Rotina escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Quebrando a rotina


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um conto, demorei mais procurando imagem do que escrevendo esse hahahah
Espero que gostem.
@Nyuu_d aproveita que ainda é seu aniversário HUAHUAUHAHUA ♥

Não foi revisado, perdão pelos erros se acharem.
Boa leitura



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Sanji mexeu o corpo na cama e sentiu o calor do outro corpo aquecer o seu. Estava tão confortável que não queria ter que levantar para preparar o café para o bando. Até tentou mover o corpo para sair da cama, mas Zoro não permitiu. Com uma voz sonolenta, o espadachim pediu para ele ficar mais um pouco na cama.

O cozinheiro riu, desmanchando-se em seguida quando a mão de Zoro foi acariciando sua barriga, até mais embaixo. Sanji apertou os lábios, aquela era uma ótima maneira de iniciar o dia. E quando Zoro estivesse relaxado na cama, satisfeito, poderia saltar para fora. Assim, ele girou o corpo na cama e subiu sobre o de Zoro. Ficou sentado sobre as pernas do espadachim, curvando o corpo para beijá-lo.

As mãos de Zoro logo puxaram Sanji, fazendo o corpo dele cair por completo em cima do seu. Sem timidez, eles se envolveram em meio as carícias.

— Agora é sério, preciso ir. — Sanji falou, tentando desvencilhar o corpo dos braços de Zoro.

— Ainda são cinco horas da manhã. Ninguém vai morrer de fome se você começar o café da manhã as sete.

— As sete eu quero que tudo já esteja pronto. — Ele sussurrou, enquanto mordiscava a orelha de Zoro, passando a língua em seguida. — E então vou ficar livre até as dez, quando início os preparativos do almoço.

— E depois as três vai fazer um lanche, as seis um aperitivo e as oito horas vai servir o jantar. Eu conheço a sua rotina. — Zoro arqueou a sobrancelha junto com a cicatriz em seu olho. Sanji ainda não havia perguntando o que aconteceu com aquele pedaço do corpo dele, mas tinha certeza de que o espadachim diria que não foi nada grave. Ou quem sabe ele caiu da escada e perfurou o olho com uma daquelas espadas amaldiçoadas.

— Se já conhece a minha rotina, então me deixa levantar. — Sanji não teve seu pedido aceito, pelo contrário, Zoro apertou ainda mais as mãos em volta do quadril dele, sentando-se em seguida para ter um contato muito mais próximo. — Sabe que eu posso sair daqui na força, não é?

— Sei, mas você não vai estragar essa cama, ou Nami te assombrará para o resto da vida.

Sanji anuiu, era verdade. Estavam no terceiro quarto do navio, aquele não era bem um grande cômodo, possuía todos os móveis para um quarto confortável e foi criado pensando nos tripulantes casuais que eles recebiam, como os amigos e aliados. Como o bando do Chapéu de Palha possuía muitos aliados, um único quarto pequeno não parecia ser muita coisa. Mas Nami deixou claro que era importante, fora que ela cobrava estadia. Se ela descobrisse que eles estavam dormindo juntos naquele quarto, provavelmente ela cobraria milhões por terem maculado os lençóis novinhos que comprou.

— Mais um motivo para eu me levantar. — Sanji balançou a cabeça, não queria mexer com Nami.

— Só mais alguns minutos. — Zoro pediu, os lábios roçando o pescoço dele, enquanto movia-o sobre seu colo.

Aos poucos a imagem de Nami enraivecida foi se dissipando da cabeça de Sanji, até que a única coisa que ele conseguia pensar eram os movimentos que seu corpo fazia sobre o de Zoro. Ele mordeu o lábio inferior, jogando a cabeça para trás quando atingiu o orgasmo. Ainda a tempo de ser deitado novamente na cama, enquanto Zoro se movimentava sobre ele, na mesma intensidade.

Sanji desejou não ser obrigado a fazer o mínimo de ruído naquele momento, mas segurando nas costas de Zoro, chamou-o para um beijo que abafasse os gemidos.

Os minutos foram se tornando horas e quando as sete horas chegou, o cozinheiro levantou-se as presas da cama. Ele puxou os cabelos loiros para trás, enquanto pensava em alternativas mais rápidas para o café da manhã.

— Talvez panquecas com avelã, e um bolo simples, isso... da para bater um bolo rapidamente. — Ele falava enquanto vestia as calças. Seu terno estava pendurado em uma cadeira, enquanto a camisa social dobrada sobre a escrivaninha. Não permitiu que Zoro puxasse o tecido, já que da última vez havia estourado os botões e não era como se fosse simples conseguir botões de camisa no meio do mar.

— Eu vou querer oniguiri no café da manhã. — Zoro falou, levando as mãos atrás da cabeça, enquanto encostava-se na cabeceira da cama.

Sanji sentou na cadeira enquanto calçava os sapatos. Ele o fitou sério, mas não durou por muito tempo a expressão.

— Vou pensar se merece. — Sanji riu, tirando o maço de cigarro do bolso do paletó.

— Depois da noite passada e desses cinco minutinhos eu não mereço?

Sanji balançou a cabeça de um lado para o outro.

— Cinco minutos? — Ele riu. — Passou duas horas desde aqueles cinco minutos.

— Você não reclamou, não é mesmo? — O espadachim tinha um sorriso vitorioso nos lábios que Sanji não conseguia desfazer.

— Oniguiri, não é? — Ele perguntou, afivelando o cinto, enquanto Zoro concordava. — Certo, vou logo para a cozinha.

Sanji parou na frente do espelho e ajeitou os cabelos antes de sair do quarto. Não pode deixar de sorrir, pensando naquelas duas horas e cinco minutos, e na noite passada também. Aliás, ele não conseguia pensar quando foi a última vez que se sentiu assim tão completo e feliz.

— Olha só, parece que a sua noite foi muito boa. — Nami falou, fazendo Sanji virar no corredor.

— Nami-san, você já está de pé? — Ele perguntou, tentando disfarçar o caminho que estava fazendo.

— Robin estava acordada e foi beber café, ela demorou muito então eu fui ver o que aconteceu. Ela está lá agora, preparando um crepe com atum, não é meu favorito, mas não vou dizer isso a mulher que se ofereceu a cozinhar para mim sem me cobrar nada.

Nami vestia ainda o pijama, embora seus belos cabelos ruivos estivessem impecáveis caindo em ondas pelas suas costas.

— Eu vou lá preparar todo o café da manhã e aproveito e ajudo a Robin-chan. — Sanji achou que estava conseguindo escapar de Nami, mas a navegadora o encurralou no corredor.

— Então, já faz cinco noites seguidas que você e Zoro estão dormindo no quarto de hóspedes sem me pagar um centavo pela estadia.

Sanji fez um bico sincero e seu olhar combinava com a de um cachorro abandonado.

— Mas, Nami-chan, a gente também mora nesse navio. — Ele tentou argumentar, mas no fundo sabia que ela não era fácil de dobrar.

— Mas quem decorou e teve a ideia do quarto fui eu. — Ela respondeu rapidamente. — Se querem um lugar para fazer sabe-se lá o que estão fazendo... — Nami estendeu a mão e ajeito o colarinho da camisa de Sanji. — Então é melhor pagar por isso. E não se esqueça de lavar os lençóis.

Sem alternativas, Sanji preparou o café da manhã a tempo antes que toda a tripulação acordasse, principalmente o capitão, que acordou faminto. Como era todas as manhãs.

A rotina de Sanji naquele dia não foi mais interrompida por ninguém, ele seguiu o cronograma de almoço, lanches e aperitivos, iniciando os preparativos do jantar meia hora mais cedo.

Assim que terminou de lavar os pratos após o jantar, com a ajuda de Brook e Usopp, já que era a vez deles de contribuir com a limpeza da cozinha, Sanji foi finalmente relaxar. Ele havia tomado um banho rápido enquanto o bolo assava no forno, mas agora poderia entrar na banheira e ficar o tempo que quisesse. Era comum que o bando deixasse o banheiro vago nesse horário, justamente porque Sanji costumava descansar após um logo dia de trabalho.

Depois que encheu a banheira e mergulhou o corpo na água, ele ouviu o trinco da por se mexer. Avisou que o banheiro estava ocupado, mas mesmo assim a porta se abriu.

— Quer que eu vá embora? — Zoro perguntou, mas ele nem esperou a resposta, já estava dentro do cômodo. — Quer ajuda para esfregar as costas?

— Está muito suspeito, cheio de dedos comigo e sendo gentil. — Sanji jogou água no rosto para tirar o excesso de sabão. — O que você aprontou?

— Não é nada. — Disse, enquanto puxava o banquinho de madeira para perto da banheira. Sanji então virou de costas para que Zoro pudesse lavá-lo. — Eu soube que Nami viu você saindo do quarto e cobrou muito dinheiro pelos cinco dias.

— Pelo menos ela acha que foram só cinco. — Sanji riu, fazendo Zoro gargalhar.

— Se eu tivesse algum dinheiro, ajudava. — Zoro apoiou o queixo no ombro de Sanji.

— Não, tudo bem, eu pago dessa vez, mas da próxima vai ser você. — Ele virou a cabeça, recebendo um beijo de Zoro. — Mas não para, pode continuar esfregando minhas costas e sendo assim gentil.

— Eu sou sempre gentil.

Sanji gargalhou alto, dessa vez sem medo de que fosse ouvido.

Naquela noite cada um dormiu em sua cama, no beliche do quarto masculino do navio. Mas, pela madrugada, Sanji sentiu o seu corpo ser aquecido por outro. Ele então se aconchegou nos braços de Zoro, confortável com a posição.

— Daqui a pouco o sol nasce. — Sanji sussurrou, a fim de que Zoro se levantasse antes que os colegas os vissem dividirem a cama.

— Espera só mais uns minutinhos...

Sanji riu, mas não o empurrou para fora da cama. Apenas fechou os olhos, feliz.


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Notas finais do capítulo

Fim! Comentem yey



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