A Carta escrita por Polaris


Capítulo 1
Capítulo Único




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A Carta

"Prezado Jung Hoseok, antes de começar a sua leitura, ignore a caligrafia, mas não ignore o remetente, não rasgue a carta por causa dele, certo? Estamos entendidos.

Todas as manhãs as primeiras imagens que preenchem meus olhos quando os abro são as do teto cimentado em companhia do velho e enferrujado ventilador. Desde que vim morar com Namjoon, me alojando neste quarto que é completamente diferente de todos os outros cômodos do apartamento, incontáveis batalhas sangrentas acontecem durante as manhãs entre eu e o maldito ventilador! Virou parte da minha rotina reclamar dele e todos os dias têm sido assim. Abro meus olhos e me deparo de imediato com ele pendurado no teto, depois o som de carros, buzinas e gente falando lá fora preenchem meus ouvidos, mas em vez de me levantar começar meu dia, permaneço deitado, imóvel e encarando-o. Ele também fica me encarando lá do teto, girando... Girando... Girando... Girando lentamente, quase parando. Quando penso que ele finalmente vai parar de girar de repente me surpreende com um novo giro, porém mais longo e mais demorado que os outros.

Parece estar zombando da minha cara.

Você deve estar rindo de mim, né? Um idiota reclamando de um simples ventilador numa carta, mas eu o odeio de verdade. De fato é uma grande porcaria de ventilador de teto que não serve para nada. Por causa da incompetência dessa joça tenho que dormir completamente pelado e com as janelas bem abertas para arejar o quarto abafado, pois o calor que faz durante as madrugadas é infernal, porém, deixo que um fino lençol me cubra, pois têm uns detestáveis mosquitinhos que amam degustar meu doce sangue.

E mesmo tendo todo esse esforço para não sentir calor sempre acordo banhado de suor. 

Enfim, deixando o meu querido companheiro ventilador de lado, hoje é quarta feira e faz exatos cinco dias que estou vivendo neste apartamento com Namjoon. Você lembra dele? Cabelo tingido de loiro, cabeça raspada nas laterais, pele de um tom bronzeado natural e lábios grossos? Force sua memória e tente se lembrar. Sobre o local que estamos vivendo, é um prédio antigo localizado na maravilhosa Seul. Há muitas vantagens e desvantagens em morar no centro de uma das cidades mais frequentadas e famosas do mundo. Você sabe pois também mora nela.

A vantagem é que para fazer qualquer coisa, seja ir ao mercado, quem sabe numa loja, balada ou até mesmo trabalhar... Não preciso gastar com gasolina e nem com transporte público, basta colocar os pés na rua, caminhar um pouco que encontro tudo que preciso. As desvantagens é que isso vira rotina e a vida fica um tédio só. Porque estou relatando isso a você? Bem, talvez... por dois motivos, o primeiro deles é que eu queria adiar o assunto, pois estou me sentindo meio patético e também porque não sabia como começar. E o outro, é que eu sempre desejei dividir isso com você. Meio esquisito, eu sei, mas é verdade.

Existem muitas coisas que acontecem na minha vida ultimamente e que sempre penso no quanto seria legal compartilhar com você, como nos velhos tempos, lembra? 

E você como está? Como anda sua vida? Espero que esteja bem. E não precisa escrever de volta para responder, ok? Bom, se quiser fazer, faça, mas não se sinta pressionado...

Como se isso fosse possível, né? Digo, como se Jung Hoseok se sentisse pressionado a fazer alguma coisa por causa de uma simples carta.

Você não é o tipo de pessoa que se sente pressionado com nada. Hoseok simplesmente faz o que quer e que se dane as consequências, melhor se arrepender de fazer algo, em vez de ficar só na vontade e se arrepender depois por não ter feito. Não é esse seu lema? Se não é assim, é algo semelhante a isso.

Lembra do namoradinho do Jimin? Encontrei com ele por acaso um tempo atrás, e nossa, parecia outra pessoa, estava completamente mudado. Lógico que continuava irritantemente bem... apessoado. E que inveja senti disso. Mas esse tipo de coisa não se muda, digo, pessoas bonitas nascem bonitas e morrem bonitas. Esse é o caso dele, deve ser o mesmo caso do Jimin que... uau! Tá muito bem, diga-se de passagem. Sabe como o encontrei? Você não vai acreditar, mas depois de um ano e meio descobrimos que frequentamos o mesmo consultório médico e nos consultamos com a mesma médica. Incrível.

Não, não estou doente, fique tranquilo. Na realidade estou.  Sim estou doente, doente do coração e da cabeça, culpa sua, você me deixou doente. Mas depois eu falo melhor sobre isso, vamos falar sobre Jeongguk primeiro. 

Jeongguk, garoto mimado e chato, continua mimado, mas chato nem tanto. Jimin deve ter se cansado de ser tratado feito cachorro... ou melhor: feito a merda do cachorro, e deixou ele. O garoto está um trapo, um miserável, deve estar tomando calmante, bebendo, se drogando para dormir, sei lá, mas algo está ingerindo. Tá escrito na testa dele: "eu me dopo para dormir e para escapar dos problema". Aliás, problemas não, Jimin. Sim Jimin. Lógico que o problema dele é o Jimin, mesmo sendo uma pessoa reservada fica evidente em seus olhos que o problema dele é esse.

E eu aqui me lamentando achando que o meu caso é problemático, afinal quatro anos sofrendo pela a mesma pessoa não é normal. Porque, tipo, eu acho que as pessoas têm que superar seus amores fracassados, é assim que eu penso. Elas precisam seguir. A vida não vai parar por causa de um romance que deu errado.  Sim, é isso. Pena que não consigo fazer isso.

Mas você precisa vê-lo... Coitado. Cheguei até a pensar que seu problema era outro, sei lá, alguma coisa relacionada a família, ou doença, pois o garoto tá no fundo do poço mesmo. Mas aí pensei que a minha teoria não fazia muito sentido. Lembrei de Jimin muito atencioso com ele, tratava-o como se fosse feito de porcelana, então, me perguntava toda hora: "como as coisas ficaram desse jeito? O que aconteceu com eles?" Daí lembrei também do tratamento frio que Jimin recebia e entendi de imediato. 

Certo dia o convidei para almoçar comigo depois de uma consulta, ele ficou meio assim, não disse que sim e nem que não. Fiz a minha consulta, até comentei aquele fato com a doutora, ela gostou da ideia de nós dois almoçarmos juntos. Quando deixei a sala, Jeongguk aguardava sua vez de se consultar na recepção, olhei pra ele sentindo pena pelo seu rosto jovem, bonito, pálido e sofrido e disse que ficaria por ali o esperando para almoçar. Ele assentiu e entrou na sala.

Demorou em torno de meia hora ou mais, não lembro, só sei que demorou. Tinha até passado da hora do almoço quando a consulta chegou ao fim, ele deixou a sala com uma aparência horrível, bem pior do que estava quando entrou. Pensei em desistir e inventar qualquer desculpa, mas fiquei com tanta pena dele, lembrei de mim. Sabia que ficar sozinho era bem pior.

Fomos almoçar num restaurante que ficava perto do consultório, a comida era muito boa, sempre almoçava lá depois das minhas consultas. A principio tudo estava tranquilo, eu falava pelos cotovelos e ele apenas assentia, mas parecia um pouco melhor, até que de repente tudo mudou quando ele olhou pra porta. Advinha quem estava lá? Park Jimin, em carne e osso. Subitamente Jeongguk se transformou, largou a comida e se levantou da cadeira me deixando em estado de choque, ainda com a colher rente a boca aberta. Ele avançou pra cima de Jimin e o puxou para fora do restaurante. Da janela assisti toda a interação dos dois. 

Jeon falou, falou, gesticulou os braços, segurou o rosto de Jimin, tentou contato, fez de tudo, quando chegou a vez de Jimin falar, só saíram verdades dolorosas. Conforme ele falava o rosto do garoto se contorcia e os olhos se enchiam de lágrimas, ele tentava replicar, mas o outro não deixava.  No final Jimin o deixou ali no cordão da calçada, de cabeça baixa e sozinho.

Ao contrário de Jeon, Jimin parecia tranquilo, digo, não parecia triste, mas também não estava cem por cento feliz. Estava normal, tipo você. Se bem que você parece mais feliz que ele, mas enfim.

Quando a noite caiu, nós fomos para o seu apartamento e bebemos a noite toda, choramos e segredamos nossas dores um ao outro, na porta, sentados no tapetinho que dizia: "bem-vindo ao nosso lar", e choramos, choramos tanto que poderíamos encher um balde com nossas lagrimas e nós prometemos que expressaríamos nossas dores e aí a ideia da carta surgiu. Por isso que estou escrevendo esta carta e espero que Jeongguk esteja fazendo o mesmo, aliás, ele me prometeu que faria, porque francamente é injusto apenas nós dois estarmos sofrendo por bastardos como você e Jimin.

Eu sofro, choro, ih, já chorei muito por sua causa, acredita? Teve aquele dia que eu te vi todo feliz com Seokjin dentro daquele café que costumávamos frequentar, só eu e você, lembra? Eu fui lá acompanhando da minha dor, relembrar os velhos tempos só não cogitei que você estaria lá também e pra piorar... Acompanhando.

Que ódio senti de você por leva-lo lá, aquele lugar era nosso. Só nosso! Porque você fez isso, hein? Francamente. Te vi de risinhos, alisando o braço dele, deixando-o fazer cafuné na sua cabeça. Que intimidade do caralho. Quis matar Seokjin, te arrancar de lá, te sequestrar e te levar pra minha casa, sei lá, te amarrar, até que se acostumasse a com ideia de que era meu novamente.

Nunca tive nada contra Seokjin, mas depois daquele dia passei a odiá-lo mortalmente. Vocês estão juntos ou não? Olha, eu sinceramente espero que não. Mas o que eu tenho a ver com isso né?

Um dia desses minha psicóloga, a doutora Kim Hyuna, me perguntou: "Taehyung, se um dia você reencontrasse seu primeiro amor na rua, o que diria a ela?" Fiquei um tempo olhando-a admirado com aquela pergunta repentina. Aquilo havia me pegado desprevenido, nunca tinha parado para refletir sobre algo semelhante, digo, eu sabia que qualquer momento poderia cruzar com o meu primeiro amor por aí nas ruas da vida, mas... Nunca pensei o que poderia dizer, se tivesse oportunidade de dizer algo. Naquele momento, deitado no divã, cruzei as mãos sobre meu peito e enquanto encarava o teto bege de seu consultório, senti o  nariz formigar e o peito se comprimir, daí a sua imagem tão amada, cruzou minha mente e de repente os olhos arderam e a saliva acumulou dentro da minha boca, senti necessidade de chorar, mas precisava responder, pois o tempo corria e faltavam apenas cinco minutos para a consulta daquele dia terminar.

Sabia que a voz sairia embargada se respondesse, respirei profundamente, sentindo um nó se formar na garganta, ri baixinho, era um riso infeliz, um riso débil, idiota, combinava comigo, mas respondi: "Eu não sei o que diria, doutora, acho que só passaria reto por ele e quando chegasse em casa choraria feito criança, como sempre faço". Foi isso que eu respondi, mas muitas coisas atravessaram minha mente naquele momento, lembranças, coisas que ficaram trancadas dentro de mim durante todos esses anos. Ás vezes eu me pego falando sozinho como se estivesse falando com você, entende? E aí eu digo tantas coisas, falo tanto que aposto que Namjoon deve me achar louco.

Mas Hoseok, você tinha toda razão e ainda lembro de você falando: "Quando eu não estiver mais perto, você vai sentir minha falta, você não será o mesmo." Realmente depois que você me deixou, meus dias nunca mais foram os mesmos.

Kim Taehyung, aquele idiota que te perseguia por todos os cantos do colégio se transformou num ser humano medíocre. Ele não espera mais nada de bom da vida, nem das pessoas, vive porque tem viver.

O futuro? Cagou pro futuro.

Depois de você nunca mais amou ninguém, não sorriu com sinceridade. Sabe, o som das risadas nunca mais soaram com o mesmo tom alegre e sincero, parece que rir passou a ferir meus próprios ouvidos.

Amor? Para que amar, se dizer eu "te amo" se tornou algo tão superficial e até trivial. E tão dolorido. Como posso amar novamente se te esquecer parece impossível, se meu coração pertence unicamente a você?

Queira, por favor, devolver o meu coração e meu amor próprio? 

Eu... realmente... Realmente sinto muito por tudo, do fundo meu coração eu sinto muito. Sinto por ter te chamado de bastardo (sendo que o único bastardo nessa história sou eu), sinto por ter te feito chorar no passado, sinto por não ter ouvido suas palavras quando disse que ia me deixar se caso eu não tomasse jeito, sinto por não ter gravado o som de seus sussurros enquanto fazíamos amor, sinto muito por não ter te acariciado mais e permitido que me acariciasse muito mais.

Devia ter sido mais presente, ter aproveitado todos os momentos, por mais insignificantes que eles tenham sido, rido mais e reclamado menos, te beijado mais, te abraçado mais e brigado menos. Hoje percebo que ter te deixado pra trás aquele dia, naquele ponto de ônibus, derramando lágrimas, tão solitárias quanto eu hoje sou, foi o pior erro que cometi na vida.

Me sinto cansado de pensar em você, de ter esperanças que você vai sentir minha falta e vai voltar, estou de saco cheio de você invadir meus sonhos, de me sentir vazio, de não ter vontade de viver, de não sentir o mesmo gosto da comida. Eu estou farto desse peso que sou obrigado a carregar comigo aonde quer eu vá, não quero mais me torturar e me perguntar porque você não volta, porque me deixou, mesmo já sabendo da resposta. Estou exausto de sentir tudo isso sozinho.

Hoje de manhã enquanto arrumava o meu quarto coloquei Wild Flower do Park Hyo Shin e foi impossível não sentir aquele aperto terrível no peito. Foi impossível conter as lágrimas, no fim eu esqueci de organizar o quarto e acabei sentado e encolhido no chão recostado na cama, com os braços cruzados e a cabeça escondida entre eles, chorando. Me dói não poder ouvir aquelas músicas que a gente costumava ouvir juntos e amava tanto, mas acho que no fundo eu gosto de me torturar e isso também me cansa, queria parar com isso, mas não consigo.

Eu só queria dizer que naquele tempo, quando éramos apenas colegiais, eu te amei, em cada gota do meu suor, em cada palavra dita, em cada gesto, em cada piscada, cada fio do meu cabelo, cada dente da minha boca, cada lágrima que caiu dos meus olhos. Cada pequeno e insignificante pedaço de Kim Taehyung te amou.

Você pensa em mim quando ouve Wild Flower? Alguma vez já chorou por mim? Ainda me odeia como disse aquela vez? Ainda guarda as boas lembranças? Me aceitaria de volta caso eu batesse agora na sua porta? Não? E se eu me joelhasse diante de você e implorasse? Muito que eu faria isso. Faria? Será? E se eu prometesse que dessa vez tudo seria diferente?

Hyung, eu mudei. Juro pra você que mudei, tudo em mim mudou, meu jeito de agir, minhas maneiras, não minto mais, não saio mais, não falo mais com meus pais, não bebo mais, não jogo mais, estou cagando pra sociedade, pois nada disso mais importa.

Só você.

Me aceite de volta? 

Bom, eu não tenho mais o que escrever, acho que minhas palavras estão esgotadas. Eu só queria lhe transmitir os sentimentos que guardei dentro do peito durante esses quatro anos sem você. É como se fosse uma libertação, embora acredite que esse amor nunca irá me libertar dessas correntes que me prendem a ele. Por isso termino esta carta aqui."

Atenciosamente, K. Taehyung. 

— O que você acha, Jin?

— Sei lá.

— Jin!!

— Que? Não me olhe desse jeito. Não importa o que eu acho e sim o que você acha.

— Eu quero uma opinião, você pode me dar uma ou é muito te pedir isso?

— Você não vai gostar de ouvir minha opinião.

— Porque?

— Porque não vai, oras.

— Apenas fale logo!

— Hoseok, você só precisa se conformar com uma coisa...

— Com o que?

— Que não importa o que você faça, não importa o quanto tente, você continuará apaixonado por ele.

— Mas ele...

— Ele errou, foi um covarde, fez um monte de coisa errada no passado, te traiu, te magoou, te humilhou e tananana... Tá eu sei, eu sei de tudo isso, você já falou tantas vezes que até decorei. Mas você também já errou alguma vez na vida, não errou? Sim errou, assim como eu também já errei muitas vezes, todo mundo erra. Mas, poxa, ele tá fazendo até terapia pra te esquecer.  

— Já fazem quatro anos...

— Quatro anos que nem você conseguiu esquecer... Liga pra ele logo.

— Mas eu não sei o número dele...

— Tá atrás do envelope.

— Que? Sério?!

— Sério, veja você mesmo.

— E não é que tá mesmo... O que devo falar?

— Marque um encontro e converse com- Ah não, espera aí! Se vira meu amigo. Não quer eu te pegue pela mão e te leve até lá, né, pelo amor de Deus.

 — Dá um desconto, não esperava por isso, nem sonhava que ele lembrava de mim...

— Certo, certo, já entendi. Agora pega esse telefone e liga pra ele.

 — Eu... Eu... Não sei.

— Se você não ligar agora, esqueça que eu existo a partir de hoje.

— Nossa que radical.

— Pois é meu caro, é a vida me admiro você ainda se surpreender com ela.

— Você não seria capaz, Jin.

— Aposta quanto?

— C-Certo, vou ligar.

— É assim que se fala, esse é o Hoseok que eu conheço.

Tun... Tun...

— Tá chamando...

— Aproveita e conta pra ele quem foi que te convenceu a ligar.

Tun... Tun...

— Você ficou realmente chateado sobre ele te odiar?

— Lógico, eu não fiz nada, ah e diz pra ele também que não sou gay e tenho namorada e que vou me casar com ela.

— Eu não vou dizer- A-Alô? Taehyung?

— Não precisa ficar nervoso amigo!

— Oi... Tudo bem? Sim, é o Hoseok... Eu... recebi sua carta. Sim, sim, eu li. Podemos nos ver? Sim agora. Onde? A-Ah perfeito! Então... Daqui há.. vinte minutos te encontro lá? C-Certo, então até mais.

Beep

— Então, como foi?

— Vamos nos encontrar no café.

— Aquele café?

— Sim, aquele café.

— Viu, foi fácil, doeu?

— Não, não doeu, mas...

— Mas?

— Ele parece realmente diferente, a voz tá mudada...

— Quatro anos né, Hoseok, esperava o que?

— Não sei. Bom, vou me arrumar...

— É acho bom, vinte minutos passam rápido.

— Tem razão.

— Eu vou indo também, marquei com a Hyorin, ás dezesseis horas em ponto.

— Vai mesmo pedi-la em casamento?

— Lógico.

— Boa sorte então.

— Pra você também.

— Obrigado.


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Notas finais do capítulo

Obrigado a quem leu, em especial a quem vai comentar.



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