A garota terminou de abrir o botão da camisa do melhor amigo e se dirigiu ao próximo, deixando os três primeiros botões abertos, e correu suas mãos para a cintura do garoto onde tirou sua camisa de dentro da calça social. Para ela era delicioso isso, era delicioso poder estar ali com o garoto que tanto gosta, bem próximo a sua cama, com uma roupa social que ela tanto aprecia. Ela sorriu no escuro por seus pensamentos e Bill foi tomado por uma leve onda elétrica que o deixou estático por um instante.
 -- Tudo bem ai? -- Anna perguntou fazendo um bico que Bill nunca negou ser extremamente bonito
 -- Si-sim -- ele disse e tomou a cintura da garota em suas mãos
 -- B-Bill... -- a garota tentou se desvencilhar contra sua própria vontade mas sem sucesso porque ele a deitou na cama, por cima dele e ela simplesmente o acompanhou, ficando por cima -- O-o que vo-você está f-fazendo?
              Ele se manteve em silêncio e ela o encarou por um longo minuto, sentando-se bem em cima de seu baixo ventre, fazendo-o sentir um leve calor na região e mover sua mão para a coxa da garota que se mantinha em silêncio, apenas o encarando. Bill deslizou sua mão lenta e carinhosamente, para cima e para baixo, pela coxa descoberta de Anna, que se inclinou um pouco na direção do melhor amigo e viu suas respirações colidirem e se misturarem, junto aos batimentos cardíacos frenéticos. A garota passou a mão de leve pelo rosto de Bill e este subiu sua mão um pouco mais pela perna de Anna, começando a subir um pouco o vestido verde azulado da garota.
 -- Vo-você quer? -- ela perguntou, as respirações colidiam e os narizes se tocavam
 -- O que quer dizer com isso? -- o garoto de moicano murmurou corando e sentindo seu coração acelerar mais do que já estava.
 -- Você sabe -- Anna murmurou inaudivelmente, deitando-se completamente sobre o garoto
 -- E-e-eu...euquerovocêmesmoachandoquevocênãomequertantoassim.
              Bill estava embolando completamente as palavras pelo nervosismo, o que fez Anna rir por não ter entendido o que o melhor amigo quis dizer. Ela sorriu corada e tirou a franja do olho dele, dando-lhe visão de suas belas orbes castanhas contornadas com uma forte maquiagem preta. Ele sorriu e cortou a pequena distância entre seus rostos, selando-lhe os lábios e passando suas mãos para delinear o corpo da garota acima de si, enquanto ela buscava a nuca dele e comprimia mais ambos os corpos enquanto o  beijo se aprofundava.
              Bill tomou controle da situação e logo passou a mão para a coxa da melhor amiga, virando-a e ficando por cima. Terminou de abrir a camisa e a tirou, ajudando a garota por baixo de si a abrir o zíper do vestido, enquanto o deslizava pelo corpo da garota. Ele já estava começando a se excitar e ela tambem, afinal, esse beijo criava certo artrito entre os dois e já havia um certo tempo que Anna estava sentada sobre a virilha do melhor amigo, movendo-se lenta e torturantemente...
              Eu sei do Legião Urbana começou a tocar no celular de Anna, era seu pai ligando. Naquele momento? A garota de cabelos castanhos cortou o beijo e se esticou para atender o telefone, com o melhor amigo a envolvendo em um doce abraço e com a cabeça pousada em suas costelas.
 -- Alô? -- a voz grossa do pai de Anna soou no telefone -- Anna?
 -- Ah oi pai! -- ela respondeu animada -- Diga, qual o motivo de ligar a essas horas?
 -- Então, o meu vôo adiantou e eu estou voltando para casa hoje a noite. Joseph vai me buscar no aeroporto e queria saber se por acaso você viria me buscar, trouxe algumas lembranças para você. E por acaso está sozinha?
 -- Bom eu ia gostar sim pai. Mas em relação a sua pergunta, o Bill está aqui em casa, a gente tava vendo filme, tem problema?
 -- Ah -- ele respondeu hesitante -- Claro que não. Mas venham logo então. Em alguns minutos Joseph vai dar um toque a respeito do assunto.
 -- Tudo bem então pai. Obrigada. Nos falamos depois, te amo.
 -- Tambem te amo filha e seu eu descobrir que vocês não estavam vendo filmes, você já sabe as consequencias...
 -- Sim eu sei pai. Origadada. Tchau.
              A garota fechou o flip do celular e revirou os olhos, dando um leve beijo na boca do melhor amigo e sentando-se tateando até encontrar seu vestido. Ele se sentou a sua frente tentando esconder sua ereção se formando. O perigo o excitava e aquela situação era extremamente perigosa. Anna se levantou da cama e ele a observou se levantar e ir para a gaveta buscar uma camisa e um shorts. Eles iriam buscar o pai dela no aeroporto e de certo modo ele estava um pouco assustado. Ainda se lembrava de seus 16 anos quando o pai dela queria afásta-los, há um mês atrás ele havia posto Andreas no meio do caminho, apenas porque Klum não era tão apaixonado por ela quanto ele. A garota se trancou no banheiro por um instante e quando saiu estava pronta para sair. Ele se arrumou ali mesmo, colocou a roupa que estava mas sem o casaco do paletó preto.
 -- Parece que acabou de sair da festa sabia? -- Anna riu quando sentiu o melhor amigo envolver os braços em sua cintura por trás
 -- E parece que ainda é dia com sua roupa -- ele riu e depositou um casto beijo na lateral do pescoço dela e ela riu um pouco
 -- Posso te fazer uma pergunta Bill?
 -- Diga
 -- O que eu sou pra você? -- ela parou e o encarou por um instante e ele corou -- Tipo, eu sou sua melhor amiga, mas a gente quase transou aqui. O que seria isso?  
 -- Eu te amo. Só isso. Eu te amo mais que tudo no mundo. -- ele murmurou ao ouvido dela e ela se arrepiou
 -- Então por que nós não...
 -- Você vai se mudar dentro de um mês, seu pai me detesta mais que tudo e mais uma leva de fatores.
 -- É...
 -- Espero que você me perdoe por isso pequena.
              Anna murmurou um inaudível "Tudo bem" e se livrou do abraço, delicadamente, indo para a porta enquanto Bill mantinha-se ali parado, apenas a vendo garota que mais amava no mundo partir lentamente em direção a garagem. A garota fechou a porta ao passar pela mesma e ele se manteve ali sozinho, passando as longas unhas levemente por seu cabelo e sua própria nuca, pensando o que fazer. Ele sabia que mesmo que Anna tivesse dito tudo bem, não estava tudo bem. Notavelmente ela tambem gostava dele, o amor que ele tinha por ela era recíproco e agora ele estava com medo do pai dela e não conseguia admitir que teria de passar tão pouco tempo com a garota que tanto amava. Ele teve 10 anos para mostrar que realmente a amava e não fez nada, e agora à três semanas de ela se mudar de PAÍS ele não consegue admitir que gosta dela. A maior realização da vida dele.
              Parou junto a janela e viu que já haviam saído, então destrancou a mesma e saiu do mesmo modo que já fizera tantas vezes. Fechou a janela ao parar no parapeito e se foi, era melhor ir para casa, raciocinar um pouco para ver se encontrava alguma solução suficientemente boa para isso.