Bill seguiu o favor que disse que faria a Anna, na saida iria esperar para voltar com a loira Juliet e não com a melhor amiga, como sempre fazia. O garoto ficou se questionando o porquê de ela pedir este favor, ainda mais com aquela expressão. Dez anos fizeram Bill ter total noção do que significava cada expressão da melhor amiga, conhecia o brilho dos olhos castanhos dela, o sorriso iluminado natural dela e sabia que ela não estava bem; conhecia ela bem demais para dizer que aquele sorriso que ela lhe lançara fora verdadeiro. Conhecendo Anna ele já sabia que ela estava fazendo aquilo de péssimo grado, ou talvez fosse mesmo paranóia da cabeça dele.
                      Passaram-se quinze minutos desde que o sinal de saída tocara e nada da garota loira que ele esperava. Bill chegou a conclusão de que se Juliet não aparecesse nos cinco minutos seguintes ele iria sozinho para casa. Para (in)felicidade do Kaulitz moreno a garota loira chegou e já chegou esbanjando todo seu charme para cima dele. Ah é claro, para isso que Anna queria que ele voltasse para casa com a garota.
 -- Demorei muito? -- Juliet utilizava sua voz mais sensual para falar com Bill que de certo modo não se importava muito
 -- Não, claro que não -- respondeu ele delineando todo corpo da garota com os olhos -- Podemos ir?
 -- Claro -- ela riu ao ver que seu plano estava dando "certo" -- Tinha que pegar umas coisas na sala
                      Claro, tipo maquiagem e essas coisas.
                      Bill andava a passos lentos ao lado da garota de sapatilha e Channel ao seu lado. Ela não era feia, era o tipo de garota que normalmente Tom gostaria; maquiagem exagerada tentando parecer clean, bolsas a tiracolo de marca que custavam de seu Ipod para mais caras, um batom chamativo em qualquer ocasião, corpo bem delineado com curvas e tudo mais, roupas decotadas, jeans apertadas que faziam a bunda parecer maior, popular e líder de torcida... Seu irmão gêmeo amaria essa garota, mas no momento, nem ele se interessa pelo tipo.
                      A loira rebolava balançando suas argolas enquanto andava um pouco mais a frente de um Bill pensativo e desinteressado. De certo modo era injusto com ela já que ela estava fazendo de tudo para chamar a atenção dele e NADA. O modo era mudar de técnica.
                      Tentou puxar assunto com leves indiretas maliciosas, que apesar do Kaulitz notar ele não se importava, estava preocupado de mais perguntando-se o porquê de Anna pedir isso para ele com aquele sorriso. Bill respondia, é claro. Mas não manifestava grandes reações que dariam uma bandeira branca de prova que ela estava ganhando e ele estava cedendo aos encantos dela. Não estava dando certo, mas isso não foi motivo para Juliet desistir. Manteve-se assim até sua casa, metros de distancia da casa dos Kaulitz, onde ao se despedir de Bill depositou-lhe um curto selinho que o fez arregalar os olhos.
 -- Desculpe -- Juliet fez-se de inocente, algo que ela definitivamente não era -- É que eu acho você bonito sabe e ai...
 -- Não tudo bem -- Bill deu um meio sorriso e então veio-lhe um plano a mente, o que fez com que ele se aproximasse um pouco mais proximo -- Permite-me senhorita?
 -- Tem minha permissão gentil cavalheiro -- Juliet sorriu, conseguira o que queria.
                      Bill aproximou-se mais e segurou na cintura da garota loira, que estava mais alta que ele pela soleira, e a puxou para perto selando seus lábios por um longo momento. Juliet lambeu os lábios de Bill que abriu a boca lentamente acompanhado pela garota enquanto suas linguas buscavam uma pela outra de modo luxuriante e divertido. Afinal, para o Kaulitz de cabelos espetados Juliet era apenas uma brincadeira, o que fazia com que ele entendesse o ponto de vista de seu irmão ao ficar com várias; é tudo uma brincadeira para esquecer o que realmente se quer. Juliet estava sendo uma brincadeira, Bill não queria saber dela, queria apenas sua melhor amiga, mas se até sua melhor amiga conspirava para que ele tivesse um caso com a loira. Era tudo um plano aparente.
                      Bill se "apaixonava" por Juliet, eles namoravam, Anna ficava com ciumes, esboçava alguma reação e ele terminava com Juliet na ideia de que não está dando certo. Claro, tudo está certo, exceto pela parte de ele ser um completo desalmado com esse plano. Os dois descolaram os lábios por um instante, tempo suficiente para Juliet abrir a porta e certificar-se que estava sozinha em casa. Certificou-se e levou Bill até seu quarto no andar de cima por entre beijos. Era aí que a história se complicaria...
 [....................]
 Já era metade da tarde e Anna não tivera mais noticias do melhor amigo que disse que iria ligar por volta das 06h da tarde para contar como as coisas foram e apesar de já ter total noção do que acontecera para não ele não ligar ela queria que não fosse verdade. Por alguma razão divina, um motivo desconhecido, ela TINHA de ir até a casa de Juliet para saber se ela estava sozinha ou se Bill ainda estava lá. A garota de cabelos lisos colocou uma regata e um moletom canguru junto de uma jeans escuras e tênis e desceu até o primeiro andar, correndo as escadas abaixo, deparando-se com sua mãe na cozinha.
 -- Mãe? -- Anna exclamou, sua mãe nunca estava em casa a essas horas -- O que faz a essas horas aqui? Não devia estar trabalhando?
 -- O que? -- ela riu e eu acompanhei o riso -- Não gosta de me ver aqui?
 -- Mãe você sabe que eu te adoro -- ela sorriu e eu a abraçei mas logo me soltei -- mas você nunca está em casa a essas horas. Aconteceu alguma coisa?
 -- Aconteceu. Fui promovida. E eles me liberaram mais cedo para arrumar as malas
 -- Peraí -- Anna interrompeu incrédula a mãe sorridente -- Quer dizer que nós vamos...? -- sua mãe assentiu e ela aumentou o tom de voz -- Por acaso o papai já ta sabendo disso?!  
 -- Sim! -- a mãe sorriu -- Vamos para a Áustria na metade do próximo mês. Viena. Lembra que você sempre quis conhecer desde pequena? Não é ótimo?
 -- MeuDeus -- Anna tapou a boca e sentiu o corpo amolecer, dirigiu-se a primeira cadeira a frente e se manteve repetindo -- Meu Deus.
 -- Tudo bem filha?
 -- Mãe como é que eu vou me mudar para a Áustria a um semestre de acabar o colégio? Não da pra me deixar um pouco aqui...
 -- Não posso! Você ainda é milha filha e por isso tem que ir comigo
 -- Meu Deus -- por uma das primeiras vezes na vida a garota estava sentindo todo seu corpo perder o chão, se atirasse nela, não mudaria nada -- Por favor me deixa pensar e ai eu posso te responder qualquer coisa
 -- Vai lá pensar um pouco