Sacrifices escrita por Cherry
Notas iniciais do capítulo
Foi mais forte que eu. Sorry!
HitsuHina. E um trágico fim para HitsuKarin! Juro que chorei, mas logo trago uma HitsuKarin e fica tudo bem.
É bem pequena.
Boa leitura!
100 anos.
— Karin este mundo está destruído.
Karakura.
A cidade que meu irmão mais velho protegia, junto a Kuchike Rukia estava rasgada, destruída e observar tudo aquilo que mais amava sem vida, era como perder um pouco de seu coração, sentir-se um peso morto que não conseguiu proteger aquilo que lhe era mais importante.
—Todos estão mortos. – A voz computadorizada de Yoruichi estava baixa e dolorida. – Perdemos contato da Soul Society.
Mortos. Cada uma das pessoas que protegeram, lutaram e amaram aquele mundo já não mais podiam ouvir os gritos de dor e apelo daqueles que ainda persistiam naquele fim de mundo. Ela era um deles, ainda persistia em algo que desapareceria como pó perante seus olhos, mas não conseguia desistir.
— Karin-chan.
—Vamos recuar. – Ordenou sem olhar para a shinigami atras de si.
Mãe. Sussurrou em sua mente como uma prece, uma palavra que deixara de pronunciar assim que seu corpo desapareceu no solo, onde nunca mais poderia toca-la. Não mais conseguia ter fé que tudo daria certo, que encontraria uma saída logica para aquele caos.
— Quanto tempo ate o esconderijo? – Perguntou ainda aérea em seus pensamentos.
— São três horas.
Assentiu voltando a caminhar em meios aos destroços que um dia chamara de lar. Então aquele era o fim do mundo? Olhou de relance para o concreto que foi o Hospital e também sua casa, antes de voltar para a garota que caminhava atras de si.
Momo Hinamori, a doce e carinhosa Momo. Não havia mais nada daquela garota, que Toushirou tanto amava e protegia. A tenente era a carcaça do que um dia foi a doce Momo, apenas conseguia encontrar tristeza, dor e culpa nos olhos castanhos, toda sua luz que lhe era tão comum havia desaparecido junto com Aizen no primeiro momento e depois com Hitsugaya.
— Ainda não entendo por que segue minhas ordens. – Murmurou ignorando os humanos sentados em cima dos destroços.
— Por que faz algum tempo que perdi o direito de ser chamada de tenente. – Hinamori tentou inutilmente sorrir, mas para Karin aquilo era uma careta. – E admito que Karin-chan é muito mais poderosa que eu.
— Você estã se diminuindo.
Hinamori balançou a cabeça, deixando os fios castanhos caírem sobre seus ombros, sem se importar em ajeita-los novamente em seu habitual coque. Karin conseguia perceber que havia certa determinação em seus olhos.
— As vezes penso que deveria ter deixado Hitsugaya-kun em paz. – Comentou Momo os olhos vítreos no passado e em algo que Karin apenas conseguia imaginar. – Que deveria ter seguido Aizen na morte.
Bufou tentando inutilmente esconder o riso que subia-lhe a garganta. Entendia muito bem aquele sentimento de culpa que Hinamori exprimia e sabia sobre suas soluções para acontecimentos passados que não ajudaria.
— Você deveria ter continuado assistindo o por do sol e comendo melancias. – Karin sorriu para a doce menina atras de si, antes de dar de ombros. – Esperando junto com Toushirou o seu futuro e não caminhado em direção a Aizen.
Karin voltou seus olhos para seu caminho, sabendo onde os pensamentos de Momo encontravam-se. Respirou fundo, antes de sorrir para o futuro alternativo que se formava a sua frente.
— Quantas vezes preciso pedir que faça seu trabalho. – Resmungou Hitsugaya.
Matsumoto Rangiku resmungou sobre capitães chatos, antes de contra sua vontade, voltar a fazer sua papelada.
— Pensei que o casamento iria deixa-lo mais suave.
— Pensou errado Matsumoto. – Gritou Toushirou sentando em frente a sua própria mesa.
Os dois continuaram a discutir, ate que a porta da sala do decimo esquadrão se abrisse e uma mulher de cabelos presos em um coque e doces olhos castanhos adentrasse a sala, que por acaso já tinha se esfriado alguns graus.
— Consigo escutar os gritos de vocês dois do corredor. – Repreendeu Momo Hinamori, capitã do quinto esquadrão. – Espero que quando está criança nascer isso diminua.
Matsumoto abriu um enorme sorriso para a melhor amiga, sabendo que a presença da doce mulher faria seu capitão mais calmo e apetecível. Hinamori devolveu o sorriso, colocando as mãos na cintura já um pouco mais larga devido ao avanço da gravidez.
— Se Matsumoto começar a fazer seu trabalho corretamente, podemos negociar. - Hitsugaya abriu um meio sorriso para sua esposa.
— Ora Hitsugaya-kun. – Repreendeu Momo, antes de rir para o marido.
Doía imaginar aquele futuro, mas o desejava com todo o seu ser. Ela e Hitsugaya, provavelmente não chegariam a se conhecer naquele mundo, mas significava também que ele estava vivo, assim como Yuzu, o velho, Ichigo e Rukia também.
Aprendera desde cedo o que era o amor, sabia que mesmo amando ao ponto de dor, doaria toda aquela felicidade para a garota atras de si e não roubaria aquilo dela. Amar significava abrir mão da própria felicidade também.
Cerrou os punhos e aos poucos a frieza voltou a tomar suas feições. Ela precisava, mesmo que doesse em sua alma, fazer aquele futuro tornar-se realidade.
— Karin-chan.
Parou em seus passos, voltando sua total atenção para Hinamori que também encontrava-se parada atras de si. Os olhos castanhos estava fixos nela e havia uma determinação muito forte, que fazia arrepios subir por sua espinha.
— Não faça isso. –O sussurro de Momo lhe atingiu com a força de um soco. – Não quero que você também sacrifique sua felicidade pelos meus erros.
— Não irei sacrificar Momo. – Negou, sabendo onde a tenente queria chegar com aquelas palavras. – Neste futuro Toushirou e eu provavelmente nunca nos conhecemos, se isso realmente é verdadeiro não tem como doer.
Sorrindo para a doce garota, caminhou ate estar próximo o suficiente para abraça-la com todo carinho que sabia que ela precisava.
— Eu quero Hina-chan. – Sussurrou em seu ouvido, sabendo que o próximo passo seria doloroso para si. – Eles irão viver e você irá ser feliz por mim.
— Karin-chan. – As lagrimas molhavam seu kimono negro e os braços lhe apertavam.
— Seja feliz Hinamori!
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Atual
Hinamori abriu os olhos para o quarto, o mesmo em que dormia desde sua formação na academia shinigami. O breve alivio soprou em seu corpo, antes de levantar-se a abrir as cortinas para o novo dia que surgia.
Era um sonho esquisito, mas no fundo de sua mente sabia que deveria levar a serio, como se fosse seu próprio aviso do futuro. Assentindo para as nuvens, que mais uma vez lhe deram a chance de fazer o certo, caminhou para se arrumar para o dia.
Haveria uma missão no mundo humano hoje, exterminar alguns hollows, os de praxe. Ajeitou seu coque de sempre e caminhou apressada para seu esquadrão, encontrando seu capitão Hiraku Shinji atolado em sua papelada.
— Espero com toda a sinceridade, que está papelada esteja terminada ate eu voltar. – Momo riu da careta que Shinji lhe enviou.
— Muito engraçada você. – Resmungou assinando mais um dos infindáveis relatórios. – Espero que Hitsugaya seja bem maldoso com você nesta missão.
Momo sorriu, antes de ajeitar as poucas coisas em cima de sua mesa e desaparecer no shunpo. Estava animada, ansiosa para dizer a verdade, queria ver seu amigo de infância e saber se ele estava bem e respirando.
— Está atrasada Tenente. – Resmungou Hitsugaya com o cenho franzido.
Hinamori parou em seus passos, admirando o homem a sua frente. Hitsugaya Toushirou estava ali, respirando e sem nenhum arranhão, com os mesmos cabelos brancos e olhos turquesa que tanto chamava a atenção. No entanto ela conseguia ver, havia algo de diferente naquele Hitsugaya, ele estava mais leve e não havia toda a frieza daquele que seu eu do futuro conhecia.
— O que foi Hinamori? – Questionou Toushirou a pele normalmente bronzeada assumindo leves tons de rosa.
— Nada. – Negou abrindo um grande sorriso para Hitsugaya. – Somente estou feliz por estamos aqui juntos Shirou-chan.
Hitsugaya franziu o cenho, antes de sorrir para sua menina que continuava a mesma de sempre. Estendeu a mão para que Momo pegasse, entrelaçando seus dedos com os dela e a levando com ele.
Era doce como pêssego em calda, mas era seu futuro feito em meio a dor, lagrimas e sangue.
Eles mereciam um final feliz!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Surgiu de uma fanfic HitsuKarin, é um pedaço na verdade que acabou virando uma pequena fiction. Iria ter outro final, mas surgiu a ideia e foi isso.
Espero que gostem amores!