Dear Lover escrita por ladyenoire


Capítulo 1
So Good


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Depois de ter terminado os vestidos que eu precisava entregar amanhã para as irmãs gêmeas da Alya, olhei para o relógio e notei que estava quase na hora da patrulha marcada com meu parceiro.

Ia esperar um pouco enquanto mexia no celular, mas lembrei que horas antes, Adrien tinha vindo no meu quarto como Chat Noir, me ajudou a costurar, me beijou e simplesmente foi embora depois disso.

Ele não podia fazer coisas do tipo. Eu precisava me vingar – claro que não fazendo algo ruim, era uma vingança boa.

Fui até a cozinha e coloquei dois croissants numa sacola de papel. Tinha prometido um a ele se me ajudasse com os vestidos. E a prova concreta de que ele me beijou e depois fugiu, foi que ele nem se lembrou do croissant. Ou seja, se sua intenção não fosse fugir, Adrien teria exigido seu “pagamento”.

Tikki, spots on!— me transformei e saí pela janela, na direção da casa de Adrien.

Assim que cheguei no prédio em frente, notei que ele estava deitado em sua cama, provavelmente conversando com Plagg.

Então, usando meu ioiô, entrei pelo vidro aberto de sua janela. O loiro se assustou com a minha entrada repentina e levantou apavorado.

— Ah, é você! – fiz uma expressão falsa de ofendida.

— Nossa, é assim que você me recebe?

— Na pior das hipóteses poderia ser um akuma. Não se entra assim no quarto dos outros. – ri, já que ele fazia exatamente isso na minha casa.

— Irônico, não é, Chat Noir?

— Eu posso.

— E por quê? – Adrien ficou de pé e se aproximou. Sabia que ele tentaria me deixar constrangida mais uma vez, no entanto, agora eu era a Ladybug, não a Marinette.

Tudo bem, eu sei que somos a mesma pessoa. Mas Adrien era apaixonado pela Ladybug antes de se apaixonar pela Marinette e do mesmo jeito que eu ainda agia com cautela com ele sem a máscara, ele fazia o mesmo comigo com a máscara.

— Porque eu sou incrível! – disse com um sorriso convencido e eu me aproximei mais ainda do seu rosto.

— Não mais do que eu! – Adrien ficou com as bochechas levemente avermelhadas, surpreso, não imaginando essa reação vinda de mim. – Aqui estão seus croissants. – entreguei a sacola de papel pra ele – Já que você fugiu antes de eu conseguir te pagar. – saí da frente dele, e fui na direção da sua cama.

— E-Eu não fugi. – ri percebendo que ele tinha gaguejado. Então minha visita como Ladybug tinha funcionado.

— Tudo bem, se você diz. – dei de ombros e sentei na sua cama.

— E longe de mim reclamar, mas o que está fazendo aqui? Aposto que não veio só me entregar os croissants.

— Vim porque mais tarde temos uma patrulha marcada e como terminei os vestidos antes...

— Você vindo mais cedo? Vai chover?

— Há há há! – dei uma risada falsa – Mas tudo bem então, se não quer minha presença eu posso ir embora! – levantei dando de ombros e Adrien segurou o meu braço.

— Não, eu não d-disse isso. – segurei a risada. Era muito engraçado ver o efeito que eu estava causando nele, o mesmo efeito que ele adorava causar em mim.

— Então você quer que eu fique? – pude ver que ele paralisou, não conseguindo responder, embora eu já soubesse o que ele pensava. – Na verdade sua resposta não importa muito, vou ficar de qualquer jeito.

Outh! Decidida. – abriu a sacola e começou a comer – Estão incríveis!

— Ei, eu também quero. – Plagg veio em sua direção e Adrien acabou dividindo com o kwami – Perfeição! – elogiou, nos fazendo rir.

— Então... Você quer esperar até a hora de irmos ou quer fazer algo? – disse com a boca cheia. Era engraçado, porque ele tinha esse hábito apenas com quem se sentia confortável, pois quando éramos apenas dois amigos comuns, Marinette e Adrien, ele não falava de boca cheia nunca. Como Ladybug e Chat Noir vi ele fazer isso algumas vezes e agora era bem frequente. Não que me incomodasse, na verdade eu me sentia contente por ele se sentir confortável comigo a ponto de ser ele mesmo.

— Na verdade estava pensando em tirar um cochilo na sua cama que é claramente muito mais macia que a minha. – disse me jogando para trás – Eu estou tão cansada!

— O akuma da madrugada deu trabalho, não é?

— Aham. – admiti, pois era a mais pura verdade. Se até Tikki estava cansada demais, imagina eu.

— Pode tirar quantos cochilos você quiser nessa cama. – ele falou com um tom de falsa inocência, me fazendo sorrir.

— Vou pensar se eu quero.

— E o que te faria querer?

— Você aqui ao meu lado, talvez. – ficou em silêncio. Não pude ver sua reação, pois ainda estava deitada, mas aposto que ele estava com as bochechas rosadas.

Me segurei para não rir, era tão gratificante saber que eu causo esse efeito nele.

Adrien sabe que eu sei que ele me ama – afinal ele mesmo dizia antes de descobrirmos nossas identidades e agora não é muito diferente. Mas a parte chata é que eu ainda não tive a coragem de dizer que amo ele também.

Nós dois estamos nesse limbo há um bom tempo, só que com ele me dando cantadas à todo momento. Inclusive, ele até me beijou hoje mais cedo e fugiu, não esqueci disso. No entanto, agora era a minha vez de retribuir isso.

Marinette provavelmente não teria coragem, mas Ladybug sim. É incrível o que uma simples máscara pode fazer – vale o mesmo para ele como Chat Noir.

— Hum, olha só que interessante! – disse ainda deitada, vendo algumas fotos minhas como Ladybug coladas na parede atrás da sua escrivaninha. – Encontrei um fã.

— A-Ah isso! – gaguejou de novo e foi até as fotos – Não é nada, eu só... – parou de frente para mim, meio que tapando as imagens – Bem, é que somos parceiros. Então... Você sabe. Hum, tipo isso! – não entendi absolutamente nada do que ele quis dizer e me perguntei se era assim que eu agia falando com ele antes. Porque se fosse, meus Deus!

— Ok, se você diz. – não quis estender o assunto de fotos coladas na parede do quarto, já que afinal, não muito pouco tempo atrás eu tinha as fotos dele coladas na minha parede também. Embora tivesse que tirar, por conta das vistas repentinas de Chat Noir. Mas por que ter fotos se eu posso admirar o Agreste pessoalmente mais vezes?

— Tem certeza que não quer sair um pouco antes para a patrulha?

— Está me expulsando?

— Não, claro que não. É que quanto mais cedo sairmos, mais cedo voltamos.

— Não estou com pressa. Você está? – ele negou – Então vem. – dei leves batidinhas no colchão, indicando para que ele deitasse ao meu lado.

Pude ver Adrien engolir em seco e congelar, entretanto depois pareceu se acostumar com a ideia e foi até sua cama. Sentou e depois deitou lentamente ao meu lado. O loiro não me encarou nem uma vez, ficou olhando para o teto.

— Preciso te fazer uma pergunta muito séria. – agora ele me olhou, atento.

— F-Faça. – me segurei para não rir da sua reação e refleti por alguns segundos se continuaria a conversa fazendo a pergunta. Por fim decidi que sim, já estava na hora.

— Se você tivesse um segredo e precisasse contar para alguém... Digo, não que precisasse, mas que se contar para alguém tiraria um peso das suas costas, você contaria pra quem? – Adrien voltou a fitar o teto e parou para pensar. Pude ver seu peito subindo e descendo numa respiração calma.

— Eu contaria para alguém de confiança. É meio óbvio. – disse sem me encarar.

— Sim, é claro. Mas eu quis dizer, pra quem, especificamente, você contaria o segredo?

— Depende do tipo de segredo.

— Entendi. – fiquei em silêncio por alguns segundos – Se você tivesse um grande segredo, contaria ele pra mim?

— É difícil de esconder algo de você, então sim. Na verdade, não só por isso, você é muito confiável. – disse rapidamente.

— Obrigada.

— Mas eu acredito que não tem mais segredos entre nós, então...

— Na verdade tem sim. – Adrien virou sua cabeça e me encarou, um pouco surpreso – Ainda existe um pequeno segredinho.

— E qual seria?

— Hum... Tem a ver com o garoto pelo qual eu sou apaixonada.

— Ah! – virou o rosto meio triste, já que na cabeça dele, esse garoto era o Luka.

Esperei alguns segundos e depois rolei na cama ficando por cima dele, deixando nossos rostos bem próximos. Adrien arregalou os olhos e suas bochechas ficaram quase da cor do meu uniforme.

— Você quer saber o nome dele?

— N-Não. – ri, ele ainda achava que era Luka.

— Que pena, mas eu vou dizer mesmo assim. – aproximei meu rosto ainda mais, quase tocando nossos lábios – Eu não tive coragem de contar pra ele, embora eu seja apaixonada por ele faz um bom tempo. E bem, o nome dele é Adrien Agreste. Ele também atende por Chat Noir. Você o conhece? – o loiro apenas assentiu vagarosamente, estava quase sem reação. – Ah que ótimo! Então diga para ele que da próxima vez que ele me beijar e fugir, serei obrigada a atirar ele do topo da Torre Eiffel, tá bem?

— A-Aham. – fiz menção de o beijar, porém logo saí de cima dele e fiquei de pé.

— Pronto. Agora vamos para a patrulha?

— O quê? – Adrien sentou na cama – M-Mas assim... Como você... Você não pode fazer isso! – ri e pisquei.

— Ah sim, eu posso sim! E ainda gostaria de dizer que a vingança é doce, assim como os seus lábios.


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO: Essa é uma continuação de Nothing Feels Like You (oneshot Marichat). Como eu disse antes, eu vou fazer uma oneshot de cada shipp do quadrado amoroso. E cada uma delas funciona como uma história separada, mas se vocês lerem em ordem também funciona como uma só.

Espero que tenham gostado e obrigada por terem lido ♥ xoxo



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