— Como você...

— Conversei com sua mãe. Uma boa senhora, inclusive. Ela me disse coisas sobre você que me fizeram questionar se era sobre a Haylin totalmente irritante que vem tentando nos dar ordens. Ainda dá tempo de mudar sua posição.

Haylin abriu a boca para falar algo, no entanto foi interrompida por uma explosão.

— O que foi isso? – os guerreiros ficaram de pé.

— Benji, Wong! Reconhecimento! – Haylin ordenou e os dois assentiram e saíram da sala – Vocês sete, fiquem aqui! Minah, vigie eles!

Haylin e os demais saíram da sala de reunião.

— Qiji está sob ataque! Exército de Zi Hudie invadindo! – ouviram alguém gritar.

— Mas e o protocolo? – Marinette questionou e Minah arregalou os olhos.

— Eles acabaram e quebra-lo! – disse a mulher mais velha – Preciso ajudar os guerreiros e vocês sete precisam ficar aqui! – saiu e fechou a porta, deixando os sete sozinhos.

— O que vamos fazer? Não estávamos esperando por isso! – Nino começou.

— É, nos pegaram de surpresa!

— Sim, a nós e aos guerreiros. Por isso eles precisam mais do que nunca da nossa ajuda. – Marinette disse e a equipe concordou – Então é agora ou nunca e eu só vou perguntar uma vez porque não temos tempo. Não se sintam obrigados a nada, mas vocês estão comigo?

— É claro! – Adrien foi o primeiro.

— Sim.

— Eu estou.

— Pode contar comigo.

— Comigo também.

— Vamos nessa! – Nino disse por último.

— Certo, qual é o plano?

— Já enfrentamos uma guerra antes, pelo que sabemos o ataque fica concentrado no principal alvo. Nós somos a surpresa, então iramos invadir a batalha pelas laterais. – Marinette falava a estratégia enquanto todos permaneciam atentos – Adrien, você vai pela esquerda junto com Lila, Nino e Ali. Eu, Alya e Chloé, pela direita. Comunicação é importante, então chamem por ajuda se precisarem. É bem possível que os guerreiros queiram nos impedir, ajudem uns aos outros nisso. E o mais importante de tudo, sejam uma equipe e lutem até o fim! Não estamos fazendo isso por nós e sim por todo mundo! – a azulada colocou seu punho no meio do círculo e logo todos os heróis fizeram o mesmo – Vamos conseguir!

Os sete heróis assentiram entre si e saíram atrás de Marinette.

— A sala das armas fica por aqui, me sigam! – Ali tomou a frente, tinha lido sobre os locais do palácio, o que era parte do plano.

Embora soubessem que ainda eram heróis sem seus Miraculous, precisaram de armas para serem ainda mais úteis no campo de batalha.

— Cada um escolhe o que achar melhor e vamos lá!

Marinete acabou pegando uma espada assim como Adrien. Nino pegou um escudo, Alya um leque, Chloé um arco e flecha e Ali e Lila pegaram bastões.

Depois de prontos, a equipe corria pelos corredores do palácio até chegar na porta, aonde Minah estava parada.

— Não posso deixar vocês saírem!

— Sério isso? Você deveria estar lá ajudando! – o loiro exclamou bravo.

— E eu fui, mas Haylin me mandou ficar aqui.

— Sinto muito, Minah, mas se você não sair, iremos tirar você daí! – Marinette não queria brigar com ninguém que estava lutando pela mesma causa que ela, no entanto, não teria escolha caso Minah se recusasse a sair da frente.

— Eu não posso desobedecer as ordens dela.

— Isso é um Conselho democrático ou uma monarquia?

— Conselho democrático, mas...

— Então, a partir do momento que é democrático todos vocês têm direito de voz. Ser uma líder é indicar o que deve ser feito, não ordenar. – os sete permaneceram encarando Minah que parecia refletir sobre a situação.

— Espero de verdade que eu não me arrependa! – a mulher disse abriu a porta atrás de si. – Não se envolvam na guerra diretamente, apenas nos ajudem a retirar os civis das casas em segurança e os abrigarem no palácio.

— Tudo bem. – resolveram ceder, ajudar dessa maneira já era uma maneira de ajudar.

— Vamos! – Minah saiu correndo para o campo de batalha.

— Todos indo para as casas ajudar as pessoas! – Marinette reforçou a ordem e saiu correndo com sua equipe a seguindo.

— O que eles estão fazendo fora do palácio? Eu disse para manter eles lá! – Haylin falava enquanto se defendia usando seu ioiô.

— Sou de maior ajuda aqui. Além do mais, eles estarão ajudando os civis. – Minah se justificou e mesmo não totalmente convencida, Haylin continuou na batalha.

Marinette colocou sua espada na frente de uma senhora, segundos antes da mesma ser atacada por um guerreiro de Zi Hudie.

— Hoje não! – a azulada levantou sua espada junto com a do homem e avançou. Enquanto isso, Nino ajudou a senhora a levantar e usando seu escudo a escoltou pelo caminho que estavam utilizando para levar as pessoas ao palácio.

O homem avançava em Marinette que agora era forçada a recuar. O treinamento dele era muito bom e mostrava que realmente os guerreiros de Zi Hudie não estavam ali para brincadeira.

Ele conseguiu derrubar a azulada, mas antes de qualquer coisa, Adrien saltou entre eles e usou sua espada para contra-atacar e proteger Marinette. A garota então ficou de pé, não se preocupando muito, já que o loiro era um excelente esgrimista e poderia conduzir a situação.

Adrien acabou derrotando o guerreiro e partindo para cima de outros.

— Ajuda! – Chloé gritou, então Ali rapidamente se colocou na frente dela e das duas crianças que ela protegia e girou seu bastão, desviando os golpes.

Alya e Nino estavam atrás de Lila, retirando uma família inteira. Já Marinette, agora enfrentava dois inimigos.

A líder da equipe acertou um chute com a perna direita em um deles, e segurou sua espada na mão esquerda, acertando no braço de outro. Em seguida, chutou com toda sua força o que tinha acertado a espada e girou ficando abaixada, passando a lâmina na perna do outro.

— Falta muita gente para ser retirada?

— Não muito, mas ainda faltam algumas famílias. – Alya relatou e fez um corte no braço de um dos invasores com o seu leque.

— Continuamos aqui então? – o Agreste questionou, segurando a espada do inimigo com a sua própria.

— Vamos continuar até que estejam todos retirados. – disse a estratégia e todos concordaram.

Adrien derrubou o guerreiro e parou de costas para Marinette, ambos estavam em posição de defesa.

— Sabe, não é bem assim que eu imaginava nossa lua-de-mel.

— Como não? Tem coisa mais romântica do que lutar lado a lado em uma guerra sanguinária milenar? – o loiro riu.

— Claro que não. – atacaram ao mesmo tempo assim que dois guerreiros se aproximaram. – Abaixa! – Marinette jogou o corpo para trás e só viu a lâmina da espada de Adrien passar diante do seu rosto, atingindo o inimigo que estava em sua frente.

Depois de ficar reta, ela girou para o lado e acertou o cotovelo no invasor que antes estava na frente do seu marido. Virou mais um pouco e deu um chute frontal, logo depois dando outro, o derrubando por fim.

— Retiramos todas as famílias! – Nino anunciou depois de um tempo e logo a equipe se reuniu novamente.

— Então agora já sabem o que fazer. – disse Marinette – Vamos para a guerra de verdade!