Sasuke simplesmente odiava esperar. Havia mais de uma hora que seu amigo, e novo parceiro de trabalho, o havia deixado plantado em um café. Havia recebido uma ligação de um outro amigo e saíra correndo, sem dar satisfações. 

O moreno bagunçou os cabelos negros e se levantou, deixando o dinheiro da conta em cima da mesa. 

Quando estava na porta, prestes a entrar no carro, seu celular tocou. Era o seu amigo baka. 

— O quê você quer? — perguntou, irritado. 

— Ah cara, gomen por isso — o outro riu. — Foi mal, Teme, sério. Mas é que uma amiga voltou de outro país, e fazia muito tempo que não nos víamos. 

— Podia ter avisado, Dobe — ele revirou os olhos. — Nos vemos amanhã? 

— OK. 

Ele desligou, negando com a cabeça. Seu amigo era a pessoa mais responsável que conhecia.  Claro, quando isso não envolvia ir atrás de uma pessoa com a qual se importasse muito. E pelo tom de voz do loiro, ele gostava bastante dessa amiga, o que fez com que Sasuke ficasse curioso por conhecê-la.

[...]

— Talvez você possa gostar de ir à reunião que o Sasori está organizando pro fim de semana — Naruto disse, na manhã seguinte, quando se encontraram na construtora. 

Naruto Uzumaki não era arquiteto, nem engenheiro, mas era um excelente empresário. Dirigia aquela construtora com mãos firmes, e não havia ninguém que pudesse questionar a sua capacidade. Era amigo de todos ali dentro, mas sabia ser muito profissional nas horas certas. 

— Você sabe que Sasori e eu nunca nos demos muito bem — Sasuke revirou os olhos. — Desde a faculdade, quando... 

— Blá blá blá, eu sei de cor a historinha de vocês dois — foi a vez de Naruto rolar as orbes azuis. — Mas a irmã dele acabou de voltar da França. Ela passou muitos anos morando lá. Ele quer comemorar isso. 

— Mas eu nem conheço a moça — o moreno coçou a testa. Naruto o olhou com cara de tédio. 

— E desde quando você se importa com isso? — cruzou os braços. — Em metade das festas da faculdade a gente não conhecia ninguém, mesmo assim entrava nelas. 

Sasuke riu pelo nariz. Naruto tinha os melhores argumentos, não havia como contestar. 

— Ok, Dobe, eu vou com você nessa reunião — cedeu. — Vamos ver se vale a pena. 

— Valeu, cara — ele sorriu. — Agora, precisamos visitar aquele terreno que eu te falei. Vamos construir um prédio pequeno lá. 

Os dois saíram do escritório e andaram pelos corredores da construtora falando sobre o novo prédio. A essa altura, Sasuke não sabia como a vida podia lhe fazer uma surpresa tão grande...