Divinos & Profanos - Coleção de Fanfics escrita por Odd Ellie


Capítulo 29
A Lareira (Hestia & Self Insert Character)




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N/A : Pov em segunda pessoa. Esse capítulo também foi postado na minha coleção de contos originais "Mundos Escondidos"

O Café ficava em uma das ruelas menos movimentadas do centro cidade, do tipo que a maioria, mesmo aqueles que tinham crescido na cidade, só tinha passado uma ou duas vezes. Ou nenhuma até. Mas uma vez que passassem eles tendiam a voltar. Ou ao menos isso é o que aconteceu com você e com todos os outros patronos do lugar com quem você já conversou. Esse é o seu lugar favorito e o de muitos deles também. 

Era comum que a maioria na primeira vez passasse pelo café sem entrar, mas era raro que este não fosse notado, os pedestres passavam apenas olhando brevemente pelas janelas para seu interior. Também era comum que o Café voltasse para a mente destes nas horas mais estranhas, as paredes de tijolo terracota e o piso de madeira escura flutuavam por sua mente, assim como a visão breve da torta alemã e pudim de nozes por trás do vidro do balcão ou os madeleines recém saídos do forno que era possível ser visto pela porta que levava a cozinha. As vezes ficava por tanto tempo que não havia nenhuma escolha além de ir a Café apenas para tirá-lo da cabeça. Só aí eles notavam o nome por cima "A Lareira" e havia realmente uma lareira no canto mas essa só era vista se você entrasse no lugar. O lugar parecia maior por dentro do que por fora, mas muitos poucos notavam isso. Algo que era notado no entanto é que sempre estava confortavelmente quente dentro do Café não importando qual a temperatura estivesse do lado de fora. Alguns dos seus patronos já tinham notado essa peculiaridade, e comentado com a dona do local e alguns dos empregados do lugar, tal comentário geralmente recebia um leve sorriso se fosse direcionado a dona e talvez até uma resposta como :

"Obrigada, eu tento fazer esse lugar o mais acolhedor possível" 

Era difícil dizer exatamente qual era a idade da dona do local, alguns diriam 25, mas outros talvez lhe dariam uns 35 ou até 45, ela tinha um rosto daqueles que fazia todas as possibilidades parecerem igualmente prováveis, embora não fosse difícil dizer que ela era bela com pele cor de oliva, olhos e cabelos castanhos e um sorriso grande e branco que ela apresentava com frequência para o mundo. Alguns talvez adivinhariam que ela era mais velha pelos seus sobrinhos que trabalhavam no café ou viviam com ela no apartamento em cima deste. 

O horário de funcionamento do Café era das oito da manhã até as oito da noite, mas não era tão incomum assim para que seus patronos mais frequentes o encontrassem aberto um pouco mais cedo ou um pouco mais tarde, mas apenas se fosse em um dia em que eles realmente precisassem de uma bebida quente ou de um sorriso amigável do outro lado do balcão. 

Havia um total de sete mesas de madeira, as do centro com seis lugares e a dos cantos com dois, sendo que uma terceira ou até uma quarta cadeira poderia ser encaixada caso fosse necessário. E mais cinco cadeiras altas ao redor do balcão. Um sofá e três poltronas no fundo que possivelmente eram o lugar mais cobiçado do local já que ficavam ao redor da lareira. 

E era no sofá onde você estava sentada na tarde em que a dona do Café se sentou ao seu lado. 

“Quando eu fiz o seu frappuccino me deu vontade de tomar um também” ela diz. 

“Está muito bom” 

“Obrigada”

“Como a nova garota está se saindo ?” você diz se referindo a moça loura atrás do balcão que tinha começado semana passada. A que a dona havia te apresentado como sendo uma sobrinha, outra sobrinha. Aqueles que trabalhavam no Café quase sempre eram sobrinhos, primos ou parentes mais distantes da dona, eles geralmente só trabalhavam lá por alguns meses e aí partiam. 

“Bem eu acho, ela não está muito acostumada ao trabalho...é difícil para eles as vezes” 

“Como assim ?”

“Nossa família costumava ser bem mais poderosa, foi há muito tempo atrás, mas alguns deles ainda não se acostumaram ao jeito que as coisas são agora”

“E você ? Você se acostumou ?” 

“Sim eu acho. Mas um lugar confortável e minha família ao meu redor sempre foi o suficiente para mim” 

“Mas eles continuam indo embora” você diz e você se arrepende assim que as palavras saem da sua boca, você não geralmente diz coisas que podem machucar outros, e dizer algo que faria com que ela em particular se sentisse mal para você sente pior de uma maneira “Eu sinto muito, isso foi idiota e-”

“Tudo bem” ela diz colocando a mão sobre a sua, fazendo seu pânico passar “E verdade, eles vão embora, mas eles voltam também, e eu fiz um lugar aqui onde a lareira sempre está acesa e onde eles podem se sentir em casa novamente, não é um palácio no céu, mas é um lar” 

“Eu ainda sinto muito por ter dito, foi rude” 

“Então eu te perdôo” ela diz e sorri. 

Você paga seu café e você deixa a Lareira, mas até até o final do dia você se sente aquecida por dentro. 

 


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