhava em uma filial da coca-Cola. Tinha tudo para ser efetivada.Eu era boa. E então Lídia piorou. Meus pais pediram para que eu fosse para casa nas férias, Darcy eu não sabia como ela estava mal. Ela tinha doze anos, mas parecia ter nove. E os médicos acreditavam que só um transplante poderia dar ela alguma chance. Mas o transplante pelo sistema público demoraria, e ela precisava dele urgente. Jane era compatível. - Darcy viu que as lágrimas desciam sem parar. Ela nem olhava mais para ele. Estava distante. - E é aí que entra o pai do Thomas na história. Sal era o pai de um colega de escola meu. Ele sempre dava em cima de mim, quando eu ia para casa dele. Ou em qualquer oportunidade que ele tinha. Eu o achava nojento, eu era o menina. Mas Sal era um dos homens mais ricos de Santo Antônio, se não no fosse o mais rico. E ele estava pretendendo se candidatar a prefeito, queria uma esposa. Ele ficou sabendo da nossa situação, e me fez uma proposta: seu eu me casasse com ele, Sal não só pagaria o transplante, mas todo o tratamento, com os melhores médicos do país. Pagaria a faculdade das minhas irmãs. Eu recusei, é claro. Quem ele pensava que era? - Elisabeta deu uma risada amarga e Darcy sentiu a necessidade de segurar suas mãos. Imaginava onde aquela história acabaria. - Mas então, um tempo depois, Lídia foi internada. Ela piorou muito. Meus pais puseram a casa a venda. Jane largou a faculdade em Barrados e voltou para casa, passou a costurar. Mariana e Cecília… Ceci era pouco mais que uma criança na época. Sempre tão compreensiva… Ela passaram a  vender doces no colégio. Eu vi toda minha família se matando e não estávamos nem perto do dinheiro. Meu pai já havia pego tantos empréstimos no banco… E eu podia fazer algo. Eu podia salvar não só a Lídia, mas minha família toda.

— Então você aceitou se casar com ele? - Elisabeta concordou com a cabeça e encostou a garrafa vazia no chão. Ela olhou para a dele, que estava parada ao lado dele, na mesinha.

— Você vai tomar isso? - Ele negou com a cabeça e ela pegou. - Então sim. E fui até o Sal Vasconcelos. Eu me lembro até hoje o que ele disse. “Eu sabia que você iria voltar, cabritinha.” Ele me chamava assim. - Ela fez uma cara de nojo. - Meu pai foi contra. Seu Felisberto me disse: “Eu sei o que você está querendo fazer, Elisa, e eu não vou deixar. Se você me dissesse que estava apaixonada por ele… Mas ele tem quase cinquenta anos! Você tem vinte! Eu estudei com ele, pelo amor de Deus!” Mas eu fui irredutível. Me casei com o Sal dois meses depois, na igreja da cidade. Meu pai era totalmente contra. Mas ele cumpriu a promessa. Lídia operou aquele ano. E ele pagou tudo. Os melhores tratamentos. Jane voltou para faculdade, Mariana fez vestibular… Minha família se mudou inteira para a capital.

— Você ficou com ele?

— Ele não era um marido ruim no início. - Ela ponderou. Mas Darcy captou aquele comentário. “No início”. Ele se mexeu, inconfortável. - Eu engravidei logo, e a campanha dele na cidade começou. Ele parou de me procurar na cama, e eu achava que era pela gravidez, mas sinceramente, não fazia diferença para mim. Normalmente eu só ficava lá deitada, e ele fazia o resto. Não que ele fosse uma pessoa feia, ou um velho babão. O Sal era até bonito para a idade dele. Mas quando o Tom nasceu, ele já estava eleito e ia assumir a prefeitura meses seguintes. E depois que ele se tornou prefeito, ele mudou. Ele se tornou distante, agressivo. Ele nunca sequer segurava o Tom no colo. Se ele estava no mesmo lugar que o menino e ele começava a chorar, ele mandava tirá-lo dali. Ele se tornou controlador, obsessivo. Até as minhas roupas precisavam ser aprovadas por ele. - Elisa se calou. Ela estava distante, sua voz estava trêmula. Ela parecia até mais pálida.

— Elisa, ele… ele te machucava? - Elisa o olhou nos olhos. E ela não precisava ter dito nada, porque estava tudo ali, toda a dor, o medo. Em seus lindo olhos verdes.

— Era mais frequente o abuso verbal. Nada do que ele me fez se compara a como ele esmagou me espírito. Eu vivia com medo Darcy, de que ele pudesse fazer algo contra minhas irmãs, contra meu filho. Se você tivesse me conhecido antes… Eu me pego pensando nisso sempre, sabe? Se você tivesse me conhecido antes! Eu era um espírito livre. Eu era aventureira, divertida… Provavelmente eu já teria convencido você a me ensinar a andar de moto. Ou aparecido nua na sua porta. Você teria me adorado.

— Eu te adoro agora. - Ele segurou suas mão entre as deles. - Eu te adoro agora, Elisa. - Ela sorriu para ele, mas tirou as mãos da dele, para que pudesse enxugar as lágrimas.

— E então, quando ele morreu, eu fugi. Veja, o filho mais novo dele era muito parecido com ele. E ex-mulher dele estava sempre presente. Eu não queria Tom sob sua influência, crescendo e se tornando como ele. E então eu menti para todo mundo, inclusive para minha família. Ninguém sabia o que acontecia, o que eu passava. Se meu pai tivesse descoberto, ele teria matado o Sal, Darcy. E a vida dele não valia meu pai sujar as mãos. Então eu sempre escondi. Não queria que Lídia ou minhas irmãs se sentissem culpadas. Foi minha decisão, minha escolha. Então elas achavam que eu estava na Europa. O Rômulo nos ajudou a fugir, a mudar de nome. A recomeçar. Era só isso que eu queria, para mim e para o meu filho. Uma chance de recomeço. - Ela o encarou. - Por isso a Cecília surtou, por isso as câmeras de segurança.

— Faz sentido. - Ele queria dizer mais, mas ainda estava processando a história. Era muito. Elisa ficou o olhando e de repente levantou.

— Eu preciso ir. Você pode pegar o Tom para mim? Minha irmã e Rômulo vão dormir aqui hoje.

— Você contou tudo a ela? Como me contou?

— Sim. Ela gritou, chorou. Brigou comigo por nunca ter contado nada. Me abraçou, nós duas choramos. Depois ela me obrigou a ligar para as minhas irmãs e contar tudo a elas. Então tudo se repetiu. Lídia está se sentindo péssima, Mari está furiosa, Jane quer pegar o primeiro ônibus para cá. - Ela deu uma risada. - Se uma moça loira com rosto angelical aparecer por aqui, já sabe.

— Ei, vem cá. - Ele puxou ela para outro abraço. - Está tudo bem agora. Isso tudo ficou no passado. Você recomeçou. Ele não pode mais feri-la. Eu jamais faria qualquer coisa para machucá-la, está bem? Eu preciso que você saiba disso, Elisa. Você está a salvo comigo. - Darcy sentiu as lágrimas dela molharem sua camisa.

— Você acha que pode me perdoar? Por ter mentido, por ter escondido tudo isso esse tempo todo? Talvez um dia? Eu entendo se você não quiser mais olhar na minha cara, mas não desconta no Tom, por favor. Você ocupou um lugar na vida dele, que sempre esteve vago. Ele te idolatra, e eu…

— Ei, ei. Senta aqui comigo, vai. - Ele puxou Elisa para o sofá. Passou um braço sobre o ombro dela e a pressionou contra o seu peito. - Eu sempre soube que você escondia algo. E agora que sei de toda a verdade, eu entendo. Elisa, você foi uma heroína. - Ela balançou a cabeça negando. - Foi sim. A única coisa nessa história que eu não posso perdoar é esse filho da mãe ter ido para a terra dos pés juntos e eu não ter tido nada a ver com isso. Vou passar o resto dos meus dias sonhando em dar uma surra nesse desgraçado. Agora se acalma um pouco, antes de pegar o Tom. Ele estava muito ansioso. Me conta um pouco das suas irmãs. Você tem foto delas? Estou curioso.

Então Elisa pegou o celular, e abriu o instagram das irmãs, uma a uma. E contava um pouco para ele sobre elas. A doce Jane, que era psicóloga, paciente e gentil. Mariana, que era geóloga e estava sempre viajando, em alguma caverna do Brasil, explorando, pesquisando. E então Cecília, que estava terminando a graduação em direito, queria trabalhar como investigadora, estava noiva do Rômulo. Eles se conhecem desde sempre, Elisa falou. Ela ainda ficou ali, abraçada a ele por um tempo, antes deles irem até o quarto dele, pegar o Thomas e eles o levarem até a casa da Elisa. Ele parou na porta.

— Foi um dia muito estressante para você. Se quiser posso ligar para a Lud e dizer que você precisa descansar amanhã. Ela vai entender. Você tira o dia para curtir sua irmã, matar a saudade.

— É uma boa ideia. - Ela pensou. - Mas acho que eu mesma vou ligar. E contar a ela. - Ela suspirou.

— Faz isso amanhã. - Ele massageou o ombro dela. - Hoje foi exaustivo demais.

— Eu não tenho palavras para…

— Não ouse me agradecer. - Ele a interrompeu. - EU não fiz nada. Eu só te escutei. Isso é o mínimo Elisa. Mas tudo bem. Eu entendo agora. Pode deixar que eu vou lhe mostrar tudo que você merece.

— Ah é? - Ela sorriu e deu uma checada em Thomas, que dormia em seu colo. - E o que eu mereço?

— Tudo. Você merece tudo. - Darcy deu um beijo em sua testa e em Thomas e depois foi para casa.

— Ah, Darcy. - Ela apareceu alguns segundo depois na porta, fazendo ele parar no meio da caminho.

— Cecilia e Rômulo vão dormir no meu quarto hoje. Nada de show. O espetáculo é só meu. - Ela sorriu e ele assentiu.

Ele não conseguiu dormir. Ficou deitado, pensando em tudo que ela lhe disse. Imaginando Elisa presa num casamento sem amor, com medo do marido, do filho do marido. Imaginou ela apanhando, sendo humilhada, se sentindo sozinha. Ele levantou e começou a fazer exercícios. Havia visto pessoalmente, alguns casos de abuso, violência doméstica. Como aquilo poderia devastar uma pessoa. E toda vez que ele imaginava ela passando por aquilo, uma raiva crescia nele. Darcy se exercitou até ficar exausto. Pegou no sono assim que deitou, e sonhou com Elisa sendo agredida por um homem sem rosto, e ele podendo fazer algo a respeito.


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Notas finais do capítulo

Sei que dei uma sumida, mas fim do semestre, ta dedo no cool e gritaria. Se vcs não abandonarem, eu não abandono.