A Great Person escrita por YuiSama


Capítulo 1
A Great Person


Notas iniciais do capítulo

YOOOOOOOOOOOOOOOO
Então, esta fic é uma one-shot fofinha e sem compromisso :3 E obviamente inspirada em Love, Simon xD (esperem fic minhas dessa filme/livro adorável!)
Isto é só fluff, por isso só apreciem! Pq a viagem vai ser doce ;)
Ah! E vamos todos dar muito amor a este shipp, porque eles merecem!
BOA LEITURAAAAAAAA



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Mulligan sempre se considerou uma boa pessoa.

Ele é um bom filho, sempre ouve a sua mãe com atenção e carinho, respeita o seu pai com todo o seu ser e nunca recusou ajudar qualquer um. Alexander e John por vezes ficam irritados com ele por ser “bonzinho demais” e por “deixar as outras pessoas passarem por cima dele”.

E todas as vezes ele responde “idiotas”.

Uma única palavra, mas não menos graciosa que um soneto escrito por Hamilton.

Resumindo: Hercules Mulligan considera-se uma boa pessoa, mas será que querer o novo aluno de intercâmbio só para si faria dele uma má pessoa? Se sim, ele é uma pessoa terrível...

Mas tipo, a culpa não é dele, como ele poderia não se apaixonar, afinal? Os cabelos maravilhosamente encaracolados colocados num belo coque, olhos chocolate com um certo brilho malicioso e astuto, uma barba bem aparada, lábios cheios, voz melodiosa como um coro de anjos e o sotaque... Oh, meu Deus! Aquele maldito sotaque!

Muito sinceramente, se Lafayette lhe sussurrasse ao ouvido a sua lista de compras ele poderia declarar por escrito que foi a coisa mais sexy que já ouviu na vida.

A sua vontade é simplesmente ir até ele e o convidar para um encontro. Só um. Ele só quer uma fração do seu tempo, do seu sorriso, da sua atenção, do seu tudo. Só um momento em que os olhos de Lafayette estejam únicamente nele…

Porém, existe um grande motivo para isso não acontecer, um muito grande, que seria até, talvez, simples de resolver:

Ele ainda não saiu do armário.

— Ei! Bro! — John bate o punho no seu ombro e o seu cérebro por momentos fica confuso entre o mundo real e a realidade alternativa que é a sua mente.

— Para que agredir? — Reclama Mulligan esfregando o seu ombro, fingindo uma dor maior do que aquela que ele realmente sentiu. — Pensei que tínhamos um bom laço entre nós.

— Herc, tu estavas totalmente na lua. — Chama a atenção Alex. — Está tudo bem? Ultimamente andas meio estranho…

— Nah. — Ele dá de ombros forçadamente pegando uma das batatas fritas da mesa de almoço da escola, tentando disfarçar o seu desconforto por ser apanhado a pensar no Lafayette. — Estava só a tentar-me lembrar de algo que a minha mãe pediu-me para fazer, está na ponta da língua, mas não consigo lembrar-me.

— Relaxa, vais te lembrar mais cedo ou mais tarde — responde John dando de ombros tentando roubar uma das batatas de Alex, porém este bate na mão dele antes mesmo de chegar perto delas.

— Não és tu que vais sofrer a ira da Senhora Mulligan.

— Graças a Deus!

E é por causa disto que ele ama os seus amigos, eles sabem que ele está a mentir, mas eles também sabem que ele não quer falar sobre o assunto, sendo assim seguem a onda para não forçar nada. John e Alex são os melhores amigos que ele poderia ter e ninguém o pode fazer duvidar disso.

Um tabuleiro pousa suavemente ao lado de Alex e lá está ele, com aquele sorriso doce e olhos quentes, a se sentar com tanta graciosidade possível ser usada num banco de uma cantina de uma escola secundária. Lafayette suspira profundamente e Alex bate com o cotovelo nas suas costelas enquanto morde uma das suas batatinhas.

— Que foi, Laf? Parece morto — questiona ele com a boca meio cheia, o que era ligeiramente nojento.

— O que está morto é a arte — resmunga, dramaticamente afastando o tabuleiro na sua direção e enfiando a cabeça entre os braços; sinceramente, quem teve a excelente ideia de fazer Lafayette se sentar na sua frente na cantina está a querer matá-lo. — O clube de teatro está a cair aos pedaços! Temos tão poucas pessoas e a maioria delas nem parece interessada! Por mais que o Sr. Washington tente o seu melhor é simplesmente impossível! Estou na América finalmente e o meu sonho está a ser limitado por um grupo de adolescentes que desprezam a arte que amo! E-

— Calma, Laf. — Interrompe John bruscamente, o que fez Laf levantar a cabeça que estava entre os seus braços. Ao ver seu rosto, Hercules logo se preocupa em pensamento: “Deus, os seus olhos estão a brilhar demais! Ele vai começar a chorar? Digam que ele não vai chorar! Eu não sei como lidar com isso!”— Respira fundo. — Ambos respiram ao mesmo tempo fazendo Lafayette se acalmar rapidamente. “Nada de lágrimas, felizmente.” — E agora a grande questão: O que nós podemos fazer para te ajudar?

Brilha uma pequena esperança nos seus olhos e Herc sente todo o seu ar escapar dos pulmões, pois ele é demasiado gay e cheio de hormonas para aguentar tal anjo. Mais uma vez: quem decidiu colocar Laf na sua frente durante o almoço é uma pessoa cruel.

— Sério? Vocês vão me ajudar? — O seu sotaque parece ainda mais evidente com a emoção e isso é tão fofo! … É normal ele reparar nisso? Ele espera muito que seja normal ter parado nisso. Meu Deus, não deve ser normal ter reparado nisso...

Já não tem mais volta para ele, não é?

— Bem- — Alexander começa a falar, porém um grito de dor bastante agudo escapa da sua boca em vez de palavras, ele olha em direção a John que sorri inocentemente para Laf. — Yah, nós podemos ajudar. Eu nem estou ocupado com os meus trabalhos e aulas extras.

— Excelente! — grita John alegremente ignorando com mestria o sarcasmo de Alexander. — Então, tu o podes ajudar com o roteiro, certo?

— Mas- — Outro grito vem dele e Mulligan vê claramente a sobrancelha de Lafayette se arquear, era óbvio que ele não estava a entender o que estava a acontecer hoje com Alex. Muligan estremece levemente, uma pontada de pena enche o seu peito, os chutes de John são dolorosos. — Ok, ok! Eu vou ajudar com os roteiros!

— Ótimo! Eu posso ajudar a pintar os cenários! Vocês precisam de pessoas para pintar os cenários?

Laf solta uma pequena risada envergonhada, provavelmente constrangido sobre a desgraça do seu clube. Como um Deus Grego tão talentoso acaba numa escola como aquela? Bem, a escola realmente tem uma boa publicidade… — Nós precisamos.

John sorri largamente. — E Herc pode fazer os figurinos!

E é nesse momento que Hercules deseja não ter saído da cama naquele dia, pois a atenção de Laf vai toda para ele naquele momento e por mais que ele a deseje com tanto fervor, ele também a teme….

… É que ele sempre fica com a língua presa quando precisa falar com meninos bonitos.

— Tu sabes costurar? — questiona Laf maravilhado. Não é estranho Laf não saber sobre uma parte tão importante da sua vida por dois motivos: 1) Laf não está no grupo há muito tempo; 2) Ele realmente fica com a língua presa para falar com meninos bonitos.

— Ahhh…

— Por favor! — Exclama Alex colocando o braço por cima do ombro de Laf e o aproximando dele enquanto o olha de forma conspiratória. — O Herc pode ter esse ar assustador, mas ele é um ursinho de peluche. Ele sabe costurar desde de que tinha 7 anos, a sua mãe tem uma Alfaiataria e ensinou-o.

— Aquele cachecol verde que tu adora foi ele quem fez para mim no Natal — comentou John dando o mesmo olhar que o Alex e logo ele sente o seu rosto a ficar um pouco quente.

— Pessoal…

— E aquelas luvas cinza que tenho foi ele quem as fez para o meu aniversário — comentou Alex sentindo diversão no constrangimento do seu amigo.

— Vá, parem. — Mulligan sente o seu rosto queimar ainda mais.

No entanto os olhos de Lafayette estão muito arregalados e a sua expressão é nada para além de admiração pura. O seu constrangimento só aumenta a cada segundo que Lafayette mantém aquele olhar intenso especificamente sobre ele.

Sinceramente, Mulligan não sabe como lidar com Laf a olhá-lo daquela forma.

… Já que normalmente os papéis estão invertidos.

— És muito talentoso Herc. — Ele o elogia! Tipo, ele não o fez quando o John ou o Alex ofereceram a sua ajuda, isso quer dizer que existe algum significado oculto? Certo? Certo?!

Merda, aguenta o Homo no Sapiens, Hercules Mulligan!

— Obrigado. — Ele agradece com toda a educação que a sua mãe lhe deu. — Eu também não me importo de ajudar. — E se alguém comentasse que a sua voz falhou enquanto o enorme e reluzente sorriso crescia no rosto de Laf, ele iria jurar até à sua morte que é mentira.

— Obrigado. — Agradece ele o fitando, porém de seguida ele se vira também para Alex e John com o mesmo sorriso. — A todos.

E são coisas assim que tornam Hercules uma boa pessoa, ele sempre ouve a sua mãe com atenção e carinho, respeita o seu pai com todo o seu ser e gosta de ajudar os seus amigos.

Além disso, ele passa a pensar que, por mais gay e enterrado no armário que esteja, ainda assim a presença de Laf faz com que ele deseje que aquele sorriso seja só dele.

E o seu desejo culpado o faz pensar que talvez esteja na altura de começar a lutar por ele, pois todos merecem uma grande história de amor.

E, sinceramente, talvez ele esteja finalmente a fazer a sua.


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Notas finais do capítulo

Betado por: Wun Wun https://fanfiction.com.br/u/245142/
Quem viu Love, Simon vai perceber as referências óbvias!
Espero que tenham gostado!
Mullette merece amor!
DEIXEM OS VOSSOS COMENTÁRIOS!
BJS~



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