Monarquia Serpente - Bughead escrita por Fortunato


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Música do Capítulo: Arctic Monkeys - Knee Socks

(recomendo muito colocarem a música quando for solicitado no capítulo)



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Elizabeth Cooper

Assim que eu subi no palco e percebi todos me olhando, o tremor nas pernas passou. A adrenalina me deixou calma e como na noite anterior o êxtase de estar sob controle da situação era viciante. Eu tinha por mim que esse era um lado obscuro que eu não controlava, era como se uma outra Elizabeth tomasse conta do meu corpo e agisse por vontade própria. Se eu soubesse que ela viria à tona eu não tinha entrado em pânico ao vestir a jaqueta em casa, mas era incontrolável. Eu não tinha noção de quais momentos ela assumiria o controle e agora que ela estava aqui eu a deixaria contornar a situação. Ri por dentro, me lembrando do apelido esquisito que Verônica tinha me dado dias atrás.

Vamos lá Betty Dark, faça um bom discurso.

[...]

Ergui a cerveja que infelizmente já estava quente devido ao suor das minhas mãos em sua direção. Ele me olhava estático, e não era o único.

— É por isso que eu passo o meu posto para ele!

Pessoas bateram palmas, aplaudiram, gritaram. O medo de estar ali em cima voltou até minhas pernas e ao senti-las trepidarem desci do palco com os ombros encolhidos. Encontrei um cantinho vazio e fiquei ali, virei o restante da cerveja pela garganta que amargou minha boca. Pela careta involuntária parecia que eu estava de volta no comando.

Assisti à Cheryl vestir a jaqueta e descer do palco abraçando Toni. Logo em seguida fui até o bar pedir uma água para tirar o gosto ruim da boca. A garota morena atrás dele riu debochadamente ao ouvir o que eu queria. Qual o problema? Ninguém bebia água ali não?

Olhei ao redor esperando. Provavelmente não.

— Foi um ótimo discurso Betty. – Toni chegou até o bar gesticulando um dois e outro sinal para a garota.

Cheryl se sentou no banquinho de madeira claramente enojada com o lugar.

— Não foi nada Toni. – comprimi os lábios – Valeu pelo toque de hoje. – disse com a maior sinceridade do mundo.

— Eu sabia que você ia se sentir melhor passando a liderança pra ele. – ela pegou sua cerveja no bar e entregou a outra para Cheryl.

A moça deixou minha cerveja perto de mim e eu agradeci. Fitei Jughead sendo agarrado por Fangs do outro lado do bar enquanto abria minha água.

— Afinal, você gosta dele, não gosta.

Sorri sem graça girando o meu corpo no banco até ela. Toni se debruçou no balcão como se estivéssemos compartilhando um segredo.

— Acho que sim.

— Acha? Qual é, não é tão difícil de saber assim.

— Ah não, até parece que você é especialista nisso.

Ela deu de ombros e eu voltei a olhar para ele de longe.

— A paixão tem alguns sinais. Como por exemplo, se você o quer por perto todo o tempo mesmo quanto te irrita, ou quanto acha que o beijo dele é mais doce que o melhor licor que já tomou... – olhei para ela para dizer que nunca tinha bebido isso e para minha surpresa ela estava flertando com Cheryl.

— Ei! – dei uma batida leve no balcão rindo – Eu tô aqui ainda!

Toni e Cheryl riram.

— E eu nunca bebi licor. – fiz um bico de criança.

— Essa é a minha priminha inocente. – Cheryl disse e no fundo eu sabia que ela não ia ficar calada por muito tempo – Eu apostaria que nunca bebeu uma cerveja na vida também. – completou olhando pra minha água.

— Ah e você já? Ou só vinhos e champanhes importados?

— Kate, põe três doses daquele licor de morango. – Toni disse e a morena colocou três copos pequenos em nossa frente despejando o líquido rosado em seguida.

— Por minha conta. – Toni ergueu seu corpo e brindamos virando o líquido que realmente era saboroso.

Lambi os lábios saboreando o licor. Apesar de muito gostoso ele descia queimando pela garganta a fora. Ergui as sobrancelhas e Toni riu.

— Não faz careta assim, as pessoas vão perceber que você é inexperiente.

— Na verdade ela é. – Cheryl completou. Fiz cara feia pra ela.

— Imagine que esse licor representa todas as pessoas comuns com quem você já ficou. – Toni pediu e eu concordei com a cabeça. Ela se virou para a garota morena – Agora põe três de Amarula.

— Você vai acabar deixando ela bêbada. – Cheryl reclamou.

— Esse é o licor mais doce que já provei. – Toni explicou – Quando duvidar que gosta de alguém é só comparar o beijo da pessoa com ele.

— Já comparou com o meu? – minha prima perguntou melosa puxando Toni para si.

— Claro amor. E seu beijo é muito mais doce.

As duas se envolveram em um beijo atrevido demais para estar em público.

— Efeito do licor. – a garota morena disse as apontando com a cabeça.

Me foquei no líquido marrom sendo servido novamente nos três copinhos pequenos. Uma mulher loira de franjinha se aproximou ao meu lado.

— Então você é a nova namoradinha do Jughead...

— Ahn, bem. Acho que sim.

Ela deu um sorriso de lado batendo em minhas costas.

— Então o garoto é um garanhão igual o pai e no final também acabou com uma loira sensacional.

Não sabia se dava atenção ao elogio ou às outras coisas que ela tinha dito. Ela quis dizer que teve um caso com FP ou era impressão minha?...

— Desculpa não entendi o que você quis dizer.

Seu sorriso agora era mais discreto. Ela pediu uma cerveja e se debruçou no balcão e dando uma olhada rápida no licor que me esperava.

— Olha em volta querida. – ela praticamente me virou a força com o braço me mostrando onde Jughead estava. - Tá vendo aquelas duas ali? – indicou com cabeça duas garotas que deveriam ser um ou dois anos mais novas que eu - Elas odeiam seu namoradinho por ele não querer mais nada com elas. – gelei por baixo da jaqueta de couro – E aquelas outras três ali, - indicou outro grupo de garotas que estavam mais próximas de onde ele estava conversando – estão esperando ansiosamente por uma chance.

— Como você poderia saber?

Ela deu de ombros.

— É o que eu disse, tal pai, tal filho.

Meu coração estava disparado de ciúmes até que eu me lembrei do que Jughead tinha me dito mais cedo no baile e do lado de fora do bar. Dei um sorriso sarcástico, a Betty Dark estava puta com essa mulher.

— Muito obrigado por me alertar, ahn, qual seu nome mesmo?

Ela passou a língua pelo lado interno da bochecha sorrindo. Me ergueu a mão para um aperto.

— Penny Peabody. – ela disse.

Apertei sua mão a puxando com força contra mim de forma que ficamos cara a cara.

— Escuta Pennyzinha, eu lamento muito pelo seu romance frustrado com o FP, mas ao contrário de você eu me garanto. – ela me olhou assutada e então eu a soltei me levantando do banquinho. Virei minha dose do licor sem me importar com a ordem dos copos e dei um abraço rápido em Cheryl e Toni ao mesmo tempo.

— Já vou garotas, não se engulam em público por favor. – disse antes de sair e elas responderam alguma coisa que não eu consegui ouvir.

As garotas que Penny havia dito encaravam Jughead sem pudor enquanto cochichavam entre si. Eu não queria me deixar levar pela fofoca dos outros, então parei na máquina de som fingindo escolher alguma música e consegui ouvir sobre o que elas falavam.

— Vai lá falar alguma coisa com ele! – ouvi uma delas dizer - Finge que vai dar parabéns ou sei lá.

— Pede ele pra te deixar em casa, funcionou com a Kate uma vez.

Revirei os olhos. Kate era a garota do balcão de bebidas. E eu que nunca senti esse tipo de ciúmes por ninguém estava aqui fervendo em ódio. Estalei a língua no céu da boca, eu não tinha motivos para me sentir insegura. Ou tinha? Coloquei a mão na testa tentando ler as músicas na tela sem conseguir. Maldito licor, ou na verdade, maldita eu que era fraca para beber. Ri sozinha.

Assim que Jughead terminou sua conversa eu me aproximei. Os músculos do seu braço estavam retesados em tensão quando o toquei. Seu rosto estava fechado e só relaxou quando ele olhou para mim.

— Tudo bem? – perguntei.

— Tudo Liz, só quero sair daqui. – ele disse me conduzindo para fora - Tô pensando seriamente em te devolver a liderança sabe?

Eu ri

— Mas de jeito nenhum!

Jughead foi até minha moto montando nela. Íamos para algum lugar juntos. Os ciúmes já tinham passado me fazendo perceber que Toni tinha razão pela segunda vez essa noite. Eu queria Jughead por perto o tempo todo, mesmo que as coisas que envolviam isso me irritassem. E seu beijo era com certeza mais doce que licor, agora que já tinha provado dos dois.

Montei atrás dele colocando meu queixo sob seu ombro. Estava tão feliz por aquele momento. Feliz até demais.

— E então, pra onde vamos?

Ele deu partida na moto me olhando lateralmente.

— Eu pensei em te mostrar minha casa, meu pai não vai estar lá hoje. – ele pensou por um tempo – Bom, eu só queria te mostrar onde eu moro...

Eu iria para qualquer lugar com ele. Até para a lua se fosse possível.

— Tudo bem, não tem ninguém me esperando em casa mesmo.

 Saímos dali em segundos. Jughead estava mais perfumado do que o normal.

Poderia ser o perfume que ele sempre usava, ou poderia ser eu, bêbada e apaixonada, reparando em cada qualidade sua.

Com o vento da noite colidindo sobre meu rosto eu pude recuperar um pouco da minha sobriedade. Porém agora eu sentia um calor inusitado. Cambaleei um pouco pelas escadas atrás de Jughead, porém, graças a Deus ele não pode perceber. Estava ocupado demais com a porta emperrada.

— Voilà! – ele disse depois de um solavanco abrindo a porta.

O trailer onde Jughead morava com seu pai era singelo, apertado e inédito para mim. Eu estaria mentindo se dissesse que era sujo ou bagunçado, o que era impressionante já que ele e o pai moravam sozinhos ali. No que parecia ser a sala haviam algumas fotos penduradas. Em uma delas reconheci o Sr Jones segurando Jughead em cima de uma moto. Estavam em um campo aberto e ele parecia ter cerca de seis anos de idade.

Na foto seguinte estava Jughead já mais crescido e uma garotinha super parecida com ele, porém sem alguns dentes em seu sorriso alegre. Os dois seguravam estilingues e Jughead puxava o elástico como se fosse acertar a pessoa que tirava a foto.

A terceira e última foto que eu pude ver estava em uma mesa pequena ao lado do sofá. Nela estava a mesma menina com os cabelos um pouco mais compridos, Jughead já com sua touca cinza e logo atrás dos dois FP abraçava uma mulher morena que não sorria para a foto. Eu me demorei olhando para ela tentando entender sua expressão.

— Essa é a minha mãe. - Jughead disse quando percebeu que eu encarava a foto - E essa criaturinha feia é a Jellybean, minha irmã.

— Triste você dizer isso, porque ela é a sua cara. - eu ri.

Jughead fechou a cara se sentando no sofá.

— Quem dera ela tivesse essa sorte. - ele disse sorrindo, mas logo seu sorriso se desfez e ele olhou a foto novamente - Eu sinto falta dela. Das duas na verdade.

Me sentei do seu lado esfregando suas costas querendo conforta-lo.

— Essa foto é da época que ela foi embora. - ele pegou a foto nas mãos e continuou - Nessa época meu pai estava com alguns problemas sérios com a gangue, andava ansioso, bebendo demais e fazendo muita burrice. O único dinheiro que chegava em casa vinha da minha mãe e ela segurava as pontas muito bem até que alguma coisa aconteceu e ela quis ir embora.

— Eu sinto muito Jug. - disse baixinho.

Jughead colocou a foto de volta no lugar. E apoiou os braços sobre os joelhos.

— As pessoas mais importantes pra mim foram embora. As vezes isso é apavorante. - ele disse com a voz um pouco rouca. Um sorriso triste de poucos segundos escapou.

(música)

Mesmo com a luz fraca do abajur eu podia ver seu rosto claramente. Depois de tudo o que ele tinha contado sua expressão era firme. Eu imaginava que a vida de Jughead nunca tivera sido fácil, mas ouvir dele era outra história. Segurei seu rosto com ambas as mãos.

— Eu prometo que não vou embora Jug. Nunca.

Sua expressão firme agora se desmanchava em minhas mãos, seus olhos brilhavam. Puxei seus lábios para os meus o envolvendo em um beijo carinhoso. Ele passou as mãos pelos meus cabelos carinhosamente também.

Quando separou seu rosto do meu eu o puxei mais uma vez. Jughead não era como os garotos com quem eu tinha rolo ou tentava um romance, eu estava viciada nele. Ele era, literalmente, muito melhor do que o licor mais doce eu já tinha provado.

Nossos beijos se intensificaram rapidamente. Ele era experiente, sua língua passeava pela minha boca com destreza, explorando cada pedaço e mordiscando meus lábios quando precisávamos de ar. Eu arfei ofegante em sua boca quando ele sugou meu lábio superior e pude sentir ele suspirar. Suas mãos foram até minha cintura a apertando e me conduzindo até seu colo.

Senti meu corpo queimar em calor, eu estava soando dentro daquela jaqueta. Deixei o couro pender sob meus ombros caindo ao chão em um som oco. Jughead segurou meus cabelos tombando minha cabeça para o lado distribuindo uma sequência de beijos pelo meu pescoço me fazendo estremecer.

Eu ainda não tinha recuperado o fôlego quando ele me puxou novamente para o beijo. A outra mão desceu pelas minhas costas até chegar à minha bunda onde ele a apertou com força me puxando para si. E então eu senti seu membro rígido entre minhas pernas. Arfei mais uma vez, sem ar, com febre e principalmente com tesão. Jughead movimentava meu quadril para frente e para trás me fazendo rebolar sobre ele. Quando ficamos sem ar mais uma vez ele voltou a distribuir beijos pelo meu pescoço, porém dessa vez puxou meus cabelos para trás fazendo com que eu liberasse espaço para os meus seios.

Sua boca foi sem pudor até o decote beijando a pele exposta ali que subia e descia com a respiração acelerada. Meu coração parecia querer escapar pela garganta que já estava seca. Ele abriu o primeiro botão da camisa e depois de falhar várias vezes para abrir o segundo simplesmente puxou a fileira de botões para baixo fazendo a camiseta rasgar arrebentando os botões seguintes.

Seu rosto nunca esteve tão sério e concentrado na vida enquanto ele olhava para os meus seios dentro do sutiã. Jughead piscou algumas vezes com força e depois olhou para mim preocupado.

— Porque parou? - perguntei impaciente com a respiração ofegante.

Ele balançou a cabeça devagar.

— Nossa, me desculpa Liz, é que você me deixa louco... – sua voz estava rouca.

Olhei para a camiseta rasgada com alguns botões ainda pendurados.

— Ahm, não tem problema. Essa não é minha favorita.

Jughead me olhou confuso e depois deu um sorriso de lado.

— Não era você quem queria ir devagar?

Senti meu rosto esquentar. Devo ter ficado vermelha instantaneamente. Jughead esperou que eu dissesse alguma coisa e eu não conseguia pensar em nada. Só que estava ajoelhada naquele sofá sob o colo dele com seu pênis pronto entre minhas pernas. Maldito licor.

Ele suspirou e colocou sua mão em minha nuca. Dessa vez me puxando gentilmente para encostar sua testa na minha. Meus olhos se fecharam. 

— Eu nunca tive alguém como você Liz. Precisa me dizer o que quer de mim.

Engoli em seco. Levou um bom tempo até que Jughead assumisse seus sentimentos e nenhum de nós dois tinha nada a perder. Minhas condições para esse momento era que acontecesse com alguém que eu gostava e eu estava completamente apaixonada por Jughead.

— Eu quero você. - abri meus olhos e ele fez o mesmo - Eu quero tudo com você.

Não precisei repetir e mal tinha terminado de falar quando Jughead arrancou de mim o resto do tecido que um dia tinha sido uma linda camiseta preta. Dessa vez eu é quem segurava seus cabelos. A convicção de que o queria ali e agora tinha me deixado corajosa. O licor também.

Fui conduzindo sua sequência de beijos até a renda do sutiã.

— Tira... - sussurrei e ele obedeceu fielmente levando uma das mãos até o fecho do sutiã o tirando com destreza.

A peça caiu pelos meus braços e ele a jogou para algum canto.

— Você é linda... – ele me encarou por alguns segundos e depois apertou meu seio esquerdo o manipulando. Sua boca foi até o outro.

Só então percebi como estavam sensíveis. Gemi baixinho, a sensação era boa demais.

— Jug... – gemi e ele me apertou.

Logo depois me puxou para outro beijo. Intenso. Quente. Com um braço só ele nos levantou e me deitou cuidadosamente no sofá tirando a própria camisa antes de se deitar por cima do meu corpo. Seus lábios voltaram aos meus. Sua mão foi até o botão da minha calça jeans e ele deslizou os dedos acariciando o final da minha barriga por um tempo.

— Vai logo Jug.  - suspirei impaciente.

— Não. – ele disse firme sorrindo entre os beijos – Você pediu para que fossemos devagar e nós vamos.

Eu pensei em contestar, mas um som irritante nos assustou. O celular de Jughead brilhou no chão da sala. Deveria ter caído ali em algum momento. Ele pegou o aparelho verificando o visor com os olhos comprimidos.

— Ah Fangs, você me paga por isso.

Ele bloqueou o celular e se voltou para mim. Começou a distribuir vários beijos pela minha bochecha descendo até meu pescoço. Fechei os olhos. Meu corpo se estremecia abaixo do dele a cada toque. Eu ainda fervia em febre. Passei a mão pelas costas de Jughead arranhando sua pele levemente quando ele voltou a me beijar. Em seguida minha mão foi para a frente do seu corpo, seu contorno tinha um delineado perfeito. Toquei seu peitoral e ele interrompeu o beijo separando seu corpo do meu se apoiando nos braços. Observou o caminho que minha mão fazia, descendo devagar do seu peitoral até o tanquinho chegando a barra da calça jeans. Seus músculos retesaram por um segundo quando abri o botão da calça e desci o fecho. Ele sorriu e me olhou com luxuria antes de se abaixar para outro beijo.

E então o celular voltou a tocar irritantemente de novo. Ignoramos por um tempo até que por fim Jughead perdeu a paciência.

— Merda. Vou desligar. – ele disse tateando o chão sem quebrar o beijo.

— Não é melhor atender? Ele pode estar precisando de alguma coisa.

— Ele tá bêbado e chato hoje isso sim. – ele encontrou o celular e olhou o visor.

— É meu pai agora. – Jughead arqueou as costas – Preciso atender.

— Tudo bem. – eu disse cobrindo os seios quando ele se levantou.

Encontrei meu sutiã no chão não muito longe e o vesti. Agora meu corpo queimava de calor, mas por vergonha.

Jughead atendeu o telefone preocupado e sua expressão não mudou por um segundo. Vi a cicatriz em seu abdômen. Lembraria ele de tirar os pontos depois.

— Não. Eu vim pra casa, porque? - ele parou em pé em frente a uma janela – Qual é pai ela tava lá no Whyte Wyrm bem pra caralho, você só pode tá brincando.

Ele se virou para mim e sua expressão agora era de puro terror. Engoli em seco curiosa para saber o que tinha acontecido. Quando ele desligou o telefone levou uma das mãos ao rosto arqueando as sobrancelhas.

— Toni teve uma convulsão. O pessoal levou ela para o hospital, mas ela ainda tá inconsciente.

— O que? – levei a mão a boca. – A gente tem que ir lá! – me levantei pegando minha blusa rasgada. Não teria jeito de usar aquilo mais, nem amarrando.

— Toma usa a minha. – ele jogou sua camisa do outro lado da sala atravessando uma porta e voltando com outra.

Dei um nó na camisa grande com o tecido que sobrou e partimos em direção ao hospital. Não tive tempo de pensar no que eu e Jughead quase fizemos, então rezei baixinho todo o caminho até lá para que tudo ficasse bem.

Toni tinha feito tanto por mim essa noite. Eu queria poder fazer algo por ela.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, é isso.
Eu ia postar o capítulo só no final de semana, mas espero que aproveitem para ler no feriado de amanhã. E como é o primeiro hot da história fiquei empolgada para postar.

Espero que gostem e comentem ai o que acham que aconteceu com a Toni.
E outro spoiler: Penny não estava falando dela mesma quando disse que FP tinha acabado com uma loira.
De resto vocês serão muito surpreendidos nos próximos capítulos.



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