Querido diário,   

      Faz tempo que não escrevo em você quantas coisas se passaram desde a decisão da mamãe de se mudar,  com a mudança de cidade não tive tempo de escrever. Mas acabamos de chegar é uma cidade pequena e longe da agitação da capital. O namorado da minha mãe trabalha como professor daqui em uma escola, ficarem juntos não vai ser um problema, eu nunca vi minha mãe tão feliz,  desde você sabe... Papai. Fico feliz por ela e tio Connor é um ótimo padrasto. Às vezes ele é bem estranho. Bem tenho que ir amanhã escrevo mais se tiver algo interessante para contar.
 —Angel desce vem me ajudar aqui em baixo.—minha mãe me chamou eu guardei meu diário na gaveta da cômoda, e desci. 
—Pronto dona Rebeca aqui estou. 
—Me ajuda a arrumar as coisas aqui na cozinha! 
—Já estou indo.—a campainha tocou e eu abri a porta e tio Connor estava lá.—Oi Connor como vai? 
—Olá Angel, muito bem obrigado.—educado como sempre o homem dos sonhos. 
—Vem mamãe está na cozinha.—eu abri caminho pra ele entrar mas ele não entrou, ele olhou pra mim e sorriu mas foi um sorrisso de nervoso ou... Sei lá. 
—Connor.—minha mãe veio em nossa direção e abraçou ele.—Entra, chegou em boa hora. 
—Para trabalhar.—eu falei e ele entrou, eu fui pra cozinha e comecei a arrumar tudo enquanto Connor e minha mãe arrumavam a sala e pegavam as coisas mais pesadas. 
—Bem eu vou no supermercado comprar comida pra nós eu volto logo.—minha mãe saiu e Connor ficou me ajudando na cozinha. 
—Ainda quero te derrotar naquele jogo eu não aceito perder pra uma menininha.—Connor falou e eu olhei pra ele com deboche. 
—Claro se quiser perder de novo.—eu peguei o prato pra levar pro guarda louças quando me virei pra ele não percebi a faca na mesa e cortei meu braço.—Ai!! Faca mais afiada tá sagrando.—Connor se virou de costas pra mim ele estava ofegante. 
—É melhor você... Ver esse ferimento... 
—Tudo bem Connor? 
—Eu sim... Eu preciso de ar.—ele saiu pela porta dos fundos até o jardim, que estranho, eu subi e fui até o banheiro, peguei o kit de primeiros socorros e começei a fazer o curativo lavei minhas mãos e olhei no espelho estava embaçado passei a mão nele e no reflexo, Connor estava me olhando seus olhos estavam vermelhos puro sangue seu rosto estava aterrorizante, eu me virei assustada e não tinha nada, meu coração estava muito acelerado o que foi isso? Foi só minha imaginação pregando peças. Eu sai do banheiro e desci as escadas minha mãe já tinha chegado e Connor estava com ela. 
—O que houve? Se machucou? 
—Sim... Foi um acidente. 
—Connor vai ficar pro jantar? 
—Não eu preciso ir tenho que preparar minhas aulas para amanhã. 
—Tudo bem.—ela se aproximou dele e o beijou. 
—Tchau meu amor.—ele falou pra minha mãe e veio na minha direção. —Tchau pequena.—ele beijou minha testa e eu o abracei mas eu estava assustada e o abracei mais forte que o de costume ele retribuiu.—Eu tenho que ir pequena. 
—Desculpa.—eu abri a porta e ele saiu eu olhei até ele entrar no carro dele ele me olhou eu pude observar seus olhos castanhos claros. 
—Tudo bem Angel?—minha falou enquanto me observava. 
—Sim.—eu fechei a porta, passamos o resto da noite comendo pizza e assitindo filmes depois de algumas horas eu fui dormir estava muito cansada e por isso dormi logo.   
      No meio da noite acordei com um carinho na cabeça olhei pro lado e Connor estava do meu lado na cama passando a mão no meu cabelo eu sorrir e ele também.  
—O que faz aqui?  
—Desculpa eu não me controlei. 
—Do que você tá falando?—falei um pouco sonolenta. 
—Você sabe no banheiro, eu não queria mas o cheiro era tão bom... 
—Então foi real você...—ele me olhou nos olhos e segurou no meu rosto, eu estava assustada. 
—Você vai se esquecer do que viu, vai esquecer que eu estive aqui...  
     Eu acordei de repente na cama e senti um vento a janela estava aberta que estranho, eu não deixei ela aberta,  me levantei e a fechei olhei para a rua estava quase amanhecendo era bonito, voltei para  cama e adormeci novamente amanhã vai ser um longo dia.