10 anos depois...
Emily narrando
Acordei as seis da manhã para me arrumar para ir a escola, fazer o que se essa vida de adolescente é isso. Fui em direção ao meu banheiro e tomei um banho quente, me troquei, arrumei meu cabelo e me maquiei. Não sou nenhuma patricinha mas também não sou nenhuma desleixada para sair de qualquer jeito. Quando terminei de me arrumar desci as escadas e fui em direção a sala de jantar para tomar o meu café da manhã.

Quando entro na sala meu pai já está tomando o seu café e lendo o jornal do dia, meu pai Edward Falcão é o grande milionário das empresas exportadora Falcão. Caminhei em direção a ele e o cumprimentei com um beijo na bochecha.

— Bom dia papai – sentei ao seu lado, me servindo uma xícara de café.

— Bom dia minha flor – ele me olhou e sorrir para mim, eu retribuo o sorriso.

— Bom dia família – meu irmão entra na sala com seu humor alegre. – Iai maninha, preparada para o grande dia? – Ele me olhava com entusiasmo.

— Não – Sabia o que ele estava se referindo, era o meu aniversário, mas esse dia para mim deixou de fazer sentido desde que a minha mãe desapareceu. Naquele ano, um dia depois do seu desaparecimento eu iria fazer 3 anos. – Não quero comemorar, esse dia deixou de ser especial para mim a muito tempo – naquele momento uma onde de tristeza me invadiu e uma súbita vontade de chorar.

— Eu acho que deveríamos comemorar minha querida – Diana aparece encostada na porta com um sorriso no rosto. – Pois o seu aniversário é um dia de festejar e eu adoro festa de aniversário – Ela caminha na direção do meu pai e lhe da um beijo nos lábios.

— Quando chegar o seu aniversário de 40 você comemora Diana – meu irmão fala com sorriso de deboche no rosto.

— Bem, só daqui 4 anos Bryan, mas pode apostar que quando esse dia chegar vou estar comemorando ao lado do Edward – agora ela está com um sorriso de deboche, meu irmão olha para ela com muita raiva. Se ele pudesse mata- lá naquele momento ele faria isso.

— Já chega vocês dois, já vai começar com as implicância logo de manhã, tenho mais o que fazer do que ficar aqui ouvindo baboseiras – meu pai se levanta e sai da sala. Diane senta na cadeira vazia ao lado a do meu pai.

— Já falei para você não sentar nessa cadeira, levanta agora mesmo – Falei olhando com raiva para Diana. Ela sabe que aquele lugar pertencia a minha mãe e que eu e o Bryan odiávamos quando ela sentava lá.

Ela acaba fingindo que não escuta e vai se servi com o café. Meu irmão deu um soco na mesa para chamar a atenção dela, ela olha para nos dois com uma cara de desdém.

— Você é surda sua lacraia – meu irmão aumenta o tom de voz. – Tire essa porcaria de silicone que você chama de bunda da cadeira que era da minha mãe AGORA!.

— Ou você vai fazer o que? – Ela olha para Bryan com um olhar desafiador. – Gostaria de lembra-lo que eu sou a dona dessa casa e eu faço o que eu quiser nessa droga de casa.

— Você pode ser a dona dessa casa, mas quem manda mais aqui sou eu e meu irmão, então levanta agora!- olhei para ela seria.

Ela se levanta e sai da sala batendo o pé. Quando nos dois não escutamos mais o barulho dela olhamos para o outro e caímos na gargalhada. Eu e ele adoramos implicar com a Diana, pois desde que ela se casou com o meu pai tem feito a minha vida e a do meu irmão um inferno.

— Porque as minhas duas crianças estão rindo?- Nilce entra na sala e anda em nossa direção. Ela abraça o meu irmão e em seguida me abraça, ela é como uma segunda mãe para nos dois, desde que nascemos ela esteve cuidando de nos. – Já está na hora de você dois irem para a escola, vão logo se não vão se atrasar.

Eu e meu irmão vamos ao rumo da saída, mas antes de saímos damos um beijo na Nilce. Chegando na escola eu vou de encontro com a minha melhor amiga Ashley, somos amigas e colegas desde o fundamental, ela é como uma irmã para mim.

— Bom dia miga, pronta para o seu aniversário de 17 anos? Já estou vendo um salão de festa cheio de convidados, vários salgados e doces, e um belo bolo – caminhamos até o meu armário, ainda não falei para Vanessa que não queria festa.

— Amiga, eu decidir não fazer festa. – Falei sem olha-la, procurando os meus livros no armário.

— Amiga, não deixe o passado lhe abalar desse jeito pois passado é passado e você está no presente e tem que vive-lo e pensar no seu futuro e além do mais a sua mãe iria adorar que você comemorasse o seu aniversário. – Ashley me abraça por trás. – E para finalizar a nossa formatura é daqui quatro dias e o seu aniversário cinco dias, da para emendar os dois de boa, sem muita preocupação, anda vai ser muito bom. – Ela faz um beicinho e me olha com uma carinha de cachorrinho triste, acabei rindo com esse jeito dela.

— Tá bom, eu vou pensar e enquanto isso não quero ouvir falar mais desse assunto, ok?

— Sim chefe. – Ela acaba fazendo continência, o que me faz rir mais uma vez. Ela me ajudou e me apoiou muito desde que a minha mãe desapareceu, por isso ter ela ao meu lado significa muito para mim.

Eu e Ashley estamos a caminho das nossa salas, infelizmente não somos da mesma sala, mas pelo menos ela sempre me avisava das provas surpresa. Quando nos duas estávamos nos despedindo alguém me abraça pela cintura por traz, não precisa adivinhar quem era pois sabia que tratava do meu namorado Dylan. Me virei para ele e lhe dei um selinho.

— Oi baby. – Ele falou com um sorriso de tirar o fôlego, em seguida ele estende a mão para cumprimentar a minha amiga. – Oi Ashley, tudo bem com você?

— Tudo ótimo. – Ela disse com um sorriso forçado, pois ela e o Dylan não se davam bem desde do dia que ele terminou com a prima dela. Eu e Dylan começamos a namorar 1 ano depois que os dois terminaram, Ashley foi contra essa relação, mas não ficou com raiva de mim e sim dele. – Bom, vou deixar vocês dois a sós.

— Ashley fica, você não precisa ir.- Falei agora fazendo uma carinha de cachorrinho.

— Quando colocar o cão pra fora, aí nos duas podemos conversar.- Ela foi em direção a sala dela, e eu e meu namorado fomos para a nossa.

A aulas passaram rápido, eu estava na frente da escola esperando Ashley para pode ir embora, sentir meu celular vibrando dentro da minha bolsa, então abri a tal e peguei o meu telefone, era uma mensagem do meu pai fiquei feliz em receber aquela mensagem mas não o conteúdo dela.

*mensagem*
Minha florzinha, não vou estar presente no almoço hoje, então eu lhe peço para que você e seu irmão não implique com a Diana, ela faz o que pode para ser a mãe que você e seu irmão precisam, mas só quero lhe avisar que quando eu chegar quero falar com você e com seu irmão. Te amo muito minha flor do meu jardim.

Que ótimo vamos ter um belo almoço hoje, só de pensar em ficar naquela casa com a Diana, chego a sentir asco. Quando eu coloco o meu celular na bolsa, Ashley surgi nas minha frente com a cara emburrada. Eu sabia que era por causa do Dylan, sabia que se eu namorasse ele, ela ficaria muito chateada pois o fim da relação dele com a prima dela não foi uma das melhores, eu não sei bem qual é a história, mas só sei que a prima dela depois disso foi embora.

Eu e Ashley entramos no ônibus e sentamos uma do lado da outra, conversamos coisas normais até mesmo sobre a minha festa de aniversário, sim ela quis conversar sobre a festa mesmo eu falando que não queria falar sobre esse assunto, mas decidir fazê-la pois estaria perto das pessoas que me amam, vou tentar deixar o passado de lado e seguir um futuro. Quando o ônibus me deixou na porta de casa despedir-se da minha amiga e fui em direção a porta de entrada e entrei, fui em direção à cozinha para cumprimentar Nilce, de longe já sentir o cheiro de sua comida e sabia que ela estava fazendo meu prato preferido, strogonoff de frango, como eu adorava aquela comida. Fui a tal e beijei a sua bochecha e abracei por trás em seguida fui em direção ao meu quarto mas quando estava prestes a entrar Diana apareceu no corredor cruzando os braços e descendo as escadas fiz questão de ignora-la, entrei no meu quarto fechando a porta.

Ser a mãe que você e o Bryan precisam, acho que ela precisa se esforçar muito para conseguir por menos um oi meu. Pedi a Nilce para levar o meu almoço no quarto, já que meu irmão não gostou da ideia de se sentar em um mesa sozinho com aquela mulher, então ele resolveu comer na rua. Por voltas das oito e meia da noite meu pai chega em casa, eu e meu irmão já estávamos a espera dele na sala de estar, ele cumprimenta o meu irmão e me dar um beijo na bochecha, ele sinaliza para seguirmos ele até o seu escritório. Ele se senta em sua cadeira e eu e Bryan sentamos nas duas cadeiras a sua frente, ele começa a mexer em seus papéis da empresa, eu e meu irmão trocamos um olhar e depois voltamos a olhar para o nosso pai.

— Pai o que o senhor quer falar com nós dois. – Bryan pergunta, mas não teve de início uma resposta.

— Estamos esperando a Diana chegar, eu também pedi para ela vim até aqui. – Ele responde sem tirar os olhos dos documentos que estão em sua mão.

Se passou uns dez minutos até Diana aparecer no escritório, quando ela abriu a porta todos nós olhamos para ela. Ela parecia não se importar muito com o seu atraso, meu pai fechou a cara para ela pois ele odiava esperar.

— Está atrasada – meu pai falou para ela com um tom autoritário.

— Desculpa meu amor eu...- Meu pai a interrompeu.

— Não me importa o que você estava fazendo, quando eu mando alguém vim e em um horário é porque eu quero que aquela pessoa esteja no horário combinado entendeu ou vou precisar colocar um lembrete para você se lembrar? – Ele demonstrou toda irritação naquele momento. Diana abaixou a cabeça e ficou entre eu e meu irmão.

— Já que estamos todos aqui, gostaria de informa-los que amanhã teremos um jantar importante aqui na casa, um amigo meu e seus dois filhos vão estar aqui, então eu gostaria que vocês estejam apresentáveis, pois não é só um jantar de amigos, é mais um negócio. – Meu pai fala para nos com um sorriso no rosto. – Bryan e Emily, gostaria que vocês dois fossem bem receptivos com os filhos do meu amigo.

— E eu faço o que? – Diana fala olhando para Edward. – Vou ser um enfeite nessa casa enquanto você trata de negócio e seus filho o entretenimento dos filhos do seu amigo.

— Isso mesmo, você vai ser o enfeite da casa, por mim você pode fazer o que você mais adora fazer... Nada, você não sabe fazer nada. – Meu pai fala olhando nos olho de Diana, a raiva ainda está presente em sua voz, eu e meu irmão percebemos que ela estava querendo chorar, então decidimos nos levantar para sair. – Eu ainda não acabei meus filhos, amanhã quero que vocês vão fazer compras para ter o que vestir no jantar de amanhã.

— Pai eu não vou comprar roupa para um jantar, vou usar o que eu tenho que já está de bom tamanho.- Falei para o meu pai, odiava fazer compras e não tinha necessidade ser comprar um vestido novo só para um simples jantar.

Meu pai não disse mais nada então todos saímos do escritório, Diana foi direto para o seu quarto, eu e meu irmão subimos e fomos cada um para o seu quarto. Algo dentro me mim falava que aquele jantar não vai ser tão bom assim, eu sentia um péssimo pressentimento. Sentei-me na cadeira do computador para mexer nas redes sociais, quando estava olhando as minhas fotos, umas em especial chamou a minha atenção. Era eu e minha mãe, eu só tinha 2 anos e estava em seu colo brincando com um ursinho de pelúcia, meu pai bateu aquela foto sem ela percebe, ela estava feliz e eu também.

Mãe como sinto tanto a sua falta, como eu queria voltar no tempo para esse dia tão feliz que nos duas estávamos.
Que saudade você me faz.