Me chamo Fenrir Greyback, e sou príncipe dessa região. Recebi esse título após o falecimento de meus pais. Tenho 25 anos e sou o mais belo homem do reino.

Estava em minha festa de aniversário, éramos apenas eu e os empregados do castelo, já que não tinha amigos. Mas estava muito entediante e do lado de fora caía uma tempestade. Havia pedido para tocarem uma música, quando escutei batidas na porta.

Mandei pararem a música e fui ver quem era, com esse temporal. Quando abri, dei de cara com uma velha.

− Você poderia me deixar ficar, enquanto está caindo essa tempestade? Eu posso oferecer apenas essa rosa em troca.

Quando ela disse aquilo, me enfureci.

− Você pensa que é quem? Chega ao meu castelo pedindo abrigo e me oferece apenas uma rosa?!

Eu gritei apontando a varinha para ela, lançaria um feitiço, mas mudei de ideia e apenas fechei a porta com força.

Quando virei as costas, o salão do castelo foi tomado por uma forte luz e, ao se dissipar, me virei para a porta e encontrei uma bela bruxa segurando uma rosa em uma mão e uma varinha na outra.

− É uma pena que um príncipe tão belo seja tão mesquinho e arrogante. Por isso, vou amaldiçoá-lo. Se tornará por fora o monstro que é por dentro, e, se não encontrar o verdadeiro amor até o cair da última pétala, ficará assim pela eternidade.

Tentei pedir perdão pela minha atitude, mas de nada adiantou. Uma luz tomou meu corpo e, quando esta apagou, olhei no espelho que havia ao meu lado e me assustei. Estava horrendo, uma verdadeira fera.

Quando olhei em direção a bruxa ela havia sumido, deixando a rosa em volta de uma redoma de cristal, apoiada em uma mesinha. Olhei em volta e me espantei: todos os empregados se tornaram objetos domésticos. Tentei usar a minha varinha para reverter a maldição, mas eu não sentia minha magia. Fiquei com raiva e subi as escadas. Entrando em meu quarto, vi uma pintura minha – ou, pelo menos, de como eu era – e, num momento de raiva, rasguei a foto com minhas garras e urrei de ódio.