Ela não mais buscava por um amor para o seu coração triste.

Ele vivia a vida como ela precisava ser vivida.

Ela apenas pensava em seus sonhos e nada mais.

Ele era um poeta desprovido de futuro.

Uma noite qualquer eles se esbarram na rua, dois completos estranhos, completamente diferentes.

Ele pediu desculpas.

Ela nem ao menos olhou em seus olhos.

Ele a viu andar depressa em seus passos pequenos.

Na noite seguinte ele estava lá novamente na mesma rua.

Ele iniciou uma conversa crua.

Ela manteve o contato visual distante.

Ele não desistiu daquela garota intrigante.

Ela apesar de relutante aceitou o convite do poeta falante.

Os dias se passaram e na mesma rua eles ainda se encontravam.

Ele trazia poemas, abraços e sorrisos.

Ela os aceitava, tímida e sem jeito.

Ele sentia que a conquistava, mas sabia que era ele quem já tinha sido conquistado.

Os meses se passaram e na mesma rua eles ainda se encontravam.

Ele trazia sua vida para ela, mesmo que ele mesmo não entendesse porque.

Ela finalmente parecia mais próxima.

Ele percebeu o medo dentro de si, de estar dependente daquela garota.

Ela pela primeira vez olhou em seus olhos e em um pedido discreto selou seus destinos

“Por favor, suplico que por mim não nutra sentimentos…”

Ele pela primeira vez desviou seu olhar e não soube o que dizer, apenas deixou se levar pelo futuro que nunca teve…