Nothing Feels Like You escrita por ladyenoire


Capítulo 1
I Want


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Adrien estava insuportável depois que descobrimos nossas identidades. Na verdade não insuportável, mas todo dia vinha uma cantada nova, sorrisinhos e ele adorava me deixar sem graça, principalmente na frente dos nossos amigos.

— Você é desprezível! – xinguei ele assim que entrou pela janela do meu quarto, graças ao seu traje de Chat Noir.

— Ei, eu acabei de chegar é assim que você me recebe? – ele riu – E o que eu fiz dessa vez, hein?

— Ah, não sei... Que tal ficar me dando cantadas na frente da Alya e do Nino? “Você não é pescoço mais mexeu com a minha cabeça”! – imitei a voz dele e me aproximei brava. O loiro recuou enquanto ria. – Você me deixa constrangida! – Adrien sorriu de lado.

— É que eu gosto quando você deixa o tom do seu rosto igual ao tom do seu traje de Ladybug. – bati o pé no chão e desviei o olhar – Bem desse jeito que você está fazendo agora!

— Adrien! – ele começou a rir e se jogou na minha cama.

— Fica calma, my lady. Não é nada demais.

— Não é nada demais para você que já não sabe mais o que é ter vergonha na cara.

— Essa doeu! – disse agora sentado, com a mão sobre o peito – Mas não é uma total mentira. – deu de ombros.

Adrien olhou na minha direção e notou a minha expressão de “o que eu fiz para merecer isso?”. Em seguida ele ficou de pé, veio até mim e aproximou seu rosto do meu, ficando um pouco abaixado para fazer isso, já que ele era mais alto.

— O q-que você está fazendo? – falei um pouco nervosa com a aproximação repentina.

— Só queria testar se você me daria um soco caso eu me aproximasse.

— Você quer que eu te dê um por acaso? – o loiro segurou os meus pulsos, por mais que eu não tivesse mexido eles.

— Não, não. Mas eu quero me desculpar, não imaginei que meu comportamento te deixasse tão irritada. – suspirei.

Na verdade eu não ficava irritada com as coisas que ele dizia. O que me irritava era ficar constrangida por causa delas.

Sempre agi normalmente com as cantadas de Chat Noir, mas ouvir elas de Adrien parecia completamente diferente. Obviamente eu já tinha me acostumado que os dois eram a mesma pessoa, assim como ele com a ideia de eu ser a Ladybug. No entanto, ainda sim parecia estranho dizer, por exemplo, que Adrien Agreste estava agora mesmo no meu quarto – e não era em fotos na parede, que aliás, eu tratei de tirar na sua primeira visita como Chat Noir depois que descobrimos nossas identidades.

— Tudo bem, eu não fico tão irritada assim! – o loiro sorriu.

Adrien e eu viramos grandes amigos depois daquele dia. Ele tinha consciência que eu sabia da sua paixão por mim – afinal, ele mesmo confessou várias vezes como Chat Noir para Ladybug –, e por isso não pensava duas vezes antes de dar alguma cantada. Entretanto, ele não fazia ideia que eu também sempre fui apaixonada por ele. Não tive coragem de contar.

Em uma das nossas conversas recentes, descobri que ele acredita que eu gosto de Luka. O que não é uma total mentira, já que de fato eu gosto um pouco do garoto de cabelos azuis. Mas o meu sentimento por Luka não se compara ao que eu sinto por Adrien.

Então eu acredito que seus esforços tenham a ver com Adrien achar que pode fazer com que eu retribua o seu sentimento. Só que o que ele não sabe, é que eu já retribuo faz um bom tempo. E embora seja muito mais fácil conversar com ele agora, eu simplesmente não encontro a coragem para dizer que também o amo.

— E sobre os trocadilhos? Você acha que devo parar? – eu ri ao mesmo tempo que achei fofo ele pedir minha opinião sobre isso.

— Por mais que as vezes você não saiba o momento certo de usá-los, trocadilhos são a sua marca, gatinho. Não pode ficar sem eles. – foi a vez de ele rir.

— Você tem razão, Bugaboo!— minha expressão se tornou séria.

— Ok, esse trocadilho você poderia parar de fazer.

— É a minha marca, não poderia ficar sem. Você quem disse. – ele piscou e se afastou.

— A minha fala foi usada contra mim. – ironizei. – De qualquer forma, vou perdoar você por me dar esse apelido.

— Vai mesmo?

— Sim. Mas você precisa me ajudar em uma coisa. – Chat Noir sorriu de lado.

— No que você quiser. O que precisa?

— Que me ajude a costurar. – o sorriso dele se desfez, me fazendo rir.

— Marinette, você sabe que eu sou desastre nesse tipo de coisa!

— É um desperdício você ter um pai estilista. – brinquei e Chat Noir fez uma careta.

— Digo o mesmo sobre você ter pais padeiros e não ter me trazido um croissant até agora.

— Como se você não tivesse comido uns vinte só nessa semana. – cruzei os braços e encarei o gato que deu um sorriso envergonhado – Agora vem me ajudar de uma vez que aí talvez, talvez, eu posso pensar no seu caso e dar um pra você levar pra casa.

— Era tudo o que eu queria ouvir. – disse e sentou no meu divã como se fosse uma criança esperando pela tarefa – O que você quer que eu faça?

Sorri e acabei por dividir as tarefas entre mim e Chat Noir, deixando as mais fáceis com ele.

Precisava entregar dois vestidos para as irmãs gêmeas da Alya amanhã. No entanto, acabei atrasando por conta dos akumas que Hawk Moth mandou só pra me dar dor de cabeça. Pelo menos um dos vestidos já estava pronto, só faltava o outro.

Enquanto costurava, olhava de relance vez ou outra para Adrien. Era muito engraçado vê-lo fazendo esse tipo de coisa, já que ele estava trajado de Chat Noir e não levava jeito mas era visível que estava se esforçando.

Meu coração bateu levemente mais rápido com a sensação de estar ali com ele fazendo algo tão simples, mas que fazia eu me sentir tão bem.

Demos uma pausa para o lanche, já que faltava apenas uns detalhes para terminar e eu deixei um cookie ao lado da almofada que Tikki dormia calmamente desde que Chat Noir chegou. A pobre kwami estava muito cansada, pois o akuma que tivemos que enfrentar na madrugada deu bastante trabalho. É claro que eu estava igualmente cansada, entretanto, infelizmente não podia deitar e dormir como ela.

— Acho que estou pegando o jeito! – disse Adrien com a boca cheia. – Se continuar assim vou ser tão bom que vou fazer minha própria marca e competir com o meu pai! – eu ri.

— Seria bem interessante.

— Você poderia trabalhar pra mim.

— Pra você? – arqueei a sobrancelha.

— Trabalhar comigo. Foi isso que eu disse. – ele corrigiu e eu fiz uma expressão convencida. – Mas falando sério, você poderia começar a trabalhar mesmo com isso. Se quiser, eu posso falar com o meu pai.

— Eu adoraria, mas no momento eu preciso focar nos estudos. Já é bem complicado fazer isso sendo a Ladybug. – disse porque era a mais pura verdade. Tinha medo que começar a focar em moda e acabar baixando meu rendimento na escola. – Mas depois disso, seria uma honra. – ele sorriu.

— Sempre tão sensata, my lady! – abaixei o olhar. – Ainda não sei em que pretendo trabalhar. É complicado decidir isso, já que minha vida parece ser encaminhada pelo meu pai. Não que isso seja ruim, afinal, não conseguiria decidir nada agora de qualquer forma.

— Entendo. A vantagem é que não precisamos nos preocupar com isso no momento mesmo.

— É, pelo menos isso. – seu olhar se tornou distante, então eu coloquei a mão sobre o seu ombro, numa tentativa de reconforta-lo.

— Você é incrível! Pode fazer o que quiser. – ele sorriu.

— Acha mesmo?

— É claro!

— Então... Tem uma coisa... Que eu quero fazer. Há um bom tempo. – Chat Noir disse encarando um ponto distante – Acha que eu devo fazer?

— Se é algo que você quer muito, acho que deve fazer sim. – o loiro sorriu e virou seu rosto na minha direção.

— Antes de qualquer coisa, saiba que suas palavras serão usadas contra você novamente. – franzi o cenho sem entender.

Chat Noir aproximou o seu rosto do meu e eu fiquei paralisada, agora, já entendendo aonde ele queria chegar. O loiro fechou os olhos e encostou nossos lábios. Acabei fechando os meus olhos também e me deixando sentir a sensação incrível que era ter os lábios dele sobre os meus.

Ele colocou sua mão no meu rosto, então coloquei a minha no seu ombro, continuando o beijo.

— Marinette, esse cookie... – ouvimos a voz de Tikki e nos separamos. A minha kwami estava parada no ar segurando metade do biscoito e acabou deixando ele cair – Está incrível. – terminou a frase meio chocada e eu fiquei de pé rapidamente.

— A-Ah é mesmo Tikki? Que b-bom que gostou! – pude ouvir a risada de Adrien atrás de mim, que logo levantou e parou ao meu lado.

— Infelizmente vou precisar ir embora agora. Nos veremos mais tarde. – Chat Noir segurou o meu queixo e depositou um beijo rápido na minha boca. Depois disso acenou para Tikki e saiu pela janela, com a maior naturalidade do mundo.

— O que acabou de acontecer? – Tikki sobrevoou a minha pessoa, completamente animada.

— Ele simplesmente saiu? – questionei incrédula e indignada com o garoto loiro.

— Você queria que ele tivesse ficado? – ela perguntou risonha, me deixando ainda mais corada.

— Não foi isso que eu quis dizer. – suspirei e sentei na minha cadeira, pronta para terminar o resto do vestido da irmã da Alya – Ele vai ver só, não pode me beijar e simplesmente sair assim! Chat Noir que me aguarde!


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Notas finais do capítulo

ATENÇÃO: Essa é uma continuação de OMG (oneshot Adrienette). Como eu disse antes, eu vou fazer uma oneshot de cada shipp do quadrado amoroso. E cada uma delas funciona como uma história separada, mas se vocês lerem em ordem também funciona como uma só. Legal, não?

E olha eu de novo, duas postagens em um dia, como sou fofa com vocês!

Espero que tenham gostado e obrigada por terem lido ♥ xoxo



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